Política e Resenha

Sexta de Sangue em Jequié: Duas Mortes em 20 Minutos Aterrorizam a Cidade

A cidade de Jequié, no sudoeste baiano, viveu momentos de terror na tarde desta sexta-feira (03), quando dois assassinatos em sequência chocaram a comunidade local. Em um intervalo de apenas 20 minutos, duas pessoas foram brutalmente executadas em diferentes pontos da cidade, levantando um alerta ainda maior sobre a crescente onda de violência que assola a região.

O primeiro crime ocorreu em frente a uma distribuidora de bebidas, onde Isadora, de 33 anos, foi assassinada a sangue frio por homens armados. Testemunhas relataram que a vítima não teve tempo de reagir ou tentar escapar. O ataque foi tão rápido quanto brutal, deixando a cena marcada pelo desespero dos presentes e pela sensação de insegurança que já domina os moradores.

Menos de meia hora depois, na esquina da Rua Princesa Isabel, mais um crime. Niel, um mototaxista de 41 anos, foi morto a tiros no ponto onde trabalhava diariamente. Colegas de profissão ficaram em choque com a frieza do assassinato e a proximidade dos dois crimes, que parecem ter sido orquestrados em plena luz do dia.

A sequência de homicídios causou pânico e indignação na comunidade. Moradores relatam viver com medo constante e cobram das autoridades uma resposta efetiva para frear a violência. “A gente sai de casa sem saber se vai voltar. Hoje foi Isadora e Niel, amanhã pode ser qualquer um de nós”, lamentou uma comerciante da região.

A Polícia Militar e a Delegacia Territorial de Jequié estão investigando os casos, mas até o momento, não há informações concretas sobre os suspeitos ou a motivação dos crimes. Uma das linhas de investigação aponta para possíveis acertos de contas ligados ao crime organizado, mas nada foi oficialmente confirmado.

Esse duplo homicídio expõe uma dura realidade vivida por inúmeras cidades do interior da Bahia, onde a escalada da violência não para de crescer. A população de Jequié, que antes se sentia relativamente segura, agora teme pelo futuro, enquanto clama por medidas urgentes para conter a criminalidade.

A cidade está em luto, e o pedido de justiça ecoa pelas ruas. Quantas vidas mais serão perdidas antes que algo seja feito? A sexta-feira, que deveria ser o prenúncio de um fim de semana de descanso, tornou-se um dia marcado pelo medo e pela dor.

As próximas horas serão cruciais para a investigação. Enquanto isso, Jequié tenta seguir em frente, ainda abalada por uma sexta de sangue que ficará marcada na memória de seus habitantes.