No calor das discussões e na luta contínua pelos direitos e segurança das mulheres, o I Encontro Municipal da Rede de Enfrentamento à Violência Domiciliar e Familiar emerge como uma luz guia, uma promessa de mudança em meio à escuridão que muitas enfrentam em seus lares. No cenário do Auditório Lúcia Dórea, em Vitória da Conquista, a voz da resistência ecoa, desafiando o status quo que por muito tempo perpetuou a violência contra a mulher.
A abertura solene, realizada na noite de quinta-feira (12), marcou o início de uma jornada de conscientização e mobilização, não apenas para os presentes, mas para toda a sociedade. Sob os olhares atentos dos participantes, as temáticas da primeira noite ressoaram com uma urgência palpável: a Casa Rosa, bastião de esperança para tantas, e as leis que buscam trazer justiça onde antes havia impunidade.
A presença marcante da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, representada por Viviane Santos de Oliveira Ferreira, reitera o compromisso coletivo em compartilhar a responsabilidade pela proteção das mulheres. Em suas palavras, ecoa o chamado para ação, para a união de esforços em prol de um futuro onde a violência doméstica seja apenas uma triste lembrança do passado.
O evento, permeado por vozes diversas e engajadas, demonstra que a luta contra a violência não é travada por um único setor, mas sim por toda uma comunidade unida em um propósito comum. Desde a importância da Casa Rosa, símbolo tangível de acolhimento e proteção, até as reflexões trazidas pelas leis Maria da Penha e do Feminicídio, cada palestra, cada palavra, é um passo em direção à justiça e à igualdade.
A participação ativa da psicóloga Ivanilce Dantas e da professora Patrícia Santos, mulheres que conhecem de perto a dor e a superação, é um lembrete poderoso de que a mudança é possível, e que juntas somos mais fortes. Enquanto Ivanilce busca capacitar-se para oferecer apoio às vítimas, Patrícia compartilha sua jornada de transformação como um farol de esperança para outras mulheres.
E ao final, um momento de reconhecimento e gratidão, com a juíza Julianne Nogueira Santana Rios sendo homenageada por sua dedicação incansável na batalha judicial contra a violência. Suas mãos, juntamente com tantas outras, moldam um futuro onde a justiça não é apenas uma promessa, mas uma realidade tangível para todas as mulheres.
Neste Encontro Municipal, não somos apenas espectadores; somos agentes de mudança, soldados em uma marcha contra o silêncio, unidos em uma só voz pelo fim da violência doméstica e familiar. Que este evento seja apenas o começo de uma jornada rumo a um mundo onde todas as mulheres possam viver livres do medo e da opressão.
Maria Clara, articulista do política e resenha