A Embaixada de Israel no Brasil viu-se envolvida em uma controvérsia na última quinta-feira (9 de novembro de 2023) em relação à reunião entre o embaixador Daniel Zonshine e congressistas da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A negação formal de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha sido convidado pela embaixada para o encontro gerou debates acalorados.
Segundo a declaração oficial da Embaixada de Israel, a presença de Bolsonaro não foi coordenada por eles e ocorreu de maneira fortuita. O fato de o ex-presidente ter se sentado ao lado do embaixador durante a reunião levantou questionamentos sobre os bastidores desse encontro diplomático.
A divulgação de imagens do ataque do Hamas em 7 de outubro durante a reunião acrescentou mais um elemento à polêmica, intensificando as críticas tanto de aliados quanto de governistas de Lula. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, classificou a aliança aparente entre Zonshine e Bolsonaro como “repugnante”.
O governo brasileiro está atualmente negociando a retirada de seus cidadãos do norte da Faixa de Gaza, uma operação programada para sexta-feira (10 de novembro). Nesse contexto, a postura de Israel em relação a essa situação foi alvo de críticas, enquanto o país afirmou nunca ter feito objeções à saída de brasileiros de Gaza.
O agradecimento de Israel às autoridades brasileiras pela operação da Polícia Federal que desmontou um ataque do grupo extremista Hezbollah adicionou um elemento de complexidade às relações diplomáticas entre os dois países. A nota oficial da embaixada enfatizou o esforço contínuo para fortalecer a amizade bilateral, mas as críticas persistem.
A situação ganha ainda mais relevância considerando o contexto internacional e as implicações políticas envolvidas. A reunião na Câmara dos Deputados se torna um reflexo das dinâmicas complexas e muitas vezes imprevisíveis das relações diplomáticas entre nações.