{"id":14576,"date":"2025-01-24T08:18:12","date_gmt":"2025-01-24T11:18:12","guid":{"rendered":"https:\/\/politicaeresenha.com.br\/?p=14576"},"modified":"2025-01-24T08:18:12","modified_gmt":"2025-01-24T11:18:12","slug":"como-vitoria-da-conquista-pode-transformar-desafios-aereos-em-oportunidades-economicas-padre-carlos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/politicaeresenha.com.br\/como-vitoria-da-conquista-pode-transformar-desafios-aereos-em-oportunidades-economicas-padre-carlos\/","title":{"rendered":"Como Vit\u00f3ria da Conquista pode transformar desafios a\u00e9reos em oportunidades econ\u00f4micas (Padre Carlos)"},"content":{"rendered":"
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A avia\u00e7\u00e3o civil n\u00e3o \u00e9 apenas uma ponte entre c\u00e9us e terras; \u00e9 um eixo vital para o desenvolvimento de cidades que, como Vit\u00f3ria da Conquista (BA) e Campina Grande (PB), ocupam posi\u00e7\u00f5es estrat\u00e9gicas em suas regi\u00f5es. Recentemente, Campina Grande enfrentou um dilema que ecoa em muitas localidades do interior do Brasil: a redu\u00e7\u00e3o de voos da Azul Linhas A\u00e9reas, decorrente de uma reestrutura\u00e7\u00e3o nacional da empresa. A resposta da cidade paraibana, por\u00e9m, transformou-se em um caso exemplar de governan\u00e7a colaborativa \u2014 um modelo que Vit\u00f3ria da Conquista pode (e deve) adaptar para fortalecer sua pr\u00f3pria rede a\u00e9rea e economia.<\/p>\n
Quando a Azul anunciou a diminui\u00e7\u00e3o de opera\u00e7\u00f5es no Aeroporto Presidente Castro Pinto, Campina Grande n\u00e3o se limitou a lamentar. Sob a lideran\u00e7a da Secretaria de Desenvolvimento Econ\u00f4mico (SEDE), a cidade mobilizou um amplo espectro de atores: do setor tur\u00edstico (PBTUr) \u00e0 Associa\u00e7\u00e3o Comercial, passando por \u00f3rg\u00e3os estaduais. O objetivo era claro: dialogar com a empresa para mitigar impactos e buscar alternativas que mantivessem a cidade conectada aos grandes centros.<\/p>\n
Em entrevista \u00e0 R\u00e1dio Caturit\u00e9 FM, a secret\u00e1ria Tamela Fama resumiu a estrat\u00e9gia:\u00a0\u201cEntendemos que essa \u00e9 uma situa\u00e7\u00e3o complexa, mas n\u00e3o intranspon\u00edvel. Estamos trabalhando em conjunto com entidades p\u00fablicas e privadas para preservar nossa conectividade, que \u00e9 essencial para atrair investimentos e gerar emprego\u201d<\/em>. A fala de Fama sintetiza um princ\u00edpio fundamental: em tempos de crise, a resposta eficaz nasce da articula\u00e7\u00e3o entre poder p\u00fablico, iniciativa privada e sociedade civil.<\/p>\n Vit\u00f3ria da Conquista, terceira maior cidade baiana, vive realidade semelhante. Seu aeroporto, Pedro Otac\u00edlio Figueiredo, n\u00e3o \u00e9 apenas uma estrutura de concreto e asfalto: \u00e9 um catalisador econ\u00f4mico. Por ali passam turistas rumo \u00e0 Serra do Piripiri, produtores rurais que escoam gr\u00e3os e frutas, pacientes que buscam atendimento m\u00e9dico especializado e estudantes que frequentam a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Uma eventual redu\u00e7\u00e3o de voos \u2014 seja por decis\u00e3o empresarial, como ocorreu na Para\u00edba, ou por falta de demanda \u2014 representaria um retrocesso para toda a regi\u00e3o, que abrange mais de 80 munic\u00edpios.<\/p>\n O paralelo com Campina Grande salta aos olhos: ambas s\u00e3o polos regionais cujo crescimento depende da capacidade de manter e ampliar sua integra\u00e7\u00e3o com o resto do pa\u00eds. A diferen\u00e7a \u00e9 que Vit\u00f3ria da Conquista ainda tem tempo de agir\u00a0antes<\/strong>\u00a0que uma crise se instale.<\/p>\n Inspirado na experi\u00eancia paraibana, o caminho para a cidade baiana pode ser tra\u00e7ado em tr\u00eas eixos:<\/p>\n 1. Governan\u00e7a colaborativa:<\/strong>\u00a0Criar um comit\u00ea permanente envolvendo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, entidades empresariais (como ACIVC e CDL), universidades (UESB), sindicatos rurais e representantes do governo estadual. Esse grupo teria a miss\u00e3o de monitorar a opera\u00e7\u00e3o a\u00e9rea, identificar gargalos e negociar diretamente com companhias, apresentando dados concretos sobre demanda potencial (como o fluxo de 50 mil passageiros\/ano no aeroporto).<\/p>\n 2. Incentivos inteligentes:<\/strong>\u00a0Campina Grande pressiona por benef\u00edcios fiscais e operacionais para atrair voos; Conquista pode ir al\u00e9m. Uma proposta ousada seria articular com o governo baiano a redu\u00e7\u00e3o de impostos estaduais (como o ICMS) para combust\u00edvel de avia\u00e7\u00e3o no aeroporto, medida que j\u00e1 impulsionou opera\u00e7\u00f5es em cidades como Recife e Fortaleza. Paralelamente, \u00e9 poss\u00edvel buscar parcerias com empresas locais para garantir receita m\u00ednima \u00e0s companhias (mecanismo usado com sucesso em Joa\u00e7aba\/SC).<\/p>\n 3. Marketing territorial integrado:<\/strong> Nenhuma companhia a\u00e9rea resiste a rotas lucrativas. Cabe a Conquista provar que seu aeroporto \u00e9 vi\u00e1vel. Como? Unindo promo\u00e7\u00e3o tur\u00edstica (divulgando eventos como o S\u00e3o Jo\u00e3o e Festival de Inverno e outras festas) a campanhas que destaquem o potencial econ\u00f4mico da regi\u00e3o \u2014 como o agroneg\u00f3cio do cacau e o polo de sa\u00fade. Um exemplo a ser copiado \u00e9 o de Juazeiro do Norte (CE), que aumentou voos ap\u00f3s associar sua imagem ao turismo religioso e a feiras de neg\u00f3cios.<\/p>\n Al\u00e9m de replicar o modelo de Campina Grande, Vit\u00f3ria da Conquista tem espa\u00e7o para ousar:<\/p>\n A crise em Campina Grande ensina que, mesmo diante de pol\u00edticas nacionais, o poder local n\u00e3o \u00e9 ref\u00e9m. Vit\u00f3ria da Conquista, que j\u00e1 \u00e9 um centro de refer\u00eancia em sa\u00fade, educa\u00e7\u00e3o e agroneg\u00f3cio, tem todas as condi\u00e7\u00f5es de transformar seu aeroporto em um vetor de desenvolvimento \u2014 desde que suas lideran\u00e7as adotem a mesma postura proativa dos paraibanos.<\/p>\n Como bem disse Tamela Fama,\u00a0\u201ca miss\u00e3o \u00e9 garantir desenvolvimento\u201d<\/em>. Para isso, \u00e9 preciso enxergar a conectividade a\u00e9rea n\u00e3o como um custo, mas como um investimento. Afinal, em um pa\u00eds de dimens\u00f5es continentais como o Brasil, cidades que n\u00e3o dialogam com o c\u00e9u dificilmente alcan\u00e7ar\u00e3o o horizonte.<\/p>\n<\/div>\nVit\u00f3ria da Conquista: Riscos e oportunidades no horizonte<\/strong><\/h3>\n
Tr\u00eas passos para Conquista decolar<\/strong><\/h3>\n
Inovar para n\u00e3o parar: Ideias al\u00e9m do \u00f3bvio<\/strong><\/h3>\n
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Conclus\u00e3o: O c\u00e9u n\u00e3o \u00e9 o limite<\/strong><\/h3>\n