(Padre Carlos)
O Hospital Materno-Infantil Esaú Matos, em Vitória da Conquista, é uma referência regional em saúde pública, especialmente nas áreas de obstetrícia e pediatria. Atendendo a mais de 100 municípios do sudoeste baiano e do norte de Minas Gerais, a unidade enfrenta desafios significativos para manter a qualidade dos serviços prestados.
Recentemente, o hospital recebeu um investimento de R$ 11 milhões anuais por meio do programa estadual Mãe Bahia, visando fortalecer o atendimento a gestantes e recém-nascidos. Além disso, emendas parlamentares, como a de R$ 1,5 milhão articulada pelo vereador Diogo Azevedo junto ao deputado federal Leur Lomanto Jr., foram destinadas ao custeio de insumos e folha de pagamento da equipe hospitalar .
No entanto, esses recursos têm se mostrado insuficientes diante da crescente demanda. O hospital enfrenta superlotação, falta de materiais básicos e atrasos salariais, levando à suspensão de atendimentos em algumas áreas . A ausência de uma pactuação formal entre os entes federados agrava a situação, deixando o município de Vitória da Conquista sobrecarregado com os custos do atendimento a pacientes de outras localidades.
É preocupante também a falta de apoio efetivo de alguns deputados estaduais e federais que se intitulam representantes de Vitória da Conquista. Enquanto o hospital enfrenta dificuldades, observa-se a destinação de recursos para iniciativas privadas, levantando questionamentos sobre as prioridades na alocação de verbas públicas. Deixar um hospital sem recursos e priorizar a iniciativa privada faz parte do jogo político? Essa é uma pergunta que precisa ser respondida por aqueles que têm o dever de representar e zelar pelo bem-estar da população.
A saúde pública é um direito constitucional e deve ser tratada com a seriedade que merece. É fundamental que haja uma mobilização conjunta entre os governos municipal, estadual e federal, além de uma atuação mais comprometida dos parlamentares, para garantir os recursos necessários ao pleno funcionamento do Hospital Esaú Matos. Somente assim será possível assegurar um atendimento de qualidade à população e honrar o compromisso com a vida e a dignidade humana.