Política e Resenha

Trump diz que vai transformar Guantánamo em prisão para imigrantes

 

O mundo assiste estarrecido ao crescimento de discursos de ódio e à proliferação de práticas que evocam fantasmas do passado. A retórica incendiária, a demonização de minorias e a escalada da violência nos forçam a questionar: estamos, de fato, presenciando um novo holocausto? A comparação, embora dolorosa, não é descabida. A história nos ensina que o silêncio diante da barbárie é cúmplice da tragédia. A omissão que permitiu a ascensão de Hitler e a perpetração do Holocausto serve como alerta para os tempos atuais.

A recente declaração de Donald Trump sobre a utilização de Guantánamo para abrigar imigrantes acende um sinal de alerta ainda mais preocupante. Transformar um local marcado por violações de direitos humanos em um centro de detenção para imigrantes é, no mínimo, uma demonstração de insensibilidade e desrespeito aos princípios básicos da dignidade humana. Guantánamo se tornou símbolo de tortura, detenções arbitrárias e abusos. Utilizá-la para encarcerar imigrantes, muitos dos quais buscam refúgio e segurança, é uma afronta à consciência global.

Não podemos nos calar. É imperativo que a comunidade internacional se manifeste contra essas práticas desumanas. A memória das vítimas do Holocausto nos obriga a agir. Devemos combater o discurso de ódio, defender os direitos humanos e exigir respeito à dignidade de todos os indivíduos, independentemente de sua origem ou status migratório. A história nos julgará pela nossa resposta a essa crise. O silêncio não é uma opção.

Padre Carlos