Uma tragédia envolvendo a jovem Diely da Silva Maia, de 34 anos, chocou o sudoeste da Bahia e levantou novas críticas sobre a segurança no Rio de Janeiro. Natural de Candiba, Diely, que trabalhava como gerente contábil e vivia em Jundiaí (SP), viajou à Cidade Maravilhosa para celebrar o Réveillon, mas sua vida foi brutalmente interrompida na noite de sábado (28).
O caso ocorreu quando o motorista do carro de aplicativo em que ela estava seguiu as instruções do GPS e entrou por engano na comunidade do Fontela, na Zona Norte carioca. Segundo relatos, traficantes da área ordenaram que o veículo parasse, mas, devido à baixa iluminação, o comando não foi percebido. O carro foi alvejado por diversos disparos.
Uma noite que terminou em tragédia
Diely foi socorrida após ser atingida pelos tiros, mas não resistiu aos ferimentos. O motorista do veículo, Anderson Sales Pinheiro, também foi baleado, porém sobreviveu e recebeu alta médica no dia seguinte. O incidente deixou a comunidade de Candiba em luto, com familiares e amigos em choque diante da brutalidade da violência.
“Mais uma família devastada pela criminalidade do Rio de Janeiro. Agora, essa família é a nossa”, lamentou Tamires Pontes Coletti, prima da vítima, nas redes sociais. A frase ecoa o sentimento de revolta e impotência que tomou conta de quem conhecia a jovem.
Repercussão nas redes sociais
A morte de Diely gerou grande repercussão online. Amigos, familiares e até desconhecidos inundaram as redes sociais com homenagens e desabafos. A última foto publicada pela vítima no Instagram, onde ela aparece sorridente em uma praia, tornou-se um espaço de despedida, com centenas de mensagens que variavam entre tristeza e indignação.
“Até quando vamos viver assim?”, questionou um usuário carioca. Outro desabafou: “Nós, cariocas, nos sentimos envergonhados.” Personalidades públicas e anônimos cobraram ações imediatas do governador Cláudio Castro e do prefeito Eduardo Paes, enquanto a insegurança no Rio de Janeiro segue como pauta urgente.
Diely: sonhos interrompidos
Descrita como uma mulher batalhadora, alegre e apaixonada por viagens, Diely planejava um ano novo repleto de realizações. A jovem, que morava com o irmão em Jundiaí, tinha uma carreira promissora e uma vida cheia de planos. Sua partida deixou um vazio imensurável para os que a amavam.
O corpo de Diely foi transportado para Candiba, onde será velado e sepultado. A cidade, pequena e pacata, encontra-se em luto profundo.
Investigação em curso
O caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios da Capital. A polícia já ouviu o motorista e realizou perícias no local do crime. Entretanto, familiares e amigos de Diely aguardam respostas e cobram justiça.
Esse episódio reforça o debate sobre os riscos enfrentados por moradores e turistas no Rio de Janeiro. Apesar de ser um destino turístico de renome mundial, a cidade segue manchada por episódios de violência, que não só afastam visitantes como destroem vidas e famílias.
Diely Maia não foi a primeira vítima desse cenário caótico, mas sua história certamente continuará a ser um lembrete da necessidade de mudança.