Um recente vídeo compartilhado por um conterrâneo no grupo dos miguelenses trouxe à tona lembranças dos tempos em que o trem fazia sua rota pelos vários municípios da região, trazendo progresso e conectando pessoas. Essa é uma história que nos remete à importância da memória coletiva e da valorização da história local.
O trem que passava por Santo Antônio de Jesus começava sua jornada em Jequié, seguindo pelo vale do Jequiriçá e atravessando várias cidades, como Itaquara, Santa Inês, Ubaíra, Mutuípe, Laje, Amargosa, São Miguel e Vargem Grande, antes de chegar à cidade. Sua entrada em Santo Antônio de Jesus era exatamente pela Rua da Linha, descendo até a Rua Roberto Santos, seguindo pela Avenida do Ceciliano Queiroz, Rua das Mangueiras e Rua Luís Viana, provavelmente seguindo a margem do rio.
A partir de Mutum, o trem seguia para Nazaré, onde parava nas margens do Rio Jaguaribe, na estação local. Depois, seguia viagem até São Roque, na atração rock do Paraguaçu, onde os passageiros desembarcavam e pegavam o vapor para Salvador.
Essa rota histórica não é apenas um itinerário geográfico, mas um marco da história local que moldou o desenvolvimento e a identidade das cidades por onde passava. As memórias dos moradores e das histórias passadas de geração em geração, como as contadas por pai e minha mãe, compõem uma rica narrativa que nos ajuda a entender quem somos e de onde vimos.
Nos dias atuais, quando a vida parece girar cada vez mais em torno da tecnologia e do futuro, é fundamental valorizar e preservar a memória e a história local. Essas memórias nos conectam com nossas raízes e ajudam a construir uma visão de futuro mais autêntica e consciente.
Portanto, o vídeo do passageiro do trem não é apenas uma lembrança nostálgica do passado, mas também uma oportunidade para reflexão e valorização do papel da história e da memória na construção da identidade das comunidades e na definição do nosso rumo para o futuro.
