![\"\"](\"http:\/\/politicaeresenha.com.br\/wp-content\/uploads\/2025\/02\/Imagem-para-o-texto.jpeg\")
<\/p>\n<\/p>\n
<\/p>\n
<\/p>\n
<\/p>\n
Nas margens do tempo, onde o passado e o presente se encontram em um abra\u00e7o eterno, existe um homem. Um homem que viveu mais do que a maioria, que respirou mais do que a m\u00e9dia, que amou mais do que a maioria ousa. Um homem que, em meio \u00e0 sua exist\u00eancia longa e cheia, agora se v\u00ea perseguido por ecos de um passado que ele tentou deixar para tr\u00e1s.<\/p>\n
O cheiro de caf\u00e9 da manh\u00e3, o sussurro do vento atrav\u00e9s das cortinas, o sabor de um beijo roubado sob a luz da lua – essas s\u00e3o as lembran\u00e7as que o assombram. N\u00e3o s\u00e3o amores que ele deseja relembrar, nem momentos que ele anseia reviver. S\u00e3o fantasmas que ele deseja exorcizar, mas que se recusam a serem esquecidos.<\/p>\n
“N\u00e3o h\u00e1 mais nenhum \u00e1s na minha manga para jogar”, ele suspira, olhando para o vazio. O jogo da vida, que ele jogou com paix\u00e3o e coragem, chegou ao seu fim. Ele jogou todas as suas cartas, cada uma com um peda\u00e7o de seu cora\u00e7\u00e3o, cada uma com um peda\u00e7o de sua alma. E agora, o tabuleiro est\u00e1 vazio, as cartas foram todas jogadas.<\/p>\n
O vencedor leva tudo, dizem. Mas quem \u00e9 o vencedor nesse jogo de vida? O homem pergunta-se. Ele olha para tr\u00e1s, para o campo de batalha que foi sua exist\u00eancia, e v\u00ea apenas o sil\u00eancio. O vencedor, quem quer que seja, j\u00e1 se foi, deixando para tr\u00e1s apenas o eco de sua risada triunfante.<\/p>\n
E o perdedor? O perdedor fica pequeno, uma sombra esquecida no canto da mem\u00f3ria. O perdedor, que deu tudo, que amou sem reservas, que viveu com intensidade, agora \u00e9 apenas uma nota de rodap\u00e9 na hist\u00f3ria. O perdedor, que uma vez foi um homem, agora \u00e9 apenas um eco, um sussurro, um cheiro de caf\u00e9 da manh\u00e3, um sabor de beijo roubado.<\/p>\n
Mas, mesmo na derrota, h\u00e1 uma beleza. Mesmo na perda, h\u00e1 uma dignidade. Pois o homem que perdeu, perdeu com honra. Ele deu tudo, amou tudo, viveu tudo. E, no final, quando o jogo acabou, ele n\u00e3o se arrependeu. Pois ele jogou com o cora\u00e7\u00e3o, ele jogou com a alma, ele jogou com tudo que tinha.<\/p>\n
E assim, o homem se senta, sozinho, no sil\u00eancio do fim do jogo. Ele sorri, um sorriso triste, mas sem arrependimento. Pois ele sabe que, mesmo na derrota, ele viveu. E isso, para ele, \u00e9 o suficiente.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Nas margens do tempo, onde o passado e o presente se encontram em um abra\u00e7o eterno, existe um homem. Um homem que viveu mais do que a maioria, que respirou mais do que a m\u00e9dia, que amou mais do que a maioria ousa. Um homem que, em meio ?<\/p>\n","protected":false},"author":3,"featured_media":15347,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[18],"tags":[3],"class_list":["post-15346","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-cronica-literaria","tag-destaque"],"yoast_head":"\n