Caro leitor, é com um misto de incredulidade e entretenimento que observamos o cenário político de Vitória da Conquista se desenrolar nas vésperas das eleições municipais. Em meio a figuras que parecem ter saído de um universo paralelo, os candidatos nanicos protagonizam um espetáculo à parte, alheios à realidade que os cerca.
Na chamada primeira divisão, temos a atual prefeita e o candidato do PT, figuras que, ao menos, têm algum respaldo e presença nas pesquisas. Na segunda divisão, encontramos a vereadora Lucia Rocha, que mesmo desfrutando de certa popularidade, parece estar destinada a um papel coadjuvante. Porém, é na terceirona que a verdadeira comédia se desenrola.
Ah, os candidatos nanicos, esses sonhadores destemidos que insistem em se colocar no palco político mesmo sabendo que mal teriam votos para serem eleitos vereadores, quiçá para um cargo executivo. Com siglas e partidos que mais parecem ter saído de um jogo de palavras cruzadas, esses políticos sem estrutura e votos plantam matérias como quem semeia ilusões, tentando desesperadamente criar um fato político relevante.
É como assistir a um espetáculo de comédia stand-up, onde a realidade é exagerada e distorcida para arrancar risos da plateia. Uma hora, esses aspirantes a prefeito estão falando mal da administração municipal, na seguinte nos delírios dizendo que rejeitam a vaga de vice da prefeita, como se isso fosse uma possibilidade realista, ou proclamando com ares messiânicos que estarão no segundo turno.
A verdade é que, ao olhar para esses personagens, não podemos deixar de nos perguntar se estão realmente levando a sério a própria candidatura ou se isso não passa de uma performance cômica para ganhar visibilidade. Afinal, é difícil imaginar como alguém pode acreditar estar na disputa pela prefeitura quando sua presença nas pesquisas é praticamente nula.
Enquanto a primeira e segunda divisões disputam o protagonismo, os candidatos nanicos permanecem na obscuridade, tentando em vão se inserir no tabuleiro político local. Talvez seja hora de aceitarem que estão, no máximo, na terceirona, a terceira divisão dos times sem grandes expressões, onde a realidade é mais dura do que os delírios de uma campanha desprovida de votos e sustentação popular.
Assim, caro leitor, enquanto o circo político se desenrola, podemos aproveitar a comédia proporcionada pelos candidatos nanicos, que, mesmo sem votos nem para vereador, nos brindam com um espetáculo à parte, digno de uma tragicomédia eleitoral em Vitória da Conquista. Que venham as urnas, e que a realidade se imponha sobre as ilusões desses políticos sem voto e sem noção.