As três mulheres feitas reféns por um homem armado na última quinta-feira (19), em uma galeria no centro de Vitória da Conquista, ainda enfrentam dias difíceis. Internadas no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), suas recuperações seguem em ritmo desigual, enquanto a cidade tenta digerir o trauma de um episódio que paralisou a rotina e deixou marcas profundas.
Letícia, uma das vítimas, que passou por cirurgias no abdômen, braço e perna, finalmente deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na tarde deste domingo (22). Seu estado de saúde é considerado estável, sem risco de morte, mas o caminho até a recuperação completa ainda será longo.
Outra refém, Thayane, também saiu da UTI e apresenta quadro estável. No entanto, permanece sob cuidados médicos na unidade hospitalar.
Francielle, que ficou frente a frente com o criminoso durante todo o tempo da negociação, teve seu estado de saúde mantido sob sigilo até o momento, aumentando a apreensão de amigos, familiares e de uma comunidade abalada pelo horror presenciado.
O ataque que chocou Vitória da Conquista
Na tarde de quinta-feira, um homem armado invadiu a galeria localizada na Avenida Lauro de Freitas, mantendo três mulheres sob a mira de uma pistola por mais de quatro horas. O criminoso, identificado como um ex-presidiário com histórico de tráfico de drogas e homicídio, também feriu o gerente da loja antes que ele conseguisse fugir e chamar a polícia.
A cena, digna de um thriller, levou tensão ao centro da cidade. Comerciantes fecharam suas portas, ruas ficaram desertas, e equipes de resgate mobilizaram ambulâncias e doadores de sangue para socorrer as vítimas.
Após intensas negociações, mediadas pela Polícia Militar, o sequestrador libertou as reféns por volta das 16h30. Ele foi preso em flagrante, mas o rastro de medo permanece.
A dor da cidade e o apelo por segurança
O episódio revelou falhas na segurança e trouxe à tona debates urgentes sobre a vulnerabilidade de áreas comerciais movimentadas. Moradores clamam por mais policiamento ostensivo e programas que inibam reincidências criminais, enquanto as vítimas e suas famílias lutam para superar o trauma físico e psicológico.
A história dessas mulheres é de resistência e sobrevivência, mas também de um alerta: a segurança pública precisa ser prioridade, para que cenas como essa nunca mais se repitam.