A educação nunca foi apenas sobre livros, salas de aula ou diplomas. É sobre futuro, identidade e soberania de uma comunidade. Em Cabeceira de Jiboia e na região da Limeira, essa verdade ganha contornos dramáticos — e inspiradores — diante da luta liderada pelo vereador Luciano Gomes para manter viva uma escola que já formou médicos, enfermeiros, professores e dentistas, e que agora enfrenta ameaças de forças políticas que parecem ignorar o valor transformador do ensino.
Uma Conquista que Virou Bandeira
Há pouco tempo, a chegada do ensino médio à Limeira e ao Capinal foi celebrada como um marco de progresso. Para uma região que historicamente dependia de deslocamentos longos para acesso à educação, a escola simbolizou autonomia e esperança. Porém, como bem alerta Luciano Gomes, conquistas sociais são frágeis quando não defendidas com unhas e dentes. A tentativa de desmantelar a unidade escolar revela um paradoxo cruel: enquanto o poder local busca expandir oportunidades, setores políticos insistem em retrocessos que sufocam o desenvolvimento do interior.
Não se trata apenas de manter portas abertas, mas de preservar um projeto que já mostra resultados. O anúncio de um curso técnico em Meio Ambiente, autorizado pelo governador Jerônimo Rodrigues para 2025, é a prova de que a escola pode ser muito mais que um espaço físico: é uma semente para formar profissionais alinhados com demandas globais, como a sustentabilidade. Além disso, a promessa de reforma do prédio escolar, com início já na próxima semana, reforça o compromisso de oferecer infraestrutura digna aos estudantes.
A Educação Sob Ataque: Por Que Temem uma Escola?
A pergunta que ecoa na fala do vereador é inevitável: por que há interesses em fechar uma instituição que comprovadamente muda vidas? A resposta está na natureza política da educação. Escolas como a da Limeira empoderam comunidades, criam cidadãos críticos e reduzem a dependência de centros urbanos — um cenário que ameaça estruturas de poder enraizadas na centralização de recursos e na manutenção de desigualdades.
O discurso de Luciano Gomes, no entanto, vai além da denúncia. Ele aponta um caminho: a união entre lideranças locais e o governo estadual. A parceria com Jerônimo Rodrigues não é apenas uma “ajuda”, mas um reconhecimento de que políticas públicas eficazes nascem do diálogo entre escalas de poder. Quando um governador autoriza um curso técnico em sintonia com as vocações regionais (como o Meio Ambiente, em uma área rural), está investindo não só em educação, mas em desenvolvimento econômico integrado.
Matricular é Resistir: O Chamado à Comunidade
O vereador não se limita a cobrar ações do Estado; ele convoca a população a assumir seu papel. A frase “conto com você para matricular nessa escola” sintetiza um princípio fundamental: a educação só floresce quando a comunidade a abraça como projeto coletivo. Cada matrícula é um voto de confiança no futuro, um ato político que diz: “Nossa escola vale mais que interesses eleitoreiros”.
É preciso lembrar que, em muitas cidades do interior, o fechamento de escolas frequentemente começa com a falsa narrativa de “otimização de recursos”. O que se esconde por trás disso é o desmonte de um direito básico, que obriga jovens a migrarem para centros urbanos, esvaziando a região de seu potencial. Manter a escola da Limeira aberta é, portanto, evitar um êxodo silencioso e garantir que a próxima geração de profissionais possa surgir ali mesmo, entre as serras e riachos que moldaram sua história.
Conclusão: A Escola que Ensina a Lutar
A batalha de Cabeceira de Jiboia pela sua escola é um microcosmo de um desafio nacional: a educação pública resiste onde há lideranças corajosas e comunidades mobilizadas. Luciano Gomes acerta ao transformar o comunicado em um chamado à ação, mas sua mensagem também carrega um alerta.
Enquanto houver políticos que veem escolas como despesas, e não como investimentos, a luta será contínua. Porém, iniciativas como o curso técnico em Meio Ambiente e a reforma do prédio mostram que é possível, sim, construir alternativas — desde que haja vontade política e participação popular.
No fim, a lição que fica é a mesma ensinada nos corredores da escola da Limeira: resistir não é só sobreviver, mas sobreviver com dignidade e propósito. Como bem disse o vereador, “vamos juntos garantir um ensino de qualidade e cada vez mais qualidade”. Porque uma comunidade que luta por sua escola é uma comunidade que aprendeu a escrever seu próprio destino.
A educação nunca foi apenas sobre livros, salas de aula ou diplomas. É sobre futuro, identidade e soberania de uma comunidade. Em Cabeceira de Jiboia e na região da Limeira, essa verdade ganha contornos dramáticos — e inspiradores — diante da luta liderada pelo vereador Luciano Gomes para manter viva uma escola que já formou médicos, enfermeiros, professores e dentistas, e que agora enfrenta ameaças de forças políticas que parecem ignorar o valor transformador do ensino.
unidade que luta por sua escola é uma comunidade que aprendeu a escrever seu próprio destino.