Política e Resenha

A Prudência do Juiz e a Escolha Acertada de Chico Estrella na CPI da Saúde

 

 

 

Apesar de minhas convicções firmes contra a interferência de um poder sobre o outro, não posso deixar de reconhecer o acerto do Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública de Vitória da Conquista. O magistrado, ao decidir pela instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde em um momento político delicado, demonstrou prudência e bom senso, especialmente ao evitar que essa investigação se transformasse em um palanque eleitoral. A justiça, ao tomar essa decisão, soube delinear claramente os limites entre um inquérito sério e o que poderia se tornar um espetáculo eleitoreiro.

A CPI da Saúde, que agora se volta para apurar possíveis irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde durante a pandemia de COVID-19, surge em um momento de extrema relevância. A saúde pública, um dos pilares fundamentais do bem-estar social, precisa ser tratada com o rigor e a seriedade que lhe são devidos. E o fato de a justiça ter determinado a instauração dessa comissão é um sinal claro de que, em certos momentos, a intervenção judicial é necessária para destravar os mecanismos legislativos que, por questões políticas internas, acabam sendo obstruídos.

O que me traz tranquilidade em meio a esse cenário é a escolha de Chico Estrella para presidir a comissão. Trata-se de um parlamentar cuja competência e integridade são amplamente reconhecidas. Chico Estrella, ao longo de seu mandato, demonstrou habilidade em lidar com questões complexas, sendo um dos quadros mais capacitados do atual parlamento. Mesmo não tendo sido reeleito, seu caráter permanece intocável, e ele está à altura da responsabilidade de conduzir uma investigação dessa magnitude.

É claro que, em um contexto político tão polarizado, não faltam vozes críticas à sua nomeação. Muitos alegam que sua proximidade com a base do governo poderia comprometer a imparcialidade da investigação. No entanto, é imperativo lembrar que, em situações como esta, o que se espera é a busca pela verdade e pela justiça, e não o uso da CPI como ferramenta para manipulação política. A trajetória de Chico Estrella, marcada por sua postura firme e sua capacidade de diálogo, deixa claro que ele tem plenas condições de conduzir os trabalhos com a isenção necessária, independentemente das pressões externas.

A instauração da CPI, não deve ser desculpa para se tornar um espaço para politicagem ou jogos de poder quando o que está em jogo é o bem-estar da população. Os atrasos que ocorreram na criação da comissão não devem ser interpretados como estratégia de protelação, mas como uma oportunidade de realizar os trabalhos de forma mais serena, sem as pressões inerentes ao período eleitoral.

A saúde pública não pode, em hipótese alguma, ser tratada como moeda de troca ou palco para disputas eleitorais. O foco deve estar na elucidação dos fatos. O que a sociedade espera da CPI da Saúde é transparência, seriedade e um compromisso inabalável com a verdade.

Chico Estrella, com sua experiência e capacidade de articulação, tem todas as condições para conduzir essa investigação com o rigor que o caso exige. Agora, resta aguardar os desdobramentos dessa comissão, na certeza de que a verdade e a justiça devem prevalecer acima de qualquer interesse político ou agenda partidária. O futuro da saúde pública em Vitória da Conquista depende disso.

Padre Carlos

A Prudência do Juiz e a Escolha Acertada de Chico Estrella na CPI da Saúde

 

 

 

Apesar de minhas convicções firmes contra a interferência de um poder sobre o outro, não posso deixar de reconhecer o acerto do Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública de Vitória da Conquista. O magistrado, ao decidir pela instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde em um momento político delicado, demonstrou prudência e bom senso, especialmente ao evitar que essa investigação se transformasse em um palanque eleitoral. A justiça, ao tomar essa decisão, soube delinear claramente os limites entre um inquérito sério e o que poderia se tornar um espetáculo eleitoreiro.

A CPI da Saúde, que agora se volta para apurar possíveis irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde durante a pandemia de COVID-19, surge em um momento de extrema relevância. A saúde pública, um dos pilares fundamentais do bem-estar social, precisa ser tratada com o rigor e a seriedade que lhe são devidos. E o fato de a justiça ter determinado a instauração dessa comissão é um sinal claro de que, em certos momentos, a intervenção judicial é necessária para destravar os mecanismos legislativos que, por questões políticas internas, acabam sendo obstruídos.

O que me traz tranquilidade em meio a esse cenário é a escolha de Chico Estrella para presidir a comissão. Trata-se de um parlamentar cuja competência e integridade são amplamente reconhecidas. Chico Estrella, ao longo de seu mandato, demonstrou habilidade em lidar com questões complexas, sendo um dos quadros mais capacitados do atual parlamento. Mesmo não tendo sido reeleito, seu caráter permanece intocável, e ele está à altura da responsabilidade de conduzir uma investigação dessa magnitude.

É claro que, em um contexto político tão polarizado, não faltam vozes críticas à sua nomeação. Muitos alegam que sua proximidade com a base do governo poderia comprometer a imparcialidade da investigação. No entanto, é imperativo lembrar que, em situações como esta, o que se espera é a busca pela verdade e pela justiça, e não o uso da CPI como ferramenta para manipulação política. A trajetória de Chico Estrella, marcada por sua postura firme e sua capacidade de diálogo, deixa claro que ele tem plenas condições de conduzir os trabalhos com a isenção necessária, independentemente das pressões externas.

A instauração da CPI, não deve ser desculpa para se tornar um espaço para politicagem ou jogos de poder quando o que está em jogo é o bem-estar da população. Os atrasos que ocorreram na criação da comissão não devem ser interpretados como estratégia de protelação, mas como uma oportunidade de realizar os trabalhos de forma mais serena, sem as pressões inerentes ao período eleitoral.

A saúde pública não pode, em hipótese alguma, ser tratada como moeda de troca ou palco para disputas eleitorais. O foco deve estar na elucidação dos fatos. O que a sociedade espera da CPI da Saúde é transparência, seriedade e um compromisso inabalável com a verdade.

Chico Estrella, com sua experiência e capacidade de articulação, tem todas as condições para conduzir essa investigação com o rigor que o caso exige. Agora, resta aguardar os desdobramentos dessa comissão, na certeza de que a verdade e a justiça devem prevalecer acima de qualquer interesse político ou agenda partidária. O futuro da saúde pública em Vitória da Conquista depende disso.

Padre Carlos

Saúde em Colapso: Quem Protege a Fundação Que Lesa Trabalhadores?

 

 

 

É inaceitável que trabalhadores da saúde, aqueles que estão na linha de frente, cuidando da população em seus momentos mais vulneráveis, sejam tratados com tamanho desrespeito. Funcionários terceirizados do complexo hospitalar de Vitória da Conquista – incluindo o Hospital Geral, a UPA, o Hospital Afrânio Peixoto e o Hospital Crescêncio Silveira – estão há meses enfrentando atrasos salariais, falta de pagamento de direitos trabalhistas e, para piorar, uma completa indiferença das autoridades responsáveis. A Fundação José Silveira, que administra esses hospitais, mostra-se incapaz de honrar os compromissos com seus próprios colaboradores, e o Partido dos Trabalhadores, que há quase duas décadas governa a Bahia, se revela cúmplice desse caos.

O Partido dos Trabalhadores, que se autoproclama defensor da classe trabalhadora, tem muito a explicar. Como é possível que, sob o governo de um partido que carrega “trabalhadores” no nome, ocorra um escândalo dessa magnitude? É irônico e revoltante que o governo estadual tenha criado e mantido um sistema que permite que uma fundação privada, que recebeu os repasses devidos da Secretaria de Saúde (Sesab), continue a lesar trabalhadores essenciais. E a pergunta que não quer calar: quem, dentro da estrutura do PT, é o verdadeiro padrinho da Fundação José Silveira? Quem está protegido, enquanto os funcionários são jogados à margem?

A Fundação, com contrato direto com a Sesab, deveria ser uma parceira eficiente no fortalecimento do sistema de saúde pública, mas o que temos aqui é um verdadeiro descalabro. Em nota à TV Sudoeste, a Sesab afirmou que todos os repasses foram feitos. Então, por que os trabalhadores não estão recebendo seus salários e direitos? A Fundação, por sua vez, afirma que está tudo pago – uma declaração que, diante das denúncias, soa mais como uma provocação do que uma explicação.

A verdade é que trabalhadores estão sendo usados como peões num jogo cínico de poder e irresponsabilidade. Eles reclamam, tentam negociar, buscam diálogo, mas são ignorados. Não há justificativa para tal omissão. E o silêncio ensurdecedor do governo estadual é ainda mais perturbador. Onde estão os líderes do PT que tanto se orgulham de defender os menos favorecidos? Por que não vemos uma ação direta e enérgica para resolver esse problema? Talvez porque, no final das contas, a verdade seja dolorosa: a “defesa dos trabalhadores” é apenas um slogan vazio quando confrontada com os interesses políticos e financeiros que pairam sobre essas fundações.

Chega de conivência! É hora de responsabilizar não apenas a Fundação José Silveira, mas também o governo que permitiu essa bagunça. Os trabalhadores da saúde merecem respeito, dignidade e, no mínimo, o pagamento de seus salários e direitos. O Partido dos Trabalhadores, se quiser continuar a usar esse nome, precisa urgentemente rever suas alianças e se perguntar se ainda pode se autodenominar o partido dos trabalhadores enquanto tolera abusos como este em sua própria casa. O povo da Bahia e, principalmente, os trabalhadores da saúde de Vitória da Conquista merecem respostas – e merecem agora!

 

Padre Carlos

Saúde em Colapso: Quem Protege a Fundação Que Lesa Trabalhadores?

 

 

 

É inaceitável que trabalhadores da saúde, aqueles que estão na linha de frente, cuidando da população em seus momentos mais vulneráveis, sejam tratados com tamanho desrespeito. Funcionários terceirizados do complexo hospitalar de Vitória da Conquista – incluindo o Hospital Geral, a UPA, o Hospital Afrânio Peixoto e o Hospital Crescêncio Silveira – estão há meses enfrentando atrasos salariais, falta de pagamento de direitos trabalhistas e, para piorar, uma completa indiferença das autoridades responsáveis. A Fundação José Silveira, que administra esses hospitais, mostra-se incapaz de honrar os compromissos com seus próprios colaboradores, e o Partido dos Trabalhadores, que há quase duas décadas governa a Bahia, se revela cúmplice desse caos.

O Partido dos Trabalhadores, que se autoproclama defensor da classe trabalhadora, tem muito a explicar. Como é possível que, sob o governo de um partido que carrega “trabalhadores” no nome, ocorra um escândalo dessa magnitude? É irônico e revoltante que o governo estadual tenha criado e mantido um sistema que permite que uma fundação privada, que recebeu os repasses devidos da Secretaria de Saúde (Sesab), continue a lesar trabalhadores essenciais. E a pergunta que não quer calar: quem, dentro da estrutura do PT, é o verdadeiro padrinho da Fundação José Silveira? Quem está protegido, enquanto os funcionários são jogados à margem?

A Fundação, com contrato direto com a Sesab, deveria ser uma parceira eficiente no fortalecimento do sistema de saúde pública, mas o que temos aqui é um verdadeiro descalabro. Em nota à TV Sudoeste, a Sesab afirmou que todos os repasses foram feitos. Então, por que os trabalhadores não estão recebendo seus salários e direitos? A Fundação, por sua vez, afirma que está tudo pago – uma declaração que, diante das denúncias, soa mais como uma provocação do que uma explicação.

A verdade é que trabalhadores estão sendo usados como peões num jogo cínico de poder e irresponsabilidade. Eles reclamam, tentam negociar, buscam diálogo, mas são ignorados. Não há justificativa para tal omissão. E o silêncio ensurdecedor do governo estadual é ainda mais perturbador. Onde estão os líderes do PT que tanto se orgulham de defender os menos favorecidos? Por que não vemos uma ação direta e enérgica para resolver esse problema? Talvez porque, no final das contas, a verdade seja dolorosa: a “defesa dos trabalhadores” é apenas um slogan vazio quando confrontada com os interesses políticos e financeiros que pairam sobre essas fundações.

Chega de conivência! É hora de responsabilizar não apenas a Fundação José Silveira, mas também o governo que permitiu essa bagunça. Os trabalhadores da saúde merecem respeito, dignidade e, no mínimo, o pagamento de seus salários e direitos. O Partido dos Trabalhadores, se quiser continuar a usar esse nome, precisa urgentemente rever suas alianças e se perguntar se ainda pode se autodenominar o partido dos trabalhadores enquanto tolera abusos como este em sua própria casa. O povo da Bahia e, principalmente, os trabalhadores da saúde de Vitória da Conquista merecem respostas – e merecem agora!

 

Padre Carlos

A Medicina Perde uma Estrela: O Legado da Dra. Jhade Fernandes Barbosa em Guanambi

 

 

 

 

A notícia do falecimento da Dra. Jhade Fernandes Barbosa, aos 27 anos, ecoou como um trovão na pacata Guanambi. A dor da perda, ainda mais precoce, se instalou em cada canto da cidade, mas a memória da jovem médica transcende o pesar. Em um momento em que a humanização na medicina é tema central, a trajetória da Dra. Jhade emerge como um farol de esperança e, ao mesmo tempo, um doloroso lembrete da fragilidade da vida.

Com apenas alguns meses de trabalho na UPA local, ela já havia conquistado o coração da comunidade. O que mais chama atenção não é apenas a sua competência profissional, mas a maneira como ela exercia a medicina. A Dra. Jhade transformava cada consulta em um momento de cuidado e compreensão, demonstrando que a verdadeira medicina vai muito além de prescrições e procedimentos. Ela era a alma da medicina, a quase palpável em cada olhar atento, em cada sorriso acolhedor, em cada palavra de conforto.

A morte precoce de profissionais de saúde sempre nos atinge de forma particular. São aqueles que escolheram dedicar suas vidas a salvar as nossas. Quando essa partida ocorre aos 27 anos, a sensação de injustiça se amplifica. No entanto, o legado deixado pela jovem médica transcende sua breve existência terrena. Em poucos meses, ela demonstrou que a verdadeira medicina vai muito além de prescrições e procedimentos – está no olhar atento, no sorriso acolhedor, na palavra de conforto.

Para a comunidade de Guanambi, a perda é inestimável. Mas o exemplo deixado por Dra. Jhade permanece como um lembrete poderoso de que a medicina, em sua essência mais pura, é um ato de amor ao próximo. Seu modo de exercer a profissão, descrito pelos colegas como luminoso e amoroso, deveria ser objeto de estudo nas faculdades de medicina do país.

Em tempos de crescente desumanização nas relações de trabalho, especialmente no campo da saúde, histórias como a da Dra. Jhade nos recordam que é possível exercer a medicina de forma técnica e humana simultaneamente. Que cada paciente atendido carrega não apenas sintomas e doenças, mas histórias, medos e esperanças.

A partida prematura desta jovem médica nos deixa não apenas com um sentimento de perda, mas também com uma responsabilidade: honrar seu legado mantendo viva a chama da medicina humanizada que ela tão bem representou. Que seu exemplo inspire as novas gerações de profissionais de saúde a entenderem que a medicina, antes de ser uma profissão, é uma vocação de amor e serviço ao próximo.

À família, amigos e colegas da Dra. Jhade, fica a certeza de que sua breve passagem pela Terra foi suficiente para deixar marcas indeléveis nos corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la. E para todos nós, fica a lição de que não é a quantidade de tempo que determina o impacto de uma vida, mas a qualidade do amor e da dedicação com que ela é vivida.

A Medicina Perde uma Estrela: O Legado da Dra. Jhade Fernandes Barbosa em Guanambi

 

 

 

 

A notícia do falecimento da Dra. Jhade Fernandes Barbosa, aos 27 anos, ecoou como um trovão na pacata Guanambi. A dor da perda, ainda mais precoce, se instalou em cada canto da cidade, mas a memória da jovem médica transcende o pesar. Em um momento em que a humanização na medicina é tema central, a trajetória da Dra. Jhade emerge como um farol de esperança e, ao mesmo tempo, um doloroso lembrete da fragilidade da vida.

Com apenas alguns meses de trabalho na UPA local, ela já havia conquistado o coração da comunidade. O que mais chama atenção não é apenas a sua competência profissional, mas a maneira como ela exercia a medicina. A Dra. Jhade transformava cada consulta em um momento de cuidado e compreensão, demonstrando que a verdadeira medicina vai muito além de prescrições e procedimentos. Ela era a alma da medicina, a quase palpável em cada olhar atento, em cada sorriso acolhedor, em cada palavra de conforto.

A morte precoce de profissionais de saúde sempre nos atinge de forma particular. São aqueles que escolheram dedicar suas vidas a salvar as nossas. Quando essa partida ocorre aos 27 anos, a sensação de injustiça se amplifica. No entanto, o legado deixado pela jovem médica transcende sua breve existência terrena. Em poucos meses, ela demonstrou que a verdadeira medicina vai muito além de prescrições e procedimentos – está no olhar atento, no sorriso acolhedor, na palavra de conforto.

Para a comunidade de Guanambi, a perda é inestimável. Mas o exemplo deixado por Dra. Jhade permanece como um lembrete poderoso de que a medicina, em sua essência mais pura, é um ato de amor ao próximo. Seu modo de exercer a profissão, descrito pelos colegas como luminoso e amoroso, deveria ser objeto de estudo nas faculdades de medicina do país.

Em tempos de crescente desumanização nas relações de trabalho, especialmente no campo da saúde, histórias como a da Dra. Jhade nos recordam que é possível exercer a medicina de forma técnica e humana simultaneamente. Que cada paciente atendido carrega não apenas sintomas e doenças, mas histórias, medos e esperanças.

A partida prematura desta jovem médica nos deixa não apenas com um sentimento de perda, mas também com uma responsabilidade: honrar seu legado mantendo viva a chama da medicina humanizada que ela tão bem representou. Que seu exemplo inspire as novas gerações de profissionais de saúde a entenderem que a medicina, antes de ser uma profissão, é uma vocação de amor e serviço ao próximo.

À família, amigos e colegas da Dra. Jhade, fica a certeza de que sua breve passagem pela Terra foi suficiente para deixar marcas indeléveis nos corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la. E para todos nós, fica a lição de que não é a quantidade de tempo que determina o impacto de uma vida, mas a qualidade do amor e da dedicação com que ela é vivida.

Sombras, Amores e Samba: A Pituba dos Anos 40 e a Lenda da Morena

 

 

 

A Pituba do final dos anos 40 era um lugar de encantos sutis, onde a brisa do Atlântico se mesclava à inquietude da boemia soteropolitana. As noites desciam devagar, como um suspiro abafado, envolvendo as ruas em um manto de sombras amenas e promessas noturnas. Entre as casas esparsas e as vielas que serpenteavam em direção ao mar, a vida ganhava um ritmo próprio, ditado pelo som das ondas que vinham morrer no Chega Nego, aquele ponto onde os segredos se dissolviam na areia, e as histórias, como a daquela morena, tomavam corpo e alma.

A figura da morena da Ulbaranas já circulava como lenda viva. Havia nela um magnetismo que atraía curiosos, sonhadores e desavisados. As rodas de samba que se formavam em bares como o Bico de Ferro, e os sons que escapavam da Boate de Aurino, faziam parte de um cenário onde o tempo parecia fluir diferente. Os versos de Filinho, marcados pela cadência do violão e pelo cheiro do tabaco, eternizavam o nome daquela mulher de olhar profundo e presença fugidia.

Eu, observador das sutilezas da vida, perambulava sem pressa pelas ruas, deixando o vento noturno acariciar meu rosto, enquanto as luzes dos postes amarelados davam vida a sombras que pareciam dançar ao ritmo das histórias de amores passageiros. E então, entre a névoa leve da maresia e o som do samba que vazava pelas janelas abertas, lá estava ela. A morena da Ulbaranas.

Seu andar era firme, quase altivo, como se o destino a seguisse de perto, mas nunca a alcançasse. Não era só sua beleza que chamava atenção, mas o mistério que ela carregava. Algo inatingível, como o brilho da lua refletido no mar. O que a tornava tão fascinante era sua presença silenciosa. Ela não precisava falar, seu simples estar já preenchia o espaço, e a música de Filinho parecia narrar cada passo seu, cada suspiro que ela deixava escapar.

Naquela noite, enquanto o samba ecoava e as conversas nas mesas iam ficando mais altas, percebi que a morena da Ulbaranas não era apenas uma personagem dos contos da noite, mas sim o espírito inquieto de uma Pituba que estava viva, mas que, ao mesmo tempo, já começava a ser tocada pelo sopro das mudanças. Ela era a síntese de um tempo em que a simplicidade e a boemia ainda dominavam as margens da cidade, onde a areia da praia se misturava aos sonhos dos que ali viviam.

E assim, ao final da noite, ela desapareceu nas mesmas sombras que a trouxeram, deixando para trás apenas o eco de sua passagem e a certeza de que, na próxima noite, a Pituba estaria ali, à espera de novas histórias, novos amores e novas lendas. Porque, na verdade, a Pituba era isso: um lugar onde o real e o imaginário se confundiam, e onde a morena da Ulbaranas sempre estaria, entre um samba e outro, guardada na memória de todos que ousaram se perder naquela noite.

 

Padre Carlos

Sombras, Amores e Samba: A Pituba dos Anos 40 e a Lenda da Morena

 

 

 

A Pituba do final dos anos 40 era um lugar de encantos sutis, onde a brisa do Atlântico se mesclava à inquietude da boemia soteropolitana. As noites desciam devagar, como um suspiro abafado, envolvendo as ruas em um manto de sombras amenas e promessas noturnas. Entre as casas esparsas e as vielas que serpenteavam em direção ao mar, a vida ganhava um ritmo próprio, ditado pelo som das ondas que vinham morrer no Chega Nego, aquele ponto onde os segredos se dissolviam na areia, e as histórias, como a daquela morena, tomavam corpo e alma.

A figura da morena da Ulbaranas já circulava como lenda viva. Havia nela um magnetismo que atraía curiosos, sonhadores e desavisados. As rodas de samba que se formavam em bares como o Bico de Ferro, e os sons que escapavam da Boate de Aurino, faziam parte de um cenário onde o tempo parecia fluir diferente. Os versos de Filinho, marcados pela cadência do violão e pelo cheiro do tabaco, eternizavam o nome daquela mulher de olhar profundo e presença fugidia.

Eu, observador das sutilezas da vida, perambulava sem pressa pelas ruas, deixando o vento noturno acariciar meu rosto, enquanto as luzes dos postes amarelados davam vida a sombras que pareciam dançar ao ritmo das histórias de amores passageiros. E então, entre a névoa leve da maresia e o som do samba que vazava pelas janelas abertas, lá estava ela. A morena da Ulbaranas.

Seu andar era firme, quase altivo, como se o destino a seguisse de perto, mas nunca a alcançasse. Não era só sua beleza que chamava atenção, mas o mistério que ela carregava. Algo inatingível, como o brilho da lua refletido no mar. O que a tornava tão fascinante era sua presença silenciosa. Ela não precisava falar, seu simples estar já preenchia o espaço, e a música de Filinho parecia narrar cada passo seu, cada suspiro que ela deixava escapar.

Naquela noite, enquanto o samba ecoava e as conversas nas mesas iam ficando mais altas, percebi que a morena da Ulbaranas não era apenas uma personagem dos contos da noite, mas sim o espírito inquieto de uma Pituba que estava viva, mas que, ao mesmo tempo, já começava a ser tocada pelo sopro das mudanças. Ela era a síntese de um tempo em que a simplicidade e a boemia ainda dominavam as margens da cidade, onde a areia da praia se misturava aos sonhos dos que ali viviam.

E assim, ao final da noite, ela desapareceu nas mesmas sombras que a trouxeram, deixando para trás apenas o eco de sua passagem e a certeza de que, na próxima noite, a Pituba estaria ali, à espera de novas histórias, novos amores e novas lendas. Porque, na verdade, a Pituba era isso: um lugar onde o real e o imaginário se confundiam, e onde a morena da Ulbaranas sempre estaria, entre um samba e outro, guardada na memória de todos que ousaram se perder naquela noite.

 

Padre Carlos

Vela Acesa Quase Causa Tragédia em Residência no Bairro Brasil!

Um princípio de incêndio foi registrado na madrugada desta quarta-feira (23) em uma residência localizada na Avenida Macaúbas, no bairro Brasil, em Vitória da Conquista. O incidente, provocado por uma vela acesa, foi controlado a tempo, evitando o que poderia ter sido uma tragédia.

De acordo com informações obtidas no local, o fogo começou em um dos cômodos da casa, quando a vela deixou uma superfície aquecida. Felizmente, ninguém ficou ferido, e os danos foram limitados.

Moradores relataram ter acordado com o cheiro de fumaça, o que levou a uma ação rápida para conter as chamas. O Corpo de Bombeiros foi prontamente acionado, realizando todos os procedimentos de segurança e garantindo que o local estivesse seguro.

Esse tipo de acidente destaca os riscos de velas acesas em ambientes residenciais, especialmente durante a noite, quando a vigilância é menor. A atenção a esse detalhe simples pode evitar perdas maiores.

Vela Acesa Quase Causa Tragédia em Residência no Bairro Brasil!

Um princípio de incêndio foi registrado na madrugada desta quarta-feira (23) em uma residência localizada na Avenida Macaúbas, no bairro Brasil, em Vitória da Conquista. O incidente, provocado por uma vela acesa, foi controlado a tempo, evitando o que poderia ter sido uma tragédia.

De acordo com informações obtidas no local, o fogo começou em um dos cômodos da casa, quando a vela deixou uma superfície aquecida. Felizmente, ninguém ficou ferido, e os danos foram limitados.

Moradores relataram ter acordado com o cheiro de fumaça, o que levou a uma ação rápida para conter as chamas. O Corpo de Bombeiros foi prontamente acionado, realizando todos os procedimentos de segurança e garantindo que o local estivesse seguro.

Esse tipo de acidente destaca os riscos de velas acesas em ambientes residenciais, especialmente durante a noite, quando a vigilância é menor. A atenção a esse detalhe simples pode evitar perdas maiores.

Embasa Enfrenta o Desafio das Chuvas: Ações Rápidas Evitam Caos no Esgoto de Vitória da Conquista

Com a intensificação das chuvas em Vitória da Conquista, a Embasa vem mostrando agilidade e comprometimento ao aumentar drasticamente seu esforço na manutenção da rede coletora de esgoto. O salto de 30 para 120 serviços diários de desobstrução revela o impacto da temporada chuvosa, mas também a eficiência das equipes em evitar um colapso sanitário.

A boa atitude da Embasa é ainda mais notável diante do desafio de combater práticas indevidas, como a interligação de calhas à rede de esgoto. Apesar da sobrecarga, a companhia tem atuado de forma rápida e preventiva para minimizar o impacto, protegendo a cidade de transtornos maiores, como extravasamentos e entupimentos severos.

O gerente regional, Manoel Marques, enfatiza a importância da conscientização da população sobre o uso correto das redes. Ele destaca que o esforço da Embasa, aliado ao entendimento dos cidadãos, é essencial para garantir que o sistema continue funcionando plenamente, mesmo sob forte pressão das chuvas. A atuação eficiente da Embasa, com ações proativas e preventivas, demonstra um claro compromisso com a qualidade de vida e a saúde pública em Vitória da Conquista.

Embasa Enfrenta o Desafio das Chuvas: Ações Rápidas Evitam Caos no Esgoto de Vitória da Conquista

Com a intensificação das chuvas em Vitória da Conquista, a Embasa vem mostrando agilidade e comprometimento ao aumentar drasticamente seu esforço na manutenção da rede coletora de esgoto. O salto de 30 para 120 serviços diários de desobstrução revela o impacto da temporada chuvosa, mas também a eficiência das equipes em evitar um colapso sanitário.

A boa atitude da Embasa é ainda mais notável diante do desafio de combater práticas indevidas, como a interligação de calhas à rede de esgoto. Apesar da sobrecarga, a companhia tem atuado de forma rápida e preventiva para minimizar o impacto, protegendo a cidade de transtornos maiores, como extravasamentos e entupimentos severos.

O gerente regional, Manoel Marques, enfatiza a importância da conscientização da população sobre o uso correto das redes. Ele destaca que o esforço da Embasa, aliado ao entendimento dos cidadãos, é essencial para garantir que o sistema continue funcionando plenamente, mesmo sob forte pressão das chuvas. A atuação eficiente da Embasa, com ações proativas e preventivas, demonstra um claro compromisso com a qualidade de vida e a saúde pública em Vitória da Conquista.

Em Trágico Adeus, Irmãs Assassinadas São Enterradas na Mesma Cova: Um Gesto de Amor Eterno

Em um clima de profunda dor e comoção, dezenas de pessoas se reuniram para prestar as últimas homenagens às irmãs Eliane Miranda de Araújo, 41 anos, e Hiane Miranda, 37 anos, brutalmente assassinadas na última segunda-feira (21), dentro de uma loja de motocicletas em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. O crime, que abalou toda a comunidade, foi marcado por um desfecho ainda mais doloroso, quando a família decidiu que ambas seriam enterradas juntas, na mesma cova, como um simbólico ato de amor e união, representando a forte ligação que mantinham em vida.

O sepultamento, realizado na cidade de Medeiros Neto, atraiu dezenas de amigos e familiares, todos devastados pela perda precoce e trágica das irmãs. Lágrimas, orações e abraços apertados foram partilhados enquanto o cortejo se deslocava em silêncio. O gesto de enterrá-las juntas, além de simbólico, foi também uma forma de perpetuar o vínculo inquebrável que tinham, mesmo após uma separação tão cruel.

As investigações policiais apontam Felipe Milbratz Ferreira, ex-marido de Eliane, como o principal suspeito do duplo homicídio. Ele foi preso em flagrante logo após o ocorrido, e a arma, que supostamente teria sido utilizada no crime, foi apreendida. Contudo, Felipe nega qualquer envolvimento e declarou à imprensa: “Eu não fiz nada. Não tenho nada a ver com isso.”

Enquanto a investigação avança, a dor dos que ficaram é inegável. Tanto em Teixeira de Freitas quanto em Medeiros Neto, onde as irmãs eram muito queridas, a tragédia deixou um vazio impossível de preencher. O duplo assassinato, que destruiu uma família, reforça o grito de clamor por justiça em ambas as cidades.

Em Trágico Adeus, Irmãs Assassinadas São Enterradas na Mesma Cova: Um Gesto de Amor Eterno

Em um clima de profunda dor e comoção, dezenas de pessoas se reuniram para prestar as últimas homenagens às irmãs Eliane Miranda de Araújo, 41 anos, e Hiane Miranda, 37 anos, brutalmente assassinadas na última segunda-feira (21), dentro de uma loja de motocicletas em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. O crime, que abalou toda a comunidade, foi marcado por um desfecho ainda mais doloroso, quando a família decidiu que ambas seriam enterradas juntas, na mesma cova, como um simbólico ato de amor e união, representando a forte ligação que mantinham em vida.

O sepultamento, realizado na cidade de Medeiros Neto, atraiu dezenas de amigos e familiares, todos devastados pela perda precoce e trágica das irmãs. Lágrimas, orações e abraços apertados foram partilhados enquanto o cortejo se deslocava em silêncio. O gesto de enterrá-las juntas, além de simbólico, foi também uma forma de perpetuar o vínculo inquebrável que tinham, mesmo após uma separação tão cruel.

As investigações policiais apontam Felipe Milbratz Ferreira, ex-marido de Eliane, como o principal suspeito do duplo homicídio. Ele foi preso em flagrante logo após o ocorrido, e a arma, que supostamente teria sido utilizada no crime, foi apreendida. Contudo, Felipe nega qualquer envolvimento e declarou à imprensa: “Eu não fiz nada. Não tenho nada a ver com isso.”

Enquanto a investigação avança, a dor dos que ficaram é inegável. Tanto em Teixeira de Freitas quanto em Medeiros Neto, onde as irmãs eram muito queridas, a tragédia deixou um vazio impossível de preencher. O duplo assassinato, que destruiu uma família, reforça o grito de clamor por justiça em ambas as cidades.

Tristeza Profunda: Vitória da Conquista Chora a Morte de Michelline Roseira, Vítima de AVC aos 40 Anos

A cidade de Vitória da Conquista amanheceu em luto com a triste notícia do falecimento de Michelline Roseira, aos 40 anos, ocorrido na madrugada desta quarta-feira (23). Michelline foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, apesar dos incansáveis esforços da equipe médica do Hospital São Vicente, não resistiu às complicações.

Figura querida entre amigos e familiares, Michelline era conhecida por sua alegria de viver e pelo amor que espalhava em cada relação que cultivava. Sua partida repentina chocou a todos, e as redes sociais foram inundadas por homenagens emocionantes, onde muitos expressaram sua tristeza e saudade, destacando o legado de luz que ela deixou.

O velório será realizado na Igreja Quadrangular Brasil, na Avenida Paramirim, número 1710, no bairro Brasil. A família agradece as mensagens de apoio e carinho recebidas neste momento difícil, pedindo que continuem em orações por sua alma.

O adeus a Michelline promete ser um momento de grande comoção, com amigos e familiares se reunindo para prestar suas últimas homenagens a uma mulher que tocou tantas vidas. Sua memória será eternamente lembrada por aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la.

 

Tristeza Profunda: Vitória da Conquista Chora a Morte de Michelline Roseira, Vítima de AVC aos 40 Anos

A cidade de Vitória da Conquista amanheceu em luto com a triste notícia do falecimento de Michelline Roseira, aos 40 anos, ocorrido na madrugada desta quarta-feira (23). Michelline foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, apesar dos incansáveis esforços da equipe médica do Hospital São Vicente, não resistiu às complicações.

Figura querida entre amigos e familiares, Michelline era conhecida por sua alegria de viver e pelo amor que espalhava em cada relação que cultivava. Sua partida repentina chocou a todos, e as redes sociais foram inundadas por homenagens emocionantes, onde muitos expressaram sua tristeza e saudade, destacando o legado de luz que ela deixou.

O velório será realizado na Igreja Quadrangular Brasil, na Avenida Paramirim, número 1710, no bairro Brasil. A família agradece as mensagens de apoio e carinho recebidas neste momento difícil, pedindo que continuem em orações por sua alma.

O adeus a Michelline promete ser um momento de grande comoção, com amigos e familiares se reunindo para prestar suas últimas homenagens a uma mulher que tocou tantas vidas. Sua memória será eternamente lembrada por aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la.

 

Pastor Atacado Durante Culto: Homem Morto em Conquista Tinha Longa Ficha Criminal, Assista!

Em uma operação intensa da Rondesp, ocorrida nesta quarta-feira (23) em Vitória da Conquista, o homem identificado como Guimarães foi morto após resistir à prisão. A ação ocorreu nas proximidades da feira do Bairro Alto Maron e atraiu a atenção de muitos curiosos devido à grande movimentação policial.

Guimarães, conhecido no meio policial, tinha um histórico de crimes tanto na Bahia quanto em São Paulo. Um dos episódios mais marcantes de sua ficha criminal foi um ataque violento a um pastor durante um culto na cidade de Mogi das Cruzes, SP, onde Guimarães disparou contra o religioso em um episódio que chocou a comunidade local.

A operação, que visava sua captura, rapidamente se transformou em um confronto, quando Guimarães teria resistido à abordagem dos agentes. A troca de tiros foi fatal para o suspeito. A polícia agora investiga se ele estava envolvido em outros crimes, tanto em Conquista quanto em outras cidades. O corpo de Guimarães foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Vitória da Conquista, onde será periciado.

As autoridades continuam apurando o caso, e vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a polícia cerca o local, aumentando o interesse sobre a história e as circunstâncias que levaram à morte de um dos criminosos mais procurados da região.

Pastor Atacado Durante Culto: Homem Morto em Conquista Tinha Longa Ficha Criminal, Assista!

Em uma operação intensa da Rondesp, ocorrida nesta quarta-feira (23) em Vitória da Conquista, o homem identificado como Guimarães foi morto após resistir à prisão. A ação ocorreu nas proximidades da feira do Bairro Alto Maron e atraiu a atenção de muitos curiosos devido à grande movimentação policial.

Guimarães, conhecido no meio policial, tinha um histórico de crimes tanto na Bahia quanto em São Paulo. Um dos episódios mais marcantes de sua ficha criminal foi um ataque violento a um pastor durante um culto na cidade de Mogi das Cruzes, SP, onde Guimarães disparou contra o religioso em um episódio que chocou a comunidade local.

A operação, que visava sua captura, rapidamente se transformou em um confronto, quando Guimarães teria resistido à abordagem dos agentes. A troca de tiros foi fatal para o suspeito. A polícia agora investiga se ele estava envolvido em outros crimes, tanto em Conquista quanto em outras cidades. O corpo de Guimarães foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Vitória da Conquista, onde será periciado.

As autoridades continuam apurando o caso, e vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a polícia cerca o local, aumentando o interesse sobre a história e as circunstâncias que levaram à morte de um dos criminosos mais procurados da região.

O Amor de Cristo e a Exclusão na Eucaristia: Quem Realmente Está Pecando?

 

 

 

Outro dia, andando pela cidade, encontrei um antigo amigo dos tempos de ministério sacerdotal. Ele, assim como eu, havia deixado o ministério para se casar e formar uma família. Sempre tive um carinho especial por ele, não apenas por ser mais novo, mas porque sua saída do sacerdócio ocorreu bem depois da minha. Naquele dia, porém, ao perceber sua tristeza, perguntei o que o afligia. Ele, cabisbaixo, respondeu: “Estou assim porque não posso comungar.”

Essa resposta me tocou profundamente. A angústia dele refletia um dilema que muitos enfrentam: a exclusão de um sacramento tão central para a vida cristã, a Eucaristia, por causa de escolhas que a Igreja institucional, em sua rigidez, julga incompatíveis com sua doutrina. E assim me veio à mente uma pergunta que ecoa em muitos corações: quem realmente está em pecado? Ele, que construiu uma família por amor, ou uma instituição que o impede de se dirigir à mesa da Eucaristia?

A resposta de Jesus, no Evangelho, nos oferece uma luz que muitas vezes é esquecida nas complexidades canônicas. Quando questionado sobre a lei e as tradições religiosas de sua época, Jesus constantemente desafiava as autoridades e sua interpretação rígida da fé. Ele nos ensina algo radical: o amor está acima de qualquer regra. O que ele mais condenava não eram os “pecadores” que buscavam perdão, mas os fariseus que se orgulhavam de seguir leis, esquecendo-se da misericórdia e da compaixão.

Em Mateus 9:13, Jesus declara: “Misericórdia quero, e não sacrifício.” Essa frase é poderosa, pois revela que Deus não está interessado em sacrifícios vazios ou em obediências mecânicas às leis humanas. O que Ele realmente deseja é o coração aberto, a misericórdia e a reconciliação. Quando meu amigo diz que está triste por não poder comungar, o que ele está dizendo, em outras palavras, é que sente falta dessa reconciliação profunda com Deus, de um encontro com a presença viva de Cristo. No entanto, a Igreja, em sua estrutura, lhe nega isso.

Mas vamos lembrar das palavras de Jesus na Última Ceia, quando instituiu a Eucaristia. Ele não disse: “Isto é o meu corpo, que será dado por vós, exceto por aqueles que não cumprirem todas as regras da instituição religiosa.” Ao contrário, Ele disse: “Tomai e comei; este é o meu corpo” (Mateus 26:26). Não houve ali restrições, somente um convite universal a todos os que quisessem participar de sua mesa.

A Eucaristia, em seu sentido mais profundo, é a expressão máxima do amor incondicional de Deus por nós. Não é uma recompensa para os “perfeitos” ou para os que seguem todas as normas, mas um alimento espiritual para os que se reconhecem em sua fraqueza e desejam estar em comunhão com Deus e com seus irmãos. Quando a instituição impede uma pessoa de comungar, ela está distorcendo o verdadeiro sentido desse sacramento. Está criando barreiras onde Cristo queria criar pontes.

Lembro-me também do encontro de Jesus com a mulher adúltera em João 8:1-11. Os fariseus, prontos para apedrejá-la, esperavam que Jesus confirmasse a condenação. No entanto, Ele os desarmou com uma simples frase: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra.” E um a um, eles foram embora, até que restaram apenas Jesus e a mulher. Ele, então, lhe disse: “Nem eu te condeno. Vai e não peques mais.” Esse é o Cristo que conhecemos: o Cristo que perdoa, que não condena, que convida ao arrependimento, mas nunca afasta alguém de sua presença.

Será que meu amigo, que decidiu construir uma família por amor, merece ser afastado da mesa de Cristo? Será que o sacrifício de Jesus na cruz, que foi feito para todos nós, deve ser restringido a alguns por causa de normas humanas? Se Jesus estivesse ali, naquele momento em que meu amigo expressou sua dor, Ele o abraçaria e diria: “Vem, este é o meu corpo, dado por ti. Comunga do meu amor.”

A verdadeira comunhão com Cristo não pode ser impedida por regras que não dialogam com o amor. O maior pecado não está naqueles que buscam a Eucaristia, mas naqueles que se sentem autorizados a negá-la a seus irmãos e irmãs. Afinal, Jesus sempre esteve ao lado dos excluídos, dos marginalizados, daqueles que, aos olhos das instituições religiosas, não eram dignos. No entanto, para Cristo, esses eram os preferidos do Reino.

Convido, portanto, todos nós a refletirmos sobre a verdadeira natureza da Eucaristia. Que tipo de fé estamos cultivando? Uma fé que julga e exclui, ou uma fé que acolhe e ama? Meu amigo, assim como tantos outros que amam a Deus e seguem a Cristo, merece estar na mesa da comunhão, não por perfeição, mas porque Cristo o chamou.

A Igreja é o corpo de Cristo, e seu papel não é o de juiz, mas de mãe amorosa, pronta para acolher e curar. Talvez, ao negar a Eucaristia, quem esteja realmente pecando seja a instituição que esqueceu o que Jesus verdadeiramente ensinou: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). O convite é para todos, sem exceção. E quem somos nós para dizer o contrário?

Padre Carlos

O Amor de Cristo e a Exclusão na Eucaristia: Quem Realmente Está Pecando?

 

 

 

Outro dia, andando pela cidade, encontrei um antigo amigo dos tempos de ministério sacerdotal. Ele, assim como eu, havia deixado o ministério para se casar e formar uma família. Sempre tive um carinho especial por ele, não apenas por ser mais novo, mas porque sua saída do sacerdócio ocorreu bem depois da minha. Naquele dia, porém, ao perceber sua tristeza, perguntei o que o afligia. Ele, cabisbaixo, respondeu: “Estou assim porque não posso comungar.”

Essa resposta me tocou profundamente. A angústia dele refletia um dilema que muitos enfrentam: a exclusão de um sacramento tão central para a vida cristã, a Eucaristia, por causa de escolhas que a Igreja institucional, em sua rigidez, julga incompatíveis com sua doutrina. E assim me veio à mente uma pergunta que ecoa em muitos corações: quem realmente está em pecado? Ele, que construiu uma família por amor, ou uma instituição que o impede de se dirigir à mesa da Eucaristia?

A resposta de Jesus, no Evangelho, nos oferece uma luz que muitas vezes é esquecida nas complexidades canônicas. Quando questionado sobre a lei e as tradições religiosas de sua época, Jesus constantemente desafiava as autoridades e sua interpretação rígida da fé. Ele nos ensina algo radical: o amor está acima de qualquer regra. O que ele mais condenava não eram os “pecadores” que buscavam perdão, mas os fariseus que se orgulhavam de seguir leis, esquecendo-se da misericórdia e da compaixão.

Em Mateus 9:13, Jesus declara: “Misericórdia quero, e não sacrifício.” Essa frase é poderosa, pois revela que Deus não está interessado em sacrifícios vazios ou em obediências mecânicas às leis humanas. O que Ele realmente deseja é o coração aberto, a misericórdia e a reconciliação. Quando meu amigo diz que está triste por não poder comungar, o que ele está dizendo, em outras palavras, é que sente falta dessa reconciliação profunda com Deus, de um encontro com a presença viva de Cristo. No entanto, a Igreja, em sua estrutura, lhe nega isso.

Mas vamos lembrar das palavras de Jesus na Última Ceia, quando instituiu a Eucaristia. Ele não disse: “Isto é o meu corpo, que será dado por vós, exceto por aqueles que não cumprirem todas as regras da instituição religiosa.” Ao contrário, Ele disse: “Tomai e comei; este é o meu corpo” (Mateus 26:26). Não houve ali restrições, somente um convite universal a todos os que quisessem participar de sua mesa.

A Eucaristia, em seu sentido mais profundo, é a expressão máxima do amor incondicional de Deus por nós. Não é uma recompensa para os “perfeitos” ou para os que seguem todas as normas, mas um alimento espiritual para os que se reconhecem em sua fraqueza e desejam estar em comunhão com Deus e com seus irmãos. Quando a instituição impede uma pessoa de comungar, ela está distorcendo o verdadeiro sentido desse sacramento. Está criando barreiras onde Cristo queria criar pontes.

Lembro-me também do encontro de Jesus com a mulher adúltera em João 8:1-11. Os fariseus, prontos para apedrejá-la, esperavam que Jesus confirmasse a condenação. No entanto, Ele os desarmou com uma simples frase: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra.” E um a um, eles foram embora, até que restaram apenas Jesus e a mulher. Ele, então, lhe disse: “Nem eu te condeno. Vai e não peques mais.” Esse é o Cristo que conhecemos: o Cristo que perdoa, que não condena, que convida ao arrependimento, mas nunca afasta alguém de sua presença.

Será que meu amigo, que decidiu construir uma família por amor, merece ser afastado da mesa de Cristo? Será que o sacrifício de Jesus na cruz, que foi feito para todos nós, deve ser restringido a alguns por causa de normas humanas? Se Jesus estivesse ali, naquele momento em que meu amigo expressou sua dor, Ele o abraçaria e diria: “Vem, este é o meu corpo, dado por ti. Comunga do meu amor.”

A verdadeira comunhão com Cristo não pode ser impedida por regras que não dialogam com o amor. O maior pecado não está naqueles que buscam a Eucaristia, mas naqueles que se sentem autorizados a negá-la a seus irmãos e irmãs. Afinal, Jesus sempre esteve ao lado dos excluídos, dos marginalizados, daqueles que, aos olhos das instituições religiosas, não eram dignos. No entanto, para Cristo, esses eram os preferidos do Reino.

Convido, portanto, todos nós a refletirmos sobre a verdadeira natureza da Eucaristia. Que tipo de fé estamos cultivando? Uma fé que julga e exclui, ou uma fé que acolhe e ama? Meu amigo, assim como tantos outros que amam a Deus e seguem a Cristo, merece estar na mesa da comunhão, não por perfeição, mas porque Cristo o chamou.

A Igreja é o corpo de Cristo, e seu papel não é o de juiz, mas de mãe amorosa, pronta para acolher e curar. Talvez, ao negar a Eucaristia, quem esteja realmente pecando seja a instituição que esqueceu o que Jesus verdadeiramente ensinou: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). O convite é para todos, sem exceção. E quem somos nós para dizer o contrário?

Padre Carlos