Quando olho para trás e me pergunto quantos amigos posso afirmar que tenho verdadeiramente, a resposta é surpreendentemente escassa. Poucos, pouquíssimos! Os dedos de uma mão poderiam ser mais do que suficientes para contar as amizades verdadeiras que conquistei ao longo da minha vida.
Em meio às crises que enfrentei, percebi que elas não afastaram meus amigos, apenas os selecionaram. Aqueles que permaneceram são os verdadeiros, os que estiveram comigo nos momentos bons e ruins. São os que me apoiam, me entendem e me aceitam por quem eu sou.
Ao catalogar as amizades em diversas fases da minha trajetória, desde a infância até a vida adulta, surge uma constatação intrigante. Mudanças de cidades, bairros, e até mesmo a ausência das facilidades tecnológicas de hoje, como internet e redes sociais, contribuíram para o distanciamento de amigos queridos.
Onde estarão aqueles amigos de tempos passados, de bairros e militâncias políticas? As recordações permanecem, mas o reencontro físico muitas vezes é desafiador.
O advento da internet abriu portas para reencontros virtuais, mas o tempo revelou que, mesmo assim, algumas amizades parecem ter parado no tempo. O contato virtual não supriu a ausência real, e as mudanças ao longo dos anos dificultaram a reconexão.
Refletindo sobre isso, questiono a validade de ter um perfil repleto de “amigos” nas redes sociais. O que há de comum entre nós? Quais são os interesses compartilhados? Tornou-se um desafio selecionar amigos em meio a tantas conexões virtuais.
Quanto aos amigos reais, a esperança de reencontrá-los persiste, seja pessoalmente ou virtualmente. A seleção tornou-se mais criteriosa, buscando preservar a qualidade sobre a quantidade. A inovação tecnológica é valiosa, mas não altera o essencial.
O tempo, a distância e a falta de contato físico não apagaram a chama da amizade. Mesmo ausentes geograficamente, os amigos permanecem presentes, e algumas tentativas de contato foram bem-sucedidas, enquanto outras encontraram o silêncio como resposta.
Além das reflexões sobre o passado, é crucial valorizar as amizades construídas no presente. Em Vitória da Conquista e nos últimos anos, novas conexões se formaram, enriquecendo a trama da vida. Ter milhares de amigos virtuais pode ser fácil, mas manter amizades reais e duradouras é uma tarefa complexa.
No entanto, discernir entre amigos e “amigos”, realidade e virtualidade, é essencial para cultivar relações verdadeiras e significativas.
Em meio aos labirintos da amizade, é fundamental encontrar o equilíbrio entre o mundo virtual e as relações reais, pois, afinal, a riqueza das amizades transcende os cliques e likes.
Amizade: um tesouro a ser preservado
A amizade é um dos relacionamentos mais importantes da vida humana. É uma relação baseada no amor, no respeito e na confiança, que pode proporcionar momentos de alegria, apoio e companheirismo.
As amizades reais são um tesouro a ser preservado. São relações que nos enriquecem e nos ajudam a viver melhor. Por isso, é importante investir nas amizades reais, mesmo que elas sejam poucas.