Política e Resenha

Por que a Região Metropolitana de Vitória da Conquista é uma Necessidade Urgente para o Sudoeste Baiano

 

 

 

Vitória da Conquista não é apenas a terceira maior cidade da Bahia: é um farol econômico e cultural no sertão, responsável por irradiar desenvolvimento para dezenas de municípios. No entanto, sua grandiosidade contrasta com uma realidade gritante: a região que gravita em torno dela vive uma crise de governança, fragmentada pela falta de um projeto comum. A criação da Região Metropolitana de Vitória da Conquista (RMVC) não é apenas uma formalidade burocrática — é um imperativo para garantir progresso equitativo, sustentabilidade e justiça social em um território que já funciona como uma unidade socioeconômica, mas carece de planejamento integrado.

 

1. Os Números que Justificam a Urgência

Com uma população entre 1,2 e 1,8 milhão de habitantes — dependendo dos critérios geográficos e econômicos adotados —, a área de influência direta de Vitória da Conquista supera a população de estados brasileiros como Roraima ou Amapá. Seus 36 a 42 municípios formam uma rede urbana complexa, que abriga desde polos industriais até zonas turísticas, passando por cidades-logística. O PIB regional, estimado em R$ 7,3 bilhões (5% do total baiano), revela uma capacidade produtiva relevante, mas ainda subexplorada devido à falta de sinergia entre os municípios.

Apesar desses números, a região opera como um “arquipélago”: cada cidade enfrenta isoladamente desafios como mobilidade urbana, saneamento básico e gestão de resíduos, enquanto Vitória da Conquista sofre pressões típicas de metrópoles, como inchaço populacional e déficit habitacional.

 

2. A Fragmentação que Custa Caro

Sem um Plano Diretor Metropolitano, os municípios da região repetem erros que poderiam ser evitados com cooperação. Exemplos abundam:

Mobilidade caótica: Enquanto Vitória da Conquista investe em vias urbanas, cidades vizinhas não possuem sistemas de transporte interligados, obrigando trabalhadores a gastarem horas em deslocamentos ineficientes.

Saneamento desigual: Apenas 62% da população da microrregião tem acesso à água tratada, segundo a Embasa. Enquanto isso, esgotos não tratados de municípios menores poluem rios que abastecem a região inteira.

Concorrência predatória: Municípios disputam investimentos industriais com incentivos fiscais descoordenados, enfraquecendo a capacidade de negociação regional.

Essa desarticulação tem um custo. Estudos do IPEA indicam que regiões metropolitanas organizadas reduzem em até 30% os gastos com infraestrutura, graças à escala e ao planejamento compartilhado.

 

3. O Estatuto da Metrópole: Mais que uma Lei, uma Oportunidade

A lei federal Estatuto da Metrópole (Lei nº 13.089/2015) não é um mero instrumento jurídico: é uma ferramenta para corrigir assimetrias. Ao instituir a RMVC, a região ganharia:

Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI): Definindo prioridades comuns, como corredores logísticos e áreas de preservação ambiental.

Fundos metropolitanos: Recursos combinados para obras de interesse regional, como a ampliação do Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo.

Governança compartilhada: Um conselho deliberativo com prefeitos, sociedade civil e especialistas para gerir conflitos e otimizar políticas públicas.

O modelo já funciona em outras regiões. A Grande Teresina (PI), por exemplo, reduziu desigualdades sociais em 15% após a criação de seu plano metropolitano, segundo o IBGE.

 

4. Vitória da Conquista: Um Polo que Puxa o Desenvolvimento, mas Não Sustenta Sozinho

Vitória da Conquista responde por 70% do PIB da microrregião, mas essa concentração é um risco. Sem integrar municípios vizinhos, a cidade enfrenta:

Pressão migratória descontrolada: O êxodo rural de cidades vizinhas sobrecarrega serviços públicos conquistenses.

Esgotamento de recursos: A demanda por água e energia na cidade contrasta com a ociosidade de recursos em municípios menores, que poderiam abrigar parques industriais ou agrícolas complementares.

A RMVC permitiria redistribuir funções urbanas. Por exemplo:

Brumado poderia se especializar em mineração e logística.

Itambé e Itapetinga fortaleceriam o agronegócio.

Poções desenvolveria o turismo ecológico.

 

5. Oportunidades Perdidas sem a Integração

Enquanto a RMVC não sai do papel, a região perde:

Investimentos em infraestrutura: Grandes projetos, como ferrovias ou usinas solares, exigem escala metropolitana para atrair capital.

Voice internacional: Regiões metropolitanas organizadas têm mais acesso a financiamentos do BID ou do Banco Mundial.

Inovação: Polos tecnológicos dependem de redes colaborativas entre cidades.

 

Conclusão: A Hora de Virar a Página

Criar a Região Metropolitana de Vitória da Conquista não é um ato de centralização, mas de democratização do desenvolvimento. Enquanto o Sudoeste baiano permanecer fragmentado, seu potencial seguirá subutilizado, condenando municípios menores ao ostracismo econômico e sobrecarregando Vitória da Conquista.

A Bahia já deu exemplos bem-sucedidos, como a Região Metropolitana de Salvador. Agora, é hora de o interior avançar. Como escreveu o geógrafo Milton Santos, “o território é o palco das contradições, mas também da cooperação”. A RMVC é o palco que falta para harmonizar o crescimento dessa região — antes que as contradições a consumam.

Por que a Região Metropolitana de Vitória da Conquista é uma Necessidade Urgente para o Sudoeste Baiano

 

 

 

Vitória da Conquista não é apenas a terceira maior cidade da Bahia: é um farol econômico e cultural no sertão, responsável por irradiar desenvolvimento para dezenas de municípios. No entanto, sua grandiosidade contrasta com uma realidade gritante: a região que gravita em torno dela vive uma crise de governança, fragmentada pela falta de um projeto comum. A criação da Região Metropolitana de Vitória da Conquista (RMVC) não é apenas uma formalidade burocrática — é um imperativo para garantir progresso equitativo, sustentabilidade e justiça social em um território que já funciona como uma unidade socioeconômica, mas carece de planejamento integrado.

 

1. Os Números que Justificam a Urgência

Com uma população entre 1,2 e 1,8 milhão de habitantes — dependendo dos critérios geográficos e econômicos adotados —, a área de influência direta de Vitória da Conquista supera a população de estados brasileiros como Roraima ou Amapá. Seus 36 a 42 municípios formam uma rede urbana complexa, que abriga desde polos industriais até zonas turísticas, passando por cidades-logística. O PIB regional, estimado em R$ 7,3 bilhões (5% do total baiano), revela uma capacidade produtiva relevante, mas ainda subexplorada devido à falta de sinergia entre os municípios.

Apesar desses números, a região opera como um “arquipélago”: cada cidade enfrenta isoladamente desafios como mobilidade urbana, saneamento básico e gestão de resíduos, enquanto Vitória da Conquista sofre pressões típicas de metrópoles, como inchaço populacional e déficit habitacional.

 

2. A Fragmentação que Custa Caro

Sem um Plano Diretor Metropolitano, os municípios da região repetem erros que poderiam ser evitados com cooperação. Exemplos abundam:

Mobilidade caótica: Enquanto Vitória da Conquista investe em vias urbanas, cidades vizinhas não possuem sistemas de transporte interligados, obrigando trabalhadores a gastarem horas em deslocamentos ineficientes.

Saneamento desigual: Apenas 62% da população da microrregião tem acesso à água tratada, segundo a Embasa. Enquanto isso, esgotos não tratados de municípios menores poluem rios que abastecem a região inteira.

Concorrência predatória: Municípios disputam investimentos industriais com incentivos fiscais descoordenados, enfraquecendo a capacidade de negociação regional.

Essa desarticulação tem um custo. Estudos do IPEA indicam que regiões metropolitanas organizadas reduzem em até 30% os gastos com infraestrutura, graças à escala e ao planejamento compartilhado.

 

3. O Estatuto da Metrópole: Mais que uma Lei, uma Oportunidade

A lei federal Estatuto da Metrópole (Lei nº 13.089/2015) não é um mero instrumento jurídico: é uma ferramenta para corrigir assimetrias. Ao instituir a RMVC, a região ganharia:

Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI): Definindo prioridades comuns, como corredores logísticos e áreas de preservação ambiental.

Fundos metropolitanos: Recursos combinados para obras de interesse regional, como a ampliação do Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo.

Governança compartilhada: Um conselho deliberativo com prefeitos, sociedade civil e especialistas para gerir conflitos e otimizar políticas públicas.

O modelo já funciona em outras regiões. A Grande Teresina (PI), por exemplo, reduziu desigualdades sociais em 15% após a criação de seu plano metropolitano, segundo o IBGE.

 

4. Vitória da Conquista: Um Polo que Puxa o Desenvolvimento, mas Não Sustenta Sozinho

Vitória da Conquista responde por 70% do PIB da microrregião, mas essa concentração é um risco. Sem integrar municípios vizinhos, a cidade enfrenta:

Pressão migratória descontrolada: O êxodo rural de cidades vizinhas sobrecarrega serviços públicos conquistenses.

Esgotamento de recursos: A demanda por água e energia na cidade contrasta com a ociosidade de recursos em municípios menores, que poderiam abrigar parques industriais ou agrícolas complementares.

A RMVC permitiria redistribuir funções urbanas. Por exemplo:

Brumado poderia se especializar em mineração e logística.

Itambé e Itapetinga fortaleceriam o agronegócio.

Poções desenvolveria o turismo ecológico.

 

5. Oportunidades Perdidas sem a Integração

Enquanto a RMVC não sai do papel, a região perde:

Investimentos em infraestrutura: Grandes projetos, como ferrovias ou usinas solares, exigem escala metropolitana para atrair capital.

Voice internacional: Regiões metropolitanas organizadas têm mais acesso a financiamentos do BID ou do Banco Mundial.

Inovação: Polos tecnológicos dependem de redes colaborativas entre cidades.

 

Conclusão: A Hora de Virar a Página

Criar a Região Metropolitana de Vitória da Conquista não é um ato de centralização, mas de democratização do desenvolvimento. Enquanto o Sudoeste baiano permanecer fragmentado, seu potencial seguirá subutilizado, condenando municípios menores ao ostracismo econômico e sobrecarregando Vitória da Conquista.

A Bahia já deu exemplos bem-sucedidos, como a Região Metropolitana de Salvador. Agora, é hora de o interior avançar. Como escreveu o geógrafo Milton Santos, “o território é o palco das contradições, mas também da cooperação”. A RMVC é o palco que falta para harmonizar o crescimento dessa região — antes que as contradições a consumam.

Bomba no PIX: Funcionária Desvia R$63 mil e Sofre Operação!

Na manhã desta quinta-feira (13), um episódio de tirar o fôlego abalou os bastidores de uma empresa de construção civil em Vitória da Conquista. Em uma ação ousada, a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos executou mandados de busca e apreensão na residência de uma funcionária de 43 anos, que atuava no setor financeiro da companhia.

Durante a operação, foram recolhidos um computador, um notebook e cinco smartphones – dispositivos que agora serão minuciosamente analisados por peritos. Os aparelhos podem esconder as pistas cruciais sobre um esquema que desviou a quantia de R$63.315,64, ocorrido em janeiro. Segundo as investigações, a suspeita utilizava sua posição privilegiada para direcionar pagamentos diretamente para sua conta pessoal via PIX, utilizando-se de documentos digitais como prints e recibos para disfarçar a manobra.

O delegado Odilson Pereira Silva, responsável pelo caso, destacou que as evidências encontradas estão sendo cuidadosamente avaliadas e que a investigação segue em curso, buscando todos os elementos para a elucidação completa dos fatos. O episódio levanta questionamentos sobre a integridade dos processos internos da empresa e a confiança depositada em profissionais que, em teoria, deveriam zelar pela segurança dos recursos financeiros.

Este caso, que já ganhou repercussão na mídia local, ressalta a importância de mecanismos de controle e fiscalização em instituições de todos os portes. Enquanto a população acompanha os desdobramentos dessa investigação, fica o alerta: a tecnologia, quando mal utilizada, pode ser o elo fraco que coloca em risco a credibilidade de um negócio.

Fique ligado para mais atualizações sobre este chocante desvio que promete abalar os alicerces da confiança corporativa em Vitória da Conquista!

Bomba no PIX: Funcionária Desvia R$63 mil e Sofre Operação!

Na manhã desta quinta-feira (13), um episódio de tirar o fôlego abalou os bastidores de uma empresa de construção civil em Vitória da Conquista. Em uma ação ousada, a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos executou mandados de busca e apreensão na residência de uma funcionária de 43 anos, que atuava no setor financeiro da companhia.

Durante a operação, foram recolhidos um computador, um notebook e cinco smartphones – dispositivos que agora serão minuciosamente analisados por peritos. Os aparelhos podem esconder as pistas cruciais sobre um esquema que desviou a quantia de R$63.315,64, ocorrido em janeiro. Segundo as investigações, a suspeita utilizava sua posição privilegiada para direcionar pagamentos diretamente para sua conta pessoal via PIX, utilizando-se de documentos digitais como prints e recibos para disfarçar a manobra.

O delegado Odilson Pereira Silva, responsável pelo caso, destacou que as evidências encontradas estão sendo cuidadosamente avaliadas e que a investigação segue em curso, buscando todos os elementos para a elucidação completa dos fatos. O episódio levanta questionamentos sobre a integridade dos processos internos da empresa e a confiança depositada em profissionais que, em teoria, deveriam zelar pela segurança dos recursos financeiros.

Este caso, que já ganhou repercussão na mídia local, ressalta a importância de mecanismos de controle e fiscalização em instituições de todos os portes. Enquanto a população acompanha os desdobramentos dessa investigação, fica o alerta: a tecnologia, quando mal utilizada, pode ser o elo fraco que coloca em risco a credibilidade de um negócio.

Fique ligado para mais atualizações sobre este chocante desvio que promete abalar os alicerces da confiança corporativa em Vitória da Conquista!

Acidente na BR-116: Casal Ferido em Colisão entre Carro e Moto em Vitória da Conquista

Na manhã desta sexta-feira (14), a rotina agitada na BR-116 foi bruscamente interrompida por um acidente que mobilizou equipes de emergência e deixou a população em estado de alerta. Segundo relatos iniciais, um carro e uma motocicleta colidiram próximo aos acessos dos bairros Nossa Senhora Aparecida e Guarani, em Vitória da Conquista, provocando pânico e interrupção parcial do trânsito.

O incidente teve desdobramentos imediatos: o casal que pilotava a motocicleta foi atingido e precisou de socorro urgente. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) agiram rapidamente no local, prestando os primeiros cuidados, enquanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou investigações para elucidar as causas da colisão. Embora a gravidade dos ferimentos ainda não tenha sido divulgada, o episódio já coloca em evidência os riscos presentes em um trecho da BR-116 conhecido por seu alto fluxo e por incidentes anteriores.

Moradores e motoristas que trafegam pela região relatam uma atmosfera de tensão e surpresa diante da ocorrência, destacando a necessidade de medidas mais rigorosas de fiscalização e prevenção. Enquanto a PRF deve divulgar mais detalhes ao longo do dia, a comunidade permanece em expectativa, temerosa de que novos episódios semelhantes possam se repetir.

Este acidente, que rapidamente ganhou proporções alarmantes, ressalta a importância da atenção redobrada nas estradas e do papel vital dos serviços de emergência, que, mesmo em meio ao caos, trabalham incansavelmente para salvar vidas e restabelecer a ordem no trânsito.

Acidente na BR-116: Casal Ferido em Colisão entre Carro e Moto em Vitória da Conquista

Na manhã desta sexta-feira (14), a rotina agitada na BR-116 foi bruscamente interrompida por um acidente que mobilizou equipes de emergência e deixou a população em estado de alerta. Segundo relatos iniciais, um carro e uma motocicleta colidiram próximo aos acessos dos bairros Nossa Senhora Aparecida e Guarani, em Vitória da Conquista, provocando pânico e interrupção parcial do trânsito.

O incidente teve desdobramentos imediatos: o casal que pilotava a motocicleta foi atingido e precisou de socorro urgente. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) agiram rapidamente no local, prestando os primeiros cuidados, enquanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou investigações para elucidar as causas da colisão. Embora a gravidade dos ferimentos ainda não tenha sido divulgada, o episódio já coloca em evidência os riscos presentes em um trecho da BR-116 conhecido por seu alto fluxo e por incidentes anteriores.

Moradores e motoristas que trafegam pela região relatam uma atmosfera de tensão e surpresa diante da ocorrência, destacando a necessidade de medidas mais rigorosas de fiscalização e prevenção. Enquanto a PRF deve divulgar mais detalhes ao longo do dia, a comunidade permanece em expectativa, temerosa de que novos episódios semelhantes possam se repetir.

Este acidente, que rapidamente ganhou proporções alarmantes, ressalta a importância da atenção redobrada nas estradas e do papel vital dos serviços de emergência, que, mesmo em meio ao caos, trabalham incansavelmente para salvar vidas e restabelecer a ordem no trânsito.

CHOCANTE: Jovem Davi Nunes Almeida se Foi e Abalou Todo o Bairro!

Na última quinta-feira (13), a cidade de Planalto e seus arredores foram surpreendidos por uma tragédia devastadora. Davi Nunes Almeida, jovem residente do bairro Maracujina, faleceu em um hospital de Vitória da Conquista enquanto lutava contra complicações de saúde que, até o momento, não tiveram seus detalhes amplamente divulgados.

Conhecido por sua simpatia contagiante e pelo envolvimento ativo na comunidade, Davi deixou um vazio irreparável não só entre familiares e amigos, mas também entre vizinhos que sempre contaram com sua presença acolhedora e inspiradora. A notícia de sua partida precoce inundou as redes sociais, onde mensagens de pesar e depoimentos emocionados rapidamente se multiplicaram, reforçando o quanto sua existência marcou a vida de tantos.

A Prefeitura de Planalto, ciente da dor que se instalou na comunidade, emitiu uma nota oficial expressando seu profundo pesar e solidariedade. “Neste momento de imensa dor, nossa administração se une aos familiares e amigos para lamentar a irreparável perda de um jovem tão querido e promissor”, dizia o comunicado.

Com o velório e o sepultamento ainda sem data definida, a população se mantém atenta às próximas informações. Enquanto isso, a memória de Davi Nunes Almeida permanece viva em cada gesto de carinho e em cada lembrança compartilhada, simbolizando a esperança e a luta contra as adversidades, mesmo diante do inevitável.

A dor da perda é intensa, mas a união da comunidade se fortalece para apoiar aqueles que agora sofrem com a ausência deste ser que, em tão pouco tempo, deixou uma marca eterna em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

CHOCANTE: Jovem Davi Nunes Almeida se Foi e Abalou Todo o Bairro!

Na última quinta-feira (13), a cidade de Planalto e seus arredores foram surpreendidos por uma tragédia devastadora. Davi Nunes Almeida, jovem residente do bairro Maracujina, faleceu em um hospital de Vitória da Conquista enquanto lutava contra complicações de saúde que, até o momento, não tiveram seus detalhes amplamente divulgados.

Conhecido por sua simpatia contagiante e pelo envolvimento ativo na comunidade, Davi deixou um vazio irreparável não só entre familiares e amigos, mas também entre vizinhos que sempre contaram com sua presença acolhedora e inspiradora. A notícia de sua partida precoce inundou as redes sociais, onde mensagens de pesar e depoimentos emocionados rapidamente se multiplicaram, reforçando o quanto sua existência marcou a vida de tantos.

A Prefeitura de Planalto, ciente da dor que se instalou na comunidade, emitiu uma nota oficial expressando seu profundo pesar e solidariedade. “Neste momento de imensa dor, nossa administração se une aos familiares e amigos para lamentar a irreparável perda de um jovem tão querido e promissor”, dizia o comunicado.

Com o velório e o sepultamento ainda sem data definida, a população se mantém atenta às próximas informações. Enquanto isso, a memória de Davi Nunes Almeida permanece viva em cada gesto de carinho e em cada lembrança compartilhada, simbolizando a esperança e a luta contra as adversidades, mesmo diante do inevitável.

A dor da perda é intensa, mas a união da comunidade se fortalece para apoiar aqueles que agora sofrem com a ausência deste ser que, em tão pouco tempo, deixou uma marca eterna em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Dom Vítor Agnaldo de Meneses: Uma Nova Esperança para a Fé e a Comunidade em Vitória da Conquista

 

 

A nomeação de Dom Vítor Agnaldo de Meneses como novo arcebispo de Vitória da Conquista, anunciada nesta sexta-feira (14), não é apenas uma mudança de liderança na Igreja Católica. É um sopro de renovação para uma região que, como todo o Brasil, enfrenta desafios complexos: desigualdades sociais, secularização crescente e a urgência de uma fé que dialogue com a vida real. Dom Vítor chega à Arquidiocese trazendo consigo não apenas a experiência de anos à frente da Diocese de Propriá (SE), mas um histórico de pastoral combativa, próxima das dores e das esperanças do povo.

De Propriá ao Sertão Baiano: A Jornada de Um Pastor

Em Propriá, Dom Vítor consolidou uma trajetória marcada pelo compromisso com os mais vulneráveis. Na pequena diocese sergipana, conhecida por suas comunidades ribeirinhas e realidades socioeconômicas duras, ele soube conciliar a evangelização tradicional com projetos sociais concretos, como a assistência a famílias atingidas por enchentes e a promoção de diálogos sobre direitos humanos. Sua atuação ali revela um perfil raro no clero brasileiro: o de um bispo que une ortodoxia doutrinal a uma sensibilidade social aguçada.

Essa combinação será crucial em Vitória da Conquista, cidade que simboliza as contradições do interior nordestino. Por um lado, é um polo econômico e educacional em crescimento; por outro, enfrenta bolsões de pobreza, violência urbana e desafios ambientais, como a seca cíclica que assola o sertão. A Arquidiocese, que abrange 23 municípios, precisa de um líder que entenda essas nuances e saiba articular espiritualidade e ação concreta.

Os Desafios da Igreja no Século XXI

Dom Vítor assume a Arquidiocese em um momento delicado para a Igreja Católica no Brasil. Dados do Censo 2022 mostram que, embora 50% dos brasileiros ainda se declarem católicos, o país vive uma acelerada migração para igrejas evangélicas e para o grupo dos “sem religião”. Na Bahia, onde tradições religiosas são profundamente enraizadas, a Igreja precisa reencantar fiéis — especialmente os jovens —, mostrando que a fé não se opõe à ciência, à justiça social ou às demandas contemporâneas.

Nesse sentido, o novo arcebispo tem a oportunidade de inovar. Em Propriá, ele foi pioneiro ao usar redes sociais para catequese e ao apoiar projetos de economia solidária. Em Vitória da Conquista, poderá ampliar essas iniciativas, criando pontes entre paróquias, universidades e movimentos populares. A CNBB, ao saudá-lo, destacou a “importância de sua missão pastoral” — um sinal de que se espera dele não apenas manutenção, mas reinvenção.

A Esperança dos Fiéis: Entre a Tradição e a Mudança

A recepção calorosa dos fiéis à nomeação de Dom Vítor reflete mais que otimismo: é um anseio por uma Igreja acolhedora, mas corajosa. Em tempos de polarizações, a Arquidiocese precisa evitar armadilhas ideológicas e focar no que une: o combate à fome, o cuidado com a criação (como defende o Papa Francisco na Laudato Si’) e a promoção do diálogo inter-religioso.

Seu antecessor, Dom Josafá, deixou um legado de fortalecimento institucional. Agora, espera-se que Dom Vítor avance em temas como:

  • Formação leiga: Capacitar líderes comunitários para atuar em áreas periféricas.
  • Ecumenismo: Aproximar-se de denominações evangélicas e religiões de matriz africana em projetos sociais.
  • Juventude: Criar espaços onde jovens possam debater fé, sexualidade e projeto de vida sem dogmatismos.

Uma Posse Sob o Signo da Esperança

A posse de Dom Vítor, ainda sem data definida, será mais que um ritual canônico. Será um convite à reflexão coletiva sobre o papel da Igreja em uma sociedade em transformação. Seu desafio é claro: honrar a tradição sem fossilizá-la, abraçar a modernidade sem perder a essência.

Como escreveu São João Paulo II, “a Igreja não tem um projeto próprio, a não ser o de servir”. Que Dom Vítor guie a Arquidiocese de Vitória da Conquista com essa humildade missionária — e que os fiéis saibam acolhê-lo não como um príncipe, mas como um irmão que chega para somar.

Dom Vítor Agnaldo de Meneses: Uma Nova Esperança para a Fé e a Comunidade em Vitória da Conquista

 

 

A nomeação de Dom Vítor Agnaldo de Meneses como novo arcebispo de Vitória da Conquista, anunciada nesta sexta-feira (14), não é apenas uma mudança de liderança na Igreja Católica. É um sopro de renovação para uma região que, como todo o Brasil, enfrenta desafios complexos: desigualdades sociais, secularização crescente e a urgência de uma fé que dialogue com a vida real. Dom Vítor chega à Arquidiocese trazendo consigo não apenas a experiência de anos à frente da Diocese de Propriá (SE), mas um histórico de pastoral combativa, próxima das dores e das esperanças do povo.

De Propriá ao Sertão Baiano: A Jornada de Um Pastor

Em Propriá, Dom Vítor consolidou uma trajetória marcada pelo compromisso com os mais vulneráveis. Na pequena diocese sergipana, conhecida por suas comunidades ribeirinhas e realidades socioeconômicas duras, ele soube conciliar a evangelização tradicional com projetos sociais concretos, como a assistência a famílias atingidas por enchentes e a promoção de diálogos sobre direitos humanos. Sua atuação ali revela um perfil raro no clero brasileiro: o de um bispo que une ortodoxia doutrinal a uma sensibilidade social aguçada.

Essa combinação será crucial em Vitória da Conquista, cidade que simboliza as contradições do interior nordestino. Por um lado, é um polo econômico e educacional em crescimento; por outro, enfrenta bolsões de pobreza, violência urbana e desafios ambientais, como a seca cíclica que assola o sertão. A Arquidiocese, que abrange 23 municípios, precisa de um líder que entenda essas nuances e saiba articular espiritualidade e ação concreta.

Os Desafios da Igreja no Século XXI

Dom Vítor assume a Arquidiocese em um momento delicado para a Igreja Católica no Brasil. Dados do Censo 2022 mostram que, embora 50% dos brasileiros ainda se declarem católicos, o país vive uma acelerada migração para igrejas evangélicas e para o grupo dos “sem religião”. Na Bahia, onde tradições religiosas são profundamente enraizadas, a Igreja precisa reencantar fiéis — especialmente os jovens —, mostrando que a fé não se opõe à ciência, à justiça social ou às demandas contemporâneas.

Nesse sentido, o novo arcebispo tem a oportunidade de inovar. Em Propriá, ele foi pioneiro ao usar redes sociais para catequese e ao apoiar projetos de economia solidária. Em Vitória da Conquista, poderá ampliar essas iniciativas, criando pontes entre paróquias, universidades e movimentos populares. A CNBB, ao saudá-lo, destacou a “importância de sua missão pastoral” — um sinal de que se espera dele não apenas manutenção, mas reinvenção.

A Esperança dos Fiéis: Entre a Tradição e a Mudança

A recepção calorosa dos fiéis à nomeação de Dom Vítor reflete mais que otimismo: é um anseio por uma Igreja acolhedora, mas corajosa. Em tempos de polarizações, a Arquidiocese precisa evitar armadilhas ideológicas e focar no que une: o combate à fome, o cuidado com a criação (como defende o Papa Francisco na Laudato Si’) e a promoção do diálogo inter-religioso.

Seu antecessor, Dom Josafá, deixou um legado de fortalecimento institucional. Agora, espera-se que Dom Vítor avance em temas como:

  • Formação leiga: Capacitar líderes comunitários para atuar em áreas periféricas.
  • Ecumenismo: Aproximar-se de denominações evangélicas e religiões de matriz africana em projetos sociais.
  • Juventude: Criar espaços onde jovens possam debater fé, sexualidade e projeto de vida sem dogmatismos.

Uma Posse Sob o Signo da Esperança

A posse de Dom Vítor, ainda sem data definida, será mais que um ritual canônico. Será um convite à reflexão coletiva sobre o papel da Igreja em uma sociedade em transformação. Seu desafio é claro: honrar a tradição sem fossilizá-la, abraçar a modernidade sem perder a essência.

Como escreveu São João Paulo II, “a Igreja não tem um projeto próprio, a não ser o de servir”. Que Dom Vítor guie a Arquidiocese de Vitória da Conquista com essa humildade missionária — e que os fiéis saibam acolhê-lo não como um príncipe, mas como um irmão que chega para somar.

Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio de Janeiro vítima de complicações cirúrgicas

 

Cacá Diegues: O Cinema que Encantou o Brasil e Iluminou Nossas Contradições

A morte de Cacá Diegues, aos 84 anos, não é apenas a partida de um cineasta genial. É o fim de um capítulo da história cultural brasileira, escrito por um artista que transformou luz, sombra e película em espelhos do Brasil — um país de festas vibrantes, desigualdades brutais e uma beleza que resiste, teimosa, à margem do caos. Diegues, um dos últimos gigantes do Cinema Novo, deixa um legado que transcende a filmografia: ele nos ensinou a olhar para nossas raízes sem romantismo e para nosso futuro sem medo.

Do Sertão ao Asfalto: A Jornada de Um Contador de Histórias

Nascido em Maceió em 1940 e criado no Rio de Janeiro, Diegues carregava em sua biografia a síntese do Brasil. Migrante interno, ele entendeu desde cedo que o país não cabia em um único lugar ou classe social. Seus filmes, como Bye Bye Brasil (1980), capturaram essa diáspora interiorana, seguindo saltimbancos pelo sertão em uma van chamada “Radiante Triunfo”. A obra, tão épica quanto íntima, não era só sobre artistas itinerantes: era sobre um Brasil em transição, onde a tradição colidia com a modernidade, e o povo seguia dançando mesmo sob o céu de chumbo da ditadura.

Foi essa capacidade de unir o popular e o político que fez de Diegues um pilastro do Cinema Novo. Ao lado de Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade, ele ajudou a construir um movimento que recusava o esteticismo vazio de Hollywood para filmar o Brasil real — não o dos cartões-postais, mas o das ruas, dos terreiros de umbanda e das senzalas simbólicas. Em Xica da Silva (1976), por exemplo, Diegues usou a história da escravizada que virou rainha em Diamantina para criticar, com humor e sensualidade, as hierarquias raciais e sociais que ainda nos assombram.

A Canção do Brasil: Música, Resistência e Identidade

Diegues não era apenas um cineasta: era um compositor de imagens que sabia ouvir o país. Em Veja Esta Canção (1994), ele transformou clássicos da MPB — de Chico Buarque a Dorival Caymmi — em pequenas histórias visuais, mostrando como a música é a trilha sonora de nossas vidas. Seus filmes eram permeados de sambas, baiões e marchinhas, não como adereço, mas como personagens. A música, para ele, era a voz do povo, um ato de resistência e memória.

Essa sensibilidade fez dele um mestre em retratar contradições. Em Tieta do Agreste (1995), adaptação da obra de Jorge Amado, Diegues misturou erotismo, comicidade e crítica social para questionar o moralismo hipócrita da elite nordestina. Seus personagens nunca eram heróis ou vilões, mas seres humanos complexos, cheios de desejo e ambivalência — como o próprio Brasil.

O Cinema Novo e o Brasil que Não se Apaga

A morte de Diegues coincide com um momento de refluxo na cultura brasileira. Enquanto o Cinema Novo ousava filmar com câmeras na mão e ideias na cabeça, hoje vemos uma produção audiovisual muitas vezes refém de algoritmos e patrocínios oportunistas. Diegues, no entanto, nunca perdeu a fé no poder transformador da arte. Em entrevista ao Jornal do Brasil em 2019, ele disse: “O cinema é a última fronteira da liberdade. Mesmo quando falamos do passado, estamos lutando pelo futuro”.

Seu último projeto, O Grande Circo Místico (2021), adaptado do poema de Jorge de Lima, foi um testamento dessa crença. Ao retratar uma família de circenses entre 1910 e 1930, Diegues celebrou a arte como refúgio em tempos sombrios — uma metáfora para o Brasil de todos os tempos.

Legado: Um Convite à Ousadia

Cacá Diegues não nos deixa apenas filmes. Deixa um desafio: como contar histórias brasileiras em uma era de polarizações e amnésias voluntárias? Como falar de Xica da Silva em um país onde o racismo ainda mata? Como filmar o sertão em tempos de seca cultural?

A resposta talvez esteja em sua própria trajetória. Diegues nunca fugiu das contradições. Abraçou-as, transformando-as em arte. Seu cinema não oferecia respostas fáceis, mas fazia perguntas urgentes. Em um país onde a cultura vive sob constante ameaça, sua obra é um lembrete: a imaginação é o último território invencível.

Adeus, Cacá. Suas lentes se calaram, mas as telas seguirão ecoando seu Brasil — plural, dissonante e irresistivelmente humano.

Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio de Janeiro vítima de complicações cirúrgicas

 

Cacá Diegues: O Cinema que Encantou o Brasil e Iluminou Nossas Contradições

A morte de Cacá Diegues, aos 84 anos, não é apenas a partida de um cineasta genial. É o fim de um capítulo da história cultural brasileira, escrito por um artista que transformou luz, sombra e película em espelhos do Brasil — um país de festas vibrantes, desigualdades brutais e uma beleza que resiste, teimosa, à margem do caos. Diegues, um dos últimos gigantes do Cinema Novo, deixa um legado que transcende a filmografia: ele nos ensinou a olhar para nossas raízes sem romantismo e para nosso futuro sem medo.

Do Sertão ao Asfalto: A Jornada de Um Contador de Histórias

Nascido em Maceió em 1940 e criado no Rio de Janeiro, Diegues carregava em sua biografia a síntese do Brasil. Migrante interno, ele entendeu desde cedo que o país não cabia em um único lugar ou classe social. Seus filmes, como Bye Bye Brasil (1980), capturaram essa diáspora interiorana, seguindo saltimbancos pelo sertão em uma van chamada “Radiante Triunfo”. A obra, tão épica quanto íntima, não era só sobre artistas itinerantes: era sobre um Brasil em transição, onde a tradição colidia com a modernidade, e o povo seguia dançando mesmo sob o céu de chumbo da ditadura.

Foi essa capacidade de unir o popular e o político que fez de Diegues um pilastro do Cinema Novo. Ao lado de Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade, ele ajudou a construir um movimento que recusava o esteticismo vazio de Hollywood para filmar o Brasil real — não o dos cartões-postais, mas o das ruas, dos terreiros de umbanda e das senzalas simbólicas. Em Xica da Silva (1976), por exemplo, Diegues usou a história da escravizada que virou rainha em Diamantina para criticar, com humor e sensualidade, as hierarquias raciais e sociais que ainda nos assombram.

A Canção do Brasil: Música, Resistência e Identidade

Diegues não era apenas um cineasta: era um compositor de imagens que sabia ouvir o país. Em Veja Esta Canção (1994), ele transformou clássicos da MPB — de Chico Buarque a Dorival Caymmi — em pequenas histórias visuais, mostrando como a música é a trilha sonora de nossas vidas. Seus filmes eram permeados de sambas, baiões e marchinhas, não como adereço, mas como personagens. A música, para ele, era a voz do povo, um ato de resistência e memória.

Essa sensibilidade fez dele um mestre em retratar contradições. Em Tieta do Agreste (1995), adaptação da obra de Jorge Amado, Diegues misturou erotismo, comicidade e crítica social para questionar o moralismo hipócrita da elite nordestina. Seus personagens nunca eram heróis ou vilões, mas seres humanos complexos, cheios de desejo e ambivalência — como o próprio Brasil.

O Cinema Novo e o Brasil que Não se Apaga

A morte de Diegues coincide com um momento de refluxo na cultura brasileira. Enquanto o Cinema Novo ousava filmar com câmeras na mão e ideias na cabeça, hoje vemos uma produção audiovisual muitas vezes refém de algoritmos e patrocínios oportunistas. Diegues, no entanto, nunca perdeu a fé no poder transformador da arte. Em entrevista ao Jornal do Brasil em 2019, ele disse: “O cinema é a última fronteira da liberdade. Mesmo quando falamos do passado, estamos lutando pelo futuro”.

Seu último projeto, O Grande Circo Místico (2021), adaptado do poema de Jorge de Lima, foi um testamento dessa crença. Ao retratar uma família de circenses entre 1910 e 1930, Diegues celebrou a arte como refúgio em tempos sombrios — uma metáfora para o Brasil de todos os tempos.

Legado: Um Convite à Ousadia

Cacá Diegues não nos deixa apenas filmes. Deixa um desafio: como contar histórias brasileiras em uma era de polarizações e amnésias voluntárias? Como falar de Xica da Silva em um país onde o racismo ainda mata? Como filmar o sertão em tempos de seca cultural?

A resposta talvez esteja em sua própria trajetória. Diegues nunca fugiu das contradições. Abraçou-as, transformando-as em arte. Seu cinema não oferecia respostas fáceis, mas fazia perguntas urgentes. Em um país onde a cultura vive sob constante ameaça, sua obra é um lembrete: a imaginação é o último território invencível.

Adeus, Cacá. Suas lentes se calaram, mas as telas seguirão ecoando seu Brasil — plural, dissonante e irresistivelmente humano.

Manchetes dos principais jornais nacionais nesta sexta-feira

 

Da Redação do Política e Resenha
Publicado em 14 de fevereiro de 2025

 

Folha de S.Paulo
Trump anuncia tarifas recíprocas e cita etanol brasileiro como exemplo

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/02/trump-diz-que-anunciara-tarifas-reciprocas-nesta-quinta-feira-13-grande-dia.shtml

O Estado de S. Paulo
Trump anuncia tarifas recíprocas e cita etanol do Brasil como exemplo

https://www.estadao.com.br/brasil/estadao-podcasts/noticia-no-seu-tempo-trump-anuncia-tarifas-reciprocas-e-cita-etanol-do-brasil-como-exemplo/?srsltid=AfmBOopoaj8ZUTdXJo-XHc100lY1wHwzZ1WxxZIMLloB5YygglcyWSbz

Valor Econômico (SP)
Trump anuncia tarifas recíprocas; Casa Branca cita etanol e produtos agropecuários do Brasil

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/02/13/brasil-avalia-tarifas-dos-eua-sobre-aco-e-etanol-como-chamado-a-conversar-mas-nos-termos-de-trump.ghtml

O Globo (RJ)
Trump escala guerra comercial, cita etanol do Brasil e despreza efeito inflacionário

https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2025/02/guerra-comercial-e-insensatez.ghtml

O Dia (RJ)
AFETADAS POR INCÊNDIO
Estado anuncia R$ 1 milhão para cada escola de samba

https://odia.ig.com.br/belford-roxo/2025/02/7003386-inocentes-de-belford-roxo-divulga-nota-de-solidariedade-as-escolas-atingidas-pelo-incendio-em-ramos.html

Correio Braziliense
Avanços e desafios de um mercado promissor

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2025/02/7056567-franquias-no-brasil-registram-crescimento-mas-enfrentam-desafios-juridicos.html

Estado de Minas
Operação fiscaliza clínicas de estética

https://www.em.com.br/

Zero Hora (RS)
Trump ordena novas tarifas e cita Brasil

https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2025/01/trump-cita-brasil-como-um-dos-paises-que-cobram-muitas-tarifas-e-que-querem-prejudicar-os-eua-cm6gjmcbz00nf0165my3bk70f.html

Diário de Pernambuco
Faltam registros de vítimas da Ditadura em cemitérios do Recife

https://www.diariodepernambuco.com.br/ultimas/2025/02/faltam-registros-de-13-desaparecidos-politicos-em-cemiterios-do-recife.html

Jornal do Commercio (PE)
Aluguel no Recife sobe e agora só perde para São Paulo

https://digital.jc.uol.com.br/edicao?ed=2221&materia=86000

A Tarde (BA)
Dengue recua 64% na Bahia após combate ao mosquito

https://atarde.com.br/tags/dengue?d=1

Diário do Nordeste (CE)
Operação faz maior apreensão de armadilhas de lagosta

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ceara/ibama-apreende-no-ceara-milhares-de-armadilhas-usadas-na-pesca-ilegal-de-lagosta-1.3618399

Manchetes dos principais jornais nacionais nesta sexta-feira

 

Da Redação do Política e Resenha
Publicado em 14 de fevereiro de 2025

 

Folha de S.Paulo
Trump anuncia tarifas recíprocas e cita etanol brasileiro como exemplo

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/02/trump-diz-que-anunciara-tarifas-reciprocas-nesta-quinta-feira-13-grande-dia.shtml

O Estado de S. Paulo
Trump anuncia tarifas recíprocas e cita etanol do Brasil como exemplo

https://www.estadao.com.br/brasil/estadao-podcasts/noticia-no-seu-tempo-trump-anuncia-tarifas-reciprocas-e-cita-etanol-do-brasil-como-exemplo/?srsltid=AfmBOopoaj8ZUTdXJo-XHc100lY1wHwzZ1WxxZIMLloB5YygglcyWSbz

Valor Econômico (SP)
Trump anuncia tarifas recíprocas; Casa Branca cita etanol e produtos agropecuários do Brasil

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/02/13/brasil-avalia-tarifas-dos-eua-sobre-aco-e-etanol-como-chamado-a-conversar-mas-nos-termos-de-trump.ghtml

O Globo (RJ)
Trump escala guerra comercial, cita etanol do Brasil e despreza efeito inflacionário

https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2025/02/guerra-comercial-e-insensatez.ghtml

O Dia (RJ)
AFETADAS POR INCÊNDIO
Estado anuncia R$ 1 milhão para cada escola de samba

https://odia.ig.com.br/belford-roxo/2025/02/7003386-inocentes-de-belford-roxo-divulga-nota-de-solidariedade-as-escolas-atingidas-pelo-incendio-em-ramos.html

Correio Braziliense
Avanços e desafios de um mercado promissor

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2025/02/7056567-franquias-no-brasil-registram-crescimento-mas-enfrentam-desafios-juridicos.html

Estado de Minas
Operação fiscaliza clínicas de estética

https://www.em.com.br/

Zero Hora (RS)
Trump ordena novas tarifas e cita Brasil

https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2025/01/trump-cita-brasil-como-um-dos-paises-que-cobram-muitas-tarifas-e-que-querem-prejudicar-os-eua-cm6gjmcbz00nf0165my3bk70f.html

Diário de Pernambuco
Faltam registros de vítimas da Ditadura em cemitérios do Recife

https://www.diariodepernambuco.com.br/ultimas/2025/02/faltam-registros-de-13-desaparecidos-politicos-em-cemiterios-do-recife.html

Jornal do Commercio (PE)
Aluguel no Recife sobe e agora só perde para São Paulo

https://digital.jc.uol.com.br/edicao?ed=2221&materia=86000

A Tarde (BA)
Dengue recua 64% na Bahia após combate ao mosquito

https://atarde.com.br/tags/dengue?d=1

Diário do Nordeste (CE)
Operação faz maior apreensão de armadilhas de lagosta

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ceara/ibama-apreende-no-ceara-milhares-de-armadilhas-usadas-na-pesca-ilegal-de-lagosta-1.3618399

Unindo Forças pela Proteção da Infância: Vereadores Poderiam Apresentar Proposta Conjunta

 

 

A proteção das crianças e adolescentes deve ser um compromisso inegociável de qualquer sociedade que se pretenda justa e responsável. Nesse contexto, os projetos apresentados pelos vereadores Doutora Lara e Edivaldo Júnior são iniciativas fundamentais, cada um abordando aspectos distintos, mas convergentes, da necessidade de impedir a exposição precoce de crianças a conteúdos inapropriados.

A vereadora Doutora Lara propôs o Projeto de Lei Ordinária nº 07/2025, que busca proibir o uso de recursos públicos em eventos que promovam, direta ou indiretamente, a sexualização infantil. Seu objetivo é garantir que nenhuma verba do município financie atividades que possam expor menores de idade a conteúdos eróticos ou que incentivem a precocidade sexual.

Já o vereador Edivaldo Júnior apresentou um projeto que impede a contratação de artistas que façam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas em eventos voltados ao público infantojuvenil. Ele argumenta, com razão, que o poder público não deve patrocinar manifestações culturais que romantizem a criminalidade ou o consumo de substâncias ilícitas.

Embora os dois projetos tenham nuances diferentes, ambos partem do mesmo princípio: a necessidade de resguardar a infância de influências prejudiciais e garantir que recursos públicos sejam empregados em iniciativas que promovam um desenvolvimento saudável e ético para as novas gerações.

Diante dessa proximidade de propósitos, não seria mais produtivo que os dois vereadores unissem esforços e apresentassem uma única proposta? Uma lei conjunta poderia ampliar o escopo da proteção infantojuvenil, criando um marco legal abrangente contra qualquer tipo de exposição inapropriada de crianças e adolescentes, seja pela erotização precoce, seja pela glorificação do crime e das drogas.

Além de evitar possíveis redundâncias legislativas, a união dos dois projetos reforçaria a força política da medida, facilitando sua aprovação e implementação. Ao invés de tramitações separadas e possíveis debates fragmentados, um projeto consolidado teria mais chances de gerar um impacto real e efetivo na sociedade.

A população de Vitória da Conquista certamente se beneficiaria de uma legislação mais robusta, construída de forma colaborativa e alinhada ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É hora de os vereadores deixarem de lado pequenas diferenças na redação de suas propostas e concentrarem-se no objetivo comum: garantir um futuro mais seguro e saudável para nossas crianças.

Que essa reflexão sirva de convite para que Doutora Lara e Edivaldo Júnior dialoguem e fortaleçam sua atuação parlamentar. Afinal, quando o propósito é proteger a infância, a união sempre será a melhor estratégia.

Unindo Forças pela Proteção da Infância: Vereadores Poderiam Apresentar Proposta Conjunta

 

 

A proteção das crianças e adolescentes deve ser um compromisso inegociável de qualquer sociedade que se pretenda justa e responsável. Nesse contexto, os projetos apresentados pelos vereadores Doutora Lara e Edivaldo Júnior são iniciativas fundamentais, cada um abordando aspectos distintos, mas convergentes, da necessidade de impedir a exposição precoce de crianças a conteúdos inapropriados.

A vereadora Doutora Lara propôs o Projeto de Lei Ordinária nº 07/2025, que busca proibir o uso de recursos públicos em eventos que promovam, direta ou indiretamente, a sexualização infantil. Seu objetivo é garantir que nenhuma verba do município financie atividades que possam expor menores de idade a conteúdos eróticos ou que incentivem a precocidade sexual.

Já o vereador Edivaldo Júnior apresentou um projeto que impede a contratação de artistas que façam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas em eventos voltados ao público infantojuvenil. Ele argumenta, com razão, que o poder público não deve patrocinar manifestações culturais que romantizem a criminalidade ou o consumo de substâncias ilícitas.

Embora os dois projetos tenham nuances diferentes, ambos partem do mesmo princípio: a necessidade de resguardar a infância de influências prejudiciais e garantir que recursos públicos sejam empregados em iniciativas que promovam um desenvolvimento saudável e ético para as novas gerações.

Diante dessa proximidade de propósitos, não seria mais produtivo que os dois vereadores unissem esforços e apresentassem uma única proposta? Uma lei conjunta poderia ampliar o escopo da proteção infantojuvenil, criando um marco legal abrangente contra qualquer tipo de exposição inapropriada de crianças e adolescentes, seja pela erotização precoce, seja pela glorificação do crime e das drogas.

Além de evitar possíveis redundâncias legislativas, a união dos dois projetos reforçaria a força política da medida, facilitando sua aprovação e implementação. Ao invés de tramitações separadas e possíveis debates fragmentados, um projeto consolidado teria mais chances de gerar um impacto real e efetivo na sociedade.

A população de Vitória da Conquista certamente se beneficiaria de uma legislação mais robusta, construída de forma colaborativa e alinhada ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É hora de os vereadores deixarem de lado pequenas diferenças na redação de suas propostas e concentrarem-se no objetivo comum: garantir um futuro mais seguro e saudável para nossas crianças.

Que essa reflexão sirva de convite para que Doutora Lara e Edivaldo Júnior dialoguem e fortaleçam sua atuação parlamentar. Afinal, quando o propósito é proteger a infância, a união sempre será a melhor estratégia.

Ovos no Nível da Picanha: Quando o Básico Vira Luxo na Mesa do Brasileiro (Padre Carlos)

 

 

 

O cenário é desolador: enquanto os ovos alcançam preços de cortes nobres e a carne para o churrasco custa como caviar, os brasileiros enfrentam uma realidade em que comer deixou de ser um ato simples para se tornar um cálculo matemático. A inflação dos alimentos, que teima em não ceder, não é apenas um índice econômico abstrato: é o retrato de um país onde o arroz com feijão está virando artigo de luxo.

Do Café ao Ovo: A Inflação que Escapa do Controle

Os números oficiais confirmam o que o carrinho de supermercado grita: em 12 meses, o café acumula alta de 109%, o leite longa vida subiu 23%, e os ovos, item essencial na dieta brasileira, dispararam 35%. Os motivos são múltiplos, mas convergem em um ponto: o Brasil está exportando comida enquanto o prato do trabalhador esvazia.

A valorização do dólar encareceu insumos como fertilizantes e ração animal, elevando custos de produção. Paralelamente, a mesma alta cambial tornou mais lucrativo vender commodities para o exterior do que abastecer o mercado interno. Resultado: o café brasileiro, por exemplo, está mais presente em xícaras europeias do que nas mesas de nossas casas. Enquanto isso, a onda dos cafés “gourmet” — com grãos selecionados e embalagens sofisticadas — desvia a atenção (e o investimento) dos produtos tradicionais, criando uma escassez artificial que infla preços.

Não se trata de um fenômeno isolado. A carne bovina, item sagrado no churrasco de domingo, sofre pressão semelhante: com a disparada das exportações para a China e o Oriente Médio, o boi virou moeda global, e o consumidor brasileiro paga a conta em forma de preços estratosféricos.

A Falácia da Substituição e o Beco Sem Saída

Diante do aumento generalizado, o conselho do presidente Lula — “substitua produtos caros por alternativas mais baratas” — soa como uma piada de mau gosto. Como trocar ovos por… o quê? Proteína vegetal? Para famílias que mal conseguem comprar frango, essa sugestão ignora a realidade de milhões. A inflação de alimentos básicos cria um beco sem saída nutricional e financeiro: quando arroz, feijão, leite e ovos ficam inacessíveis, não há marca genérica ou versão “light” que resolva.

O fenômeno da substituição, válido em setores como higiene ou medicamentos, esbarra aqui em um limite cruel: não existe “feijão popular” ou “ovo econômico”. A falta de alternativas obriga as famílias a reduzirem quantidade e qualidade, comprometendo a segurança alimentar. Dados do IBGE mostram que 15% dos brasileiros já vivem em insegurança alimentar grave — e a escalada de preços só agrava esse quadro.

Gourmetização da Fome: Quando o Luxo Esmaga o Essencial

Há um paradoxo perverso em curso: enquanto a alta renda consome cafés especiais e carnes premium, a classe média baixa e os pobres são empurrados para uma dieta empobrecida. A “gourmetização” do mercado alimentício não é um mero capricho do consumo: é um sintoma de desigualdade estrutural. Produtores, pressionados por margens de lucro, migram para nichos luxuosos, abandonando a produção em massa de itens básicos. O resultado é um ciclo vicioso: menos oferta de produtos acessíveis → preços mais altos → mais exclusão.

O Caminho para Desinflar a Mesa: Entre a Urgência e a Estratégia

Resolver essa crise exige mais do que ajustes pontuais. É preciso:

  1. Desacoplar o mercado interno das turbulências cambiais: Criar políticas que priorizem o abastecimento local, mesmo em períodos de alta demanda externa.
  2. Combater os cartéis de insumos: Investigar abusos no preço de fertilizantes, rações e combustíveis, que impactam toda a cadeia produtiva.
  3. Fortalecer programas de subsistência: Ampliar o apoio à agricultura familiar e a feiras livres, que oferecem alimentos frescos a preços justos.
  4. Taxar o lucro excessivo de exportadores: Redistribuir parte dos ganhos obtidos com a venda externa para subsidiar produtos essenciais no mercado interno.

Conclusão: Inflação Alimentar é Guerra Contra os Pobres

A escalada de preços dos alimentos não é um acidente econômico: é uma violência silenciosa que aprofunda desigualdades e mina a dignidade. Quando um trabalhador gasta metade do salário para encher a despensa, não há crescimento que justifique, nem discurso político que console.

O Brasil precisa escolher: continuar sendo o celeiro do mundo, enquanto seu povo passa fome, ou garantir que o prato de cada família seja sagrado. Afinal, como já dizia Josué de Castro, geógrafo da fome, “a fome não é um problema técnico, é um problema político”. E política, como sabemos, só se resolve com vontade — e com ovos a preço de ovo.

O cenário é desolador: enquanto os ovos alcançam preços de cortes nobres e a carne para o churrasco custa como caviar, os brasileiros enfrentam uma realidade em que comer deixou de ser um ato simples para se tornar um cálculo matemático. A inflação dos alimentos, que teima em não ceder, não é apenas um índice econômico abstrato: é o retrato de um país onde o arroz com feijão está virando artigo de luxo.

Do Café ao Ovo: A Inflação que Escapa do Controle

Os números oficiais confirmam o que o carrinho de supermercado grita: em 12 meses, o café acumula alta de 109%, o leite longa vida subiu 23%, e os ovos, item essencial na dieta brasileira, dispararam 35%. Os motivos são múltiplos, mas convergem em um ponto: o Brasil está exportando comida enquanto o prato do trabalhador esvazia.

A valorização do dólar encareceu insumos como fertilizantes e ração animal, elevando custos de produção. Paralelamente, a mesma alta cambial tornou mais lucrativo vender commodities para o exterior do que abastecer o mercado interno. Resultado: o café brasileiro, por exemplo, está mais presente em xícaras europeias do que nas mesas de nossas casas. Enquanto isso, a onda dos cafés “gourmet” — com grãos selecionados e embalagens sofisticadas — desvia a atenção (e o investimento) dos produtos tradicionais, criando uma escassez artificial que infla preços.

Não se trata de um fenômeno isolado. A carne bovina, item sagrado no churrasco de domingo, sofre pressão semelhante: com a disparada das exportações para a China e o Oriente Médio, o boi virou moeda global, e o consumidor brasileiro paga a conta em forma de preços estratosféricos.

A Falácia da Substituição e o Beco Sem Saída

Diante do aumento generalizado, o conselho do presidente Lula — “substitua produtos caros por alternativas mais baratas” — soa como uma piada de mau gosto. Como trocar ovos por… o quê? Proteína vegetal? Para famílias que mal conseguem comprar frango, essa sugestão ignora a realidade de milhões. A inflação de alimentos básicos cria um beco sem saída nutricional e financeiro: quando arroz, feijão, leite e ovos ficam inacessíveis, não há marca genérica ou versão “light” que resolva.

O fenômeno da substituição, válido em setores como higiene ou medicamentos, esbarra aqui em um limite cruel: não existe “feijão popular” ou “ovo econômico”. A falta de alternativas obriga as famílias a reduzirem quantidade e qualidade, comprometendo a segurança alimentar. Dados do IBGE mostram que 15% dos brasileiros já vivem em insegurança alimentar grave — e a escalada de preços só agrava esse quadro.

Gourmetização da Fome: Quando o Luxo Esmaga o Essencial

Há um paradoxo perverso em curso: enquanto a alta renda consome cafés especiais e carnes premium, a classe média baixa e os pobres são empurrados para uma dieta empobrecida. A “gourmetização” do mercado alimentício não é um mero capricho do consumo: é um sintoma de desigualdade estrutural. Produtores, pressionados por margens de lucro, migram para nichos luxuosos, abandonando a produção em massa de itens básicos. O resultado é um ciclo vicioso: menos oferta de produtos acessíveis → preços mais altos → mais exclusão.

O Caminho para Desinflar a Mesa: Entre a Urgência e a Estratégia

Resolver essa crise exige mais do que ajustes pontuais. É preciso:

  1. Desacoplar o mercado interno das turbulências cambiais: Criar políticas que priorizem o abastecimento local, mesmo em períodos de alta demanda externa.
  2. Combater os cartéis de insumos: Investigar abusos no preço de fertilizantes, rações e combustíveis, que impactam toda a cadeia produtiva.
  3. Fortalecer programas de subsistência: Ampliar o apoio à agricultura familiar e a feiras livres, que oferecem alimentos frescos a preços justos.
  4. Taxar o lucro excessivo de exportadores: Redistribuir parte dos ganhos obtidos com a venda externa para subsidiar produtos essenciais no mercado interno.

Conclusão: Inflação Alimentar é Guerra Contra os Pobres

A escalada de preços dos alimentos não é um acidente econômico: é uma violência silenciosa que aprofunda desigualdades e mina a dignidade. Quando um trabalhador gasta metade do salário para encher a despensa, não há crescimento que justifique, nem discurso político que console.

O Brasil precisa escolher: continuar sendo o celeiro do mundo, enquanto seu povo passa fome, ou garantir que o prato de cada família seja sagrado. Afinal, como já dizia Josué de Castro, geógrafo da fome, “a fome não é um problema técnico, é um problema político”. E política, como sabemos, só se resolve com vontade — e com ovos a preço de ovo.

Ovos no Nível da Picanha: Quando o Básico Vira Luxo na Mesa do Brasileiro (Padre Carlos)

 

 

 

O cenário é desolador: enquanto os ovos alcançam preços de cortes nobres e a carne para o churrasco custa como caviar, os brasileiros enfrentam uma realidade em que comer deixou de ser um ato simples para se tornar um cálculo matemático. A inflação dos alimentos, que teima em não ceder, não é apenas um índice econômico abstrato: é o retrato de um país onde o arroz com feijão está virando artigo de luxo.

Do Café ao Ovo: A Inflação que Escapa do Controle

Os números oficiais confirmam o que o carrinho de supermercado grita: em 12 meses, o café acumula alta de 109%, o leite longa vida subiu 23%, e os ovos, item essencial na dieta brasileira, dispararam 35%. Os motivos são múltiplos, mas convergem em um ponto: o Brasil está exportando comida enquanto o prato do trabalhador esvazia.

A valorização do dólar encareceu insumos como fertilizantes e ração animal, elevando custos de produção. Paralelamente, a mesma alta cambial tornou mais lucrativo vender commodities para o exterior do que abastecer o mercado interno. Resultado: o café brasileiro, por exemplo, está mais presente em xícaras europeias do que nas mesas de nossas casas. Enquanto isso, a onda dos cafés “gourmet” — com grãos selecionados e embalagens sofisticadas — desvia a atenção (e o investimento) dos produtos tradicionais, criando uma escassez artificial que infla preços.

Não se trata de um fenômeno isolado. A carne bovina, item sagrado no churrasco de domingo, sofre pressão semelhante: com a disparada das exportações para a China e o Oriente Médio, o boi virou moeda global, e o consumidor brasileiro paga a conta em forma de preços estratosféricos.

A Falácia da Substituição e o Beco Sem Saída

Diante do aumento generalizado, o conselho do presidente Lula — “substitua produtos caros por alternativas mais baratas” — soa como uma piada de mau gosto. Como trocar ovos por… o quê? Proteína vegetal? Para famílias que mal conseguem comprar frango, essa sugestão ignora a realidade de milhões. A inflação de alimentos básicos cria um beco sem saída nutricional e financeiro: quando arroz, feijão, leite e ovos ficam inacessíveis, não há marca genérica ou versão “light” que resolva.

O fenômeno da substituição, válido em setores como higiene ou medicamentos, esbarra aqui em um limite cruel: não existe “feijão popular” ou “ovo econômico”. A falta de alternativas obriga as famílias a reduzirem quantidade e qualidade, comprometendo a segurança alimentar. Dados do IBGE mostram que 15% dos brasileiros já vivem em insegurança alimentar grave — e a escalada de preços só agrava esse quadro.

Gourmetização da Fome: Quando o Luxo Esmaga o Essencial

Há um paradoxo perverso em curso: enquanto a alta renda consome cafés especiais e carnes premium, a classe média baixa e os pobres são empurrados para uma dieta empobrecida. A “gourmetização” do mercado alimentício não é um mero capricho do consumo: é um sintoma de desigualdade estrutural. Produtores, pressionados por margens de lucro, migram para nichos luxuosos, abandonando a produção em massa de itens básicos. O resultado é um ciclo vicioso: menos oferta de produtos acessíveis → preços mais altos → mais exclusão.

O Caminho para Desinflar a Mesa: Entre a Urgência e a Estratégia

Resolver essa crise exige mais do que ajustes pontuais. É preciso:

  1. Desacoplar o mercado interno das turbulências cambiais: Criar políticas que priorizem o abastecimento local, mesmo em períodos de alta demanda externa.
  2. Combater os cartéis de insumos: Investigar abusos no preço de fertilizantes, rações e combustíveis, que impactam toda a cadeia produtiva.
  3. Fortalecer programas de subsistência: Ampliar o apoio à agricultura familiar e a feiras livres, que oferecem alimentos frescos a preços justos.
  4. Taxar o lucro excessivo de exportadores: Redistribuir parte dos ganhos obtidos com a venda externa para subsidiar produtos essenciais no mercado interno.

Conclusão: Inflação Alimentar é Guerra Contra os Pobres

A escalada de preços dos alimentos não é um acidente econômico: é uma violência silenciosa que aprofunda desigualdades e mina a dignidade. Quando um trabalhador gasta metade do salário para encher a despensa, não há crescimento que justifique, nem discurso político que console.

O Brasil precisa escolher: continuar sendo o celeiro do mundo, enquanto seu povo passa fome, ou garantir que o prato de cada família seja sagrado. Afinal, como já dizia Josué de Castro, geógrafo da fome, “a fome não é um problema técnico, é um problema político”. E política, como sabemos, só se resolve com vontade — e com ovos a preço de ovo.

O cenário é desolador: enquanto os ovos alcançam preços de cortes nobres e a carne para o churrasco custa como caviar, os brasileiros enfrentam uma realidade em que comer deixou de ser um ato simples para se tornar um cálculo matemático. A inflação dos alimentos, que teima em não ceder, não é apenas um índice econômico abstrato: é o retrato de um país onde o arroz com feijão está virando artigo de luxo.

Do Café ao Ovo: A Inflação que Escapa do Controle

Os números oficiais confirmam o que o carrinho de supermercado grita: em 12 meses, o café acumula alta de 109%, o leite longa vida subiu 23%, e os ovos, item essencial na dieta brasileira, dispararam 35%. Os motivos são múltiplos, mas convergem em um ponto: o Brasil está exportando comida enquanto o prato do trabalhador esvazia.

A valorização do dólar encareceu insumos como fertilizantes e ração animal, elevando custos de produção. Paralelamente, a mesma alta cambial tornou mais lucrativo vender commodities para o exterior do que abastecer o mercado interno. Resultado: o café brasileiro, por exemplo, está mais presente em xícaras europeias do que nas mesas de nossas casas. Enquanto isso, a onda dos cafés “gourmet” — com grãos selecionados e embalagens sofisticadas — desvia a atenção (e o investimento) dos produtos tradicionais, criando uma escassez artificial que infla preços.

Não se trata de um fenômeno isolado. A carne bovina, item sagrado no churrasco de domingo, sofre pressão semelhante: com a disparada das exportações para a China e o Oriente Médio, o boi virou moeda global, e o consumidor brasileiro paga a conta em forma de preços estratosféricos.

A Falácia da Substituição e o Beco Sem Saída

Diante do aumento generalizado, o conselho do presidente Lula — “substitua produtos caros por alternativas mais baratas” — soa como uma piada de mau gosto. Como trocar ovos por… o quê? Proteína vegetal? Para famílias que mal conseguem comprar frango, essa sugestão ignora a realidade de milhões. A inflação de alimentos básicos cria um beco sem saída nutricional e financeiro: quando arroz, feijão, leite e ovos ficam inacessíveis, não há marca genérica ou versão “light” que resolva.

O fenômeno da substituição, válido em setores como higiene ou medicamentos, esbarra aqui em um limite cruel: não existe “feijão popular” ou “ovo econômico”. A falta de alternativas obriga as famílias a reduzirem quantidade e qualidade, comprometendo a segurança alimentar. Dados do IBGE mostram que 15% dos brasileiros já vivem em insegurança alimentar grave — e a escalada de preços só agrava esse quadro.

Gourmetização da Fome: Quando o Luxo Esmaga o Essencial

Há um paradoxo perverso em curso: enquanto a alta renda consome cafés especiais e carnes premium, a classe média baixa e os pobres são empurrados para uma dieta empobrecida. A “gourmetização” do mercado alimentício não é um mero capricho do consumo: é um sintoma de desigualdade estrutural. Produtores, pressionados por margens de lucro, migram para nichos luxuosos, abandonando a produção em massa de itens básicos. O resultado é um ciclo vicioso: menos oferta de produtos acessíveis → preços mais altos → mais exclusão.

O Caminho para Desinflar a Mesa: Entre a Urgência e a Estratégia

Resolver essa crise exige mais do que ajustes pontuais. É preciso:

  1. Desacoplar o mercado interno das turbulências cambiais: Criar políticas que priorizem o abastecimento local, mesmo em períodos de alta demanda externa.
  2. Combater os cartéis de insumos: Investigar abusos no preço de fertilizantes, rações e combustíveis, que impactam toda a cadeia produtiva.
  3. Fortalecer programas de subsistência: Ampliar o apoio à agricultura familiar e a feiras livres, que oferecem alimentos frescos a preços justos.
  4. Taxar o lucro excessivo de exportadores: Redistribuir parte dos ganhos obtidos com a venda externa para subsidiar produtos essenciais no mercado interno.

Conclusão: Inflação Alimentar é Guerra Contra os Pobres

A escalada de preços dos alimentos não é um acidente econômico: é uma violência silenciosa que aprofunda desigualdades e mina a dignidade. Quando um trabalhador gasta metade do salário para encher a despensa, não há crescimento que justifique, nem discurso político que console.

O Brasil precisa escolher: continuar sendo o celeiro do mundo, enquanto seu povo passa fome, ou garantir que o prato de cada família seja sagrado. Afinal, como já dizia Josué de Castro, geógrafo da fome, “a fome não é um problema técnico, é um problema político”. E política, como sabemos, só se resolve com vontade — e com ovos a preço de ovo.

Sonhar Além das Trincheiras: A Revolução que o Século XXI Exige

 

 

Há uma pergunta que persegue filósofos, educadores e líderes políticos: como inspirar os jovens a transformar o Brasil e o mundo em um lugar mais justo? Como professor de filosofia, minha resposta é clara: a principal tarefa de nossa geração não é doutrinar, mas provocar sonhos coletivos e, acima de tudo, dar exemplo de vida que legitime esses sonhos. Foi com essa convicção que mergulhei na leitura de Borboletas e Lobisomens, do jornalista Hugo Studart, obra que resgata a epopeia trágica da Guerrilha do Araguaia. Entre relatos de heroísmo e ingenuidade, o livro não apenas revisita o passado, mas acende um debate urgente: qual é o combustível dos sonhos que moverão as juventudes de hoje?

A Guerrilha do Araguaia: Quando o Sonho Superou a Realidade

A história dos 71 guerrilheiros que, nos anos 1970, desafiaram o Exército brasileiro na selva amazônica é um retrato de coragem e contradição. Eram jovens urbanos, muitos estudantes, que trocaram as salas de aula pelas armas, movidos pelo desejo de implantar o socialismo em um país sob ditadura. Studart descreve com precisão como suas ideologias, importadas de modelos soviéticos e chineses, colidiam com a realidade da floresta e da guerra assimétrica. Enquanto lutavam, o mundo mudava: a globalização emergia, o muro de Berlim ainda não havia caído, e novos movimentos, como a contracultura e o ambientalismo, questionavam os dogmas das revoluções armadas.

O paradoxo é revelador: aqueles jovens sonhavam em “fazer história”, mas a história seguia um curso que eles não controlavam. Sua luta, porém, não foi em vão. Como escreve Studart, o que os unia não era apenas a ideologia, mas um sonho coletivo de liberdade — ainda que aprisionado a métodos anacrônicos.

Do Araguaia às Urnas: A Metamorfose dos Sonhos

A lição da Guerrilha do Araguaia não está em suas táticas fracassadas, mas em sua capacidade de gerar mitos que transcendem o fracasso. Os guerrilheiros foram derrotados militarmente, mas seu legado questiona: como recriar, no século XXI, essa energia transformadora, sem repetir os erros do passado?

A resposta está em entender que as trincheiras de hoje não são a selva, mas as urnas, as salas de aula, os algoritmos das redes sociais e os laboratórios de inovação. A juventude atual não precisa pegar em armas para mudar o mundo; precisa, isso sim, de sonhos tão ousados quanto os daqueles guerrilheiros, mas adaptados aos novos tempos. Sonhos que combatam a desigualdade com tecnologia inclusiva, que enfrentem a crise climática com economia verde, e que construam democracia com participação popular — não com autoritarismos disfarçados de salvacionismo.

O Exemplo que Falta: Filósofos, Políticos e a Crise de Legitimidade

Aqui reside o desafio central: como legitimar os sonhos coletivos em uma era de descrença? Os jovens de hoje, bombardeados por notícias de corrupção, destruição ambiental e polarizações estéreis, desconfiam tanto de políticos quanto de utopias. A saída não está em discursos grandiloquentes, mas em exemplos concretos.

Quando estudamos a Guerrilha do Araguaia, vemos que os combatentes, apesar de todos os equívocos, arriscaram a vida por algo maior que eles mesmos. Hoje, quantos líderes estão dispostos a abrir mão de privilégios pelo bem comum? Quantos filósofos descem de suas torres de marfim para sujar as mãos na realidade? A crise de credibilidade das instituições não se resolve com retórica, mas com integridade que inspire.

Sonhos para o Antropoceno: Uma Agenda para o Futuro

Inspirado por Studart, proponho três eixos para os sonhos coletivos de nossa época:

  1. Democracia Radical: Não basta votar a cada dois anos; é preciso ocupar espaços de decisão, das assembleias escolares aos fóruns digitais, e exigir transparência.
  2. Economia da Vida: Substituir a lógica do lucro a qualquer custo por modelos que valorizem a sustentabilidade, os direitos trabalhistas e a justiça social.
  3. Educação como Revolução: Transformar escolas em laboratórios de cidadania, onde se aprenda tanto a programar quanto a cultivar hortas comunitárias.

Conclusão: O Fogo que Não se Apaga

Os guerrilheiros do Araguaia falharam em implantar o socialismo, mas acenderam uma chama que ainda ilumina perguntas essenciais: O que vale a pena lutar? Como resistir ao cinismo?

Aos filósofos e políticos do presente, cabe a tarefa de reacender essa chama — não com slogans do passado, mas com sonhos que falem à complexidade do mundo atual. Se queremos que os jovens acreditem no futuro, precisamos mostrar, com ações, que outro Brasil e outro mundo são possíveis. Como escreveu o poeta Thiago de Mello, “Faz escuro, mas eu canto”. Que nosso canto seja um convite à esperança militante.

Sonhar Além das Trincheiras: A Revolução que o Século XXI Exige

 

 

Há uma pergunta que persegue filósofos, educadores e líderes políticos: como inspirar os jovens a transformar o Brasil e o mundo em um lugar mais justo? Como professor de filosofia, minha resposta é clara: a principal tarefa de nossa geração não é doutrinar, mas provocar sonhos coletivos e, acima de tudo, dar exemplo de vida que legitime esses sonhos. Foi com essa convicção que mergulhei na leitura de Borboletas e Lobisomens, do jornalista Hugo Studart, obra que resgata a epopeia trágica da Guerrilha do Araguaia. Entre relatos de heroísmo e ingenuidade, o livro não apenas revisita o passado, mas acende um debate urgente: qual é o combustível dos sonhos que moverão as juventudes de hoje?

A Guerrilha do Araguaia: Quando o Sonho Superou a Realidade

A história dos 71 guerrilheiros que, nos anos 1970, desafiaram o Exército brasileiro na selva amazônica é um retrato de coragem e contradição. Eram jovens urbanos, muitos estudantes, que trocaram as salas de aula pelas armas, movidos pelo desejo de implantar o socialismo em um país sob ditadura. Studart descreve com precisão como suas ideologias, importadas de modelos soviéticos e chineses, colidiam com a realidade da floresta e da guerra assimétrica. Enquanto lutavam, o mundo mudava: a globalização emergia, o muro de Berlim ainda não havia caído, e novos movimentos, como a contracultura e o ambientalismo, questionavam os dogmas das revoluções armadas.

O paradoxo é revelador: aqueles jovens sonhavam em “fazer história”, mas a história seguia um curso que eles não controlavam. Sua luta, porém, não foi em vão. Como escreve Studart, o que os unia não era apenas a ideologia, mas um sonho coletivo de liberdade — ainda que aprisionado a métodos anacrônicos.

Do Araguaia às Urnas: A Metamorfose dos Sonhos

A lição da Guerrilha do Araguaia não está em suas táticas fracassadas, mas em sua capacidade de gerar mitos que transcendem o fracasso. Os guerrilheiros foram derrotados militarmente, mas seu legado questiona: como recriar, no século XXI, essa energia transformadora, sem repetir os erros do passado?

A resposta está em entender que as trincheiras de hoje não são a selva, mas as urnas, as salas de aula, os algoritmos das redes sociais e os laboratórios de inovação. A juventude atual não precisa pegar em armas para mudar o mundo; precisa, isso sim, de sonhos tão ousados quanto os daqueles guerrilheiros, mas adaptados aos novos tempos. Sonhos que combatam a desigualdade com tecnologia inclusiva, que enfrentem a crise climática com economia verde, e que construam democracia com participação popular — não com autoritarismos disfarçados de salvacionismo.

O Exemplo que Falta: Filósofos, Políticos e a Crise de Legitimidade

Aqui reside o desafio central: como legitimar os sonhos coletivos em uma era de descrença? Os jovens de hoje, bombardeados por notícias de corrupção, destruição ambiental e polarizações estéreis, desconfiam tanto de políticos quanto de utopias. A saída não está em discursos grandiloquentes, mas em exemplos concretos.

Quando estudamos a Guerrilha do Araguaia, vemos que os combatentes, apesar de todos os equívocos, arriscaram a vida por algo maior que eles mesmos. Hoje, quantos líderes estão dispostos a abrir mão de privilégios pelo bem comum? Quantos filósofos descem de suas torres de marfim para sujar as mãos na realidade? A crise de credibilidade das instituições não se resolve com retórica, mas com integridade que inspire.

Sonhos para o Antropoceno: Uma Agenda para o Futuro

Inspirado por Studart, proponho três eixos para os sonhos coletivos de nossa época:

  1. Democracia Radical: Não basta votar a cada dois anos; é preciso ocupar espaços de decisão, das assembleias escolares aos fóruns digitais, e exigir transparência.
  2. Economia da Vida: Substituir a lógica do lucro a qualquer custo por modelos que valorizem a sustentabilidade, os direitos trabalhistas e a justiça social.
  3. Educação como Revolução: Transformar escolas em laboratórios de cidadania, onde se aprenda tanto a programar quanto a cultivar hortas comunitárias.

Conclusão: O Fogo que Não se Apaga

Os guerrilheiros do Araguaia falharam em implantar o socialismo, mas acenderam uma chama que ainda ilumina perguntas essenciais: O que vale a pena lutar? Como resistir ao cinismo?

Aos filósofos e políticos do presente, cabe a tarefa de reacender essa chama — não com slogans do passado, mas com sonhos que falem à complexidade do mundo atual. Se queremos que os jovens acreditem no futuro, precisamos mostrar, com ações, que outro Brasil e outro mundo são possíveis. Como escreveu o poeta Thiago de Mello, “Faz escuro, mas eu canto”. Que nosso canto seja um convite à esperança militante.