Em um momento crucial para a recuperação do país, a fala do vice-presidente Geraldo Alckmin ecoa como um diagnóstico preciso dos males que impedem o Brasil de alcançar seu pleno potencial. Juros “escandalosos” e uma carga tributária complexa e asfixiante configuram-se como grilhões que aprisionam a economia brasileira, impedindo-a de alçar voos mais altos.
É inegável que o ciclo de afrouxamento monetário, embora necessário para conter a inflação, ainda não se traduziu em taxas de juros compatíveis com o crescimento sustentável. A comparação com outros países, onde o juro real beira o zero, evidencia o quão desalinhado está o Brasil nesse quesito.
Juros: o freio de mão do desenvolvimento
Manter juros reais tão elevados significa, na prática, onerar o investimento produtivo, sufocar o consumo e, por consequência, frear o crescimento econômico. É como se estivéssemos dirigindo com o freio de mão puxado, impedindo o carro de alcançar sua velocidade máxima.
Carga tributária: um labirinto kafkiano
A carga tributária brasileira, além de exorbitante, é um labirinto kafkiano que desestimula a iniciativa privada e inibe a formalização de empresas. A complexa teia de impostos e taxas, somada à ineficiência da máquina pública, torna o ambiente de negócios ainda mais hostil.
Reforma tributária: uma luz no fim do túnel
A reforma tributária, nesse contexto, surge como uma luz no fim do túnel. Ao simplificar o sistema tributário e desonerar a indústria, investimentos e exportações, o governo tem a oportunidade de desatar os nós que estrangulam a economia.
Depreciação acelerada: um passo na direção certa
O programa de depreciação acelerada, com R$ 3,4 bilhões em incentivos para a indústria em 2024 e 2025, representa um passo na direção certa. Ao estimular a modernização do parque industrial, o governo pode aumentar a produtividade e a competitividade das empresas brasileiras.
Conclusão: a hora de agir é agora
Diante do diagnóstico preciso apresentado por Alckmin, é urgente que o governo avance com medidas concretas para reduzir os juros e simplificar a carga tributária. A reforma tributária e o programa de depreciação acelerada são ferramentas importantes nesse processo, mas não bastam sozinhas.
É preciso atacar outras frentes, como a desburocratização, a qualificação da mão de obra e a melhora da infraestrutura. Somente com um conjunto abrangente de medidas será possível libertar a economia brasileira dos grilhões que a impedem de alcançar seu pleno potencial.
O futuro do Brasil está em jogo. É hora de agir com inteligência, audácia e determinação para construir um país mais próspero e justo para todos.
Autoria: Maria Clara, Articulista de Política e Resenha