O Centro de Vitória da Conquista foi palco de uma manhã turbulenta nesta quinta-feira (14), quando um protesto de vendedores de frutas tomou um rumo inesperado, terminando com a intervenção da Polícia Militar e a detenção de um dos manifestantes. O episódio aconteceu na Avenida Lauro de Freitas, nas proximidades da Estação de Transbordo Herzem Gusmão, onde a prefeitura vem realizando ações para retirar os vendedores ambulantes das calçadas.
De acordo com vídeos recebidos pelo Blog do Sena, um dos ambulantes foi detido por policiais militares, gerando uma onda de indignação entre outros vendedores e transeuntes que testemunharam a cena. Enquanto o vendedor era levado pelos agentes, a revolta tomou conta dos manifestantes e trabalhadores do comércio local, que começaram a gritar em defesa do ambulante, exigindo sua soltura imediata. “Deixem ele trabalhar!” – bradavam os manifestantes, em uma tentativa de demonstrar apoio ao vendedor e à causa defendida pelos ambulantes.
A principal queixa dos vendedores diz respeito à decisão da prefeitura de impedir a venda de produtos nas calçadas da avenida, onde eles tradicionalmente comercializam frutas e outros produtos. Os ambulantes pedem uma solução imediata que permita a continuidade de suas atividades, uma vez que, segundo eles, a nova medida ameaça seu sustento e o das suas famílias. “Estamos aqui para trabalhar, não para fazer bagunça!”, argumentou um dos vendedores durante a manifestação.
Para a prefeitura, a desocupação das calçadas visa garantir a organização e o ordenamento do espaço público, principalmente nas áreas de maior circulação. No entanto, os vendedores argumentam que as ações estão sendo feitas sem oferecer alternativas viáveis de local para que eles possam manter suas atividades comerciais.
O clima de tensão entre a categoria de vendedores e as autoridades parece longe de um desfecho pacífico. Com o comércio local observando de perto os desdobramentos, a situação lança luz sobre um problema recorrente nas cidades: o direito ao espaço público versus a necessidade de sobrevivência dos trabalhadores informais.