Hoje, ao receber um texto do Dr. Afrânio, escrito por Ricardo Gondim, renomado teólogo brasileiro e pastor progressista, fui tocado por uma profunda reflexão. Ao ler suas palavras, que sempre admirei, deparei-me com um pensamento que ressoou profundamente em minha alma: “Eu contei meus anos e descobri que tenho menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi”. Este simples, mas poderoso enunciado, foi o ponto de partida para este artigo.
Ao analisar minha própria trajetória, percebi que estou em uma fase da vida onde o passado pesa mais do que o futuro. O tempo se torna um bem cada vez mais precioso, e a consciência da finitude se faz mais presente. Essa percepção me leva a uma escolha consciente e deliberada: a de não gastar meu tempo com mediocridades. A vida é curta demais para se envolver em reuniões onde egos inflamados desfilam suas vaidades, onde invejosos ocupam lugares de destaque às custas da admiração alheia. Não há mais espaço para conversas vazias sobre a vida de terceiros, especialmente aquelas que não têm relevância para a minha própria jornada.
A cada dia, sinto uma necessidade crescente de me afastar de pessoas que, embora envelheçam, não amadurecem. Essas pessoas, que se recusam a debater ideias e se fixam apenas em rótulos superficiais, me causam repulsa. Anseio por uma convivência enriquecedora, com indivíduos que sabem rir de seus próprios tropeços, que não se deslumbram com seus sucessos, e que não se consideram eleitos antes da hora. Quero caminhar ao lado de quem reconhece sua mortalidade e vive de forma autêntica e verdadeira.
É no essencial que a vida encontra seu verdadeiro valor. Desse modo, decidi concentrar minhas energias naquilo que realmente importa: nas relações genuínas, nos momentos significativos, nas ações que trazem propósito e significado. O supérfluo, o desnecessário, deve ser deixado de lado. A simplicidade é a chave para uma vida plena e satisfatória.
Ao refletir sobre essas questões, percebo que a verdadeira sabedoria está em saber priorizar. O tempo não espera por ninguém, e cada minuto que desperdiçamos é um minuto que não voltará. Portanto, ao invés de me envolver em disputas fúteis e em preocupações superficiais, escolho viver de forma plena, buscando o que realmente importa.
Ricardo Gondim, com sua sabedoria e visão progressista, nos lembra da importância de viver com propósito. Seu texto me inspirou a olhar para a frente com mais clareza e determinação, e a valorizar o tempo que me resta de maneira consciente e significativa. Que possamos todos aprender a viver com autenticidade, abraçando o essencial e descartando o desnecessário. Porque, no final das contas, é o essencial que faz a vida valer a pena.
O tempo é precioso. Que possamos usá-lo sabiamente, cercados de verdade e autenticidade, vivendo cada momento como se fosse o último. E para mim, isso é o suficiente.
