Neste início de semana, foi anunciado a presença do governador no início do mês. É preciso que o Ministério Público tome consciência de que a presença do governador não pode, de maneira nenhuma, ser usada como um instrumento de propaganda política ou pessoal, o que poderia favorecer ao pré-candidato a prefeito do seu partido ou a vereadora do MDB que é da sua base eleitoral.
O cargo de governador traz consigo responsabilidades e expectativas que vão além dos interesses partidários. Qualquer evento público com a presença de uma figura de tal importância deve ser conduzido com transparência e respeito pelas normas democráticas. O uso de recursos públicos para promoção pessoal ou partidária não só compromete a ética governamental, mas também enfraquece a confiança da população nas instituições.
Por isso, é fundamental que o Ministério Público mantenha um olhar atento e crítico sobre a agenda e as ações do governador durante sua visita. A integridade do processo democrático depende da vigilância constante sobre os limites entre o público e o privado no exercício do poder.
Que a presença do governador seja um momento de escuta ativa das demandas da população e de prestação de contas, e não uma oportunidade para angariar votos ou fortalecer a imagem pessoal. A política deve servir ao povo, e não o contrário.