![\"\"](\"http:\/\/politicaeresenha.com.br\/wp-content\/uploads\/2025\/02\/Post-instagram-dia-de-Nossa-Senhora-de-Lurdes-moderno-azul-e-branco.png\")
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Para meu Irm\u00e3ozinho:<\/p>\n
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Neste dia 11 de fevereiro, quando a Igreja celebra o Dia Mundial dos Doentes e honra Nossa Senhora de Lourdes, intercessora dos enfermos, nossos cora\u00e7\u00f5es se voltam para aqueles que carregam no corpo e na alma o peso da dor. \u00c9 tempo de erguer os olhos para a gruta de Lourdes, onde Maria, com do\u00e7ura materna, nos lembra que nenhum sofrimento \u00e9 em v\u00e3o. Ali, entre velas acesas e murm\u00farios de esperan\u00e7a, aprendemos que a ora\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 um grito perdido no vazio, mas uma semente lan\u00e7ada ao c\u00e9u, capaz de florescer mesmo no inverno mais rigoroso.<\/p>\n
O Salmo 30:2 ecoa como um b\u00e1lsamo:\u00a0\u201cSenhor meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me curaste\u201d<\/em>. Quantas vezes, amigos e irm\u00e3os, repetimos estas palavras entre l\u00e1grimas? Quantas noites viraram madrugadas em vig\u00edlia, com o cora\u00e7\u00e3o apertado por diagn\u00f3sticos incertos ou dores que a medicina ainda n\u00e3o nomeou? Mas a cura prometida por Deus nem sempre vem como imaginamos. \u00c0s vezes, ela se revela na coragem de seguir em frente, na paz que surpreende em meio ao caos, ou no abra\u00e7o silencioso de quem nos diz: \u201cN\u00e3o est\u00e1s sozinho\u201d.<\/p>\n Nossa Senhora de Lourdes, aquela que se inclinou sobre Bernadete numa gruta fria, n\u00e3o trouxe respostas f\u00e1ceis, mas ofereceu um olhar que transforma. Ela nos ensina que a verdadeira cura come\u00e7a quando permitimos que a f\u00e9 abra as portas de nossa fragilidade. N\u00e3o h\u00e1 enfermidade que possa apagar a luz da dignidade humana, pois cada vida, mesmo marcada pela dor, \u00e9 um santu\u00e1rio onde Deus habita. Aos que cuidam dos doentes \u2014 m\u00e3es que velam filhos, filhos que acompanham pais, amigos que se fazem colo \u2014, Maria sussurra: \u201cVossa entrega \u00e9 ora\u00e7\u00e3o viva. Cada gesto de amor \u00e9 uma chave que descerra os c\u00e9us\u201d.<\/p>\n Sim, a ora\u00e7\u00e3o \u00e9 a chave do c\u00e9u. N\u00e3o porque mude a vontade de Deus, mas porque nos muda a n\u00f3s. Ela nos une \u00e0 fonte da miseric\u00f3rdia, onde encontramos for\u00e7as para carregar a cruz sem perder a esperan\u00e7a. Quando rezamos, n\u00e3o suplicamos apenas por milagres; suplicamos por olhos novos para enxergar milagres cotidianos: um sorriso que resiste, um tratamento que avan\u00e7a, uma m\u00e3o que n\u00e3o solta a nossa.<\/p>\n Neste dia, convido-vos a erguer os cora\u00e7\u00f5es. Se estais enfermos, oferecei vossa dor como ora\u00e7\u00e3o. Se estais saud\u00e1veis, sede testemunhas da compaix\u00e3o que n\u00e3o julga, mas acolhe. Lembrai-vos de que, em Lourdes, as \u00e1guas que jorraram da rocha n\u00e3o eram m\u00e1gicas \u2014 eram sinal de que Deus transforma at\u00e9 a pedra mais dura em nascente de vida. Que Nossa Senhora nos una num mesmo clamor, e que cada \u201cSenhor, cura-me\u201d seja tamb\u00e9m um \u201cEis-me aqui, confiante como uma crian\u00e7a\u201d.<\/p>\n Aos que hoje sentem o peso da enfermidade, repito: N\u00e3o desistas. Tua luta \u00e9 sagrada. Tua voz, mesmo em sussurro, ecoa no cora\u00e7\u00e3o de Deus. E lembrai-vos: enquanto houver uma vela acesa no altar de um cora\u00e7\u00e3o, a escurid\u00e3o jamais vencer\u00e1.<\/p>\n \u201cSenhor meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me curaste\u201d<\/em>. Que esta promessa nos envolva a todos, como um manto de luz.<\/p>\n Com minha b\u00ean\u00e7\u00e3o e ora\u00e7\u00e3o,
\nPadre Carlos.<\/p>\n<\/div>\n\n\n