A partir das 23h59 do dia 14 de maio de 2025, um dos capítulos mais controversos da infraestrutura viária baiana chega ao fim: a ViaBahia deixa oficialmente o comando das BRs 116, 324, BA-526 e BA-528, entregando a gestão das rodovias ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A notícia marca um divisor de águas para mais de 27 municípios baianos, entre eles Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista, afetando diretamente a vida de milhões de usuários.
O termo aditivo assinado nesta quinta-feira (17) sela um acordo histórico: o governo federal irá pagar à concessionária um valor de R$ 681 milhões, dividido em duas parcelas, como compensação por investimentos não amortizados e bens ainda não depreciados. É um encerramento com cifras bilionárias — e com impactos profundos.
O QUE MUDA PARA O USUÁRIO?
Durante o processo de transição, a ViaBahia permanece operando os serviços, incluindo as praças de pedágio, manutenção e segurança viária. No entanto, a expectativa da população é clara: melhorias reais e imediatas nas condições das rodovias, que há anos são alvos de críticas quanto ao estado precário, à lentidão nas obras e à alta tarifa de pedágio.
A partir de maio, caberá ao DNIT iniciar uma nova fase de gestão. O governo federal já anunciou que um novo leilão de concessão deve ocorrer ainda em 2025, o que poderá atrair grupos interessados em transformar o cenário logístico da Bahia.
UMA CONCESSÃO MARCADA POR POLÊMICAS
A atuação da ViaBahia, desde o início da concessão, foi constantemente questionada. Obras prometidas ficaram no papel, usuários reclamaram da falta de iluminação, buracos na pista e serviços de emergência limitados. A decisão de transição atende não apenas a exigências técnicas e jurídicas, mas também a um clamor público por mais eficiência, transparência e respeito aos cidadãos.
Agora, com a saída da ViaBahia no horizonte e o DNIT assumindo o volante, a pergunta que ecoa em todo o estado é: será que, finalmente, vamos ter rodovias à altura da Bahia?
