A morte de Darko Geisler, inicialmente identificado como Dejan Kovac, tem agitado a imprensa internacional e deixado uma trama complexa de mistério e intrigas. O caso, que envolve suspeitas de assassinato, identidade falsa e um passado obscuro, levanta questionamentos sobre a presença de indivíduos clandestinos em solo brasileiro.
O enigma começa a desvendar-se nas ruas de Santos, onde Geisler foi brutalmente executado na Rua São José, no bairro Embaré, na última sexta-feira. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentou resgatá-lo, mas o suspeito de ser um matador de aluguel acabou sucumbindo a uma parada cardiorrespiratória a caminho da Santa Casa da cidade.
A perplexidade se intensifica ao descobrirmos que Geisler, supostamente esloveno, estava vivendo clandestinamente no Brasil por nove anos, sob uma identidade falsa. A Polícia Civil revela que o homem usava o nome de um esloveno e portava um passaporte que não lhe pertencia, indicando uma vida sob o véu da dissimulação.
A mídia sérvia levanta a suspeita de que Darko Geisler teria falecido após um assassinato ocorrido em dezembro de 2014, lançando dúvidas sobre sua suposta morte. A trama se complica ainda mais com a acusação de seu envolvimento na morte de Andrija Mrdak, ocorrida em frente à entrada do presídio de Spuž, em Montenegro. Vestígios de seu DNA na cena do crime tornaram-no alvo da busca incansável da polícia local.
O fato de Geisler ser registrado na ‘difusão vermelha’ da Interpol como suspeito de ser um “matador de aluguel” adiciona camadas sombrias a essa narrativa. Como um homem que, superficialmente, trabalhava como marceneiro podia esconder tão bem suas atividades obscuras? Vizinhos e conhecidos o descrevem como “reservado” e “tranquilo”, mas a verdade por trás de sua fachada é muito mais sinistra.
A descoberta de que ele não possuía documentos brasileiros e dependia de uma mesada enviada pela família de um comércio no leste europeu aprofunda o mistério. Sua esposa, aparentemente alheia ao passado sombrio do marido, deve prestar mais esclarecimentos à polícia, enquanto o filho do casal, prestes a completar 4 anos, possui apenas o sobrenome da mãe, lançando dúvidas sobre a estabilidade da família.
A tragédia de Darko Geisler revela as brechas em nosso sistema de controle de imigração e destaca a necessidade de aprimorar a capacidade de investigação sobre estrangeiros que vivem clandestinamente no Brasil. A presença de um suposto matador de aluguel, camuflado sob uma vida comum, alerta para a importância de se aprofundar nas verificações de antecedentes de pessoas que buscam refúgio em nosso país.
Enquanto a trama continua a se desdobrar, o caso Darko Geisler permanece como um enigma intrigante, apontando para a existência de mundos ocultos que se entrelaçam com o cotidiano aparentemente pacífico. A sociedade brasileira agora aguarda ansiosamente por mais revelações sobre esse personagem misterioso que, por anos, viveu nas sombras, longe do olhar atento das autoridades.