Política e Resenha

TERROR EM JEQUIÉ: MAIS UM JOVEM É ASSASSINADO EM NOITE SANGRENTA NA CIDADE NOVA

Na madrugada desta segunda-feira (27), o bairro Cidade Nova, em Jequié, foi palco de mais uma tragédia que expõe o aumento alarmante da violência na região. Tauan, um jovem de apenas 17 anos, foi brutalmente assassinado na Rua São João Batista. Ele foi alvejado por disparos e morreu no local, antes mesmo que pudesse receber socorro.

Equipes da Polícia Militar, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), da Polícia Civil e do Departamento de Polícia Técnica (DPT) estiveram na cena do crime para dar início às investigações e realizar os procedimentos de praxe. Até o momento, a autoria e a motivação do homicídio permanecem desconhecidas.

Um ciclo de violência sem fim

O assassinato de Tauan não é um caso isolado. Nos últimos meses, Jequié tem sido marcada por uma onda de homicídios que deixa a população em estado de alerta. O mesmo bairro Cidade Nova foi cenário, em janeiro, de outro crime bárbaro: os irmãos Ruan Gabriel Souza Barbosa, de 15 anos, e Elton Souza Barbosa, de 19, foram executados dentro de casa no Residencial Beira Rio. Segundo testemunhas, homens armados invadiram o imóvel e dispararam contra os jovens.

A violência não parou por aí. Entre os dias 3 e 5 de janeiro, Jequié registrou oito homicídios em apenas um final de semana. Entre as vítimas estava um casal assassinado dentro de sua residência no bairro Mandacaru, onde os criminosos, em um ato de crueldade, tentaram incendiar os corpos.

Medo e indignação

A escalada de crimes tem gerado medo e indignação entre os moradores. “A gente não sabe mais onde está seguro. Hoje é na Cidade Nova, amanhã pode ser em qualquer outro bairro. A sensação é de abandono e insegurança total”, desabafa uma moradora que preferiu não se identificar.

A Polícia Civil segue investigando o caso, mas os índices de resolução de crimes violentos ainda estão aquém do esperado. Enquanto isso, a população clama por ações efetivas do poder público, que possam frear a criminalidade e devolver a sensação de segurança às ruas de Jequié.

O que será necessário para deter o derramamento de sangue? Esta é a pergunta que ecoa em uma cidade cada vez mais refém do medo.