Nesta véspera de Pentecostes, celebramos a Ascensão do Senhor, um evento divino que convida a uma reflexão profunda e emotiva sobre nossa relação com o Cristo ressuscitado e a evangelização no mundo atual. Quando Jesus ascendeu aos céus, Ele não partiu sozinho – Ele carregou consigo nossas dores e alegrias, estabelecendo um vínculo eterno com a humanidade.
A subida do Cristo ao Pai representa uma nova forma de presença divina, que exige olhos e corações voltados a Deus para o encontrar, servi-lo e testemunhar aos outros. No contexto da era digital, essa subida ganha uma relevância particular na missão evangelizadora da Igreja.
Enquanto os meios de comunicação permitem que a mensagem do Evangelho alcance as massas, é fundamental que os cristãos não se contentem com uma analogia teórica ou uma ilusão de presença online. Em vez disso, devemos estar convictos de que a subida do Senhor é uma realidade firme e fundamentada na esperança cristã.
Cristo ressuscitado e ascendente, presente no Espírito Santo, continua a transformar a vida de homens e mulheres em busca de um mundo melhor. Na sociedade atual, essa missão requer a solidariedade e a preocupação com os mais necessitados, tanto na vida real quanto no espaço virtual.
A Ascensão do Senhor lembra-nos que o amor e a caridade são valores intrínsecos à vida cristã. Em meio aos desafios que enfrentamos – incluindo os desastres naturais e as crises humanitárias, como as recentes cheias no Rio Grande do Sul – devemos orar e agir, fazendo doações e mobilizações, segundo nossas condições.
Ao subir ao Pai, Cristo não abandonou o chão da nossa história – Ele abriu o caminho para que, juntos, possamos construir um mundo mais justo e compassivo. Ao fortalecer o amor e a caridade em nossas relações humanas, tanto no mundo real quanto no digital, podemos cultivar a subida cristã e carregar a esperança para os corações de todos os que buscam uma vida transformada por Deus.
Padre Carlos