Política e Resenha

Jerônimo defende definição de critérios para a escolha de Salvador

A definição do nome eleitoral que representa a base do governo Jerônimo em Salvador deverá continuar adiada até ao final deste mês. Na ausência de critérios de seleção claros, o chefe do executivo do estadual provou mais uma vez que os apoiadores do governo estão unidos na argumentação contra o candidato natural à reeleição, Bruno Reis (União Brasileira).
“Tivemos reuniões com deputados de todo o partido, incluindo pré-candidatos e comités políticos, para chegar a acordo sobre uma posição de candidatura única. Então, embora eu queira esta candidatura única, é isso que os partidos estão a dizer”, disse Jerônimo que decidiu impondo nomes nas eleições.
O dirigente disse ainda que o maior desafio no momento é pensar em um critério de seleção de grupos para a divisão. Jerônimo propôs ao Portal A TARDE a possibilidade de realizar pesquisas como norteadora desse processo.

“Se houver consenso entre todos os partidos [candidatura única], temos que retirar esse critério da seleção. O critério de seleção poderia ser fazermos uma pesquisa, vamos conversar com os partidos e ver quem é possível, como é o mesmo caso em Juazeiro”, destacou após anunciar a abertura da licitação no domingo, 5. Reconstrução do Teatro Castro Alves (TCA) em Salvador.
A incerteza sobre os candidatos à capital baiana persiste desde setembro, quando o presidente do Palácio de Ondina se reuniu pela primeira vez com o comitê político para iniciar as discussões eleitorais. No último domingo, 29, o governador se reuniu com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e com o senador Jaques Wagner para um “ponto a ponto” sobre a disputa. Jerônimo não quis comentar o assunto.

A expectativa de Jerônimo é que o martelo sobre quem concorrerá às eleições municipais seja batido neste mês. Na ocasião, ele chegou a comparar a lentidão do processo como um “parto”.

“Eu espero que o mês de novembro seja decisivo para, pelo menos, tomar esses critérios e virar o ano com o nome bem desenhado e definido. […]. Você já viu o parto? O parto é assim, quando é um parto cesário, o médico marca uma data programada, mas quando é um parto normal, pode ser qualquer hora”, comparou.

Apesar das diversas opções, a disputa pela vaga no Palácio Tomé de Souza continua limitada ao deputado estadual Robinson Almeida (PT) e ao vice-governador Geraldo Júnior (MDB). No entanto, o sobrenome sofreu após o vazamento da possível decisão para a mídia, tornando o petista um dos mais propensos a ser apoiado por Jerônimo.

Jerônimo defende definição de critérios para a escolha de Salvador

A definição do nome eleitoral que representa a base do governo Jerônimo em Salvador deverá continuar adiada até ao final deste mês. Na ausência de critérios de seleção claros, o chefe do executivo do estadual provou mais uma vez que os apoiadores do governo estão unidos na argumentação contra o candidato natural à reeleição, Bruno Reis (União Brasileira).
“Tivemos reuniões com deputados de todo o partido, incluindo pré-candidatos e comités políticos, para chegar a acordo sobre uma posição de candidatura única. Então, embora eu queira esta candidatura única, é isso que os partidos estão a dizer”, disse Jerônimo que decidiu impondo nomes nas eleições.
O dirigente disse ainda que o maior desafio no momento é pensar em um critério de seleção de grupos para a divisão. Jerônimo propôs ao Portal A TARDE a possibilidade de realizar pesquisas como norteadora desse processo.

“Se houver consenso entre todos os partidos [candidatura única], temos que retirar esse critério da seleção. O critério de seleção poderia ser fazermos uma pesquisa, vamos conversar com os partidos e ver quem é possível, como é o mesmo caso em Juazeiro”, destacou após anunciar a abertura da licitação no domingo, 5. Reconstrução do Teatro Castro Alves (TCA) em Salvador.
A incerteza sobre os candidatos à capital baiana persiste desde setembro, quando o presidente do Palácio de Ondina se reuniu pela primeira vez com o comitê político para iniciar as discussões eleitorais. No último domingo, 29, o governador se reuniu com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e com o senador Jaques Wagner para um “ponto a ponto” sobre a disputa. Jerônimo não quis comentar o assunto.

A expectativa de Jerônimo é que o martelo sobre quem concorrerá às eleições municipais seja batido neste mês. Na ocasião, ele chegou a comparar a lentidão do processo como um “parto”.

“Eu espero que o mês de novembro seja decisivo para, pelo menos, tomar esses critérios e virar o ano com o nome bem desenhado e definido. […]. Você já viu o parto? O parto é assim, quando é um parto cesário, o médico marca uma data programada, mas quando é um parto normal, pode ser qualquer hora”, comparou.

Apesar das diversas opções, a disputa pela vaga no Palácio Tomé de Souza continua limitada ao deputado estadual Robinson Almeida (PT) e ao vice-governador Geraldo Júnior (MDB). No entanto, o sobrenome sofreu após o vazamento da possível decisão para a mídia, tornando o petista um dos mais propensos a ser apoiado por Jerônimo.

‘Eu não fico atrás do presidente, sempre fico ao lado dele’, diz Janja

Rosangela Lula da Silva, também conhecida como Janja, reflete sobre seu papel como primeira-dama e defende seu papel no Palácio do Planalto sobre a necessidade de montar um gabinete próprio.
A esposa do presidente Lula (PT) refutou as críticas que recebeu da oposição por sua liderança e influência no atual governo.

“Vou continuar ao lado do presidente, porque acho que é esse o papel que tenho de desempenhar. Não é uma questão de ser eleita ou não. Existem ministros que concorreram e ganharam a eleição ao Senado ou à Câmara, mas a maioria não foi eleita e está lá [no governo]”, disse a socióloga em entrevista exclusiva ao jornal ‘O Globo’.

Janja comparou-o à Casa Branca nos Estados Unidos, onde os parceiros do líder desempenham um papel ativo no mandato do presidente. “Nos Estados Unidos, a primeira-dama tem um gabinete. Ela também tem uma agenda própria, um protagonista próprio, e ninguém questiona. Por que as pessoas estão questionando isso no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho certo. Eu conheço os limites.”

Em conversa com a publicação, a primeira-dama partilhou uma situação que viveu num evento no Parlamento português este ano.
“As duas mulheres presentes na cerimônia disseram: ‘Seu lugar é atrás do presidente’. Eu disse: ‘Não, querida. Eu não fico atrás do presidente, fico sempre ao lado dele”, declarou.
Porém, Janja esclareceu que não participa de reuniões oficiais no Planalto.
“As pessoas acham que eu fico aí sentada. Eu não faço isso. Todos os dias ele [Lula] tem reuniões com ministros no Palácio do Planalto, mas eu não estou nesses espaços de decisão. Minhas conversas com o presidente são em casa , no nosso dia a dia, nos finais de semana, quando tomamos cerveja, quando não estou bem, é lá que vou e faço perguntas. Não é como se eu fosse a esposa do presidente e só falo sobre marcas de batons.”

A socióloga encerrou a conversa explicando que queria usar sua visibilidade para promover temas importantes.

“Querendo ou não, quase tudo que falo ganha amplitude. Por que não fazer isso por pautas que são relevantes? Por que a primeira-dama não pode também estar contribuindo com o desenvolvimento do Brasil?”.

‘Eu não fico atrás do presidente, sempre fico ao lado dele’, diz Janja

Rosangela Lula da Silva, também conhecida como Janja, reflete sobre seu papel como primeira-dama e defende seu papel no Palácio do Planalto sobre a necessidade de montar um gabinete próprio.
A esposa do presidente Lula (PT) refutou as críticas que recebeu da oposição por sua liderança e influência no atual governo.

“Vou continuar ao lado do presidente, porque acho que é esse o papel que tenho de desempenhar. Não é uma questão de ser eleita ou não. Existem ministros que concorreram e ganharam a eleição ao Senado ou à Câmara, mas a maioria não foi eleita e está lá [no governo]”, disse a socióloga em entrevista exclusiva ao jornal ‘O Globo’.

Janja comparou-o à Casa Branca nos Estados Unidos, onde os parceiros do líder desempenham um papel ativo no mandato do presidente. “Nos Estados Unidos, a primeira-dama tem um gabinete. Ela também tem uma agenda própria, um protagonista próprio, e ninguém questiona. Por que as pessoas estão questionando isso no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho certo. Eu conheço os limites.”

Em conversa com a publicação, a primeira-dama partilhou uma situação que viveu num evento no Parlamento português este ano.
“As duas mulheres presentes na cerimônia disseram: ‘Seu lugar é atrás do presidente’. Eu disse: ‘Não, querida. Eu não fico atrás do presidente, fico sempre ao lado dele”, declarou.
Porém, Janja esclareceu que não participa de reuniões oficiais no Planalto.
“As pessoas acham que eu fico aí sentada. Eu não faço isso. Todos os dias ele [Lula] tem reuniões com ministros no Palácio do Planalto, mas eu não estou nesses espaços de decisão. Minhas conversas com o presidente são em casa , no nosso dia a dia, nos finais de semana, quando tomamos cerveja, quando não estou bem, é lá que vou e faço perguntas. Não é como se eu fosse a esposa do presidente e só falo sobre marcas de batons.”

A socióloga encerrou a conversa explicando que queria usar sua visibilidade para promover temas importantes.

“Querendo ou não, quase tudo que falo ganha amplitude. Por que não fazer isso por pautas que são relevantes? Por que a primeira-dama não pode também estar contribuindo com o desenvolvimento do Brasil?”.

Lula pode diminuir bloqueio de gastos em ano eleitoral; entenda

A discussão do governo federal no que se refere à meta fiscal para o próximo ano, vai além dos relatórios ou da confiança dos investidores. Isso porque uma eventual mudança na meta, com o intuito de prever o déficit público para 2024, pode ajudar ao governo Lula (PT) a minimizar os cortes de gastos e cumprir o prometido.

Dessa forma, o Presidente da República também evitaria reduzir os gastos com investimentos com infraestrutura. Isso quer dizer que as obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em ano eleitoral não seriam afetadas. O detalhe é que toda essa situação estaria atrelada às novas regras do Arcabouço Fiscal, aprovado em agosto desse ano pelo Congresso Nacional. Esse mecanismo irá substituir o antigo teto de gastos que estava em vigor desde 2017.

Lula pode diminuir bloqueio de gastos em ano eleitoral; entenda

A discussão do governo federal no que se refere à meta fiscal para o próximo ano, vai além dos relatórios ou da confiança dos investidores. Isso porque uma eventual mudança na meta, com o intuito de prever o déficit público para 2024, pode ajudar ao governo Lula (PT) a minimizar os cortes de gastos e cumprir o prometido.

Dessa forma, o Presidente da República também evitaria reduzir os gastos com investimentos com infraestrutura. Isso quer dizer que as obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em ano eleitoral não seriam afetadas. O detalhe é que toda essa situação estaria atrelada às novas regras do Arcabouço Fiscal, aprovado em agosto desse ano pelo Congresso Nacional. Esse mecanismo irá substituir o antigo teto de gastos que estava em vigor desde 2017.

Policia Militar acaba com esquema de entrega de drogas por delivery

Neste sábado (4), uma guarnição da Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto), do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM), descobriu e acabou com um sistema de entrega de drogas por delivery, em Brumado.

Segundo o site Acorda Cidade, os oficiais estavam realizando rondas próximo a Escola Municipal Nice Públio da Silva Leite, quando avistou um homem em um carro prata entregando drogas na região.

Durante a abordagem, a polícia encontrou duas porções de cocaína. O suspeito também informou sobre a existência de drogas em um casa, no bairro Santa Tereza.

Os policiais ao adentrarem ao local encontraram mais entorpecentes. Foram apreendidas drogas sintéticas, super maconha, balança de precisão e máquina de cartão de crédito.

Policia Militar acaba com esquema de entrega de drogas por delivery

Neste sábado (4), uma guarnição da Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto), do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM), descobriu e acabou com um sistema de entrega de drogas por delivery, em Brumado.

Segundo o site Acorda Cidade, os oficiais estavam realizando rondas próximo a Escola Municipal Nice Públio da Silva Leite, quando avistou um homem em um carro prata entregando drogas na região.

Durante a abordagem, a polícia encontrou duas porções de cocaína. O suspeito também informou sobre a existência de drogas em um casa, no bairro Santa Tereza.

Os policiais ao adentrarem ao local encontraram mais entorpecentes. Foram apreendidas drogas sintéticas, super maconha, balança de precisão e máquina de cartão de crédito.

Procurado da Justiça que fazia prova do Enem é preso no interior da Bahia

 

Uma ação integrada entre policiais da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Santo Antônio de Jesus) com a Polícia Federal resultou na prisão de um homem no final da tarde deste domingo (5), em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo da Bahia.

O homem tinha mandado de prisão em aberto e foi capturado na unidade de ensino onde fazia a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo o coordenador da 4ª Coorpin, delegado Joaquim José de Souza, seguindo protocolo, as equipes aguardaram o procurado concluir o exame e fizeram a captura.

Ele foi encaminhado para a Delegacia Territorial do município.

Procurado da Justiça que fazia prova do Enem é preso no interior da Bahia

 

Uma ação integrada entre policiais da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Santo Antônio de Jesus) com a Polícia Federal resultou na prisão de um homem no final da tarde deste domingo (5), em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo da Bahia.

O homem tinha mandado de prisão em aberto e foi capturado na unidade de ensino onde fazia a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo o coordenador da 4ª Coorpin, delegado Joaquim José de Souza, seguindo protocolo, as equipes aguardaram o procurado concluir o exame e fizeram a captura.

Ele foi encaminhado para a Delegacia Territorial do município.

STF investiga família de deputado por suposta lavagem de dinheiro após pedido da CPI

Um desdobramento da CPI da Covid resultou na abertura no STF (Supremo Tribunal Federal) de um inquérito sobre suspeitas de lavagem de dinheiro e de corrupção passiva envolvendo o deputado federal Fausto Santos Jr. (União Brasil-AM).

Os autos foram distribuídos no dia 30 de outubro para o ministro Dias Toffoli e colocados sob segredo de Justiça.

A investigação, que inicialmente tramitava no STJ (Superior Tribunal de Justiça), foi aberta a partir de solicitação de Omar Aziz (PSD-AM), senador que em 2021 presidiu a CPI da Covid.

À PF Aziz levantou desconfiança sobre suposto favorecimento da conselheira do TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas) Yara Amazônia Lins Rodrigues a empresas que atuaram na saúde do Amazonas durante a pandemia em troca de vantagens indevidas.

Yara, que tem foro no STJ, é a principal investigada, mas o caso avançou sobre seus familiares. Um deles é o seu filho, Fausto Santos Jr., que tomou posse na Câmara dos Deputados neste ano.

O deputado foi associado às suspeitas relacionadas a Yara após informações de relatórios financeiros do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontarem movimentações suspeitas em sua conta.

A determinação para que o inquérito fosse transferido para o STF foi do ministro do STJ Antonio Carlos Ferreira, que atendeu em 5 de outubro a um pedido do Ministério Público Federal.

“Os indícios evidenciam o conluio de familiares da Conselheira investigada para a ocultação e dissimulação dos valores obtidos com a prática criminosa (lavagem de capitais), mormente a participação relevante de Fausto Vieira dos Santos Júnior”, disse o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos no pedido ao STJ.

Procurado pela Folha, o deputado Fausto Santos Jr. afirmou em nota que “não existem indícios de crime, mas sim o de uma possível perseguição política” à luz do contexto em que se encontrava na época.

Nos autos, Yara também nega ter cometido qualquer irregularidade e diz que a investigação usa provas ilícitas.

Fausto Santos Jr. era deputado estadual antes de se eleger à Câmara. Em 2020, ele foi relator da CPI da Saúde na Assembleia do Amazonas, após o estado passar por um colapso em sua saúde pública.

No ano seguinte, ele foi chamado para depor na CPI da Covid no Senado. Na ocasião, os principais senadores da comissão quiseram saber o motivo de ele não ter pedido o indiciamento do governador do estado, Wilson Lima.

Após esse episódio, Aziz protocolou o pedido de investigação contra Yara. Ele disse que “causou muita surpresa em todos os senadores integrantes da CPI da Covid” o governador ser poupado e enviou à PF informações que, em sua visão, apontavam sinais de enriquecimento incompatível com os ganhos de Yara, mãe do deputado.

O senador então anexou documentos sobre imóveis e veículos de luxo que seriam, segundo ele, usados pela conselheira e por seus familiares e que não estavam registrados em seus nomes.

Aziz pediu ainda investigação sobre a relação da conselheira com empresas que prestaram serviços de saúde para o estado de 2018 a 2021.

Com autorização do STJ, a Polícia Federal passou a investigar as suspeitas dos crimes de lavagem de dinheiro, de advocacia administrativa e de corrupção passiva.

“Os fatos noticiados são suficientes para justificar a instauração de inquérito, pois demonstram, em tese, a possibilidade da ocorrência de infrações penais”, disse o ministro Jorge Mussi, ao decidir pela instauração do inquérito.

“No presente caso, a notícia-crime e os documentos que a instruem indicam que há razoável suspeita de que o patrimônio da Conselheira Yara Lins e de seus familiares seria incompatível com seus ganhos lícitos, e de que se utilizariam de bens registrados em nome de terceiros para ocultar a sua verdadeira propriedade.” Mussi se aposentou em janeiro deste ano e foi substituído na relatoria por Antonio Carlos.

Foram juntados relatórios do Coaf sobre a conselheira e seus familiares à investigação.

Sobre Fausto, o órgão identificou que o então deputado estadual fez movimentações suspeitas em abril de 2020, com “quantia significativa por meio de conta até então pouco movimentada ou de conta que acolha depósito inusitado”.

Além disso, um dos veículos que foram fotografados em frente à residência da conselheira pertence a uma das empresas na qual houve suspeita de favorecimento.

Por meio de nota, o deputado federal Fausto Santos Jr. afirma que há perseguição política e que a “mera distribuição [ao STF] por conta de competência originária não demonstra nada em termos de culpabilidade”.

“À Justiça estou disposto a apresentar todas as documentações e evidências necessárias de forma transparente para comprovar a compatibilidade de nossos rendimentos com nosso patrimônio”, afirma ele.

“Todas as pessoas do Amazonas e do Brasil que acompanharam a sessão da CPI do Senado, na qual participei, sabem verdadeiramente o que aconteceu e do que estou falando”, disse Fausto.

Procurada, a defesa de Yara não respondeu ao pedido de manifestação feito pela reportagem.

Nos autos, sua advogada Vera Carla Nelson Cruz Silveira afirmou que, em relação às movimentações financeiras da conselheira e de seu filho, o Coaf apenas ressalva “que o saldo negativo na compatibilização patrimonial deste último não restou justificada documentalmente”.

“Entretanto, não deixou de reconhecer que a diferença detectada proveio de transferência bancária originada de conta bancária exatamente de sua genitora”, diz a defesa.

Além disso, afirma que Aziz usou provas ilegais —dados sigilosos do IPTU— ao pedir a investigação para a PF e que, mesmo assim, as informações não apontam irregularidades. Segundo os advogados, não houve favorecimento da conselheira às empresas mencionadas na investigação.

STF investiga família de deputado por suposta lavagem de dinheiro após pedido da CPI

Um desdobramento da CPI da Covid resultou na abertura no STF (Supremo Tribunal Federal) de um inquérito sobre suspeitas de lavagem de dinheiro e de corrupção passiva envolvendo o deputado federal Fausto Santos Jr. (União Brasil-AM).

Os autos foram distribuídos no dia 30 de outubro para o ministro Dias Toffoli e colocados sob segredo de Justiça.

A investigação, que inicialmente tramitava no STJ (Superior Tribunal de Justiça), foi aberta a partir de solicitação de Omar Aziz (PSD-AM), senador que em 2021 presidiu a CPI da Covid.

À PF Aziz levantou desconfiança sobre suposto favorecimento da conselheira do TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas) Yara Amazônia Lins Rodrigues a empresas que atuaram na saúde do Amazonas durante a pandemia em troca de vantagens indevidas.

Yara, que tem foro no STJ, é a principal investigada, mas o caso avançou sobre seus familiares. Um deles é o seu filho, Fausto Santos Jr., que tomou posse na Câmara dos Deputados neste ano.

O deputado foi associado às suspeitas relacionadas a Yara após informações de relatórios financeiros do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontarem movimentações suspeitas em sua conta.

A determinação para que o inquérito fosse transferido para o STF foi do ministro do STJ Antonio Carlos Ferreira, que atendeu em 5 de outubro a um pedido do Ministério Público Federal.

“Os indícios evidenciam o conluio de familiares da Conselheira investigada para a ocultação e dissimulação dos valores obtidos com a prática criminosa (lavagem de capitais), mormente a participação relevante de Fausto Vieira dos Santos Júnior”, disse o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos no pedido ao STJ.

Procurado pela Folha, o deputado Fausto Santos Jr. afirmou em nota que “não existem indícios de crime, mas sim o de uma possível perseguição política” à luz do contexto em que se encontrava na época.

Nos autos, Yara também nega ter cometido qualquer irregularidade e diz que a investigação usa provas ilícitas.

Fausto Santos Jr. era deputado estadual antes de se eleger à Câmara. Em 2020, ele foi relator da CPI da Saúde na Assembleia do Amazonas, após o estado passar por um colapso em sua saúde pública.

No ano seguinte, ele foi chamado para depor na CPI da Covid no Senado. Na ocasião, os principais senadores da comissão quiseram saber o motivo de ele não ter pedido o indiciamento do governador do estado, Wilson Lima.

Após esse episódio, Aziz protocolou o pedido de investigação contra Yara. Ele disse que “causou muita surpresa em todos os senadores integrantes da CPI da Covid” o governador ser poupado e enviou à PF informações que, em sua visão, apontavam sinais de enriquecimento incompatível com os ganhos de Yara, mãe do deputado.

O senador então anexou documentos sobre imóveis e veículos de luxo que seriam, segundo ele, usados pela conselheira e por seus familiares e que não estavam registrados em seus nomes.

Aziz pediu ainda investigação sobre a relação da conselheira com empresas que prestaram serviços de saúde para o estado de 2018 a 2021.

Com autorização do STJ, a Polícia Federal passou a investigar as suspeitas dos crimes de lavagem de dinheiro, de advocacia administrativa e de corrupção passiva.

“Os fatos noticiados são suficientes para justificar a instauração de inquérito, pois demonstram, em tese, a possibilidade da ocorrência de infrações penais”, disse o ministro Jorge Mussi, ao decidir pela instauração do inquérito.

“No presente caso, a notícia-crime e os documentos que a instruem indicam que há razoável suspeita de que o patrimônio da Conselheira Yara Lins e de seus familiares seria incompatível com seus ganhos lícitos, e de que se utilizariam de bens registrados em nome de terceiros para ocultar a sua verdadeira propriedade.” Mussi se aposentou em janeiro deste ano e foi substituído na relatoria por Antonio Carlos.

Foram juntados relatórios do Coaf sobre a conselheira e seus familiares à investigação.

Sobre Fausto, o órgão identificou que o então deputado estadual fez movimentações suspeitas em abril de 2020, com “quantia significativa por meio de conta até então pouco movimentada ou de conta que acolha depósito inusitado”.

Além disso, um dos veículos que foram fotografados em frente à residência da conselheira pertence a uma das empresas na qual houve suspeita de favorecimento.

Por meio de nota, o deputado federal Fausto Santos Jr. afirma que há perseguição política e que a “mera distribuição [ao STF] por conta de competência originária não demonstra nada em termos de culpabilidade”.

“À Justiça estou disposto a apresentar todas as documentações e evidências necessárias de forma transparente para comprovar a compatibilidade de nossos rendimentos com nosso patrimônio”, afirma ele.

“Todas as pessoas do Amazonas e do Brasil que acompanharam a sessão da CPI do Senado, na qual participei, sabem verdadeiramente o que aconteceu e do que estou falando”, disse Fausto.

Procurada, a defesa de Yara não respondeu ao pedido de manifestação feito pela reportagem.

Nos autos, sua advogada Vera Carla Nelson Cruz Silveira afirmou que, em relação às movimentações financeiras da conselheira e de seu filho, o Coaf apenas ressalva “que o saldo negativo na compatibilização patrimonial deste último não restou justificada documentalmente”.

“Entretanto, não deixou de reconhecer que a diferença detectada proveio de transferência bancária originada de conta bancária exatamente de sua genitora”, diz a defesa.

Além disso, afirma que Aziz usou provas ilegais —dados sigilosos do IPTU— ao pedir a investigação para a PF e que, mesmo assim, as informações não apontam irregularidades. Segundo os advogados, não houve favorecimento da conselheira às empresas mencionadas na investigação.

Crianças em Gaza: “Somos inocentes. O que fizemos para merecer isto?”

Em meio ao caos e à destruição que assolam a Faixa de Gaza, uma cena particularmente comovente chama a atenção do mundo: um grupo de crianças reunidas perto do Hospital al-Shifa, segurando velas nas mãos, após um bombardeio que deixou um saldo trágico de mortes e feridos. Estas crianças, que pedem desesperadamente por paz e um cessar-fogo imediato, representam a voz inocente e as vítimas frequentemente esquecidas de um conflito que se estende por décadas.

“Somos inocentes. O que fizemos para merecer isto?” – perguntam as crianças de Gaza, ecoando o sentimento de milhares de jovens que vivem sob o medo constante de ataques e a incerteza de um futuro seguro. As crianças de Gaza enfrentam uma realidade brutal, onde a guerra não é apenas uma notícia distante, mas uma experiência diária que molda suas vidas de maneiras inimagináveis.

O conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas tem um impacto devastador na população infantil da região. Segundo relatórios, crianças constituem cerca de 40% dos mortos na Faixa de Gaza, com milhares de feridos e um número alarmante de órfãos e deslocados. Em Israel, crianças também sofrem as consequências da guerra, com mortes e sequestros perpetrados pelo Hamas.

As crianças de Gaza não pedem apenas por um cessar-fogo; elas clamam por uma solução duradoura que traga estabilidade e esperança para suas vidas. A comunidade internacional, muitas vezes paralisada pela política e pela diplomacia, deve ouvir essas vozes e agir com urgência para proteger os direitos e a segurança desses jovens.

As crianças de Gaza nos lembram que, mesmo em tempos de guerra, a inocência persiste e a esperança por dias melhores nunca deve ser abandonada. Elas são um símbolo poderoso da necessidade de paz e humanidade em um mundo frequentemente dividido pelo ódio e pela violência. Que suas vozes sejam ouvidas e que ações concretas sejam tomadas para garantir que nenhuma criança tenha que se perguntar novamente: “O que fizemos para merecer isto?”

Crianças em Gaza: “Somos inocentes. O que fizemos para merecer isto?”

Em meio ao caos e à destruição que assolam a Faixa de Gaza, uma cena particularmente comovente chama a atenção do mundo: um grupo de crianças reunidas perto do Hospital al-Shifa, segurando velas nas mãos, após um bombardeio que deixou um saldo trágico de mortes e feridos. Estas crianças, que pedem desesperadamente por paz e um cessar-fogo imediato, representam a voz inocente e as vítimas frequentemente esquecidas de um conflito que se estende por décadas.

“Somos inocentes. O que fizemos para merecer isto?” – perguntam as crianças de Gaza, ecoando o sentimento de milhares de jovens que vivem sob o medo constante de ataques e a incerteza de um futuro seguro. As crianças de Gaza enfrentam uma realidade brutal, onde a guerra não é apenas uma notícia distante, mas uma experiência diária que molda suas vidas de maneiras inimagináveis.

O conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas tem um impacto devastador na população infantil da região. Segundo relatórios, crianças constituem cerca de 40% dos mortos na Faixa de Gaza, com milhares de feridos e um número alarmante de órfãos e deslocados. Em Israel, crianças também sofrem as consequências da guerra, com mortes e sequestros perpetrados pelo Hamas.

As crianças de Gaza não pedem apenas por um cessar-fogo; elas clamam por uma solução duradoura que traga estabilidade e esperança para suas vidas. A comunidade internacional, muitas vezes paralisada pela política e pela diplomacia, deve ouvir essas vozes e agir com urgência para proteger os direitos e a segurança desses jovens.

As crianças de Gaza nos lembram que, mesmo em tempos de guerra, a inocência persiste e a esperança por dias melhores nunca deve ser abandonada. Elas são um símbolo poderoso da necessidade de paz e humanidade em um mundo frequentemente dividido pelo ódio e pela violência. Que suas vozes sejam ouvidas e que ações concretas sejam tomadas para garantir que nenhuma criança tenha que se perguntar novamente: “O que fizemos para merecer isto?”

Despede-se a rainha das novelas: morre Lolita Rodrigues aos 94 anos

Aos 21 anos, Sylvia Gonçalves Rodrigues Leite, mais conhecida por Lolita, estreava-se nas novelas, quando também estas davam os primeiros passos no nosso país. Foram décadas de trabalho televisivo no género e muitas das produções em que Lolita Rodrigues participou, entre elas Sassaricando, Rainha da Sucata, A Viagem, Terra Nostra e Viver a Vida, marcaram a história da televisão portuguesa.

Rosto incontornável das novelas, Lolita Rodrigues garantiu um lugar na memória dos portugueses. A atriz, filha de imigrantes espanhóis, faleceu na madrugada deste domingo, 5 de novembro de 2023, aos 94 anos. Estava internada e não resistiu a uma pneumonia.

Em declarações recentes na sua biografia, Lolita mostrava-se uma pessoa simples e discreta: “Não tenho nada para contar. Sou igual a todo mundo. Não tenho empregada, cuido eu mesma das minhas coisas. Adoro assistir TV, especialmente os canais de língua espanhola, porque sou filha de imigrantes”.

Despede-se a rainha das novelas: morre Lolita Rodrigues aos 94 anos

Aos 21 anos, Sylvia Gonçalves Rodrigues Leite, mais conhecida por Lolita, estreava-se nas novelas, quando também estas davam os primeiros passos no nosso país. Foram décadas de trabalho televisivo no género e muitas das produções em que Lolita Rodrigues participou, entre elas Sassaricando, Rainha da Sucata, A Viagem, Terra Nostra e Viver a Vida, marcaram a história da televisão portuguesa.

Rosto incontornável das novelas, Lolita Rodrigues garantiu um lugar na memória dos portugueses. A atriz, filha de imigrantes espanhóis, faleceu na madrugada deste domingo, 5 de novembro de 2023, aos 94 anos. Estava internada e não resistiu a uma pneumonia.

Em declarações recentes na sua biografia, Lolita mostrava-se uma pessoa simples e discreta: “Não tenho nada para contar. Sou igual a todo mundo. Não tenho empregada, cuido eu mesma das minhas coisas. Adoro assistir TV, especialmente os canais de língua espanhola, porque sou filha de imigrantes”.

Inep aciona PF para apurar imagens do Enem 2023 que circulam na internet

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) disse neste domingo (5) que identificou imagens do caderno de provas do Enem 2023 em circulação nas redes sociais. O órgão afirma que acionou a PF (Polícia Federal) para investigar o caso.
Ligado ao MEC (Ministério da Educação), o Inep afirmou, por sua assessoria de imprensa, que as imagens surgiram após as 13h, quando os portões foram fechados. O instituto não trabalha, por ora, com a tese de que a prova tenha sido vazada.
As regras de segurança impedem que os candidatos fiquem com celular ou equipamentos eletrônicos durante o exame. A saída de estudantes com os cadernos de prova só é permitida após 4 horas do início da prova.
Inscreveram-se para o Enem neste ano 3,9 milhões de pessoas. A segurança do exame é um dos maiores entraves para o governo.
A prova foi roubada da gráfica e vazou já em 2009. Nos anos seguintes, houve problemas de impressão, troca de gabaritos, divulgação de notas erradas e é recorrente que alguns candidatos postem fotos –em 2012, por exemplo, 60 candidatos foram eliminados por postarem fotos.
O Inep não disse quantas imagens foram identificadas até agora.
Neste ano, cerca de 50 mil inscritos foram alocados a mais de 30 km de distância de suas casas –para tentar resolver isso, o MEC abriu a possibilidade de os prejudicados fazerem a prova em outra data, em dezembro.

Inep aciona PF para apurar imagens do Enem 2023 que circulam na internet

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) disse neste domingo (5) que identificou imagens do caderno de provas do Enem 2023 em circulação nas redes sociais. O órgão afirma que acionou a PF (Polícia Federal) para investigar o caso.
Ligado ao MEC (Ministério da Educação), o Inep afirmou, por sua assessoria de imprensa, que as imagens surgiram após as 13h, quando os portões foram fechados. O instituto não trabalha, por ora, com a tese de que a prova tenha sido vazada.
As regras de segurança impedem que os candidatos fiquem com celular ou equipamentos eletrônicos durante o exame. A saída de estudantes com os cadernos de prova só é permitida após 4 horas do início da prova.
Inscreveram-se para o Enem neste ano 3,9 milhões de pessoas. A segurança do exame é um dos maiores entraves para o governo.
A prova foi roubada da gráfica e vazou já em 2009. Nos anos seguintes, houve problemas de impressão, troca de gabaritos, divulgação de notas erradas e é recorrente que alguns candidatos postem fotos –em 2012, por exemplo, 60 candidatos foram eliminados por postarem fotos.
O Inep não disse quantas imagens foram identificadas até agora.
Neste ano, cerca de 50 mil inscritos foram alocados a mais de 30 km de distância de suas casas –para tentar resolver isso, o MEC abriu a possibilidade de os prejudicados fazerem a prova em outra data, em dezembro.

Uma Igreja de toda a tribo, língua, povo e nação

O tema da universalidade da Igreja é um dos mais importantes e desafiadores para os cristãos de hoje. Como pode a Igreja ser fiel à sua missão de anunciar o Evangelho a todas as nações, respeitando a diversidade cultural e religiosa dos povos? Como pode a Igreja ser uma comunhão de irmãos e irmãs, sem cair no etnocentrismo ou no relativismo? Como pode a Igreja ser sinal e instrumento do Reino de Deus, que abraça toda a humanidade e toda a criação?

Estas questões não são novas, mas ganharam uma nova urgência no contexto atual, marcado pela globalização, pela migração, pelo pluralismo e pelo diálogo inter-religioso. A Igreja, desde o seu nascimento, vive em contextos multiculturais e multirreligiosos, nos quais é essencial o compromisso de diálogo entre religião e cultura. O Concílio Vaticano II, na sua declaração Nostra Aetate, afirmou que a Igreja “reconhece, estima e promove os valores espirituais, morais e sociais que se encontram nas diversas religiões” e que “exorta os seus filhos a que, com prudência e caridade, dialoguem e colaborem com os membros das outras religiões, dando testemunho da fé e da vida cristã” (NA 2).

O Papa Francisco, na sua encíclica Fratelli Tutti, reforçou esta mensagem, ao afirmar que “a Igreja valoriza a ação de Deus nas outras religiões, e ‘não rejeita nada do que nelas existe de verdadeiro e santo'” (FT 277). O Papa também destacou a importância do encontro fraterno com os crentes de outras tradições religiosas, como fez em Abu Dhabi, em 2019, ao assinar o Documento sobre a Fraternidade Humana, juntamente com o Grande Imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb. Nesse documento, os dois líderes religiosos declararam que “Deus quer que todos os homens e mulheres sejam irmãos e irmãs, que vivam como tais, formando a grande família humana na harmonia da diversidade” (DFH 1).

A Igreja, portanto, é chamada a ser uma Igreja de toda a tribo, língua, povo e nação, como diz o livro do Apocalipse, que apresenta uma visão profética da multidão dos redimidos, que louvam a Deus e ao Cordeiro, cantando: “Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5,9). Esta é a vocação e a missão da Igreja, que se realiza na história, através do testemunho, do serviço, do diálogo e da comunhão.

Um dos teólogos que tem refletido sobre este tema é o dominicano português Frei Bento Domingues, que escreve regularmente no jornal Público. Em um dos seus artigos, publicado em 5 de novembro de 2023, ele comentou o relatório da primeira assembleia do Sínodo dos Bispos, que teve como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Frei Bento elogiou o documento, que apresenta as convergências, as questões e as propostas dos participantes do Sínodo, e destacou alguns pontos que considerou importantes, como a valorização da colegialidade episcopal, a participação dos leigos, especialmente das mulheres, a reforma da Cúria Romana, a sinodalidade como estilo de vida e de missão, a atenção aos pobres, aos migrantes, aos jovens, aos indígenas, aos perseguidos, aos excluídos, a defesa da ecologia integral, o diálogo com as outras Igrejas cristãs, com as outras religiões e com a cultura contemporânea. Frei Bento concluiu o seu artigo dizendo que “o Sínodo é uma oportunidade para a Igreja se renovar e se abrir ao mundo, como uma Igreja de toda a tribo, língua, povo e nação”

Uma Igreja de toda a tribo, língua, povo e nação

O tema da universalidade da Igreja é um dos mais importantes e desafiadores para os cristãos de hoje. Como pode a Igreja ser fiel à sua missão de anunciar o Evangelho a todas as nações, respeitando a diversidade cultural e religiosa dos povos? Como pode a Igreja ser uma comunhão de irmãos e irmãs, sem cair no etnocentrismo ou no relativismo? Como pode a Igreja ser sinal e instrumento do Reino de Deus, que abraça toda a humanidade e toda a criação?

Estas questões não são novas, mas ganharam uma nova urgência no contexto atual, marcado pela globalização, pela migração, pelo pluralismo e pelo diálogo inter-religioso. A Igreja, desde o seu nascimento, vive em contextos multiculturais e multirreligiosos, nos quais é essencial o compromisso de diálogo entre religião e cultura. O Concílio Vaticano II, na sua declaração Nostra Aetate, afirmou que a Igreja “reconhece, estima e promove os valores espirituais, morais e sociais que se encontram nas diversas religiões” e que “exorta os seus filhos a que, com prudência e caridade, dialoguem e colaborem com os membros das outras religiões, dando testemunho da fé e da vida cristã” (NA 2).

O Papa Francisco, na sua encíclica Fratelli Tutti, reforçou esta mensagem, ao afirmar que “a Igreja valoriza a ação de Deus nas outras religiões, e ‘não rejeita nada do que nelas existe de verdadeiro e santo'” (FT 277). O Papa também destacou a importância do encontro fraterno com os crentes de outras tradições religiosas, como fez em Abu Dhabi, em 2019, ao assinar o Documento sobre a Fraternidade Humana, juntamente com o Grande Imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb. Nesse documento, os dois líderes religiosos declararam que “Deus quer que todos os homens e mulheres sejam irmãos e irmãs, que vivam como tais, formando a grande família humana na harmonia da diversidade” (DFH 1).

A Igreja, portanto, é chamada a ser uma Igreja de toda a tribo, língua, povo e nação, como diz o livro do Apocalipse, que apresenta uma visão profética da multidão dos redimidos, que louvam a Deus e ao Cordeiro, cantando: “Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5,9). Esta é a vocação e a missão da Igreja, que se realiza na história, através do testemunho, do serviço, do diálogo e da comunhão.

Um dos teólogos que tem refletido sobre este tema é o dominicano português Frei Bento Domingues, que escreve regularmente no jornal Público. Em um dos seus artigos, publicado em 5 de novembro de 2023, ele comentou o relatório da primeira assembleia do Sínodo dos Bispos, que teve como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Frei Bento elogiou o documento, que apresenta as convergências, as questões e as propostas dos participantes do Sínodo, e destacou alguns pontos que considerou importantes, como a valorização da colegialidade episcopal, a participação dos leigos, especialmente das mulheres, a reforma da Cúria Romana, a sinodalidade como estilo de vida e de missão, a atenção aos pobres, aos migrantes, aos jovens, aos indígenas, aos perseguidos, aos excluídos, a defesa da ecologia integral, o diálogo com as outras Igrejas cristãs, com as outras religiões e com a cultura contemporânea. Frei Bento concluiu o seu artigo dizendo que “o Sínodo é uma oportunidade para a Igreja se renovar e se abrir ao mundo, como uma Igreja de toda a tribo, língua, povo e nação”