Política e Resenha

Sequências de uma História Inconsolável: A Dívida Histórica da Ditadura

 

 

As páginas da história brasileira guardam em seu registro um capítulo tenebroso e angustiante. Durante a ditadura militar, vidas foram arruinadas e marcadas pelas barbaridades praticadas por aqueles que deveriam proteger a integridade e os direitos de seu povo. Dentre essas histórias, destaca-se a testemunho de nossa ex-presidenta Dilma Rousseff, quem, como tantos outros, experimentou tortura em primeira mão e viveu para contar suas marcas profundas e duradouras.
A lembrança da tortura que Dilma compartilhou com todos nós é um grito silencioso que não pode ser ignorado. Seu relato é uma lição de história, um legado daqueles que tiveram a coragem de resistir à opressão e encararam a morte pelos olhos. Não podemos permitir que essas histórias se percam no tempo ou sejam apagadas pela negação.
Quando Dilma diz “as marcas da tortura sou eu”, ela ressalta o impacto duradouro que essa violência deixou em sua vida e em tantas outras. A força dessa violência não está apenas na dor momentânea, mas também na cicatriz que permanece em nossos corações e na nossa sociedade.
A crueldade que Dilma enfrentou durante sua prisão, os procedimentos brutais e as inúmeras agressões sofridas, deixam um gosto amargo na boca e nos questionam sobre nossa capacidade como seres humanos. Como podemos permitir que isso tenha acontecido? Como podemos permitir que essas marcas permaneçam, mesmo décadas depois?
Essas perguntas são fundamentais para entender não apenas nossa história, mas também nossa responsabilidade no presente. Não podemos deixar que a ditadura seja um capítulo encerrado e esquecido. Ela é uma dívida histórica que deve ser contada e reavaliada constantemente para que nunca mais permitamos que o terror seja perpetrado contra os filhos e filhas deste país.
É hora de olharmos Dilma e todos os sobreviventes da ditadura nos olhos e dizer “nunca mais”. É hora de assumirmos a responsabilidade coletiva de preservar a democracia e proteger a dignidade humana. A história de Dilma não é apenas uma história individual, mas a história de uma nação que deve aprender com o passado e nunca mais permitir que se repita.

#DitaduraNuncaMais

Padre Carlos