Política e Resenha

ARTIGO – Nise da Silveira: A Revolução da Humanização pela Arte e Afeto (Padre Carlos)

 

 

 

Há 120 anos, o mundo recebeu uma alma indomável – Nise da Silveira, a psiquiatra alagoana que viria a transformar radicalmente a forma de tratar os transtornos mentais no Brasil. Nascida em 15 de fevereiro de 1905, em Maceió, numa família de classe média alta, filha do professor e jornalista Faustino Magalhães da Silveira e da pianista Maria Lídia, ela foi incentivada desde cedo a romper com os padrões tradicionais impostos às mulheres. Aos 15 anos, Nise desembarcou na Bahia para estudar na Faculdade de Medicina da Bahia – a primeira instituição médica fundada na América Latina e atualmente parte da UFBA – onde, em 1926, formou-se como a única mulher entre 157 homens, prenunciando uma trajetória marcada pela coragem, inovação e um profundo compromisso com a dignidade humana.

Desde os primeiros passos na medicina, Nise se destacou não apenas pela inteligência e sensibilidade, mas também por sua ousadia em questionar as práticas da psiquiatria tradicional. Em um período em que os tratamentos para doenças mentais eram sinônimo de violência – com o uso indiscriminado de eletrochoque, insulinoterapia, lobotomia e confinamento – ela rejeitou tais métodos desumanizadores. Ao invés disso, abraçou a arte como ferramenta terapêutica, transformando salas de terapia ocupacional em ateliês de pintura e modelagem. “Não éramos meros pacientes, éramos seres com histórias e sentimentos que precisavam ser expressos”, afirmava, enfatizando a importância de tratar cada indivíduo com afeto e respeito, conceitos revolucionários que ainda ecoam na luta antimanicomial contemporânea.

A história de Nise também está entrelaçada com episódios de resistência política e pessoal. Durante o regime autoritário do Estado Novo (1937–1945), quando o governo de Getúlio Vargas endureceu a repressão contra qualquer manifestação considerada subversiva, Nise, leitora voraz de Marx e fervorosa debatente de ideias progressistas, tornou-se alvo do sistema. No alojamento do Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental, na Praia Vermelha, onde trabalhava após a morte do pai, ela guardava seus livros e objetos pessoais que, ao serem descobertos por uma enfermeira, foram interpretados como símbolos de uma ideologia “perigosa”. Denunciada e sem direito a um processo justo, Nise foi presa por quase um ano e meio na Casa de Detenção da Rua Frei Caneca, convivendo na mesma cela com figuras marcantes, como Olga Benário – já grávida de Luís Carlos Prestes – e o escritor Graciliano Ramos, que em “Memórias do Cárcere” descreveu seu olhar “perturbador e magnetizante” e ressaltou a determinação inabalável que se escondia por trás de sua compleição franzina. Para Graciliano, Nise era uma mulher de vontade de ferro, cuja postura desafiava os paradigmas de um tempo em que ser mulher e militante significava enfrentar o perigo iminente de represálias estatais.

Após esse período sombrio, Nise retornou ao serviço público no Rio de Janeiro, assumindo seu posto no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, instalado no bairro de Engenho de Dentro. Foi ali que sua revolução terapêutica ganhou forma. Em 1946, diante do que ela via como uma punição disfarçada – os pacientes eram obrigados a realizar tarefas excludentes de limpeza – Nise decidiu transformar a Terapia Ocupacional. Se faltava papel, ela ordenava que se apanhassem jornais, inclusive do Diário Oficial, para que a criatividade não fosse interrompida. Em meio a risos e críticas, ela desafiava colegas que a rotulavam de “dona de gafieira”, um termo pejorativo da época, demonstrando que seu método era, acima de tudo, um ato de resgate da humanidade.

Seu encontro com o inconsciente ganhou nova dimensão quando, em 1957, durante o II Congresso de Psiquiatria em Zurique, ela teve um diálogo marcante com o renomado psiquiatra Carl Jung. Jung, que mais tarde se tornaria amigo e correspondente de Nise, ficou intrigado com as obras produzidas por seus “clientes”. Ao analisar as pinturas, o famoso suíço observou que, embora o primeiro plano revelasse o caos e a agitação dos transtornos, o fundo das obras transbordava uma harmonia surpreendente – um reflexo, segundo ele, do ambiente livre e espontâneo em que os pacientes criavam. “Eles não pintavam para simplesmente distrair-se; pintavam para se reconectar com sua própria essência”, afirmou Nise, consolidando a ideia de que a arte podia ser a chave para a recuperação da identidade e da autonomia.

Em uma entrevista imaginária que transcende o tempo, Nise dialoga com o entrevistador sobre os desafios atuais da saúde mental e a importância da arte:

— “Doutora Nise, como a senhora enxerga o uso da arte como terapia nos dias de hoje, quando as políticas públicas enfrentam cortes e retrocessos que ameaçam as conquistas dos movimentos antimanicomiais?” pergunta o entrevistador.

Com a serenidade de quem já enfrentou os maiores desafios, Nise responde:

— “A arte é a linguagem do inconsciente, o grito silencioso que traduz a complexidade da alma humana. Quando me recusei a submeter meus clientes a métodos violentos, vi na pintura, na escultura e até mesmo no cuidado com os animais – sim, cheguei a criar 23 gatos –, o potencial de transformar o sofrimento em expressão e liberdade. Hoje, quando o Estado tenta reduzir o investimento em políticas de saúde e reerguer modelos que aprisionam a individualidade, eu digo que o verdadeiro poder reside no afeto e na escuta. Cada cor, cada traço, é uma afirmação de que a humanidade não pode ser medida por protocolos frios e desumanos. A cura é feita de diálogo, de respeito pelo outro e da coragem de se expressar sem medo do próprio inconsciente.”

Essas palavras ressoam com a verdade de uma vida dedicada à transformação. Ao longo dos anos, Nise não apenas revolucionou o tratamento psiquiátrico com sua abordagem humanizada, mas também deixou um legado duradouro por meio da criação do Museu de Imagens do Inconsciente, inaugurado em 1952, e da Casa das Palmeiras, fundada em 1956, espaços que hoje continuam a inspirar profissionais e ativistas em defesa de uma saúde mental que valorize a criatividade, a expressão e a liberdade. Esses locais, que abrigam acervos com milhares de obras produzidas pelos pacientes, são verdadeiros testemunhos da capacidade transformadora da arte e da importância de um tratamento baseado no afeto e na humanidade.

Além do impacto clínico, o legado de Nise se entrelaça com a cultura e a política brasileira. Em Salvador, onde desembarcou para estudar, e no Rio, onde construiu sua carreira, sua história foi preservada em acervos fotográficos e reportagens de jornais como A TARDE, que, em 2005, dedicou um suplemento especial em homenagem ao centenário da médica, trazendo depoimentos e análises sobre seu pioneirismo. Sua trajetória, marcada por encontros com ícones literários e políticos – como os poetas Manuel Bandeira, Ribeiro Couto e o dirigente comunista Otávio Brandão –, revela uma personalidade multifacetada, apaixonada pelo conhecimento e comprometida com a luta contra o fascismo, evidenciada ainda em sua participação em reuniões antifascistas durante a ascensão do regime nazista na Europa e o Estado Novo no Brasil.

Hoje, enquanto se debatem intensamente os rumos das políticas de saúde mental e se enfrentam cortes de verbas que ameaçam reerguer práticas de exclusão, o exemplo de Nise da Silveira permanece como um farol de resistência e inovação. Sua obra – celebrada em filmes, documentários e exposições, como o premiado “Nise: O Coração da Loucura”, que contou com a interpretação magistral de Glória Pires – continua a inspirar aqueles que acreditam que a verdadeira transformação ocorre quando o ser humano é acolhido em sua totalidade, com suas dores, suas alegrias e sua capacidade infinita de se reinventar.

Em um cenário onde a memória dos que lutaram por um tratamento digno e humanizado parece ser constantemente ameaçada por interesses políticos e econômicos retrógrados, a mensagem de Nise da Silveira ecoa com força: a arte, o afeto e a liberdade de expressão são elementos essenciais para a cura e para a reconstrução da sociedade. E, assim, cada pincelada, cada obra produzida nos ateliês de Terapia Ocupacional, não é apenas um traço no papel, mas um manifesto de resistência contra a opressão – um convite para que a humanidade jamais seja reduzida a rótulos ou confinada em paredes frias e desumanas.

Nise, que uma vez enfrentou a prisão e o ostracismo por suas convicções, continua a nos ensinar que o poder da transformação reside na coragem de olhar para o interior e de permitir que o inconsciente se manifeste em formas belas e surpreendentes. Enquanto a política tentar apagar legados e reverter conquistas, seu exemplo permanece vivo nos corações dos que acreditam na força do afeto e da arte como instrumentos de libertação. A revolução que ela iniciou há 120 anos é um chamado perpétuo para que, independentemente dos tempos e das adversidades, o ser humano continue a buscar, por meio da criatividade e da empatia, o caminho para a verdadeira cura e para uma vida em liberdade.

 

 

ARTIGO – Nise da Silveira: A Revolução da Humanização pela Arte e Afeto (Padre Carlos)

 

 

 

Há 120 anos, o mundo recebeu uma alma indomável – Nise da Silveira, a psiquiatra alagoana que viria a transformar radicalmente a forma de tratar os transtornos mentais no Brasil. Nascida em 15 de fevereiro de 1905, em Maceió, numa família de classe média alta, filha do professor e jornalista Faustino Magalhães da Silveira e da pianista Maria Lídia, ela foi incentivada desde cedo a romper com os padrões tradicionais impostos às mulheres. Aos 15 anos, Nise desembarcou na Bahia para estudar na Faculdade de Medicina da Bahia – a primeira instituição médica fundada na América Latina e atualmente parte da UFBA – onde, em 1926, formou-se como a única mulher entre 157 homens, prenunciando uma trajetória marcada pela coragem, inovação e um profundo compromisso com a dignidade humana.

Desde os primeiros passos na medicina, Nise se destacou não apenas pela inteligência e sensibilidade, mas também por sua ousadia em questionar as práticas da psiquiatria tradicional. Em um período em que os tratamentos para doenças mentais eram sinônimo de violência – com o uso indiscriminado de eletrochoque, insulinoterapia, lobotomia e confinamento – ela rejeitou tais métodos desumanizadores. Ao invés disso, abraçou a arte como ferramenta terapêutica, transformando salas de terapia ocupacional em ateliês de pintura e modelagem. “Não éramos meros pacientes, éramos seres com histórias e sentimentos que precisavam ser expressos”, afirmava, enfatizando a importância de tratar cada indivíduo com afeto e respeito, conceitos revolucionários que ainda ecoam na luta antimanicomial contemporânea.

A história de Nise também está entrelaçada com episódios de resistência política e pessoal. Durante o regime autoritário do Estado Novo (1937–1945), quando o governo de Getúlio Vargas endureceu a repressão contra qualquer manifestação considerada subversiva, Nise, leitora voraz de Marx e fervorosa debatente de ideias progressistas, tornou-se alvo do sistema. No alojamento do Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental, na Praia Vermelha, onde trabalhava após a morte do pai, ela guardava seus livros e objetos pessoais que, ao serem descobertos por uma enfermeira, foram interpretados como símbolos de uma ideologia “perigosa”. Denunciada e sem direito a um processo justo, Nise foi presa por quase um ano e meio na Casa de Detenção da Rua Frei Caneca, convivendo na mesma cela com figuras marcantes, como Olga Benário – já grávida de Luís Carlos Prestes – e o escritor Graciliano Ramos, que em “Memórias do Cárcere” descreveu seu olhar “perturbador e magnetizante” e ressaltou a determinação inabalável que se escondia por trás de sua compleição franzina. Para Graciliano, Nise era uma mulher de vontade de ferro, cuja postura desafiava os paradigmas de um tempo em que ser mulher e militante significava enfrentar o perigo iminente de represálias estatais.

Após esse período sombrio, Nise retornou ao serviço público no Rio de Janeiro, assumindo seu posto no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, instalado no bairro de Engenho de Dentro. Foi ali que sua revolução terapêutica ganhou forma. Em 1946, diante do que ela via como uma punição disfarçada – os pacientes eram obrigados a realizar tarefas excludentes de limpeza – Nise decidiu transformar a Terapia Ocupacional. Se faltava papel, ela ordenava que se apanhassem jornais, inclusive do Diário Oficial, para que a criatividade não fosse interrompida. Em meio a risos e críticas, ela desafiava colegas que a rotulavam de “dona de gafieira”, um termo pejorativo da época, demonstrando que seu método era, acima de tudo, um ato de resgate da humanidade.

Seu encontro com o inconsciente ganhou nova dimensão quando, em 1957, durante o II Congresso de Psiquiatria em Zurique, ela teve um diálogo marcante com o renomado psiquiatra Carl Jung. Jung, que mais tarde se tornaria amigo e correspondente de Nise, ficou intrigado com as obras produzidas por seus “clientes”. Ao analisar as pinturas, o famoso suíço observou que, embora o primeiro plano revelasse o caos e a agitação dos transtornos, o fundo das obras transbordava uma harmonia surpreendente – um reflexo, segundo ele, do ambiente livre e espontâneo em que os pacientes criavam. “Eles não pintavam para simplesmente distrair-se; pintavam para se reconectar com sua própria essência”, afirmou Nise, consolidando a ideia de que a arte podia ser a chave para a recuperação da identidade e da autonomia.

Em uma entrevista imaginária que transcende o tempo, Nise dialoga com o entrevistador sobre os desafios atuais da saúde mental e a importância da arte:

— “Doutora Nise, como a senhora enxerga o uso da arte como terapia nos dias de hoje, quando as políticas públicas enfrentam cortes e retrocessos que ameaçam as conquistas dos movimentos antimanicomiais?” pergunta o entrevistador.

Com a serenidade de quem já enfrentou os maiores desafios, Nise responde:

— “A arte é a linguagem do inconsciente, o grito silencioso que traduz a complexidade da alma humana. Quando me recusei a submeter meus clientes a métodos violentos, vi na pintura, na escultura e até mesmo no cuidado com os animais – sim, cheguei a criar 23 gatos –, o potencial de transformar o sofrimento em expressão e liberdade. Hoje, quando o Estado tenta reduzir o investimento em políticas de saúde e reerguer modelos que aprisionam a individualidade, eu digo que o verdadeiro poder reside no afeto e na escuta. Cada cor, cada traço, é uma afirmação de que a humanidade não pode ser medida por protocolos frios e desumanos. A cura é feita de diálogo, de respeito pelo outro e da coragem de se expressar sem medo do próprio inconsciente.”

Essas palavras ressoam com a verdade de uma vida dedicada à transformação. Ao longo dos anos, Nise não apenas revolucionou o tratamento psiquiátrico com sua abordagem humanizada, mas também deixou um legado duradouro por meio da criação do Museu de Imagens do Inconsciente, inaugurado em 1952, e da Casa das Palmeiras, fundada em 1956, espaços que hoje continuam a inspirar profissionais e ativistas em defesa de uma saúde mental que valorize a criatividade, a expressão e a liberdade. Esses locais, que abrigam acervos com milhares de obras produzidas pelos pacientes, são verdadeiros testemunhos da capacidade transformadora da arte e da importância de um tratamento baseado no afeto e na humanidade.

Além do impacto clínico, o legado de Nise se entrelaça com a cultura e a política brasileira. Em Salvador, onde desembarcou para estudar, e no Rio, onde construiu sua carreira, sua história foi preservada em acervos fotográficos e reportagens de jornais como A TARDE, que, em 2005, dedicou um suplemento especial em homenagem ao centenário da médica, trazendo depoimentos e análises sobre seu pioneirismo. Sua trajetória, marcada por encontros com ícones literários e políticos – como os poetas Manuel Bandeira, Ribeiro Couto e o dirigente comunista Otávio Brandão –, revela uma personalidade multifacetada, apaixonada pelo conhecimento e comprometida com a luta contra o fascismo, evidenciada ainda em sua participação em reuniões antifascistas durante a ascensão do regime nazista na Europa e o Estado Novo no Brasil.

Hoje, enquanto se debatem intensamente os rumos das políticas de saúde mental e se enfrentam cortes de verbas que ameaçam reerguer práticas de exclusão, o exemplo de Nise da Silveira permanece como um farol de resistência e inovação. Sua obra – celebrada em filmes, documentários e exposições, como o premiado “Nise: O Coração da Loucura”, que contou com a interpretação magistral de Glória Pires – continua a inspirar aqueles que acreditam que a verdadeira transformação ocorre quando o ser humano é acolhido em sua totalidade, com suas dores, suas alegrias e sua capacidade infinita de se reinventar.

Em um cenário onde a memória dos que lutaram por um tratamento digno e humanizado parece ser constantemente ameaçada por interesses políticos e econômicos retrógrados, a mensagem de Nise da Silveira ecoa com força: a arte, o afeto e a liberdade de expressão são elementos essenciais para a cura e para a reconstrução da sociedade. E, assim, cada pincelada, cada obra produzida nos ateliês de Terapia Ocupacional, não é apenas um traço no papel, mas um manifesto de resistência contra a opressão – um convite para que a humanidade jamais seja reduzida a rótulos ou confinada em paredes frias e desumanas.

Nise, que uma vez enfrentou a prisão e o ostracismo por suas convicções, continua a nos ensinar que o poder da transformação reside na coragem de olhar para o interior e de permitir que o inconsciente se manifeste em formas belas e surpreendentes. Enquanto a política tentar apagar legados e reverter conquistas, seu exemplo permanece vivo nos corações dos que acreditam na força do afeto e da arte como instrumentos de libertação. A revolução que ela iniciou há 120 anos é um chamado perpétuo para que, independentemente dos tempos e das adversidades, o ser humano continue a buscar, por meio da criatividade e da empatia, o caminho para a verdadeira cura e para uma vida em liberdade.

 

 

Igreja de São Miguel: Um Patrimônio em Risco de Desabamento

 

 

 

 

A poucos passos da icônica Igreja de São Francisco, outra tragédia se desenrola nas sombras do patrimônio histórico de Salvador. A Igreja de São Miguel, localizada na Rua Frei Vicente, enfrenta um estado crítico após o início do seu desabamento em 2015. Desde então, o local permaneceu interditado, e a deterioração só se intensificou ao longo dos anos.

Um Desastre em Andamento

O teto da Igreja de São Miguel começou a ruir progressivamente, resultando em uma interdição oficial pela Prefeitura em 2019, quando a circulação de pessoas foi proibida devido ao risco iminente de acidentes. Em comparação com imagens de 2022, as fotografias mais recentes, tiradas em 12 de fevereiro de 2025, revelam a gravidade da situação: escombros cobrem o chão, e a estrutura do altar que sustentava a cruz principal desapareceu, deixando um buraco crescente no telhado.

Jayme Baleeiro, presidente da Ordem Terceira de São Francisco, expressa sua preocupação com a falta de proteção no local, onde os efeitos do sol e da chuva agravam ainda mais os danos. A lápide que marca o sepultamento de Francisco Gomes do Rego, doador da igreja em 1744, está agora completamente coberta, simbolizando a perda de um legado histórico.

Comparações Alarmantes

Assim como a Igreja de São Miguel, a Igreja de São Francisco também atravessou um momento trágico. No dia 5 de fevereiro de 2025, o teto da Igreja de São Francisco desabou, resultando na morte de uma turista de 26 anos. Ambas as instituições enfrentam desafios semelhantes em termos de manutenção e recuperação de suas estruturas históricas.

Após o recente desabamento, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) interditaram outras sete igrejas na cidade, revelando um panorama alarmante de riscos estruturais em patrimônios tombados.

Desafios Financeiros

A recuperação de patrimônio histórico é um processo financeiramente desafiador. O restauro dos azulejos da Igreja de São Francisco custou R$4,2 milhões, e a Igreja de São Miguel solicitou patrocínio em 2020, mas teve seu pedido negado devido à falta de recursos para elaborar projetos de engenharia necessários para a intervenção.

Baleeiro destaca que, para restaurar um patrimônio tombado, é preciso autorização do Iphan, o que impõe restrições significativas. “Para solicitar recursos, você tem que ter recursos”, lamenta, enfatizando a falta de meios para garantir a preservação.

O Papel da Arquidiocese

A Arquidiocese de Salvador enfrenta dificuldades para apoiar todas as igrejas sob sua responsabilidade. Padre Edílson Bispo, membro da comissão responsável pelos bens culturais, afirma que as intervenções exigem projetos específicos, que são demorados e custosos. A escassez de recursos da Arquidiocese, que anteriormente recebia apoio internacional, agora limita a capacidade de manutenção.

O Clamor por Soluções

Guia de turismo há 23 anos, Ana Lavigne expressa a preocupação dos visitantes com o estado das igrejas. “A cidade de Salvador perde muito com isso. Infelizmente, foi preciso acontecer uma tragédia para começarem a fazer alguma coisa”, observa, ressaltando a importância do patrimônio histórico para a identidade da cidade.

Enquanto a comunidade aguarda respostas do Iphan e da Codesal sobre a situação da Igreja de São Miguel e outras igrejas, a urgência por uma ação efetiva se torna ainda mais clara. O futuro dessas construções, que são testemunhas da rica história de Salvador, permanece incerto, mas a necessidade de um olhar mais cuidadoso e proativo para sua preservação se torna cada vez mais premente.

Igreja de São Miguel: Um Patrimônio em Risco de Desabamento

 

 

 

 

A poucos passos da icônica Igreja de São Francisco, outra tragédia se desenrola nas sombras do patrimônio histórico de Salvador. A Igreja de São Miguel, localizada na Rua Frei Vicente, enfrenta um estado crítico após o início do seu desabamento em 2015. Desde então, o local permaneceu interditado, e a deterioração só se intensificou ao longo dos anos.

Um Desastre em Andamento

O teto da Igreja de São Miguel começou a ruir progressivamente, resultando em uma interdição oficial pela Prefeitura em 2019, quando a circulação de pessoas foi proibida devido ao risco iminente de acidentes. Em comparação com imagens de 2022, as fotografias mais recentes, tiradas em 12 de fevereiro de 2025, revelam a gravidade da situação: escombros cobrem o chão, e a estrutura do altar que sustentava a cruz principal desapareceu, deixando um buraco crescente no telhado.

Jayme Baleeiro, presidente da Ordem Terceira de São Francisco, expressa sua preocupação com a falta de proteção no local, onde os efeitos do sol e da chuva agravam ainda mais os danos. A lápide que marca o sepultamento de Francisco Gomes do Rego, doador da igreja em 1744, está agora completamente coberta, simbolizando a perda de um legado histórico.

Comparações Alarmantes

Assim como a Igreja de São Miguel, a Igreja de São Francisco também atravessou um momento trágico. No dia 5 de fevereiro de 2025, o teto da Igreja de São Francisco desabou, resultando na morte de uma turista de 26 anos. Ambas as instituições enfrentam desafios semelhantes em termos de manutenção e recuperação de suas estruturas históricas.

Após o recente desabamento, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) interditaram outras sete igrejas na cidade, revelando um panorama alarmante de riscos estruturais em patrimônios tombados.

Desafios Financeiros

A recuperação de patrimônio histórico é um processo financeiramente desafiador. O restauro dos azulejos da Igreja de São Francisco custou R$4,2 milhões, e a Igreja de São Miguel solicitou patrocínio em 2020, mas teve seu pedido negado devido à falta de recursos para elaborar projetos de engenharia necessários para a intervenção.

Baleeiro destaca que, para restaurar um patrimônio tombado, é preciso autorização do Iphan, o que impõe restrições significativas. “Para solicitar recursos, você tem que ter recursos”, lamenta, enfatizando a falta de meios para garantir a preservação.

O Papel da Arquidiocese

A Arquidiocese de Salvador enfrenta dificuldades para apoiar todas as igrejas sob sua responsabilidade. Padre Edílson Bispo, membro da comissão responsável pelos bens culturais, afirma que as intervenções exigem projetos específicos, que são demorados e custosos. A escassez de recursos da Arquidiocese, que anteriormente recebia apoio internacional, agora limita a capacidade de manutenção.

O Clamor por Soluções

Guia de turismo há 23 anos, Ana Lavigne expressa a preocupação dos visitantes com o estado das igrejas. “A cidade de Salvador perde muito com isso. Infelizmente, foi preciso acontecer uma tragédia para começarem a fazer alguma coisa”, observa, ressaltando a importância do patrimônio histórico para a identidade da cidade.

Enquanto a comunidade aguarda respostas do Iphan e da Codesal sobre a situação da Igreja de São Miguel e outras igrejas, a urgência por uma ação efetiva se torna ainda mais clara. O futuro dessas construções, que são testemunhas da rica história de Salvador, permanece incerto, mas a necessidade de um olhar mais cuidadoso e proativo para sua preservação se torna cada vez mais premente.

STF Nega Indulto e Mantém Regime de Daniel Silveira

 

 

 

Na última sexta-feira, 14 de fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de indulto natalino ao ex-deputado federal Daniel Silveira. A defesa de Silveira havia solicitado o perdão do restante da pena, alegando que ele tinha direito ao benefício, que é tradicionalmente concedido pelo presidente da República ao final de cada ano.

Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e por coação no curso do processo, após ter proferido ofensas e ameaças aos ministros do STF. A defesa argumentou que, segundo as regras do indulto, o ex-parlamentar deveria ser liberado.

No entanto, ao analisar o pedido, o ministro Moraes afirmou que Silveira não é elegível para o indulto, uma vez que sua condenação se baseia na Lei de Segurança Nacional, especificamente por tentar obstruir o funcionamento dos poderes. Essa tipificação de crime está explicitamente excluída do decreto de indulto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final do ano passado.

“Não há, consequentemente, qualquer dúvida de que a condenação pela prática do crime previsto no Artigo 18 da Lei de Segurança Nacional… impede a concessão do indulto natalino”, destacou Moraes em sua decisão.

Além de negar o indulto, o ministro também manteve uma decisão anterior que revogou o livramento condicional de Silveira, determinando que ele deverá cumprir pena em regime semiaberto. Essa revogação ocorreu em dezembro de 2024, após o ex-deputado descumprir medidas cautelares, como o recolhimento noturno estipulado.

A decisão do STF reitera a postura rigorosa da Corte em relação a crimes que atentam contra a estrutura democrática do país, sinalizando que a concessão de benefícios a condenados por tais atos será tratada com cautela. A situação de Daniel Silveira continua a ser um tema de debate acalorado entre defensores da liberdade de expressão e aqueles que defendem a integridade das instituições democráticas.

STF Nega Indulto e Mantém Regime de Daniel Silveira

 

 

 

Na última sexta-feira, 14 de fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de indulto natalino ao ex-deputado federal Daniel Silveira. A defesa de Silveira havia solicitado o perdão do restante da pena, alegando que ele tinha direito ao benefício, que é tradicionalmente concedido pelo presidente da República ao final de cada ano.

Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e por coação no curso do processo, após ter proferido ofensas e ameaças aos ministros do STF. A defesa argumentou que, segundo as regras do indulto, o ex-parlamentar deveria ser liberado.

No entanto, ao analisar o pedido, o ministro Moraes afirmou que Silveira não é elegível para o indulto, uma vez que sua condenação se baseia na Lei de Segurança Nacional, especificamente por tentar obstruir o funcionamento dos poderes. Essa tipificação de crime está explicitamente excluída do decreto de indulto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final do ano passado.

“Não há, consequentemente, qualquer dúvida de que a condenação pela prática do crime previsto no Artigo 18 da Lei de Segurança Nacional… impede a concessão do indulto natalino”, destacou Moraes em sua decisão.

Além de negar o indulto, o ministro também manteve uma decisão anterior que revogou o livramento condicional de Silveira, determinando que ele deverá cumprir pena em regime semiaberto. Essa revogação ocorreu em dezembro de 2024, após o ex-deputado descumprir medidas cautelares, como o recolhimento noturno estipulado.

A decisão do STF reitera a postura rigorosa da Corte em relação a crimes que atentam contra a estrutura democrática do país, sinalizando que a concessão de benefícios a condenados por tais atos será tratada com cautela. A situação de Daniel Silveira continua a ser um tema de debate acalorado entre defensores da liberdade de expressão e aqueles que defendem a integridade das instituições democráticas.

Descriminalização do porte de maconha para uso pessoal é mantido

 

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, fixando em 40 gramas o limite para diferenciar usuários de traficantes, não é apenas uma vitória jurídica. É um avanço civilizatório que coloca o Brasil no rumo de políticas públicas baseadas em evidência, não em moralismo. Ao optar por tratar o uso de drogas como questão de saúde, e não de polícia, os ministros da Corte demonstram coragem para enfrentar tabus e salvar vidas.

Do Punitivismo à Razão: Um Debate que Avança

Por décadas, o Brasil replicou um modelo de “guerra às drogas” importado dos EUA, marcado por encarceramento em massa, violência institucional e estigma social. O Artigo 28 da Lei de Drogas (11.343/2006), ao prender jovens com um baseado no bolso enquanto protegia grandes traficantes, era a face mais perversa dessa lógica. Com a decisão do STF, o país finalmente reconhece: prender usuários não reduz o narcotráfico; só alimenta a indústria do caos.

Ao substituir penas criminais por medidas administrativas — como advertência e cursos educativos —, o Supremo não está “liberando geral”. Está cumprindo seu papel constitucional de garantir que a lei não seja instrumento de opressão. Afinal, como lembrou o relator Gilmar Mendes, “ninguém deve ser tratado como criminoso por fazer escolhas pessoais que não violam direitos alheios”.

40 Gramas: Um Parâmetro para Reduzir Injustiças

A fixação do limite de 40 gramas, embora arbitrária, é um passo necessário para acabar com a discricionariedade policial que criminaliza pobres e negros. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que 63% dos presos por tráfico no Brasil são réus primários com menos de 30 gramas de maconha. Enquanto isso, brancos de classe média raramente são revistados em festas ou condomônios.

O STF não “inventou” esse parâmetro. Seguiu exemplos como Uruguai (40g), Portugal (25g) e Espanha (100g), países onde a descriminalização reduziu overdoses, infectados por HIV e custos do sistema prisional.

O que Muda (e o que Não Muda)

É crucial esclarecer: a maconha continua proibida. A decisão não legaliza o cultivo, o comércio ou o uso em locais públicos. O que muda é o tratamento dado ao usuário, que deixa de ser um “criminoso” para ser um cidadão que precisa de orientação.

A medida também não impede que estados e municípios criam políticas de redução de danos, como já ocorre em cidades como Recife e São Paulo, onde usuários são encaminhados a serviços socioassistenciais em vez de cela.

Uma Resposta ao Fracasso da Proibição

A proibição total das drogas falhou em todo o mundo. Nos EUA, onde 40% dos presos estão atrás das grades por crimes não violentos ligados a drogas, a epidemia de opioides mata 80 mil pessoas por ano. No Brasil, o tráfico movimenta R$ 10 bilhões anuais, financiando milícias e corrupção.

Ao descriminalizar, o STF não está incentivando o uso. Está reconhecendo que a solução para o vício não está no cárcere, mas na educação, na prevenção e no acesso a tratamento.

Os Ministros que Ousaram Enxergar Além

Aos ministros que votaram a favor — Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin —, cabe o reconhecimento por resistirem à pressão de setores retrógrados. Em um Congresso dominado por pautas morais e uma sociedade ainda refém do medo, o STF assumiu o papel de guardião dos direitos humanos.

Como escreveu o filósofo Michel Foucault, “a prisão não corrige; apenas fabrica delinquentes”. Ao retirar o usuário dessa engrenagem perversa, o Supremo salvaguarda futuros.

O Caminho que Segue: Educação, não Repressão

Agora, é preciso ir além. Estados e municípios devem:

  1. Criar redes de acolhimento: Centros de atenção psicossocial (CAPS) preparados para lidar com dependentes.
  2. Investir em prevenção: Campanhas educativas baseadas em ciência, não em terrorismo moral.
  3. Regular o mercado: Discutir abertamente a legalização controlada, seguindo exemplos como Canadá e Alemanha.

Conclusão: Um Dia para Lembrar

14 de fevereiro de 2025 entrará para a história não como o dia em que o STF “liberou a maconha”, mas como o momento em que o Brasil escolheu priorizar vidas em vez de discursos vazios. Que esta decisão inspire um novo pacto social: menos armas, mais livros; menos cadeias, mais escolas.

Como bem resumiu o ministro Gilmar Mendes: “Não se combate drogas com políticas que produzem mortes”. A vida, afinal, é a única guerra que vale a pena travar.

Descriminalização do porte de maconha para uso pessoal é mantido

 

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, fixando em 40 gramas o limite para diferenciar usuários de traficantes, não é apenas uma vitória jurídica. É um avanço civilizatório que coloca o Brasil no rumo de políticas públicas baseadas em evidência, não em moralismo. Ao optar por tratar o uso de drogas como questão de saúde, e não de polícia, os ministros da Corte demonstram coragem para enfrentar tabus e salvar vidas.

Do Punitivismo à Razão: Um Debate que Avança

Por décadas, o Brasil replicou um modelo de “guerra às drogas” importado dos EUA, marcado por encarceramento em massa, violência institucional e estigma social. O Artigo 28 da Lei de Drogas (11.343/2006), ao prender jovens com um baseado no bolso enquanto protegia grandes traficantes, era a face mais perversa dessa lógica. Com a decisão do STF, o país finalmente reconhece: prender usuários não reduz o narcotráfico; só alimenta a indústria do caos.

Ao substituir penas criminais por medidas administrativas — como advertência e cursos educativos —, o Supremo não está “liberando geral”. Está cumprindo seu papel constitucional de garantir que a lei não seja instrumento de opressão. Afinal, como lembrou o relator Gilmar Mendes, “ninguém deve ser tratado como criminoso por fazer escolhas pessoais que não violam direitos alheios”.

40 Gramas: Um Parâmetro para Reduzir Injustiças

A fixação do limite de 40 gramas, embora arbitrária, é um passo necessário para acabar com a discricionariedade policial que criminaliza pobres e negros. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que 63% dos presos por tráfico no Brasil são réus primários com menos de 30 gramas de maconha. Enquanto isso, brancos de classe média raramente são revistados em festas ou condomônios.

O STF não “inventou” esse parâmetro. Seguiu exemplos como Uruguai (40g), Portugal (25g) e Espanha (100g), países onde a descriminalização reduziu overdoses, infectados por HIV e custos do sistema prisional.

O que Muda (e o que Não Muda)

É crucial esclarecer: a maconha continua proibida. A decisão não legaliza o cultivo, o comércio ou o uso em locais públicos. O que muda é o tratamento dado ao usuário, que deixa de ser um “criminoso” para ser um cidadão que precisa de orientação.

A medida também não impede que estados e municípios criam políticas de redução de danos, como já ocorre em cidades como Recife e São Paulo, onde usuários são encaminhados a serviços socioassistenciais em vez de cela.

Uma Resposta ao Fracasso da Proibição

A proibição total das drogas falhou em todo o mundo. Nos EUA, onde 40% dos presos estão atrás das grades por crimes não violentos ligados a drogas, a epidemia de opioides mata 80 mil pessoas por ano. No Brasil, o tráfico movimenta R$ 10 bilhões anuais, financiando milícias e corrupção.

Ao descriminalizar, o STF não está incentivando o uso. Está reconhecendo que a solução para o vício não está no cárcere, mas na educação, na prevenção e no acesso a tratamento.

Os Ministros que Ousaram Enxergar Além

Aos ministros que votaram a favor — Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin —, cabe o reconhecimento por resistirem à pressão de setores retrógrados. Em um Congresso dominado por pautas morais e uma sociedade ainda refém do medo, o STF assumiu o papel de guardião dos direitos humanos.

Como escreveu o filósofo Michel Foucault, “a prisão não corrige; apenas fabrica delinquentes”. Ao retirar o usuário dessa engrenagem perversa, o Supremo salvaguarda futuros.

O Caminho que Segue: Educação, não Repressão

Agora, é preciso ir além. Estados e municípios devem:

  1. Criar redes de acolhimento: Centros de atenção psicossocial (CAPS) preparados para lidar com dependentes.
  2. Investir em prevenção: Campanhas educativas baseadas em ciência, não em terrorismo moral.
  3. Regular o mercado: Discutir abertamente a legalização controlada, seguindo exemplos como Canadá e Alemanha.

Conclusão: Um Dia para Lembrar

14 de fevereiro de 2025 entrará para a história não como o dia em que o STF “liberou a maconha”, mas como o momento em que o Brasil escolheu priorizar vidas em vez de discursos vazios. Que esta decisão inspire um novo pacto social: menos armas, mais livros; menos cadeias, mais escolas.

Como bem resumiu o ministro Gilmar Mendes: “Não se combate drogas com políticas que produzem mortes”. A vida, afinal, é a única guerra que vale a pena travar.

28 anos de cadeia: é quanto Bolsonaro pode pegar com denúncia de Gonet

 

 

A notícia de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, finalizou a denúncia contra Jair Bolsonaro por liderar uma organização criminosa e tentar um golpe de Estado não é apenas um capítulo jurídico. É um teste decisivo para a democracia brasileira. O processo, que pode render ao ex-presidente até 28 anos de prisão, expõe uma verdade incômoda: o Brasil ainda não superou a cultura do autoritarismo que periodicamente ameaça suas instituições.

O Golpe que Não se Conforma com Derrotas

As acusações contra Bolsonaro, baseadas em relatório da Polícia Federal (PF), não são fruto de perseguição política, como alegam seus aliados. São resultado de provas concretas: minutas de decretos para fechar o STF e o Congresso, reuniões com militares para invalidar as urnas, e a mobilização de grupos que culminou nas invasões de 8 de janeiro de 2023. A tentativa de golpe foi meticulosa, sistemática e documentada.

A Lei 12.850, que tipifica organização criminosa, não foi escrita para presidentes, mas para chefes de milícia. Seu uso contra um ex-chefe de Estado revela a gravidade dos fatos: Bolsonaro não é acusado de um deslize, mas de arquitetar a destruição do Estado Democrático de Direito.

A Hipocrisia do “Patriota”

Há uma ironia trágica no fato de que Bolsonaro, que se autoproclamou “defensor da família e da pátria”, seja agora acusado de trair ambos. O mesmo líder que jurou proteger a Constituição é investigado por tramar seu desmonte. O mesmo homem que encheu a boca para falar em “liberdade” conspirou para silenciar o voto popular.

A estratégia de deslegitimação das eleições não foi um ato isolado. Foi uma campanha orquestrada que incluiu fake news, cerimônias militares para insuflar teorias conspiratórias e o estímulo a milícias digitais. O objetivo era claro: semear o caos para justificar uma intervenção.

O STF Entre a Lei e a Política

O Supremo Tribunal Federal (STF), agora responsável por julgar o caso, enfrenta um dilema histórico. Se condenar Bolsonaro, será acusado de parcialidade por seus apoiadores. Se absolvê-lo, manchará sua credibilidade como guardião da Constituição. A decisão terá repercussões além do Plenário: influenciará como futuros líderes enxergarão os limites do poder.

A postura do ministro Alexandre de Moraes, que já condenou envolvidos no 8 de janeiro a 17 anos de prisão, sugere que o tribunal não poupará o ex-presidente. Mas a independência judicial não deve ser confundida com vingança. O processo precisa ser exemplar não pela dureza da pena, mas pelo rigor probatório.

O Brasil no Espelho da História

O caso Bolsonaro ecoa julgamentos históricos. Em 2018, o ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi condenado a 25 anos por crimes contra os direitos humanos. Em 2021, o americano Donald Trump foi impeachmentduplamente, mas escapou da condenação no Senado. Agora, o Brasil decide se seguirá o caminho do Peru, onde a Justiça prevaleceu, ou dos EUA, onde a política protegeu um líder golpista.

A diferença é que, no Brasil, as instituições ainda respiram. A PF investigou. O Ministério Público denunciou. O STF julgará. É um avanço e tanto para um país que, há 40 anos, saía de uma ditadura onde juízes serviam ao regime.

As Lições que Ficam

  1. Democracia não se defende com retórica, mas com instituições. Sem PF, MP e STF independentes, o plano bolsonarista teria triunfado.
  2. Nenhum líder é intocável. A lei deve valer para todos, especialmente para quem jurou cumpri-la.
  3. O preço do autoritarismo é alto, mas o da impunidade é catastrófico.

Conclusão: Mais que um Julgamento, um Recomeço

A denúncia contra Bolsonaro não é o fim, mas o início de um novo pacto social. Se o Brasil conseguir julgar seu ex-presidente sem revanchismo e com base na lei, dará um passo histórico. Se falhar, enviará a mensagem de que golpes podem ser tentados sem consequências.

Como escreveu o jurista Rui Barbosa, “a pior ditadura é a dos que se dizem donos da pátria”. Que este processo enterre de vez essa mentalidade. Afinal, democracia não é um presente. É uma conquista diária — e seu preço, como vemos, é eterna vigilância.

28 anos de cadeia: é quanto Bolsonaro pode pegar com denúncia de Gonet

 

 

A notícia de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, finalizou a denúncia contra Jair Bolsonaro por liderar uma organização criminosa e tentar um golpe de Estado não é apenas um capítulo jurídico. É um teste decisivo para a democracia brasileira. O processo, que pode render ao ex-presidente até 28 anos de prisão, expõe uma verdade incômoda: o Brasil ainda não superou a cultura do autoritarismo que periodicamente ameaça suas instituições.

O Golpe que Não se Conforma com Derrotas

As acusações contra Bolsonaro, baseadas em relatório da Polícia Federal (PF), não são fruto de perseguição política, como alegam seus aliados. São resultado de provas concretas: minutas de decretos para fechar o STF e o Congresso, reuniões com militares para invalidar as urnas, e a mobilização de grupos que culminou nas invasões de 8 de janeiro de 2023. A tentativa de golpe foi meticulosa, sistemática e documentada.

A Lei 12.850, que tipifica organização criminosa, não foi escrita para presidentes, mas para chefes de milícia. Seu uso contra um ex-chefe de Estado revela a gravidade dos fatos: Bolsonaro não é acusado de um deslize, mas de arquitetar a destruição do Estado Democrático de Direito.

A Hipocrisia do “Patriota”

Há uma ironia trágica no fato de que Bolsonaro, que se autoproclamou “defensor da família e da pátria”, seja agora acusado de trair ambos. O mesmo líder que jurou proteger a Constituição é investigado por tramar seu desmonte. O mesmo homem que encheu a boca para falar em “liberdade” conspirou para silenciar o voto popular.

A estratégia de deslegitimação das eleições não foi um ato isolado. Foi uma campanha orquestrada que incluiu fake news, cerimônias militares para insuflar teorias conspiratórias e o estímulo a milícias digitais. O objetivo era claro: semear o caos para justificar uma intervenção.

O STF Entre a Lei e a Política

O Supremo Tribunal Federal (STF), agora responsável por julgar o caso, enfrenta um dilema histórico. Se condenar Bolsonaro, será acusado de parcialidade por seus apoiadores. Se absolvê-lo, manchará sua credibilidade como guardião da Constituição. A decisão terá repercussões além do Plenário: influenciará como futuros líderes enxergarão os limites do poder.

A postura do ministro Alexandre de Moraes, que já condenou envolvidos no 8 de janeiro a 17 anos de prisão, sugere que o tribunal não poupará o ex-presidente. Mas a independência judicial não deve ser confundida com vingança. O processo precisa ser exemplar não pela dureza da pena, mas pelo rigor probatório.

O Brasil no Espelho da História

O caso Bolsonaro ecoa julgamentos históricos. Em 2018, o ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi condenado a 25 anos por crimes contra os direitos humanos. Em 2021, o americano Donald Trump foi impeachmentduplamente, mas escapou da condenação no Senado. Agora, o Brasil decide se seguirá o caminho do Peru, onde a Justiça prevaleceu, ou dos EUA, onde a política protegeu um líder golpista.

A diferença é que, no Brasil, as instituições ainda respiram. A PF investigou. O Ministério Público denunciou. O STF julgará. É um avanço e tanto para um país que, há 40 anos, saía de uma ditadura onde juízes serviam ao regime.

As Lições que Ficam

  1. Democracia não se defende com retórica, mas com instituições. Sem PF, MP e STF independentes, o plano bolsonarista teria triunfado.
  2. Nenhum líder é intocável. A lei deve valer para todos, especialmente para quem jurou cumpri-la.
  3. O preço do autoritarismo é alto, mas o da impunidade é catastrófico.

Conclusão: Mais que um Julgamento, um Recomeço

A denúncia contra Bolsonaro não é o fim, mas o início de um novo pacto social. Se o Brasil conseguir julgar seu ex-presidente sem revanchismo e com base na lei, dará um passo histórico. Se falhar, enviará a mensagem de que golpes podem ser tentados sem consequências.

Como escreveu o jurista Rui Barbosa, “a pior ditadura é a dos que se dizem donos da pátria”. Que este processo enterre de vez essa mentalidade. Afinal, democracia não é um presente. É uma conquista diária — e seu preço, como vemos, é eterna vigilância.

Ninguém é Bom Sozinho”: A Força da Fé e da Comunidade em Tempos de Queda

 

 

 

Há momentos em que a vida nos coloca de joelhos não para nos humilhar, mas para nos lembrar de que somos humanos — frágeis, interdependentes, necessitados de mãos estendidas. Foi essa lição que Lucas Batista nos ofereceu ao compartilhar publicamente sua jornada de recuperação após um acidente doméstico. Seu relato, mais que um agradecimento, é um manifesto sobre o poder da fé coletiva e a beleza de reconhecer: ninguém se levanta sozinho.

A Queda que Ensina a Olhar Para Cima

O acidente foi simples e brutal: um escorregão no banheiro, um rosto atingido, uma boca machucada. Cenas comuns, que poderiam passar despercebidas, não fossem as palavras que seguiram. Ao expor suas feridas e sua gratidão, o autor da mensagem fez mais que narrar um episódio pessoal. Ele nos convidou a refletir sobre quantas vezes tropeçamos em silêncio, com vergonha de admitir que precisamos de ajuda.

Sua história ecoa a de milhões de brasileiros que, diariamente, enfrentam quedas literais e metafóricas. A diferença está na forma como ele reagiu: não com autopiedade, mas com gratidão transformadora. Ao agradecer cada prece e mensagem recebida, ele nos lembra que a vulnerabilidade, quando compartilhada, vira ponte — não abismo.

A Mulher do Poço e a Água Nova: Fé que Renova, Não que Isola

A referência à passagem bíblica da Mulher Samaritana (João 4:1-42) não é casual. Assim como ela, que encontrou em Jesus não um julgamento, mas uma fonte de água viva, Lucas vê em sua queda uma oportunidade de renascimento. “Jesus está trazendo água nova na minha vida”.

Aqui, a fé não é apresentada como escape mágico das dores, mas como ferramenta de reconstrução. Água nova simboliza renovação prática: cuidar das feridas, responder uma a uma as mensagens de apoio, confiar que os dias difíceis não são o fim da história. É uma espiritualidade enraizada na ação, não na passividade.

Vitória da Conquista: Onde a Comunidade é Remédio

Não por acaso, essa história nasce em Vitória da Conquista. Cidade marcada pela resistência do sertão, ela carrega em seu DNA a cultura da solidariedade militante. Aqui, como em todo o Nordeste, sabe-se que uma cerca quebrada é consertada pelos vizinhos, que um prato de comida atravessa ruas para chegar a quem precisa, e que as preces coletivas são tão importantes quanto os remédios.

Ao agradecer publicamente, Lucas honra essa tradição. Suas palavras — “ninguém é bom sozinho” — poderiam ser o lema não oficial da cidade. Elas nos convidam a perguntar: quantas vezes, em nosso orgulho, deixamos de estender a mão ou de pedir ajuda?

A Revolução das Pequenas Gentilezas

Em um mundo obcecado por conquistas individuais — likes, seguidores, cargos —, a mensagem do Negão das Bateias é um antídoto. Ele não celebra a superação solitária, mas a redenção compartilhada. Cada mensagem que recebeu foi um fio tecendo a rede que o impediu de desabar.

Isso nos desafia a repensar nosso papel na vida alheia. Quantas vezes subestimamos o poder de um “estou aqui”, de um “conte comigo”? Como escreveu o poeta Thiago de Mello, “Faz escuro, mas eu canto, porque a manhã vai chegar”. Nossa canção, porém, não precisa ser solo. Pode ser um coral.

Conclusão: Levantar-se é Coletivo

A mensagem do nosso Amigo Irmão não é sobre um acidente. É sobre resiliência. Não é sobre fé alienante, mas sobre fé que mobiliza. Acima de tudo, é um lembrete: cair faz parte, mas levantar-se é escolha — e essa escolha é sempre mais fácil quando feita de mãos dadas.

Que seu exemplo ecoe além das redes sociais. Que inspire Vitória da Conquista a cultivar praças onde as pessoas se encontram não só para festejar, mas para se apoiar. Que nos lembre, sempre, que a maior vitória não é a que conquistamos sozinhos, mas a que construímos juntos.

Como ele bem disse: “Juntos haveremos de fazer a diferença”. Que assim seja.

 

Padre Carlos

Ninguém é Bom Sozinho”: A Força da Fé e da Comunidade em Tempos de Queda

 

 

 

Há momentos em que a vida nos coloca de joelhos não para nos humilhar, mas para nos lembrar de que somos humanos — frágeis, interdependentes, necessitados de mãos estendidas. Foi essa lição que Lucas Batista nos ofereceu ao compartilhar publicamente sua jornada de recuperação após um acidente doméstico. Seu relato, mais que um agradecimento, é um manifesto sobre o poder da fé coletiva e a beleza de reconhecer: ninguém se levanta sozinho.

A Queda que Ensina a Olhar Para Cima

O acidente foi simples e brutal: um escorregão no banheiro, um rosto atingido, uma boca machucada. Cenas comuns, que poderiam passar despercebidas, não fossem as palavras que seguiram. Ao expor suas feridas e sua gratidão, o autor da mensagem fez mais que narrar um episódio pessoal. Ele nos convidou a refletir sobre quantas vezes tropeçamos em silêncio, com vergonha de admitir que precisamos de ajuda.

Sua história ecoa a de milhões de brasileiros que, diariamente, enfrentam quedas literais e metafóricas. A diferença está na forma como ele reagiu: não com autopiedade, mas com gratidão transformadora. Ao agradecer cada prece e mensagem recebida, ele nos lembra que a vulnerabilidade, quando compartilhada, vira ponte — não abismo.

A Mulher do Poço e a Água Nova: Fé que Renova, Não que Isola

A referência à passagem bíblica da Mulher Samaritana (João 4:1-42) não é casual. Assim como ela, que encontrou em Jesus não um julgamento, mas uma fonte de água viva, Lucas vê em sua queda uma oportunidade de renascimento. “Jesus está trazendo água nova na minha vida”.

Aqui, a fé não é apresentada como escape mágico das dores, mas como ferramenta de reconstrução. Água nova simboliza renovação prática: cuidar das feridas, responder uma a uma as mensagens de apoio, confiar que os dias difíceis não são o fim da história. É uma espiritualidade enraizada na ação, não na passividade.

Vitória da Conquista: Onde a Comunidade é Remédio

Não por acaso, essa história nasce em Vitória da Conquista. Cidade marcada pela resistência do sertão, ela carrega em seu DNA a cultura da solidariedade militante. Aqui, como em todo o Nordeste, sabe-se que uma cerca quebrada é consertada pelos vizinhos, que um prato de comida atravessa ruas para chegar a quem precisa, e que as preces coletivas são tão importantes quanto os remédios.

Ao agradecer publicamente, Lucas honra essa tradição. Suas palavras — “ninguém é bom sozinho” — poderiam ser o lema não oficial da cidade. Elas nos convidam a perguntar: quantas vezes, em nosso orgulho, deixamos de estender a mão ou de pedir ajuda?

A Revolução das Pequenas Gentilezas

Em um mundo obcecado por conquistas individuais — likes, seguidores, cargos —, a mensagem do Negão das Bateias é um antídoto. Ele não celebra a superação solitária, mas a redenção compartilhada. Cada mensagem que recebeu foi um fio tecendo a rede que o impediu de desabar.

Isso nos desafia a repensar nosso papel na vida alheia. Quantas vezes subestimamos o poder de um “estou aqui”, de um “conte comigo”? Como escreveu o poeta Thiago de Mello, “Faz escuro, mas eu canto, porque a manhã vai chegar”. Nossa canção, porém, não precisa ser solo. Pode ser um coral.

Conclusão: Levantar-se é Coletivo

A mensagem do nosso Amigo Irmão não é sobre um acidente. É sobre resiliência. Não é sobre fé alienante, mas sobre fé que mobiliza. Acima de tudo, é um lembrete: cair faz parte, mas levantar-se é escolha — e essa escolha é sempre mais fácil quando feita de mãos dadas.

Que seu exemplo ecoe além das redes sociais. Que inspire Vitória da Conquista a cultivar praças onde as pessoas se encontram não só para festejar, mas para se apoiar. Que nos lembre, sempre, que a maior vitória não é a que conquistamos sozinhos, mas a que construímos juntos.

Como ele bem disse: “Juntos haveremos de fazer a diferença”. Que assim seja.

 

Padre Carlos

Vereadora de Vitória da Conquista cobra cumprimento de lei federal para modernizar bibliotecas escolares

 

Proposta apresentada na sessão da Câmara desta sexta-feira (14) pede que Prefeitura adapte espaços à Lei 14.836/2024, integrando tecnologia e acervos regionais

Vitória da Conquista (BA), 14 de fevereiro de 2024 – A vereadora Márcia Viviane (PT) apresentou, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal desta sexta-feira (14), uma indicação cobrando da Prefeitura de Vitória da Conquista o cumprimento da Lei Federal 14.836/2024, que institui o Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares. O texto, sancionado em âmbito nacional em janeiro, prevê a modernização desses espaços com atualização de acervos, inclusão de tecnologia e valorização de autores locais.

O que propõe a lei federal

A Lei 14.836/2024 estabelece diretrizes para transformar bibliotecas escolares em ambientes dinâmicos, capazes de integrar livros físicos, recursos digitais e atividades culturais. Entre as exigências estão:

  • Estrutura adequada: Espaços acessíveis, com mobiliário ergonômico e iluminação adequada.
  • Acervo atualizado: Inclusão de obras contemporâneas, clássicos da literatura e livros de autores regionais.
  • Tecnologia: Computadores com acesso à internet para pesquisas e plataformas digitais de leitura.

Contexto local: Proibição de celulares e busca por alternativas

A indicação da vereadora chega em um momento em que as escolas municipais estão proibidas de permitir o uso de celulares e aparelhos eletrônicos em sala de aula, conforme lei municipal aprovada em 2023. Para Márcia Viviane, as bibliotecas modernizadas podem suprir essa lacuna, oferecendo acesso controlado à tecnologia para fins pedagógicos.

“Enquanto o celular é restrito, a biblioteca precisa se tornar um espaço de interação e conhecimento. Queremos que os alunos tenham acesso a livros, mas também a recursos digitais seguros e a obras que reflitam nossa cultura local”, explicou a parlamentar durante a sessão.

Inclusão de autores regionais

Um dos pontos destacados pela vereadora é a necessidade de incluir autores da região sudoeste da Bahia nos acervos. “Temos escritores como José Walter Pires, com sua literatura de cordel, e Maria Rita Py, que retrata a história do sertão. São vozes que precisam estar presentes nas escolas”, afirmou.

Próximos passos

A indicação será encaminhada à Secretaria Municipal de Educação, que terá 30 dias para se pronunciar. Em nota, a pasta informou que “estuda medidas para adequação às novas diretrizes federais” e que “valoriza o papel das bibliotecas no desenvolvimento educacional”.

Entenda a Lei 14.836/2024

  • Prazo para implementação: Municípios têm até dezembro de 2025 para se adequarem.
  • Recursos: Estados e prefeituras podem buscar verbas federais via Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).
  • Fiscalização: Conselhos Municipais de Educação devem monitorar o cumprimento.

Impacto na educação
Segundo o Plano Municipal de Educação, 65% das escolas de Vitória da Conquista possuem bibliotecas, mas apenas 30% delas estão em condições consideradas adequadas. A modernização desses espaços pode beneficiar mais de 40 mil estudantes da rede pública.

Para saber mais: A íntegra da indicação da vereadora está disponível no site da Câmara Municipal de Vitória da Conquista.

Vereadora de Vitória da Conquista cobra cumprimento de lei federal para modernizar bibliotecas escolares

 

Proposta apresentada na sessão da Câmara desta sexta-feira (14) pede que Prefeitura adapte espaços à Lei 14.836/2024, integrando tecnologia e acervos regionais

Vitória da Conquista (BA), 14 de fevereiro de 2024 – A vereadora Márcia Viviane (PT) apresentou, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal desta sexta-feira (14), uma indicação cobrando da Prefeitura de Vitória da Conquista o cumprimento da Lei Federal 14.836/2024, que institui o Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares. O texto, sancionado em âmbito nacional em janeiro, prevê a modernização desses espaços com atualização de acervos, inclusão de tecnologia e valorização de autores locais.

O que propõe a lei federal

A Lei 14.836/2024 estabelece diretrizes para transformar bibliotecas escolares em ambientes dinâmicos, capazes de integrar livros físicos, recursos digitais e atividades culturais. Entre as exigências estão:

  • Estrutura adequada: Espaços acessíveis, com mobiliário ergonômico e iluminação adequada.
  • Acervo atualizado: Inclusão de obras contemporâneas, clássicos da literatura e livros de autores regionais.
  • Tecnologia: Computadores com acesso à internet para pesquisas e plataformas digitais de leitura.

Contexto local: Proibição de celulares e busca por alternativas

A indicação da vereadora chega em um momento em que as escolas municipais estão proibidas de permitir o uso de celulares e aparelhos eletrônicos em sala de aula, conforme lei municipal aprovada em 2023. Para Márcia Viviane, as bibliotecas modernizadas podem suprir essa lacuna, oferecendo acesso controlado à tecnologia para fins pedagógicos.

“Enquanto o celular é restrito, a biblioteca precisa se tornar um espaço de interação e conhecimento. Queremos que os alunos tenham acesso a livros, mas também a recursos digitais seguros e a obras que reflitam nossa cultura local”, explicou a parlamentar durante a sessão.

Inclusão de autores regionais

Um dos pontos destacados pela vereadora é a necessidade de incluir autores da região sudoeste da Bahia nos acervos. “Temos escritores como José Walter Pires, com sua literatura de cordel, e Maria Rita Py, que retrata a história do sertão. São vozes que precisam estar presentes nas escolas”, afirmou.

Próximos passos

A indicação será encaminhada à Secretaria Municipal de Educação, que terá 30 dias para se pronunciar. Em nota, a pasta informou que “estuda medidas para adequação às novas diretrizes federais” e que “valoriza o papel das bibliotecas no desenvolvimento educacional”.

Entenda a Lei 14.836/2024

  • Prazo para implementação: Municípios têm até dezembro de 2025 para se adequarem.
  • Recursos: Estados e prefeituras podem buscar verbas federais via Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).
  • Fiscalização: Conselhos Municipais de Educação devem monitorar o cumprimento.

Impacto na educação
Segundo o Plano Municipal de Educação, 65% das escolas de Vitória da Conquista possuem bibliotecas, mas apenas 30% delas estão em condições consideradas adequadas. A modernização desses espaços pode beneficiar mais de 40 mil estudantes da rede pública.

Para saber mais: A íntegra da indicação da vereadora está disponível no site da Câmara Municipal de Vitória da Conquista.

Fiscalização na BR-135: Polícia apreende mais de 240 kg de drogas

Na tarde desta quinta-feira (13), uma operação da Polícia Militar Rodoviária chocou motoristas e cidadãos em Buenópolis, na Mesorregião Central Mineira. Durante uma fiscalização de rotina na BR-135, agentes deram ordem de parada a um caminhão cujo condutor, com olhos avermelhados e fala desconexa, alegava ter ingerido “rebite” na madrugada.

A surpresa não parou por aí. Ao revistar a cabine, onde malas e bolsas estavam cuidadosamente guardadas, os policiais se depararam com um carregamento que mais parecia cena de filme: 148 barras de maconha, 35 barras de skunk e cinco barras de cocaína – somando mais de 240 quilos de drogas. Além dos entorpecentes, foram apreendidos R$ 457 em dinheiro e dois cheques de R$ 15 mil cada.

O veículo, que seguia de São Paulo para Vitória da Conquista, no Centro-Sul Baiano, estava envolvido num esquema em que o motorista afirmava receber pagamento pelo transporte. A operação, que resultou na retenção imediata do caminhão e seu encaminhamento para um pátio, reforça o alerta sobre a crescente ousadia das organizações criminosas no transporte de drogas pelas rodovias do país.

Este episódio, que beira o surreal, destaca a importância e a eficácia das ações policiais, mesmo diante de justificativas absurdas e estratégias engenhosas dos traficantes. Enquanto as investigações se aprofundam para desvendar os elos dessa cadeia criminosa, a comunidade fica em alerta, lembrando que, mesmo nas estradas, o combate ao tráfico nunca descansa.

Fiscalização na BR-135: Polícia apreende mais de 240 kg de drogas

Na tarde desta quinta-feira (13), uma operação da Polícia Militar Rodoviária chocou motoristas e cidadãos em Buenópolis, na Mesorregião Central Mineira. Durante uma fiscalização de rotina na BR-135, agentes deram ordem de parada a um caminhão cujo condutor, com olhos avermelhados e fala desconexa, alegava ter ingerido “rebite” na madrugada.

A surpresa não parou por aí. Ao revistar a cabine, onde malas e bolsas estavam cuidadosamente guardadas, os policiais se depararam com um carregamento que mais parecia cena de filme: 148 barras de maconha, 35 barras de skunk e cinco barras de cocaína – somando mais de 240 quilos de drogas. Além dos entorpecentes, foram apreendidos R$ 457 em dinheiro e dois cheques de R$ 15 mil cada.

O veículo, que seguia de São Paulo para Vitória da Conquista, no Centro-Sul Baiano, estava envolvido num esquema em que o motorista afirmava receber pagamento pelo transporte. A operação, que resultou na retenção imediata do caminhão e seu encaminhamento para um pátio, reforça o alerta sobre a crescente ousadia das organizações criminosas no transporte de drogas pelas rodovias do país.

Este episódio, que beira o surreal, destaca a importância e a eficácia das ações policiais, mesmo diante de justificativas absurdas e estratégias engenhosas dos traficantes. Enquanto as investigações se aprofundam para desvendar os elos dessa cadeia criminosa, a comunidade fica em alerta, lembrando que, mesmo nas estradas, o combate ao tráfico nunca descansa.

Presas em Vitória da Conquista por Golpe com ONG Falsa: Esquema Fraudulento Agita a Cidade

Na noite desta quinta-feira (13), o cenário de uma trama digna de filme tomou conta das manchetes. Duas mulheres, presas no Conjunto Penal de Vitória da Conquista, estão prestes a enfrentar audiência de custódia nesta sexta-feira (14) em meio a uma investigação que expõe um sofisticado esquema de fraude.

A dupla, que se passava por funcionárias de uma ONG supostamente voltada à distribuição de cestas básicas, arquitetou um golpe que enganou moradores de um município do Rio de Janeiro. Segundo informações da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, as suspeitas atuavam sob a identidade de representantes de uma empresa denominada ONG Brasil, com a missão de coletar dados pessoais – como numeração do CAD Único, CPF, RG e até fotos de documentos.

Utilizando essas informações, elas não apenas abriam contas bancárias fraudulentas, mas também realizavam a portabilidade do benefício das vítimas para outros bancos, abrindo caminho para a contratação de empréstimos indevidos em nome de terceiros. Não foram apenas as mulheres que compuseram esse enredo criminoso: dois homens já foram identificados como participantes ativos do esquema, que também teve seu veículo de fuga localizado pela polícia.

A Delegacia de Furtos e Roubos registrou denúncias de três vítimas, cujas vidas foram impactadas por esse golpe meticulosamente planejado. O caso, que vem sendo acompanhado de perto pelas autoridades, levanta sérias questões sobre a vulnerabilidade dos cidadãos frente a fraudes cada vez mais elaboradas e inteligentes.

Este episódio revela não apenas a ousadia dos criminosos, mas também a necessidade urgente de medidas preventivas e de uma atuação mais eficiente das instituições responsáveis por proteger os consumidores. Enquanto a audiência de custódia se aproxima, a comunidade aguarda respostas e reforços nas políticas de segurança, na esperança de que casos como este não se repitam.

Fique atento e compartilhe: proteger seus dados pode ser a diferença entre segurança e uma fraude devastadora.

Presas em Vitória da Conquista por Golpe com ONG Falsa: Esquema Fraudulento Agita a Cidade

Na noite desta quinta-feira (13), o cenário de uma trama digna de filme tomou conta das manchetes. Duas mulheres, presas no Conjunto Penal de Vitória da Conquista, estão prestes a enfrentar audiência de custódia nesta sexta-feira (14) em meio a uma investigação que expõe um sofisticado esquema de fraude.

A dupla, que se passava por funcionárias de uma ONG supostamente voltada à distribuição de cestas básicas, arquitetou um golpe que enganou moradores de um município do Rio de Janeiro. Segundo informações da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, as suspeitas atuavam sob a identidade de representantes de uma empresa denominada ONG Brasil, com a missão de coletar dados pessoais – como numeração do CAD Único, CPF, RG e até fotos de documentos.

Utilizando essas informações, elas não apenas abriam contas bancárias fraudulentas, mas também realizavam a portabilidade do benefício das vítimas para outros bancos, abrindo caminho para a contratação de empréstimos indevidos em nome de terceiros. Não foram apenas as mulheres que compuseram esse enredo criminoso: dois homens já foram identificados como participantes ativos do esquema, que também teve seu veículo de fuga localizado pela polícia.

A Delegacia de Furtos e Roubos registrou denúncias de três vítimas, cujas vidas foram impactadas por esse golpe meticulosamente planejado. O caso, que vem sendo acompanhado de perto pelas autoridades, levanta sérias questões sobre a vulnerabilidade dos cidadãos frente a fraudes cada vez mais elaboradas e inteligentes.

Este episódio revela não apenas a ousadia dos criminosos, mas também a necessidade urgente de medidas preventivas e de uma atuação mais eficiente das instituições responsáveis por proteger os consumidores. Enquanto a audiência de custódia se aproxima, a comunidade aguarda respostas e reforços nas políticas de segurança, na esperança de que casos como este não se repitam.

Fique atento e compartilhe: proteger seus dados pode ser a diferença entre segurança e uma fraude devastadora.

Invasão Ameaçadora: Faca, Ódio e Drama em Vitória da Conquista!

Na tarde desta quinta-feira (13), um episódio de arrepiar a espinha sacudiu Vitória da Conquista. Por volta das 16h, o Escritório Regional da EMBASA, localizado na Avenida Siqueira Campos, tornou-se palco de uma tentativa de invasão que mais parece cena de filme.

Um homem, armado com uma faca, adentrou o local com um único objetivo: encontrar sua ex-companheira, que trabalha na instituição e atualmente desfruta de uma licença após seu recente casamento. A ação, carregada de tensão e descontrole, rapidamente chamou a atenção dos seguranças que, atentos, interceptaram o agressor logo na portaria do prédio.

Durante a revista realizada pelos seguranças, um detalhe impactante emergiu: o invasor carregava uma medida protetiva em seu bolso, proibindo-o de se aproximar da ex e de seu ambiente de trabalho. Esse dado não só evidencia o histórico conturbado do indivíduo, mas também reforça a gravidade de sua atitude em desrespeitar as ordens judiciais.

A rápida intervenção da 77ª Companhia Independente de Polícia Militar garantiu o controle da situação, e o homem foi encaminhado à Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, onde passa por rigoroso interrogatório. Além do descumprimento da medida protetiva, as autoridades avaliam a possibilidade de outras acusações, à medida que o depoimento do suspeito for adensado.

O episódio não deixou a comunidade indiferente. Funcionários e moradores relatam apreensão e indignação, enquanto o caso reacende o debate sobre a eficácia dos mecanismos de proteção em situações de violência doméstica. O incidente serve como um alerta para a necessidade de reforço tanto na segurança dos locais de trabalho quanto na aplicação rigorosa das medidas protetivas.

Enquanto a investigação segue seu curso, todos os olhos se voltam para os desdobramentos desse caso chocante, que mistura paixão, violência e um profundo desrespeito pela lei. Mais detalhes devem ser divulgados nas próximas horas, prometendo esclarecer a extensão dos riscos e as possíveis implicações legais que aguardam o agressor.

Esta manhã de tensão se converte em um lembrete severo: a violência e a desordem podem se manifestar de forma inesperada, exigindo respostas rápidas e eficazes por parte das autoridades e da sociedade. Em um cenário onde o drama pessoal se transforma em ameaça coletiva, a proteção dos direitos e da integridade das vítimas nunca foi tão urgente.

Mais informações sobre este caso serão acompanhadas de perto, enquanto a cidade respira aliviada por ter evitado uma tragédia ainda maior.

Invasão Ameaçadora: Faca, Ódio e Drama em Vitória da Conquista!

Na tarde desta quinta-feira (13), um episódio de arrepiar a espinha sacudiu Vitória da Conquista. Por volta das 16h, o Escritório Regional da EMBASA, localizado na Avenida Siqueira Campos, tornou-se palco de uma tentativa de invasão que mais parece cena de filme.

Um homem, armado com uma faca, adentrou o local com um único objetivo: encontrar sua ex-companheira, que trabalha na instituição e atualmente desfruta de uma licença após seu recente casamento. A ação, carregada de tensão e descontrole, rapidamente chamou a atenção dos seguranças que, atentos, interceptaram o agressor logo na portaria do prédio.

Durante a revista realizada pelos seguranças, um detalhe impactante emergiu: o invasor carregava uma medida protetiva em seu bolso, proibindo-o de se aproximar da ex e de seu ambiente de trabalho. Esse dado não só evidencia o histórico conturbado do indivíduo, mas também reforça a gravidade de sua atitude em desrespeitar as ordens judiciais.

A rápida intervenção da 77ª Companhia Independente de Polícia Militar garantiu o controle da situação, e o homem foi encaminhado à Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, onde passa por rigoroso interrogatório. Além do descumprimento da medida protetiva, as autoridades avaliam a possibilidade de outras acusações, à medida que o depoimento do suspeito for adensado.

O episódio não deixou a comunidade indiferente. Funcionários e moradores relatam apreensão e indignação, enquanto o caso reacende o debate sobre a eficácia dos mecanismos de proteção em situações de violência doméstica. O incidente serve como um alerta para a necessidade de reforço tanto na segurança dos locais de trabalho quanto na aplicação rigorosa das medidas protetivas.

Enquanto a investigação segue seu curso, todos os olhos se voltam para os desdobramentos desse caso chocante, que mistura paixão, violência e um profundo desrespeito pela lei. Mais detalhes devem ser divulgados nas próximas horas, prometendo esclarecer a extensão dos riscos e as possíveis implicações legais que aguardam o agressor.

Esta manhã de tensão se converte em um lembrete severo: a violência e a desordem podem se manifestar de forma inesperada, exigindo respostas rápidas e eficazes por parte das autoridades e da sociedade. Em um cenário onde o drama pessoal se transforma em ameaça coletiva, a proteção dos direitos e da integridade das vítimas nunca foi tão urgente.

Mais informações sobre este caso serão acompanhadas de perto, enquanto a cidade respira aliviada por ter evitado uma tragédia ainda maior.