Política e Resenha

Reflexão: Liturgia do I Domingo da Quaresma, Ano C – 09/03/2025 (Padre Carlos)

 

 

 

Neste I Domingo da Quaresma, somos convocados a uma reflexão profunda sobre as tentações que Jesus enfrentou no deserto e como essas experiências ressoam em nossas vidas cotidianas. A Palavra de Deus, fonte de força e sabedoria, nos ensina que é possível vencer as tentações que nos afastam do verdadeiro Deus.

A Palavra de Deus como Fortaleza

Jesus, cheio do Espírito Santo, não cedeu às propostas malignas do diabo. Ele respondeu a cada tentação com a firmeza das Escrituras: “está escrito”. Essa segurança é um convite a todos nós, membros do corpo da Igreja, a trazer a Palavra de Deus para o centro de nossas vidas. As tentações do dia a dia nos afastam do Projeto de Deus, levando-nos a adorar ídolos modernos, como o consumismo e o individualismo. Quando oramos: “não nos deixeis cair em tentação”, precisamos reconhecer a gravidade desse pedido, pois a idolatria nos desvia da verdadeira adoração.

O Deserto da Quaresma

A Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa, nos convida a uma peregrinação interior. O deserto é um espaço de encontro consigo mesmo e com Deus. Nele, somos chamados a revisitar nossas escolhas e a nos desapegar das distrações que nos afastam da essência do ser. A prática do jejum, da oração e da solidariedade não é apenas uma disciplina, mas uma forma de nos purificarmos e de nos tornarmos mais sensíveis às necessidades do próximo.

A Necessidade de Conversão

À luz da Campanha da Fraternidade 2025, que aborda a “Fraternidade e Ecologia Integral”, somos chamados a refletir sobre como podemos ser agentes de mudança em nossas comunidades. A conversão não é apenas uma experiência individual, mas um compromisso coletivo. Cada um de nós, como corpo da Igreja, deve questionar seu papel diante das injustiças e buscar formas concretas de manifestar o Reino de Deus.

Resistindo às Tentações

As tentações que enfrentamos – o desejo de poder, de ter e de prazer – são desafios universais. Jesus nos mostra que a resposta a essas tentações está na oração, no jejum e no desprendimento. Em um mundo que nos bombardeia com promessas de felicidade através do consumo e do egoísmo, é fundamental que cultivemos a humildade e o compromisso com a verdade de nosso ser.

Conclusão

Ao iniciarmos esta jornada quaresmal, que possamos nos lembrar de que, ao enfrentarmos nossas próprias tentações, não estamos sozinhos. A comunidade de fé nos sustenta e nos encoraja. Que a nossa confiança em Nosso Senhor se renove, e que, com fé, esperança e amor, possamos produzir frutos abundantes para o Reino de Deus.

Boa reflexão e que este tempo de Quaresma nos conduza a uma vivência mais autêntica da nossa fé!