Política e Resenha

O que muda com a reforma tributária: cesta básica, combustível, serviços…

Aprovada na sexta-feira (15) após 30 anos de discussão, a reforma tributária simplificará a tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços

Cestas básicas, remédios, combustíveis, serviços de streaming de internet, os produtos são diversos. O novo sistema fiscal tem um grande número de exceções e taxas especiais que terão impactos diferentes dependendo do setor económico. Ao mesmo tempo, pela primeira vez na história, serão tomadas medidas para garantir a progressividade da tributação sobre determinados tipos de bens, como veículos e heranças.
No próximo ano, o Congresso terá de votar leis adicionais que regem a reforma fiscal. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os projetos serão enviados nas primeiras semanas de 2024.
Também no próximo ano, é provável que o governo comece a reformar o imposto sobre o rendimento, incluindo alterações como a tributação dos dividendos (a parcela dos lucros que uma empresa distribui aos accionistas). Porém, neste caso, a alteração será feita mediante votação do projeto com menor quórum.

Confira como a reforma tributária mudará o dia a dia do consumidor:

Um dos itens que mais gerou polêmica na reforma foi a tributação da cesta básica. O Senado estabeleceu duas listas de produtos. A primeira cesta básica nacional de combate à fome. Essa cesta tem taxa zero e pode incluir itens regionalizados por meio de leis complementares.
Os senadores elaboraram uma segunda lista, chamada Cesta Básica Ampliada, que reduz as alíquotas de impostos para 40% da alíquota padrão e prevê um mecanismo de desconto em dinheiro (restituição parcial de impostos) para famílias de baixa renda. No entanto, o relator da reforma na Câmara dos Deputados, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), retirou esta lista alegando que grande parte dos alimentos se beneficiou de taxas mais baixas de insumos agrícolas.
No entanto, o impacto final sobre os preços permanece desconhecido. No final de junho, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou relatório informando que pela redação anterior à reforma tributária, a alíquota do ICMS será reduzida pela metade e a cesta básica aumentará em média 59,83% ( IVA) duplo.

O texto aprovado também prevê a alíquota reduzida em 60% para medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual. O Senado incluiu na lista de alíquota reduzida produtos de nutrição enteral e parenteral, que previnem ou tratam complicações da desnutrição.

Segundo especialistas, a reforma não deverá trazer grandes impactos sobre o preço dos medicamentos. Isso ocorre por dois motivos. Primeiramente, os medicamentos genéricos estão submetidos a uma legislação específica. Além disso, a Lei 10.047, de 2000, estabelece um regime tributário especial a medicamentos listados pelo Ministério da Saúde.

O Senado também incluiu na isenção de IVA a compra de medicamentos e dispositivos médicos pela administração pública e por entidades de assistência social sem fins lucrativos. A Câmara dos Deputados tinha zerado a alíquota para medicamentos usados para o tratamento de doenças graves, como câncer.

A reforma tributária estabelece um regime de tratamento diferenciado para combustíveis e lubrificantes. O IVA dual, com alíquota única em todo o território nacional e variando conforme o tipo de produto, será cobrado apenas uma vez na cadeia produtiva, no refino ou na importação. A mudança segue uma reforma proposta em 1992.

Durante a tramitação no Senado, no entanto, foi incluída a possibilidade de cobrança do Imposto Seletivo, tributo sobre produtos que gerem danos à saúde e ao meio ambiente, sobre combustíveis e petróleo (para a extração de petróleo e de minérios, haveria alíquota de 1%). Durante a votação na Câmara nesta sexta-feira, o PSOL tentou elevar essa alíquota, mas os deputados derrubaram o destaque.

Pague mais por veículos movidos a combustíveis fósseis. Veículos movidos a etanol, biodiesel e biogás, assim como veículos elétricos, pagarão menos IPVA.
A cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) passará a incidir sobre veículos aquáticos e aéreos, como jatos, helicópteros, iates e jet ski. O Senado aceitou emenda da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) para incluir taxistas e pessoas com deficiência e autismo no programa de tarifa zero para compra de automóveis.
Em julho, durante a primeira votação na Câmara dos Deputados, os deputados elaboraram uma lista de exceções para evitar a cobrança de veículos utilizados na agricultura e na indústria de serviços. A lista abrange os seguintes tipos de veículos: aeronaves agrícolas e aeronaves certificadas para prestação de serviços aéreos a terceiros; embarcações de propriedade de pessoas jurídicas com serviços de transporte aquaviário; de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência; plataformas que podem se mover na água sem reboque (como navios-sonda ou navios-plataforma) e tratores e máquinas agrícolas.

No Senado, a prorrogação, até 2032, de um incentivo para montadoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste elevou as tensões. Na primeira votação, em julho, a Câmara havia derrubado a prorrogação desse incentivo. Na primeira versão do relatório no Senado, o incentivo foi prorrogado apenas para a produção de carros elétricos, mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa estendeu o benefício a montadoras de veículos movidos a biodiesel e a veículos híbridos movidos a biodiesel e a gasolina.

Isso gerou mal-estar entre os governadores do Sul e do Sudeste, que alegaram desigualdade de condições com as montadoras instaladas nas duas regiões. Na sexta-feira, o relator Aguinaldo Ribeiro concordou em manter o benefício no texto-base, mas destacar esse ponto. Diferentemente da primeira votação na Câmara, onde o incentivo obteve 307 votos, um a menos que os 308 necessários, os deputados mantiveram o benefício por 341 votos a favor, 153 contra e quatro abstenções.

 

O que muda com a reforma tributária: cesta básica, combustível, serviços…

Aprovada na sexta-feira (15) após 30 anos de discussão, a reforma tributária simplificará a tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços

Cestas básicas, remédios, combustíveis, serviços de streaming de internet, os produtos são diversos. O novo sistema fiscal tem um grande número de exceções e taxas especiais que terão impactos diferentes dependendo do setor económico. Ao mesmo tempo, pela primeira vez na história, serão tomadas medidas para garantir a progressividade da tributação sobre determinados tipos de bens, como veículos e heranças.
No próximo ano, o Congresso terá de votar leis adicionais que regem a reforma fiscal. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os projetos serão enviados nas primeiras semanas de 2024.
Também no próximo ano, é provável que o governo comece a reformar o imposto sobre o rendimento, incluindo alterações como a tributação dos dividendos (a parcela dos lucros que uma empresa distribui aos accionistas). Porém, neste caso, a alteração será feita mediante votação do projeto com menor quórum.

Confira como a reforma tributária mudará o dia a dia do consumidor:

Um dos itens que mais gerou polêmica na reforma foi a tributação da cesta básica. O Senado estabeleceu duas listas de produtos. A primeira cesta básica nacional de combate à fome. Essa cesta tem taxa zero e pode incluir itens regionalizados por meio de leis complementares.
Os senadores elaboraram uma segunda lista, chamada Cesta Básica Ampliada, que reduz as alíquotas de impostos para 40% da alíquota padrão e prevê um mecanismo de desconto em dinheiro (restituição parcial de impostos) para famílias de baixa renda. No entanto, o relator da reforma na Câmara dos Deputados, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), retirou esta lista alegando que grande parte dos alimentos se beneficiou de taxas mais baixas de insumos agrícolas.
No entanto, o impacto final sobre os preços permanece desconhecido. No final de junho, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou relatório informando que pela redação anterior à reforma tributária, a alíquota do ICMS será reduzida pela metade e a cesta básica aumentará em média 59,83% ( IVA) duplo.

O texto aprovado também prevê a alíquota reduzida em 60% para medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual. O Senado incluiu na lista de alíquota reduzida produtos de nutrição enteral e parenteral, que previnem ou tratam complicações da desnutrição.

Segundo especialistas, a reforma não deverá trazer grandes impactos sobre o preço dos medicamentos. Isso ocorre por dois motivos. Primeiramente, os medicamentos genéricos estão submetidos a uma legislação específica. Além disso, a Lei 10.047, de 2000, estabelece um regime tributário especial a medicamentos listados pelo Ministério da Saúde.

O Senado também incluiu na isenção de IVA a compra de medicamentos e dispositivos médicos pela administração pública e por entidades de assistência social sem fins lucrativos. A Câmara dos Deputados tinha zerado a alíquota para medicamentos usados para o tratamento de doenças graves, como câncer.

A reforma tributária estabelece um regime de tratamento diferenciado para combustíveis e lubrificantes. O IVA dual, com alíquota única em todo o território nacional e variando conforme o tipo de produto, será cobrado apenas uma vez na cadeia produtiva, no refino ou na importação. A mudança segue uma reforma proposta em 1992.

Durante a tramitação no Senado, no entanto, foi incluída a possibilidade de cobrança do Imposto Seletivo, tributo sobre produtos que gerem danos à saúde e ao meio ambiente, sobre combustíveis e petróleo (para a extração de petróleo e de minérios, haveria alíquota de 1%). Durante a votação na Câmara nesta sexta-feira, o PSOL tentou elevar essa alíquota, mas os deputados derrubaram o destaque.

Pague mais por veículos movidos a combustíveis fósseis. Veículos movidos a etanol, biodiesel e biogás, assim como veículos elétricos, pagarão menos IPVA.
A cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) passará a incidir sobre veículos aquáticos e aéreos, como jatos, helicópteros, iates e jet ski. O Senado aceitou emenda da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) para incluir taxistas e pessoas com deficiência e autismo no programa de tarifa zero para compra de automóveis.
Em julho, durante a primeira votação na Câmara dos Deputados, os deputados elaboraram uma lista de exceções para evitar a cobrança de veículos utilizados na agricultura e na indústria de serviços. A lista abrange os seguintes tipos de veículos: aeronaves agrícolas e aeronaves certificadas para prestação de serviços aéreos a terceiros; embarcações de propriedade de pessoas jurídicas com serviços de transporte aquaviário; de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência; plataformas que podem se mover na água sem reboque (como navios-sonda ou navios-plataforma) e tratores e máquinas agrícolas.

No Senado, a prorrogação, até 2032, de um incentivo para montadoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste elevou as tensões. Na primeira votação, em julho, a Câmara havia derrubado a prorrogação desse incentivo. Na primeira versão do relatório no Senado, o incentivo foi prorrogado apenas para a produção de carros elétricos, mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa estendeu o benefício a montadoras de veículos movidos a biodiesel e a veículos híbridos movidos a biodiesel e a gasolina.

Isso gerou mal-estar entre os governadores do Sul e do Sudeste, que alegaram desigualdade de condições com as montadoras instaladas nas duas regiões. Na sexta-feira, o relator Aguinaldo Ribeiro concordou em manter o benefício no texto-base, mas destacar esse ponto. Diferentemente da primeira votação na Câmara, onde o incentivo obteve 307 votos, um a menos que os 308 necessários, os deputados mantiveram o benefício por 341 votos a favor, 153 contra e quatro abstenções.

 

Intrigas Políticas na Bahia: A Dança das Candidaturas e a Lealdade do Eleitor Conservador

 

Apesar da expectativa de um anúncio oficial sobre o candidato do governo à prefeitura de Salvador, as conversas nos bastidores revelam um intricado jogo político. A possibilidade de Lucia abrir mão de sua candidatura para assumir a vice de Waldenor, em troca da vaga majoritária para Geraldo Júnior do MDB em Salvador, traz à tona questionamentos sobre a lealdade do eleitor conservador que apoia a vereadora.

A reunião recente dos partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues, embora tenha mantido a imprensa em suspense, não trouxe respostas claras. Luiz Caetano, secretário de Relações Institucionais do estado, anunciou apenas que os pré-candidatos serão revelados até o final do ano, não apenas para Salvador, mas também para vários outros municípios estratégicos.

A discussão sobre as eleições de 2024 concentra-se nos 70 maiores municípios, representando 60% do eleitorado baiano. Luiz Caetano destacou que, a partir de janeiro, o conselho político iniciará as conversas sobre os demais municípios, deixando claro que o governo terá candidato único em muitas localidades, especialmente aquelas com maiores colégios eleitorais.

No entanto, a possibilidade de Lucia sacrificar sua candidatura em prol de uma aliança estratégica para Geraldo Júnior em Salvador levanta a questão crucial da fidelidade do eleitor conservador que a apoia. Se a vereadora optar por esse movimento político, será que seu eleitorado se sentirá traído?

Os eleitores conservadores são conhecidos por valorizarem a estabilidade e a fidelidade política. A mudança de planos de Lucia pode ser interpretada como uma quebra de confiança, especialmente se a decisão for percebida como motivada mais por estratégias partidárias do que pelo compromisso com as convicções conservadoras.

A reação desse eleitorado será um termômetro para medir a aceitação de movimentos políticos que visam alianças pragmáticas em detrimento das candidaturas originais. A política, muitas vezes, exige concessões, mas é crucial entender como essas decisões reverberam entre os cidadãos que depositam sua confiança nos representantes políticos.

Em meio a essa dança das candidaturas, a lealdade do eleitor conservador está em jogo. Resta aguardar os desdobramentos dessa estratégia política e como ela moldará o cenário eleitoral em Salvador nos próximos meses. O eleitor conservador da vereadora Lucia será capaz de compreender os jogos políticos ou sentirá a traição nas entrelinhas dessa complexa negociação? A resposta, apenas o tempo dirá.

Intrigas Políticas na Bahia: A Dança das Candidaturas e a Lealdade do Eleitor Conservador

 

Apesar da expectativa de um anúncio oficial sobre o candidato do governo à prefeitura de Salvador, as conversas nos bastidores revelam um intricado jogo político. A possibilidade de Lucia abrir mão de sua candidatura para assumir a vice de Waldenor, em troca da vaga majoritária para Geraldo Júnior do MDB em Salvador, traz à tona questionamentos sobre a lealdade do eleitor conservador que apoia a vereadora.

A reunião recente dos partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues, embora tenha mantido a imprensa em suspense, não trouxe respostas claras. Luiz Caetano, secretário de Relações Institucionais do estado, anunciou apenas que os pré-candidatos serão revelados até o final do ano, não apenas para Salvador, mas também para vários outros municípios estratégicos.

A discussão sobre as eleições de 2024 concentra-se nos 70 maiores municípios, representando 60% do eleitorado baiano. Luiz Caetano destacou que, a partir de janeiro, o conselho político iniciará as conversas sobre os demais municípios, deixando claro que o governo terá candidato único em muitas localidades, especialmente aquelas com maiores colégios eleitorais.

No entanto, a possibilidade de Lucia sacrificar sua candidatura em prol de uma aliança estratégica para Geraldo Júnior em Salvador levanta a questão crucial da fidelidade do eleitor conservador que a apoia. Se a vereadora optar por esse movimento político, será que seu eleitorado se sentirá traído?

Os eleitores conservadores são conhecidos por valorizarem a estabilidade e a fidelidade política. A mudança de planos de Lucia pode ser interpretada como uma quebra de confiança, especialmente se a decisão for percebida como motivada mais por estratégias partidárias do que pelo compromisso com as convicções conservadoras.

A reação desse eleitorado será um termômetro para medir a aceitação de movimentos políticos que visam alianças pragmáticas em detrimento das candidaturas originais. A política, muitas vezes, exige concessões, mas é crucial entender como essas decisões reverberam entre os cidadãos que depositam sua confiança nos representantes políticos.

Em meio a essa dança das candidaturas, a lealdade do eleitor conservador está em jogo. Resta aguardar os desdobramentos dessa estratégia política e como ela moldará o cenário eleitoral em Salvador nos próximos meses. O eleitor conservador da vereadora Lucia será capaz de compreender os jogos políticos ou sentirá a traição nas entrelinhas dessa complexa negociação? A resposta, apenas o tempo dirá.

Prémio Pessoa para o cardeal que escreve poemas de amor

 

José Tolentino de Mendonça, cardeal, poeta e agora distinguido com o Prémio Pessoa na 37.ª edição, demonstra a versatilidade de sua trajetória, unindo a espiritualidade à poesia. Este prémio, que reconhece a contribuição significativa de personalidades portuguesas na vida cultural e científica, destaca não apenas sua atuação religiosa, mas também sua expressão literária única.

Ao contemplar a obra poética de Tolentino de Mendonça, encontramos uma celebração do amor em suas diversas formas e nuances. “Ainda espero o amor/como no ringue o lutador caído/espera a sala vazia” – versos que revelam uma busca constante e paciente, semelhante à espera de um lutador após o combate. Este reconhecimento, concedido por um júri composto por figuras proeminentes, destaca a relevância da expressão poética na vida contemporânea.

Nascido há 58 anos, Tolentino de Mendonça carrega consigo uma bagagem rica, desde seus anos iniciais em Angola até sua atuação nos altos escalões do Vaticano. Sua jornada teológica, marcada por cargos de destaque e, mais recentemente, como arcebispo, revela um compromisso sólido com sua fé e uma dedicação à cultura e educação.

A inserção de Tolentino de Mendonça no mundo cultural não se limita ao âmbito religioso. Sua liderança na celebração do 50.º aniversário da Coleção de Arte Moderna dos Museus do Vaticano, que reuniu representantes do mundo cultural global, destaca sua visão abrangente e sua capacidade de promover o diálogo entre diferentes expressões artísticas.

A dualidade entre seu papel religioso e literário é fascinante. Sob sua liderança, o Dicastério da Cultura e Educação se tornou um ponto de encontro entre o Papa Francisco e personalidades culturais, uma celebração que ecoou nas vozes de artistas lusófonos como Vhils, Caetano Veloso e Joana Vasconcelos.

A poesia de Tolentino de Mendonça não é apenas uma expressão estética; é uma forma de dissidência, uma profissão de incredulidade na omnipotência do visível. Seus versos são um convite para a reflexão, um chamado para pernoitar na solidão dos bosques e explorar a impureza que o mundo muitas vezes repudia.

Além disso, sua contribuição literária abrange não apenas a poesia, mas também ensaios filosóficos e pastorais, mostrando a amplitude de sua reflexão sobre temas como sexualidade, espiritualidade e interpretação bíblica.

Ao receber o Prémio Pessoa, Tolentino de Mendonça reforça a importância da experiência religiosa na afirmação da dignidade humana. Sua defesa da liberdade religiosa como um aspecto inseparável da liberdade geral destaca sua posição única como ponte entre o divino e o humano.

Em resumo, o Prémio Pessoa para José Tolentino de Mendonça é uma celebração não apenas da sua contribuição para a cultura e ciência, mas também um reconhecimento do poder transformador da poesia e da espiritualidade em um mundo cada vez mais complexo.

(Padre Carlos)

 

Prémio Pessoa para o cardeal que escreve poemas de amor

 

José Tolentino de Mendonça, cardeal, poeta e agora distinguido com o Prémio Pessoa na 37.ª edição, demonstra a versatilidade de sua trajetória, unindo a espiritualidade à poesia. Este prémio, que reconhece a contribuição significativa de personalidades portuguesas na vida cultural e científica, destaca não apenas sua atuação religiosa, mas também sua expressão literária única.

Ao contemplar a obra poética de Tolentino de Mendonça, encontramos uma celebração do amor em suas diversas formas e nuances. “Ainda espero o amor/como no ringue o lutador caído/espera a sala vazia” – versos que revelam uma busca constante e paciente, semelhante à espera de um lutador após o combate. Este reconhecimento, concedido por um júri composto por figuras proeminentes, destaca a relevância da expressão poética na vida contemporânea.

Nascido há 58 anos, Tolentino de Mendonça carrega consigo uma bagagem rica, desde seus anos iniciais em Angola até sua atuação nos altos escalões do Vaticano. Sua jornada teológica, marcada por cargos de destaque e, mais recentemente, como arcebispo, revela um compromisso sólido com sua fé e uma dedicação à cultura e educação.

A inserção de Tolentino de Mendonça no mundo cultural não se limita ao âmbito religioso. Sua liderança na celebração do 50.º aniversário da Coleção de Arte Moderna dos Museus do Vaticano, que reuniu representantes do mundo cultural global, destaca sua visão abrangente e sua capacidade de promover o diálogo entre diferentes expressões artísticas.

A dualidade entre seu papel religioso e literário é fascinante. Sob sua liderança, o Dicastério da Cultura e Educação se tornou um ponto de encontro entre o Papa Francisco e personalidades culturais, uma celebração que ecoou nas vozes de artistas lusófonos como Vhils, Caetano Veloso e Joana Vasconcelos.

A poesia de Tolentino de Mendonça não é apenas uma expressão estética; é uma forma de dissidência, uma profissão de incredulidade na omnipotência do visível. Seus versos são um convite para a reflexão, um chamado para pernoitar na solidão dos bosques e explorar a impureza que o mundo muitas vezes repudia.

Além disso, sua contribuição literária abrange não apenas a poesia, mas também ensaios filosóficos e pastorais, mostrando a amplitude de sua reflexão sobre temas como sexualidade, espiritualidade e interpretação bíblica.

Ao receber o Prémio Pessoa, Tolentino de Mendonça reforça a importância da experiência religiosa na afirmação da dignidade humana. Sua defesa da liberdade religiosa como um aspecto inseparável da liberdade geral destaca sua posição única como ponte entre o divino e o humano.

Em resumo, o Prémio Pessoa para José Tolentino de Mendonça é uma celebração não apenas da sua contribuição para a cultura e ciência, mas também um reconhecimento do poder transformador da poesia e da espiritualidade em um mundo cada vez mais complexo.

(Padre Carlos)

 

Casos de Covid aumentam em estados do Nordeste

 

Estados do Nordeste registraram aumento de casos de covid-19, entre os dias 3 e 9 deste mês, período referente à Semana Epidemiológica (SE) 49, conforme indicam dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 11 de dezembro.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14), no Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com o boletim, a Bahia, que foi o primeiro estado a anotar a elevação dos registros recentes na região, verifica um recuo nos casos, mas ainda mantém crescimento nas novas ocorrências.

Embora tenha registrado crescimento depois de outros estados da região, no Ceará, os casos aumentam semana a semana.

Os estados do Maranhão, da Paraíba e de Pernambuco estão com sinal inicial de aumento recente nos casos, principalmente em pessoas de idade avançada.

“Há sinal de aumento na Bahia, no Ceará, no Maranhão, na Paraíba e em Pernambuco em relação à SRAG por covid-19. No Maranhão, na Paraíba e em Pernambuco, o volume ainda é relativamente baixo, e o ritmo de crescimento é leve, indicando possível início de ciclo”, informou a Fiocruz.

Conforme a atualização de hoje, Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia apresentaram sinal de crescimento das síndromes respiratórias agudas graves por covid-19 na tendência de longo prazo.

Já em Minas Gerais, permaneceu o sinal de platô, mas ainda sem indício claro de queda. “No Acre, no Espírito Santo, em Mato Grosso, no Piauí e em Rondônia, trata-se apenas de oscilação”, completou a fundação.

Em escalada diferente, no centro-sul, não há mudança no cenário anterior e continua o sinal de queda em relação à covid-19. Em Minas Gerais, houve interrupção no crescimento e a fase de estabilidade no número de casos continua.

Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que recentemente tinham registrado leve aumento, agora estão classificados apenas como oscilação, disse o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

 

Casos de Covid aumentam em estados do Nordeste

 

Estados do Nordeste registraram aumento de casos de covid-19, entre os dias 3 e 9 deste mês, período referente à Semana Epidemiológica (SE) 49, conforme indicam dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 11 de dezembro.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14), no Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com o boletim, a Bahia, que foi o primeiro estado a anotar a elevação dos registros recentes na região, verifica um recuo nos casos, mas ainda mantém crescimento nas novas ocorrências.

Embora tenha registrado crescimento depois de outros estados da região, no Ceará, os casos aumentam semana a semana.

Os estados do Maranhão, da Paraíba e de Pernambuco estão com sinal inicial de aumento recente nos casos, principalmente em pessoas de idade avançada.

“Há sinal de aumento na Bahia, no Ceará, no Maranhão, na Paraíba e em Pernambuco em relação à SRAG por covid-19. No Maranhão, na Paraíba e em Pernambuco, o volume ainda é relativamente baixo, e o ritmo de crescimento é leve, indicando possível início de ciclo”, informou a Fiocruz.

Conforme a atualização de hoje, Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia apresentaram sinal de crescimento das síndromes respiratórias agudas graves por covid-19 na tendência de longo prazo.

Já em Minas Gerais, permaneceu o sinal de platô, mas ainda sem indício claro de queda. “No Acre, no Espírito Santo, em Mato Grosso, no Piauí e em Rondônia, trata-se apenas de oscilação”, completou a fundação.

Em escalada diferente, no centro-sul, não há mudança no cenário anterior e continua o sinal de queda em relação à covid-19. Em Minas Gerais, houve interrupção no crescimento e a fase de estabilidade no número de casos continua.

Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que recentemente tinham registrado leve aumento, agora estão classificados apenas como oscilação, disse o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

 

Aniversário de Francisco: 87 Anos de Sabedoria e Compromisso na Liderança Papal

 

Neste domingo, o Papa Francisco celebra seu 87º aniversário, marcando o fim de um ano intenso, repleto de desafios e conquistas notáveis. Em um período que iniciou com o funeral de seu antecessor, Bento 16, Francisco enfrentou uma série de embates e marcos significativos, moldando o curso de 2023.

O ano começou com a despedida de Bento 16 em janeiro, encerrando um período peculiar de coexistência de dois papas no Vaticano. A partir desse momento, Francisco intensificou seu ativismo diplomático pela paz e promoveu mudanças na Cúria Romana, demonstrando sua determinação em liderar a Igreja Católica em tempos desafiadores.

Além disso, o Papa nomeou o maior número de cardeais de seu pontificado, reforçando sua influência no Colégio Cardinalício. Suas cinco viagens internacionais, duas internações hospitalares e uma cirurgia não abalaram seu comprometimento com a causa religiosa e social.

O Papa também enfrentou adversidades, incluindo ataques políticos na Argentina e até mesmo uma manipulação de sua imagem por meio da inteligência artificial. Ao denunciar tais ações, ele reiterou a necessidade de regulamentação global sobre tecnologia, destacando sua postura proativa diante dos desafios modernos.

No décimo ano de seu pontificado, Francisco revelou sua disposição inabalável ao confrontar a feroz oposição de setores ultraconservadores do clero, especialmente nos Estados Unidos. A morte de Bento 16 e sua própria saúde frágil serviram como catalisadores para sua atitude combativa.

Julho marcou um ponto crucial, com a nomeação de Víctor Manuel Fernández como prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, indicando uma orientação mais contemporânea e dialogante. A escolha de 21 novos cardeais reforçou a determinação de Francisco em moldar o futuro da Igreja, preparando-a para seu sucessor.

O Sínodo dos Bispos e a resposta pública do Papa a questionamentos conservadores demonstram sua disposição em lidar com temas controversos, como a bênção a casais do mesmo sexo. Essa postura desafiadora reflete sua assertividade diante de desafios internos à Igreja.

À medida que 2023 se encerra, surge a perspectiva de um conclave no Vaticano, evidenciando a lucidez de Francisco sobre sua própria finitude. Suas orientações para um funeral mais simples e o desejo de ser sepultado fora do Vaticano ressaltam sua humildade e pragmatismo.

Contudo, dúvidas pairam sobre o quanto do dinamismo visto em 2023 se manterá em 2024, dado sua idade avançada e saúde frágil. A agenda de viagens, elemento central de seu pontificado, poderá sofrer ajustes. A incerteza sobre futuras conquistas contrasta com a certeza de que Francisco continuará a moldar o curso da Igreja Católica enquanto enfrenta os desafios da velhice com serenidade e sabedoria.

Aniversário de Francisco: 87 Anos de Sabedoria e Compromisso na Liderança Papal

 

Neste domingo, o Papa Francisco celebra seu 87º aniversário, marcando o fim de um ano intenso, repleto de desafios e conquistas notáveis. Em um período que iniciou com o funeral de seu antecessor, Bento 16, Francisco enfrentou uma série de embates e marcos significativos, moldando o curso de 2023.

O ano começou com a despedida de Bento 16 em janeiro, encerrando um período peculiar de coexistência de dois papas no Vaticano. A partir desse momento, Francisco intensificou seu ativismo diplomático pela paz e promoveu mudanças na Cúria Romana, demonstrando sua determinação em liderar a Igreja Católica em tempos desafiadores.

Além disso, o Papa nomeou o maior número de cardeais de seu pontificado, reforçando sua influência no Colégio Cardinalício. Suas cinco viagens internacionais, duas internações hospitalares e uma cirurgia não abalaram seu comprometimento com a causa religiosa e social.

O Papa também enfrentou adversidades, incluindo ataques políticos na Argentina e até mesmo uma manipulação de sua imagem por meio da inteligência artificial. Ao denunciar tais ações, ele reiterou a necessidade de regulamentação global sobre tecnologia, destacando sua postura proativa diante dos desafios modernos.

No décimo ano de seu pontificado, Francisco revelou sua disposição inabalável ao confrontar a feroz oposição de setores ultraconservadores do clero, especialmente nos Estados Unidos. A morte de Bento 16 e sua própria saúde frágil serviram como catalisadores para sua atitude combativa.

Julho marcou um ponto crucial, com a nomeação de Víctor Manuel Fernández como prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, indicando uma orientação mais contemporânea e dialogante. A escolha de 21 novos cardeais reforçou a determinação de Francisco em moldar o futuro da Igreja, preparando-a para seu sucessor.

O Sínodo dos Bispos e a resposta pública do Papa a questionamentos conservadores demonstram sua disposição em lidar com temas controversos, como a bênção a casais do mesmo sexo. Essa postura desafiadora reflete sua assertividade diante de desafios internos à Igreja.

À medida que 2023 se encerra, surge a perspectiva de um conclave no Vaticano, evidenciando a lucidez de Francisco sobre sua própria finitude. Suas orientações para um funeral mais simples e o desejo de ser sepultado fora do Vaticano ressaltam sua humildade e pragmatismo.

Contudo, dúvidas pairam sobre o quanto do dinamismo visto em 2023 se manterá em 2024, dado sua idade avançada e saúde frágil. A agenda de viagens, elemento central de seu pontificado, poderá sofrer ajustes. A incerteza sobre futuras conquistas contrasta com a certeza de que Francisco continuará a moldar o curso da Igreja Católica enquanto enfrenta os desafios da velhice com serenidade e sabedoria.

Carlos Lyra (1933-2023), o “legado extraordinário” de um grande melodista

 

Com a morte de Carlos Lyra, no último sábado, a música brasileira perde um dos seus maiores melodistas. O cantor, compositor e violonista foi um dos principais nomes da bossa nova, e suas canções, como “Você e Eu”, “Coisa Mais Linda” e “Influência do Jazz”, são verdadeiros clássicos da música popular brasileira.

Lyra nasceu no Rio de Janeiro, em 1933. Começou a compor música ainda jovem, e aos 20 anos já tinha escrito algumas de suas canções mais conhecidas. Em 1958, lançou seu primeiro álbum, “Carlos Lyra”, que contou com a participação de alguns dos grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Lyra foi um dos principais compositores da primeira geração da bossa nova. Suas canções, marcadas por melodias suaves e harmonias sofisticadas, ajudaram a definir o estilo. Lyra também foi um dos primeiros músicos a explorar o potencial do violão como instrumento solista, e suas interpretações são consideradas de referência.

Além de suas canções em português, Lyra também compôs em inglês, espanhol e francês. Suas músicas foram interpretadas por artistas de todo o mundo, e ele foi um dos responsáveis por levar a bossa nova ao conhecimento internacional.

Lyra foi um artista versátil e produtivo. Ao longo de sua carreira, lançou mais de 30 álbuns, e sua música foi utilizada em filmes, novelas e peças de teatro. Ele também foi um importante educador musical, e fundou uma escola de música no Rio de Janeiro.

A morte de Carlos Lyra é uma perda irreparável para a música brasileira. Seu legado é extraordinário, e suas canções continuarão a encantar gerações de ouvintes.

Um legado de beleza e elegância

As canções de Carlos Lyra são marcadas por uma beleza e elegância únicas. Suas melodias são suaves e inesquecíveis, e suas harmonias são sofisticadas e inovadoras. Lyra foi um mestre na arte de combinar simplicidade e sofisticação, e suas músicas são a prova de que o bom gosto e a qualidade artística podem coexistir.

Além da beleza, as canções de Lyra também são marcadas pela elegância. Sua música é refinada e sofisticada, e transmite uma sensação de sofisticação e bom gosto. Lyra foi um artista que sempre se preocupou com a qualidade de sua música, e suas canções são um exemplo do que a música brasileira pode ser de melhor.

Um legado que transcende a bossa nova

As canções de Carlos Lyra transcendem a bossa nova. Elas são clássicos da música popular brasileira, e são apreciadas por pessoas de todas as idades e estilos musicais. Lyra foi um artista que contribuiu para a formação da identidade musical brasileira, e suas canções são um patrimônio cultural do Brasil.

A morte de Carlos Lyra é uma perda irreparável para a música brasileira. Seu legado é extraordinário, e suas canções continuarão a encantar gerações de ouvintes.

Carlos Lyra (1933-2023), o “legado extraordinário” de um grande melodista

 

Com a morte de Carlos Lyra, no último sábado, a música brasileira perde um dos seus maiores melodistas. O cantor, compositor e violonista foi um dos principais nomes da bossa nova, e suas canções, como “Você e Eu”, “Coisa Mais Linda” e “Influência do Jazz”, são verdadeiros clássicos da música popular brasileira.

Lyra nasceu no Rio de Janeiro, em 1933. Começou a compor música ainda jovem, e aos 20 anos já tinha escrito algumas de suas canções mais conhecidas. Em 1958, lançou seu primeiro álbum, “Carlos Lyra”, que contou com a participação de alguns dos grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Lyra foi um dos principais compositores da primeira geração da bossa nova. Suas canções, marcadas por melodias suaves e harmonias sofisticadas, ajudaram a definir o estilo. Lyra também foi um dos primeiros músicos a explorar o potencial do violão como instrumento solista, e suas interpretações são consideradas de referência.

Além de suas canções em português, Lyra também compôs em inglês, espanhol e francês. Suas músicas foram interpretadas por artistas de todo o mundo, e ele foi um dos responsáveis por levar a bossa nova ao conhecimento internacional.

Lyra foi um artista versátil e produtivo. Ao longo de sua carreira, lançou mais de 30 álbuns, e sua música foi utilizada em filmes, novelas e peças de teatro. Ele também foi um importante educador musical, e fundou uma escola de música no Rio de Janeiro.

A morte de Carlos Lyra é uma perda irreparável para a música brasileira. Seu legado é extraordinário, e suas canções continuarão a encantar gerações de ouvintes.

Um legado de beleza e elegância

As canções de Carlos Lyra são marcadas por uma beleza e elegância únicas. Suas melodias são suaves e inesquecíveis, e suas harmonias são sofisticadas e inovadoras. Lyra foi um mestre na arte de combinar simplicidade e sofisticação, e suas músicas são a prova de que o bom gosto e a qualidade artística podem coexistir.

Além da beleza, as canções de Lyra também são marcadas pela elegância. Sua música é refinada e sofisticada, e transmite uma sensação de sofisticação e bom gosto. Lyra foi um artista que sempre se preocupou com a qualidade de sua música, e suas canções são um exemplo do que a música brasileira pode ser de melhor.

Um legado que transcende a bossa nova

As canções de Carlos Lyra transcendem a bossa nova. Elas são clássicos da música popular brasileira, e são apreciadas por pessoas de todas as idades e estilos musicais. Lyra foi um artista que contribuiu para a formação da identidade musical brasileira, e suas canções são um patrimônio cultural do Brasil.

A morte de Carlos Lyra é uma perda irreparável para a música brasileira. Seu legado é extraordinário, e suas canções continuarão a encantar gerações de ouvintes.

Alegria no Advento: Preparando o Coração para o Mistério do Natal

 

Caros leitores, neste tempo de preparação, somos chamados a refletir sobre a iminência do Natal do Senhor, momento sublime em que a cidade se ilumina e as crianças escutam, encantadas, a grandiosa história do amor divino pela humanidade.

Deus, em Sua infinita misericórdia, está prestes a nos visitar novamente. Ele vem ao encontro de um mundo fatigado pelas agruras das guerras e abalado por desafios constantes. No entanto, é essencial compreender que ainda estamos no período de advento, um tempo de preparação que nos leva a celebrar, neste domingo, a alegria que brota da certeza de estarmos unidos ao verdadeiro Deus, aquele que se fez Menino para nos redimir.

Natal é o momento de abrir o coração para acolher o Menino que busca a manjedoura em nossos corações. Deus, incansável em Sua busca por nós, convida-nos a alargar os limites do coração e a renovar a esperança na vinda do Salvador.

Durante este tempo de preparação, somos desafiados a examinar nossas atitudes como cristãos. Será que anunciamos, com nossa vida, a prioridade de Deus? A verdadeira alegria que experimentamos provém da fé em Cristo? Estas são reflexões cruciais que todo cristão deve fazer para proclamar, com convicção, a mensagem de Jesus Cristo.

O Advento, marcado pela alegria expectante, nos leva a aguardar com jubilo a chegada do Senhor. Neste terceiro domingo de Advento, conhecido como o ‘domingo da alegria’, somos convidados pela liturgia a sentir o espírito jubiloso que permeia esse período de espera.

O amor que nasce na manjedoura de Belém expulsa o temor e preenche nossos corações com uma alegria duradoura. Que possamos nos encher dessa alegria divina e manter a paz diante dos desafios inevitáveis da vida.

No Advento, somos preparados para nos colocar diante do Deus que se fez criança para nos presentear com uma alegria eterna. Imploramos a graça de encantarmo-nos novamente com a simplicidade do presépio, reconhecendo ali o imenso amor de Deus por nós.

Em meio a uma cultura que, por vezes, se distancia dos valores cristãos, devemos resistir, apoiando-nos nas palavras inspiradoras do Papa Francisco. A alegria do Evangelho, segundo suas palavras, enche o coração daqueles que encontram Jesus. Com Ele, a alegria renasce incessantemente, e o presépio nos revela o rosto desse amor: Jesus!

Que Nossa Senhora, a Mãe da verdadeira fé, nos guie neste Advento, fortalecendo nossas atitudes para proclamarmos, com renovado vigor, que Deus não é uma presença do passado, mas um visitante constante em nossas vidas hoje!

 

Alegria no Advento: Preparando o Coração para o Mistério do Natal

 

Caros leitores, neste tempo de preparação, somos chamados a refletir sobre a iminência do Natal do Senhor, momento sublime em que a cidade se ilumina e as crianças escutam, encantadas, a grandiosa história do amor divino pela humanidade.

Deus, em Sua infinita misericórdia, está prestes a nos visitar novamente. Ele vem ao encontro de um mundo fatigado pelas agruras das guerras e abalado por desafios constantes. No entanto, é essencial compreender que ainda estamos no período de advento, um tempo de preparação que nos leva a celebrar, neste domingo, a alegria que brota da certeza de estarmos unidos ao verdadeiro Deus, aquele que se fez Menino para nos redimir.

Natal é o momento de abrir o coração para acolher o Menino que busca a manjedoura em nossos corações. Deus, incansável em Sua busca por nós, convida-nos a alargar os limites do coração e a renovar a esperança na vinda do Salvador.

Durante este tempo de preparação, somos desafiados a examinar nossas atitudes como cristãos. Será que anunciamos, com nossa vida, a prioridade de Deus? A verdadeira alegria que experimentamos provém da fé em Cristo? Estas são reflexões cruciais que todo cristão deve fazer para proclamar, com convicção, a mensagem de Jesus Cristo.

O Advento, marcado pela alegria expectante, nos leva a aguardar com jubilo a chegada do Senhor. Neste terceiro domingo de Advento, conhecido como o ‘domingo da alegria’, somos convidados pela liturgia a sentir o espírito jubiloso que permeia esse período de espera.

O amor que nasce na manjedoura de Belém expulsa o temor e preenche nossos corações com uma alegria duradoura. Que possamos nos encher dessa alegria divina e manter a paz diante dos desafios inevitáveis da vida.

No Advento, somos preparados para nos colocar diante do Deus que se fez criança para nos presentear com uma alegria eterna. Imploramos a graça de encantarmo-nos novamente com a simplicidade do presépio, reconhecendo ali o imenso amor de Deus por nós.

Em meio a uma cultura que, por vezes, se distancia dos valores cristãos, devemos resistir, apoiando-nos nas palavras inspiradoras do Papa Francisco. A alegria do Evangelho, segundo suas palavras, enche o coração daqueles que encontram Jesus. Com Ele, a alegria renasce incessantemente, e o presépio nos revela o rosto desse amor: Jesus!

Que Nossa Senhora, a Mãe da verdadeira fé, nos guie neste Advento, fortalecendo nossas atitudes para proclamarmos, com renovado vigor, que Deus não é uma presença do passado, mas um visitante constante em nossas vidas hoje!

 

Dom Zanoni Assume Papel de Destaque no Conselho do Fundo Populorum Progressio

 

Recentemente, o Papa Francisco tomou uma decisão que ecoou não apenas nos corredores da Igreja, mas também nas comunidades mais marginalizadas da América Latina e do Caribe. A nomeação do Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, como representante da Pastoral Afro-Americana e membro do Conselho do Fundo Populorum Progressio, organismo do CELAM, é um passo significativo em direção ao desenvolvimento integral dos campesinos, indígenas e afro-americanos.

Nos dias 06 a 08 deste mês, Dom Zanoni participou em Bogotá de uma reunião desse Conselho, marcando um compromisso ativo com a missão do Fundo Populorum Progressio. Este, criado pelo Papa Francisco, demonstra sua preocupação com o desenvolvimento integral das comunidades mais carentes da região. A sua finalidade é subsidiar e apoiar projetos sociais em prol das minorias que muitas vezes são negligenciadas.

O Papa Francisco ordenou a supressão da Fundação Populorum Progressio, substituindo-a pelo Fundo Populorum Progressio. Em suas palavras, a Fundação muda sua forma, mas mantém a missão, permanecendo uma obra de caridade do Papa para os pobres da América Latina e do Caribe. Esta mudança reflete o constante esforço do Pontífice em adaptar as instituições para melhor atender às necessidades emergentes.

A criação do Fundo com o mesmo nome, confiado ao CELAM, tem o objetivo de promover laços mais estreitos com as Igrejas locais. Isso visa tornar mais eficazes os programas de desenvolvimento integral nas comunidades indígenas e afrodescendentes mais negligenciadas e pobres da América Latina. O Rescrito do Papa Francisco, em vigor a partir de hoje, sinaliza um novo capítulo na abordagem da Igreja em relação ao serviço do desenvolvimento humano integral.

Este movimento papal não apenas representa uma reorganização administrativa, mas uma afirmação clara do compromisso da Igreja em contribuir para a transformação positiva da sociedade. O Fundo Populorum Progressio, agora sob os cuidados do CELAM, torna-se uma ferramenta crucial para impulsionar iniciativas que visam a justiça social, a igualdade e a dignidade para os menos favorecidos.

Diante desses acontecimentos, é fundamental reconhecer o papel central que a Igreja desempenha na promoção do desenvolvimento sustentável e na defesa dos direitos humanos. O comprometimento do Papa Francisco e a escolha de Dom Zanoni Demettino Castro como representante reforçam a necessidade de uma abordagem inclusiva e dedicada a enfrentar as desigualdades persistentes.

O Fundo Populorum Progressio, agora sob nova liderança, tem o potencial de ser uma força catalisadora para a mudança positiva. Cabe a todos nós, como membros dessa sociedade em constante evolução, apoiar e incentivar iniciativas que busquem o bem comum e a justiça social. Que este novo capítulo na história do Fundo seja marcado por realizações significativas e um impacto duradouro na vida daqueles que mais necessitam.

Dom Zanoni Assume Papel de Destaque no Conselho do Fundo Populorum Progressio

 

Recentemente, o Papa Francisco tomou uma decisão que ecoou não apenas nos corredores da Igreja, mas também nas comunidades mais marginalizadas da América Latina e do Caribe. A nomeação do Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, como representante da Pastoral Afro-Americana e membro do Conselho do Fundo Populorum Progressio, organismo do CELAM, é um passo significativo em direção ao desenvolvimento integral dos campesinos, indígenas e afro-americanos.

Nos dias 06 a 08 deste mês, Dom Zanoni participou em Bogotá de uma reunião desse Conselho, marcando um compromisso ativo com a missão do Fundo Populorum Progressio. Este, criado pelo Papa Francisco, demonstra sua preocupação com o desenvolvimento integral das comunidades mais carentes da região. A sua finalidade é subsidiar e apoiar projetos sociais em prol das minorias que muitas vezes são negligenciadas.

O Papa Francisco ordenou a supressão da Fundação Populorum Progressio, substituindo-a pelo Fundo Populorum Progressio. Em suas palavras, a Fundação muda sua forma, mas mantém a missão, permanecendo uma obra de caridade do Papa para os pobres da América Latina e do Caribe. Esta mudança reflete o constante esforço do Pontífice em adaptar as instituições para melhor atender às necessidades emergentes.

A criação do Fundo com o mesmo nome, confiado ao CELAM, tem o objetivo de promover laços mais estreitos com as Igrejas locais. Isso visa tornar mais eficazes os programas de desenvolvimento integral nas comunidades indígenas e afrodescendentes mais negligenciadas e pobres da América Latina. O Rescrito do Papa Francisco, em vigor a partir de hoje, sinaliza um novo capítulo na abordagem da Igreja em relação ao serviço do desenvolvimento humano integral.

Este movimento papal não apenas representa uma reorganização administrativa, mas uma afirmação clara do compromisso da Igreja em contribuir para a transformação positiva da sociedade. O Fundo Populorum Progressio, agora sob os cuidados do CELAM, torna-se uma ferramenta crucial para impulsionar iniciativas que visam a justiça social, a igualdade e a dignidade para os menos favorecidos.

Diante desses acontecimentos, é fundamental reconhecer o papel central que a Igreja desempenha na promoção do desenvolvimento sustentável e na defesa dos direitos humanos. O comprometimento do Papa Francisco e a escolha de Dom Zanoni Demettino Castro como representante reforçam a necessidade de uma abordagem inclusiva e dedicada a enfrentar as desigualdades persistentes.

O Fundo Populorum Progressio, agora sob nova liderança, tem o potencial de ser uma força catalisadora para a mudança positiva. Cabe a todos nós, como membros dessa sociedade em constante evolução, apoiar e incentivar iniciativas que busquem o bem comum e a justiça social. Que este novo capítulo na história do Fundo seja marcado por realizações significativas e um impacto duradouro na vida daqueles que mais necessitam.

Do 6° Lugar ao Topo: Conquista Lidera com Desenvolvimento Sustentável

 

O recente salto de Luís Eduardo Magalhães para o 5° maior PIB da Bahia, conforme destacado pelo Correio da Bahia, não é apenas um indicador de crescimento, mas uma janela para uma reflexão essencial sobre os rumos da economia baiana. Em um contexto onde os números frequentemente obscurecem a verdadeira essência do desenvolvimento, é crucial desvendar as nuances por trás das cifras e direcionar o foco para a sustentabilidade e resiliência econômica.

Ao observarmos as 10 primeiras cidades da Bahia, é evidente que Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista se destacam não apenas por seus PIBs imponentes, mas pela notável sustentabilidade ambiental que permeia suas atividades econômicas. Entretanto, a ascensão de Luís Eduardo Magalhães traz à tona considerações pertinentes sobre a diversidade econômica do estado.

Salvador, ancorada em seu polo industrial, mantém uma presença robusta no setor químico do PIB, enquanto outras cidades baianas estão presas a atividades poluentes, como o agronegócio, a mineração e a indústria química. Nesse contexto, Vitória da Conquista emerge como um oásis de sustentabilidade entre Feira de Santana e Salvador.

Apesar de ocupar numericamente a sexta posição, Conquista vai além dos números e revela a verdadeira essência de seu crescimento econômico. A cidade destaca-se pela autenticidade de um crescimento autóctone, forjado pela comunidade local e imune às vulnerabilidades de intempéries ou flutuações sazonais.

Ao abordar a sustentabilidade, é crucial compreender que ela deve ser ambiental, regional e social. Elevando esses critérios, Vitória da Conquista se posiciona não apenas como um município sustentável, mas como líder, ostentando o primeiro lugar em sustentabilidade na Bahia. O contraste com outras cidades, cujas práticas elevam a desigualdade ao extremo, destaca a singularidade do modelo conquistense.

O agronegócio, presente em Conquista, ilustra como é possível gerar renda e ocupação sem comprometer o meio ambiente. Em contrapartida, atividades como a indústria química e a mineração, predominantes em outras regiões, contribuem para a degradação dos recursos naturais e comprometem o legado das próximas gerações.

A liderança de Conquista e Feira de Santana em sustentabilidade econômica transcende a classificação numérica. Enquanto algumas cidades buscam crescimento a qualquer custo, comprometendo a saúde ambiental, esses dois municípios consolidam uma trajetória de desenvolvimento enraizado na preservação e no respeito ao seu próprio tecido econômico.

Portanto, ao considerarmos o progresso econômico na Bahia, é imperativo compreender que o verdadeiro valor vai além dos números frios do PIB. Conquista e Feira de Santana lideram não apenas em cifras, mas na construção de um futuro onde o desenvolvimento se entrelaça harmoniosamente com a preservação ambiental, indicando um caminho inspirador para todo o estado.

Quando falamos de sustentabilidade, é essencial reconhecer que esse caminho é lento e gradual. Premiemos, portanto, não apenas o crescimento rápido, mas o desenvolvimento sustentável que busca a equidade social e a preservação ambiental como pilares de uma economia que busca prosperar com responsabilidade.

Padre Carlos e Wilton Cunha

 

Do 6° Lugar ao Topo: Conquista Lidera com Desenvolvimento Sustentável

 

O recente salto de Luís Eduardo Magalhães para o 5° maior PIB da Bahia, conforme destacado pelo Correio da Bahia, não é apenas um indicador de crescimento, mas uma janela para uma reflexão essencial sobre os rumos da economia baiana. Em um contexto onde os números frequentemente obscurecem a verdadeira essência do desenvolvimento, é crucial desvendar as nuances por trás das cifras e direcionar o foco para a sustentabilidade e resiliência econômica.

Ao observarmos as 10 primeiras cidades da Bahia, é evidente que Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista se destacam não apenas por seus PIBs imponentes, mas pela notável sustentabilidade ambiental que permeia suas atividades econômicas. Entretanto, a ascensão de Luís Eduardo Magalhães traz à tona considerações pertinentes sobre a diversidade econômica do estado.

Salvador, ancorada em seu polo industrial, mantém uma presença robusta no setor químico do PIB, enquanto outras cidades baianas estão presas a atividades poluentes, como o agronegócio, a mineração e a indústria química. Nesse contexto, Vitória da Conquista emerge como um oásis de sustentabilidade entre Feira de Santana e Salvador.

Apesar de ocupar numericamente a sexta posição, Conquista vai além dos números e revela a verdadeira essência de seu crescimento econômico. A cidade destaca-se pela autenticidade de um crescimento autóctone, forjado pela comunidade local e imune às vulnerabilidades de intempéries ou flutuações sazonais.

Ao abordar a sustentabilidade, é crucial compreender que ela deve ser ambiental, regional e social. Elevando esses critérios, Vitória da Conquista se posiciona não apenas como um município sustentável, mas como líder, ostentando o primeiro lugar em sustentabilidade na Bahia. O contraste com outras cidades, cujas práticas elevam a desigualdade ao extremo, destaca a singularidade do modelo conquistense.

O agronegócio, presente em Conquista, ilustra como é possível gerar renda e ocupação sem comprometer o meio ambiente. Em contrapartida, atividades como a indústria química e a mineração, predominantes em outras regiões, contribuem para a degradação dos recursos naturais e comprometem o legado das próximas gerações.

A liderança de Conquista e Feira de Santana em sustentabilidade econômica transcende a classificação numérica. Enquanto algumas cidades buscam crescimento a qualquer custo, comprometendo a saúde ambiental, esses dois municípios consolidam uma trajetória de desenvolvimento enraizado na preservação e no respeito ao seu próprio tecido econômico.

Portanto, ao considerarmos o progresso econômico na Bahia, é imperativo compreender que o verdadeiro valor vai além dos números frios do PIB. Conquista e Feira de Santana lideram não apenas em cifras, mas na construção de um futuro onde o desenvolvimento se entrelaça harmoniosamente com a preservação ambiental, indicando um caminho inspirador para todo o estado.

Quando falamos de sustentabilidade, é essencial reconhecer que esse caminho é lento e gradual. Premiemos, portanto, não apenas o crescimento rápido, mas o desenvolvimento sustentável que busca a equidade social e a preservação ambiental como pilares de uma economia que busca prosperar com responsabilidade.

Padre Carlos e Wilton Cunha

 

Desafios Noturnos: A Escassez de Produtos e os Preços Elevados na Argentina Pós-Política de Contenção

Caro leitor,

Buenos Aires, cidade que nunca dorme, testemunha agora não apenas o movimento noturno de seus habitantes, mas também as longas filas nos supermercados, marcando uma mudança nas práticas de consumo argentinas. O fim da política de contenção, anunciada pelo ministro da Economia, Luiz Caputo, sob a gestão de Javier Milei, trouxe consigo uma realidade desconfortável para os argentinos: a falta de produtos e o aumento significativo nos preços.

O portenho, conhecido por sua vida noturna ativa, reflete esse hábito também nas compras. O pico nas filas dos grandes supermercados ocorre após as 20h, quando as compras diárias se tornam comuns. Ao contrário do modelo brasileiro de “compra do mês,” uma prática estabelecida nos tempos de hiperinflação, os argentinos preferem abastecer-se regularmente.

Num hipermercado de Palermo, bairro de classe média alta, as filas continuam, mas algo mudou. Os carrinhos, antes contendo compras pequenas e frequentes, agora carregam um peso adicional. A explicação para esse fenômeno está nas medidas anunciadas pelo governo, que incluem a fixação do câmbio oficial e o fim da política de “precios justos,” um acordo de preços estabelecido pelo ex-presidente Alberto Fernández para mitigar os efeitos da inflação.

As consequências são evidentes: a reposição das gôndolas traz consigo aumentos que ultrapassam as expectativas dos argentinos. Aqueles acostumados a uma certa estabilidade de preços agora enfrentam a incerteza de orçamentos cada vez mais desafiadores. Estratégias para controlar as finanças pessoais tornam-se necessárias, enquanto os consumidores se veem obrigados a repensar a forma como abordam as compras do dia a dia.

A nova realidade econômica argentina levanta questões profundas sobre a sustentabilidade dessas mudanças e como o cidadão comum se adapta a elas. O desafio agora é equilibrar a necessidade de conter a inflação com a garantia de acesso a produtos básicos para a população. A gestão de Milei enfrenta a responsabilidade de conciliar a estabilidade econômica com as demandas diárias dos argentinos.

Em tempos de transformação, Buenos Aires experimenta não apenas uma mudança nas práticas de consumo, mas um questionamento fundamental sobre o equilíbrio entre políticas econômicas e as necessidades da população. À medida que os argentinos enfrentam uma nova realidade nas prateleiras dos supermercados, a incerteza paira sobre como essa narrativa econômica se desdobrará nos próximos capítulos.

 

Desafios Noturnos: A Escassez de Produtos e os Preços Elevados na Argentina Pós-Política de Contenção

Caro leitor,

Buenos Aires, cidade que nunca dorme, testemunha agora não apenas o movimento noturno de seus habitantes, mas também as longas filas nos supermercados, marcando uma mudança nas práticas de consumo argentinas. O fim da política de contenção, anunciada pelo ministro da Economia, Luiz Caputo, sob a gestão de Javier Milei, trouxe consigo uma realidade desconfortável para os argentinos: a falta de produtos e o aumento significativo nos preços.

O portenho, conhecido por sua vida noturna ativa, reflete esse hábito também nas compras. O pico nas filas dos grandes supermercados ocorre após as 20h, quando as compras diárias se tornam comuns. Ao contrário do modelo brasileiro de “compra do mês,” uma prática estabelecida nos tempos de hiperinflação, os argentinos preferem abastecer-se regularmente.

Num hipermercado de Palermo, bairro de classe média alta, as filas continuam, mas algo mudou. Os carrinhos, antes contendo compras pequenas e frequentes, agora carregam um peso adicional. A explicação para esse fenômeno está nas medidas anunciadas pelo governo, que incluem a fixação do câmbio oficial e o fim da política de “precios justos,” um acordo de preços estabelecido pelo ex-presidente Alberto Fernández para mitigar os efeitos da inflação.

As consequências são evidentes: a reposição das gôndolas traz consigo aumentos que ultrapassam as expectativas dos argentinos. Aqueles acostumados a uma certa estabilidade de preços agora enfrentam a incerteza de orçamentos cada vez mais desafiadores. Estratégias para controlar as finanças pessoais tornam-se necessárias, enquanto os consumidores se veem obrigados a repensar a forma como abordam as compras do dia a dia.

A nova realidade econômica argentina levanta questões profundas sobre a sustentabilidade dessas mudanças e como o cidadão comum se adapta a elas. O desafio agora é equilibrar a necessidade de conter a inflação com a garantia de acesso a produtos básicos para a população. A gestão de Milei enfrenta a responsabilidade de conciliar a estabilidade econômica com as demandas diárias dos argentinos.

Em tempos de transformação, Buenos Aires experimenta não apenas uma mudança nas práticas de consumo, mas um questionamento fundamental sobre o equilíbrio entre políticas econômicas e as necessidades da população. À medida que os argentinos enfrentam uma nova realidade nas prateleiras dos supermercados, a incerteza paira sobre como essa narrativa econômica se desdobrará nos próximos capítulos.