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O decl\u00ednio econ\u00f4mico de Vit\u00f3ria da Conquista e regi\u00e3o \u00e9 um retrato doloroso do abandono que o Sudoeste da Bahia vem enfrentando nos \u00faltimos anos. Uma regi\u00e3o que j\u00e1 ocupou a quinta posi\u00e7\u00e3o no ranking do PIB estadual hoje amarga a sexta coloca\u00e7\u00e3o, demonstrando uma tend\u00eancia preocupante de deteriora\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica que precisa ser urgentemente revertida.<\/p>\n
Os n\u00fameros s\u00e3o alarmantes: de 2017 a 2020, Vit\u00f3ria da Conquista mantinha-se como quinta for\u00e7a econ\u00f4mica do estado. Hoje, ultrapassada por Lu\u00eds Eduardo Magalh\u00e3es, corre o risco de continuar perdendo posi\u00e7\u00f5es. Este cen\u00e1rio n\u00e3o reflete o verdadeiro potencial da regi\u00e3o, que tem capacidade comprovada para figurar entre as quatro maiores economias da Bahia.<\/p>\n
Os gargalos s\u00e3o evidentes e cr\u00f4nicos. A BR que corta o Sudoeste clama por duplica\u00e7\u00e3o, especialmente no trecho entre Po\u00e7\u00f5es, entrada de Belo Campo e a barragem do Rio Pardo. O centro industrial necessita moderniza\u00e7\u00e3o e amplia\u00e7\u00e3o. O transporte a\u00e9reo, com pre\u00e7os proibitivos para Salvador, isola a regi\u00e3o do resto do estado e do pa\u00eds.<\/p>\n
Esta situa\u00e7\u00e3o \u00e9 resultado de uma conjuga\u00e7\u00e3o perversa de fatores: in\u00e9rcia das autoridades locais, falta de articula\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e aus\u00eancia de um projeto estruturado de desenvolvimento regional. O mais grave \u00e9 que estes problemas s\u00e3o conhecidos h\u00e1 anos, mas as solu\u00e7\u00f5es permanecem no papel.<\/p>\n
\u00c9 hora de mobiliza\u00e7\u00e3o. Precisamos reunir empres\u00e1rios, entidades de classe e representantes pol\u00edticos para construir uma agenda comum de desenvolvimento. N\u00e3o podemos aceitar passivamente a degrada\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica de uma regi\u00e3o t\u00e3o importante para a Bahia.<\/p>\n
O Sudoeste baiano tem voca\u00e7\u00e3o natural para o desenvolvimento. Possui localiza\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica, recursos naturais abundantes e uma popula\u00e7\u00e3o trabalhadora. O que falta \u00e9 gest\u00e3o eficiente e vontade pol\u00edtica para transformar esse potencial em realidade.<\/p>\n
A recupera\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica da regi\u00e3o passa necessariamente por investimentos em infraestrutura, moderniza\u00e7\u00e3o do parque industrial e melhoria da conectividade. S\u00e3o investimentos que demandam articula\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e press\u00e3o popular constante sobre as autoridades respons\u00e1veis.<\/p>\n
O momento exige uni\u00e3o e determina\u00e7\u00e3o. Ou nos mobilizamos agora para reverter este quadro de decl\u00ednio, ou assistiremos passivamente ao definhamento de uma das regi\u00f5es mais promissoras da Bahia. O Sudoeste n\u00e3o pode esperar mais. O futuro \u00e9 agora.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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