Política e Resenha

Quando o Interesse Público Fala Mais Alto: O Caso da Exposição de Conquista

 

 

A política, frequentemente marcada por disputas e divisões, revela sua verdadeira vocação quando direcionada ao bem coletivo. A recente mobilização para garantir a realização da Exposição Agropecuária de Vitória da Conquista demonstra que, quando os interesses públicos são colocados acima das rivalidades partidárias, os frutos são colhidos por toda a sociedade. O evento, essencial para a economia e cultura local, se materializou por meio da colaboração entre Prefeitura, lideranças políticas e deputados de diferentes legendas, além do governo estadual. Essa experiência nos legou lições valiosas sobre cooperação e compromisso com o desenvolvimento regional. Contudo, o silêncio de alguns parlamentares levanta questionamentos que não podem ser ignorados.

A Força de uma União Plural

A viabilização da Exposição Agropecuária de 2025 somente será possível graças a uma coalizão que transcendeu barreiras ideológicas. A Prefeitura teve papel determinante, investindo R$ 800 mil em serviços e patrocínios. O PSD, representado por Quinho — que chegou a ir à capital federal para articular soluções — e o deputado federal Paulo Magalhães, destinou R$ 1 milhão por meio de emenda. No entanto, o destaque ficou com a habilidade do deputado Fabrício Falcão em agregar diferentes forças, contando com o apoio de nomes como Vítor Azevedo, Tiago Correia e Samuel Júnior, resultando em mais R$ 600 mil em emendas e no suporte fundamental do governo estadual.

Essa ação coordenada mostra que, quando os representantes políticos têm como foco o interesse coletivo, os resultados são concretos e transformadores. A liderança de Fabrício Falcão na articulação suprapartidária é um exemplo de que é possível superar a polarização e fazer da política um verdadeiro motor de progresso.

O Silêncio de Alguns Parlamentares e as Dúvidas Que Surgem

Entretanto, se por um lado a unidade garantiu o sucesso do evento, por outro, a ausência de certos protagonistas chama atenção. Em 2024, os deputados do PT destinaram meio milhão de reais à Exposição. Neste ano, no entanto, seu silêncio contrasta com sua atuação anterior. Teriam alterado suas prioridades? Ou simplesmente falharam em comunicar sua contribuição? A falta de transparência e de justificativas claras gera desconfiança e cobra um preço alto: a perda da confiança popular.

A política exige consistência. O compromisso com o desenvolvimento local não pode ser sazonal ou depender das circunstâncias partidárias. Os representantes eleitos têm a responsabilidade de manter seu apoio de forma perene e transparente, garantindo que a população esteja sempre ciente de suas ações. O povo tem o direito de cobrar não apenas resultados, mas também coerência e compromisso inabaláveis.

União e Responsabilidade: Lições para o Futuro

A organização da Exposição Agropecuária deste ano deixa lições incontestáveis para a política regional. Primeiramente, comprova que a cooperação entre diferentes grupos políticos não apenas é possível, mas essencial para o progresso da cidade e do sudoeste da Bahia. A capacidade de agregar forças, demonstrada por Fabrício Falcão, Quinho e Paulo Magalhães, deve servir de inspiração para outras iniciativas conjuntas que beneficiem a coletividade.

Em segundo lugar, a ausência de certos parlamentares evidencia a importância de um compromisso visível e constante com o desenvolvimento regional. O eleitor não apenas espera ações concretas, mas também transparência e prestação de contas. A população de Vitória da Conquista merece saber quem está, de fato, ao seu lado nos momentos cruciais.

Conclusão: Quando a Política Serve ao Povo, Todos Ganham

A Exposição Agropecuária de 2025 é um marco do que pode ser alcançado quando a política é conduzida com responsabilidade e cooperação. Que esse exemplo inspire novas articulações e lembre aos representantes eleitos que seu dever é servir à população, e não a interesses momentâneos ou partidários. Quando a política trabalha unida, os benefícios ultrapassam a esfera administrativa e impactam toda a sociedade.

A lição está dada. Resta saber quem estará disposto a aprendê-la e aplicá-la no futuro.