![\"\"](\"http:\/\/politicaeresenha.com.br\/wp-content\/uploads\/2025\/03\/dorival-junior-em-entrevista-coletiva-da-selecao-brasileira-2663147-article.webp\")
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A not\u00edcia que ecoa pelos corredores do futebol brasileiro nesta sexta-feira (28) soa como um trov\u00e3o em c\u00e9u relativamente sereno: Dorival J\u00fanior n\u00e3o \u00e9 mais o t\u00e9cnico da Sele\u00e7\u00e3o Brasileira. A decis\u00e3o da Confedera\u00e7\u00e3o Brasileira de Futebol (CBF), a ser oficializada ap\u00f3s o encontro com o presidente Ednaldo Rodrigues, escancara mais uma vez a instabilidade e, sejamos francos, a falta de planejamento que assola o comando t\u00e9cnico da nossa Canarinho.<\/p>\n
\u00c9 preciso questionar: qual a l\u00f3gica por tr\u00e1s dessa decis\u00e3o intempestiva? Dorival J\u00fanior assumiu a sele\u00e7\u00e3o em um momento delicado, com a miss\u00e3o de resgatar o futebol vistoso e os resultados positivos que tanto nos acostumamos a celebrar. Embora o tempo de trabalho tenha sido curto, era vis\u00edvel um esbo\u00e7o de organiza\u00e7\u00e3o t\u00e1tica e uma tentativa de dar um novo \u00e2nimo ao grupo de jogadores.<\/p>\n
\u00c9 verdade que os resultados recentes podem n\u00e3o ter sido os ideais, mas em um cen\u00e1rio de reformula\u00e7\u00e3o e com a press\u00e3o inerente ao cargo, a paci\u00eancia e a continuidade deveriam ser palavras de ordem. Demitir um treinador ap\u00f3s poucos meses de trabalho, sem lhe dar tempo h\u00e1bil para implementar sua filosofia e consolidar uma equipe, demonstra uma impulsividade perigosa e uma miopia estrat\u00e9gica por parte da CBF.<\/p>\n
Essa dan\u00e7a das cadeiras no comando da sele\u00e7\u00e3o brasileira se tornou uma triste rotina. A cada trope\u00e7o, a guilhotina parece ser a solu\u00e7\u00e3o mais f\u00e1cil, ignorando o fato de que a constru\u00e7\u00e3o de um time competitivo e coeso exige tempo, confian\u00e7a e, acima de tudo, um projeto de longo prazo. A constante troca de t\u00e9cnicos impede a cria\u00e7\u00e3o de uma identidade para a sele\u00e7\u00e3o, deixando os jogadores em um limbo de incertezas e dificultando a forma\u00e7\u00e3o de um esp\u00edrito de equipe s\u00f3lido.<\/p>\n
A demiss\u00e3o de Dorival J\u00fanior levanta ainda mais questionamentos sobre os crit\u00e9rios e a vis\u00e3o da atual gest\u00e3o da CBF para o futuro do futebol brasileiro. Qual o pr\u00f3ximo nome? Qual o projeto a ser implementado? A falta de clareza e a sucess\u00e3o de decis\u00f5es aparentemente aleat\u00f3rias minam a credibilidade da entidade e geram apreens\u00e3o nos torcedores, \u00e1vidos por ver a nossa sele\u00e7\u00e3o voltar a brilhar nos gramados.<\/p>\n
Em um ano que antecede a Copa do Mundo, essa instabilidade no comando t\u00e9cnico \u00e9 ainda mais preocupante. A busca por um novo treinador, a adapta\u00e7\u00e3o dos jogadores a uma nova filosofia de trabalho e a press\u00e3o por resultados imediatos criam um cen\u00e1rio de incerteza que pode comprometer as chances do Brasil no maior palco do futebol mundial.<\/p>\n
A hist\u00f3ria nos mostra que a paci\u00eancia e a continuidade s\u00e3o ingredientes fundamentais para o sucesso no futebol. A CBF, ao optar pela demiss\u00e3o de Dorival J\u00fanior, parece ignorar essa li\u00e7\u00e3o, preferindo o caminho da instabilidade e da troca constante. Resta aos torcedores brasileiros lamentar mais essa decis\u00e3o equivocada e torcer para que, em meio a essa inexplic\u00e1vel dan\u00e7a das cadeiras, a nossa sele\u00e7\u00e3o encontre, enfim, um rumo seguro e promissor. O futebol brasileiro merece mais planejamento, mais paci\u00eancia e, acima de tudo, mais respeito.<\/p>\n<\/div>\n