Política e Resenha

ARTIGO – A Mentira como Ferramenta do Poder

 

 

(Padre Carlos)

 

Em tempos de polarização política e manipulação midiática, torna-se cada vez mais importante refletirmos sobre o papel da mentira como ferramenta de poder. A mentira, em sua forma mais insidiosa, não se limita a enganar as massas, mas sim a criar um ambiente onde a distinção entre verdade e falsidade se dissolve por completo. Não se trata apenas de mentir para convencer, mas de subverter a própria capacidade das pessoas de acreditar em algo.

 

Hannah Arendt, em sua análise sobre os regimes totalitários, desenvolveu o conceito de “banalidade do mal”. Para Arendt, o mal não era apenas um ato cometido por monstros ou tiranos, mas algo que poderia se manifestar de forma rotineira, trivial, pelas pessoas simples e até pela burocrática, quando as pessoas abandonam seu senso de responsabilidade moral e crítica. A mentira, no contexto político, funciona da mesma forma. Ela não precisa ser uma grande fraude; sua força reside na repetição e na manipulação contínua que embota a percepção coletiva.

 

Quando a mentira se torna a norma, sua função não é mais fazer com que o povo acredite em algo falso, mas sim garantir que ele não acredite em nada. É o que vemos, por exemplo, nas eleições modernas, onde as táticas de desinformação e manipulação fazem com que os eleitores, bombardeados por uma série de meias-verdades e omissões, fiquem incapazes de discernir o real do ilusório. E assim, pouco a pouco, vamos sendo privados da nossa capacidade de julgar e decidir por conta própria.

 

Esse fenômeno não se limita a contextos distantes ou abstratos. Aqui, nas nossas cidades, observamos estratégias que exploram essa confusão, onde a crítica aos governantes se mistura com campanhas de desinformação, onde a verdade é diluída em um mar de distorções e falsas acusações. Os opositores, por exemplo, muitas vezes recorrem a uma tática perversa: ocultar informações relevantes e depois alegar que isso não é o mesmo que mentir. Essa manipulação semântica visa criar uma cortina de fumaça, onde o verdadeiro se perde e o falso reina.

 

A tragédia dessa situação é que, ao perdermos a habilidade de distinguir entre o certo e o errado, entre a verdade e a mentira, nos tornamos completamente submissos àqueles que manipulam a informação. Como Arendt bem observou, um povo incapaz de julgar é um povo vulnerável a qualquer forma de poder autoritário, pois se torna incapaz de resistir à manipulação.

 

Portanto, é crucial que tenhamos um olhar crítico sobre as narrativas que  são apresentada, especialmente em tempos de eleição. A mentira, quando se torna ferramenta de poder, transforma-se na base para a construção de regimes que operam não para o bem-estar comum, mas para manter o controle e a dominação sobre o povo. Cabe a nós, enquanto cidadãos conscientes, resistir a essa armadilha, buscando a verdade e exigindo transparência de nossos líderes. Só assim podemos evitar cair no império da mentira e preservar nossa capacidade de pensar, julgar e agir com liberdade.

ARTIGO – A Mentira como Ferramenta do Poder

 

 

(Padre Carlos)

 

Em tempos de polarização política e manipulação midiática, torna-se cada vez mais importante refletirmos sobre o papel da mentira como ferramenta de poder. A mentira, em sua forma mais insidiosa, não se limita a enganar as massas, mas sim a criar um ambiente onde a distinção entre verdade e falsidade se dissolve por completo. Não se trata apenas de mentir para convencer, mas de subverter a própria capacidade das pessoas de acreditar em algo.

 

Hannah Arendt, em sua análise sobre os regimes totalitários, desenvolveu o conceito de “banalidade do mal”. Para Arendt, o mal não era apenas um ato cometido por monstros ou tiranos, mas algo que poderia se manifestar de forma rotineira, trivial, pelas pessoas simples e até pela burocrática, quando as pessoas abandonam seu senso de responsabilidade moral e crítica. A mentira, no contexto político, funciona da mesma forma. Ela não precisa ser uma grande fraude; sua força reside na repetição e na manipulação contínua que embota a percepção coletiva.

 

Quando a mentira se torna a norma, sua função não é mais fazer com que o povo acredite em algo falso, mas sim garantir que ele não acredite em nada. É o que vemos, por exemplo, nas eleições modernas, onde as táticas de desinformação e manipulação fazem com que os eleitores, bombardeados por uma série de meias-verdades e omissões, fiquem incapazes de discernir o real do ilusório. E assim, pouco a pouco, vamos sendo privados da nossa capacidade de julgar e decidir por conta própria.

 

Esse fenômeno não se limita a contextos distantes ou abstratos. Aqui, nas nossas cidades, observamos estratégias que exploram essa confusão, onde a crítica aos governantes se mistura com campanhas de desinformação, onde a verdade é diluída em um mar de distorções e falsas acusações. Os opositores, por exemplo, muitas vezes recorrem a uma tática perversa: ocultar informações relevantes e depois alegar que isso não é o mesmo que mentir. Essa manipulação semântica visa criar uma cortina de fumaça, onde o verdadeiro se perde e o falso reina.

 

A tragédia dessa situação é que, ao perdermos a habilidade de distinguir entre o certo e o errado, entre a verdade e a mentira, nos tornamos completamente submissos àqueles que manipulam a informação. Como Arendt bem observou, um povo incapaz de julgar é um povo vulnerável a qualquer forma de poder autoritário, pois se torna incapaz de resistir à manipulação.

 

Portanto, é crucial que tenhamos um olhar crítico sobre as narrativas que  são apresentada, especialmente em tempos de eleição. A mentira, quando se torna ferramenta de poder, transforma-se na base para a construção de regimes que operam não para o bem-estar comum, mas para manter o controle e a dominação sobre o povo. Cabe a nós, enquanto cidadãos conscientes, resistir a essa armadilha, buscando a verdade e exigindo transparência de nossos líderes. Só assim podemos evitar cair no império da mentira e preservar nossa capacidade de pensar, julgar e agir com liberdade.

Vitória da Conquista e a Urgência de um Debate sobre Segurança Pública

 

 

 

O domingo, 29 de setembro, deveria ter sido mais um dia de lazer e convivência social em Vitória da Conquista, especialmente em um dos seus pontos turísticos mais icônicos, a Lagoa das Bateias. No entanto, a tranquilidade do local foi violentamente interrompida por um episódio que escancara a urgência de repensarmos nossa política de segurança pública. Lázaro, jovem morador do bairro Cidade Modelo, foi baleado em plena luz do dia durante um evento na Lagoa, evidenciando uma crescente onda de violência que atinge a cidade.

É impossível ignorar o simbolismo desse evento trágico. A Lagoa das Bateias, que deveria ser um espaço de lazer, de contato com a natureza e de fortalecimento do convívio comunitário, se transforma, em casos como esse, em palco de violência. A ferida aberta pela bala que atingiu Lázaro, socorrido pelo Samu 192 e levado ao Hospital de Base, não é apenas física. Ela representa o medo que paira sobre a cidade, a sensação de insegurança que se instala nos nossos espaços públicos, comprometendo o direito de ir e vir.

Infelizmente, o caso de Lázaro não é isolado. A violência urbana é um problema estrutural que afeta diversas cidades brasileiras, e Vitória da Conquista, mesmo com seus avanços econômicos e sociais, não escapa dessa realidade. As investigações da Polícia Civil continuam, mas até o momento, ninguém foi preso, o que reforça uma sensação de impotência diante de um sistema que muitas vezes parece incapaz de responder à altura.

A violência, em suas várias formas, é fruto de um caldo social complexo, que envolve desde a precariedade econômica até a ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e controle. O bairro Cidade Modelo, de onde Lázaro é oriundo, representa um microcosmo dessa realidade. É uma região que, assim como várias outras em Conquista, convive com desafios sociais como o desemprego, a falta de oportunidades e a carência de serviços públicos básicos. Esses fatores, combinados, criam um cenário onde a violência se torna uma constante.

Mas não basta apontar os problemas sem pensar em soluções. Se queremos um futuro diferente para nossa cidade, é necessário um debate profundo sobre segurança pública, que vá além do mero aumento do contingente policial. Precisamos de políticas integradas que incluam educação, cultura, esporte e lazer como alternativas ao crime. A ocupação dos espaços públicos por atividades que promovam a cidadania é uma das chaves para transformar a realidade.

A Lagoa das Bateias, especificamente, deveria ser um espaço mais valorizado pelo poder público, com eventos culturais e esportivos que ocupem e revitalizem o ambiente, tornando-o um ponto de encontro positivo para os jovens e as famílias. A presença constante da polícia comunitária, aliada a ações sociais, pode ajudar a devolver à Lagoa o seu papel de protagonista no lazer da cidade, afastando a criminalidade.

Por outro lado, a impunidade também precisa ser combatida. A resposta ao crime que vitimou Lázaro deve ser rápida e efetiva. A sociedade conquistaense precisa ver resultados nas investigações, sentir que as autoridades estão comprometidas em não deixar que esse tipo de ato violento se torne rotineiro. Quando crimes como esse passam sem resolução, o recado que se dá é o de que a violência pode imperar sem consequências, algo que nenhum de nós pode aceitar.

É preciso, por fim, lembrar que a violência não é um problema isolado de segurança, mas de saúde pública, educação e desenvolvimento social. Cada vez que alguém é atingido por uma bala em Vitória da Conquista, é toda a cidade que sofre, é o nosso senso de comunidade que é ferido. A construção de uma cidade mais segura passa pela construção de uma sociedade mais justa, onde os jovens tenham oportunidades e os espaços públicos sejam lugares de convivência, e não de medo.

O caso de Lázaro é mais um alerta. Cabe a nós, enquanto sociedade, exigir que ele não seja apenas mais um número nas estatísticas da violência, mas o ponto de partida para uma transformação que Vitória da Conquista tanto precisa.

Vitória da Conquista e a Urgência de um Debate sobre Segurança Pública

 

 

 

O domingo, 29 de setembro, deveria ter sido mais um dia de lazer e convivência social em Vitória da Conquista, especialmente em um dos seus pontos turísticos mais icônicos, a Lagoa das Bateias. No entanto, a tranquilidade do local foi violentamente interrompida por um episódio que escancara a urgência de repensarmos nossa política de segurança pública. Lázaro, jovem morador do bairro Cidade Modelo, foi baleado em plena luz do dia durante um evento na Lagoa, evidenciando uma crescente onda de violência que atinge a cidade.

É impossível ignorar o simbolismo desse evento trágico. A Lagoa das Bateias, que deveria ser um espaço de lazer, de contato com a natureza e de fortalecimento do convívio comunitário, se transforma, em casos como esse, em palco de violência. A ferida aberta pela bala que atingiu Lázaro, socorrido pelo Samu 192 e levado ao Hospital de Base, não é apenas física. Ela representa o medo que paira sobre a cidade, a sensação de insegurança que se instala nos nossos espaços públicos, comprometendo o direito de ir e vir.

Infelizmente, o caso de Lázaro não é isolado. A violência urbana é um problema estrutural que afeta diversas cidades brasileiras, e Vitória da Conquista, mesmo com seus avanços econômicos e sociais, não escapa dessa realidade. As investigações da Polícia Civil continuam, mas até o momento, ninguém foi preso, o que reforça uma sensação de impotência diante de um sistema que muitas vezes parece incapaz de responder à altura.

A violência, em suas várias formas, é fruto de um caldo social complexo, que envolve desde a precariedade econômica até a ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e controle. O bairro Cidade Modelo, de onde Lázaro é oriundo, representa um microcosmo dessa realidade. É uma região que, assim como várias outras em Conquista, convive com desafios sociais como o desemprego, a falta de oportunidades e a carência de serviços públicos básicos. Esses fatores, combinados, criam um cenário onde a violência se torna uma constante.

Mas não basta apontar os problemas sem pensar em soluções. Se queremos um futuro diferente para nossa cidade, é necessário um debate profundo sobre segurança pública, que vá além do mero aumento do contingente policial. Precisamos de políticas integradas que incluam educação, cultura, esporte e lazer como alternativas ao crime. A ocupação dos espaços públicos por atividades que promovam a cidadania é uma das chaves para transformar a realidade.

A Lagoa das Bateias, especificamente, deveria ser um espaço mais valorizado pelo poder público, com eventos culturais e esportivos que ocupem e revitalizem o ambiente, tornando-o um ponto de encontro positivo para os jovens e as famílias. A presença constante da polícia comunitária, aliada a ações sociais, pode ajudar a devolver à Lagoa o seu papel de protagonista no lazer da cidade, afastando a criminalidade.

Por outro lado, a impunidade também precisa ser combatida. A resposta ao crime que vitimou Lázaro deve ser rápida e efetiva. A sociedade conquistaense precisa ver resultados nas investigações, sentir que as autoridades estão comprometidas em não deixar que esse tipo de ato violento se torne rotineiro. Quando crimes como esse passam sem resolução, o recado que se dá é o de que a violência pode imperar sem consequências, algo que nenhum de nós pode aceitar.

É preciso, por fim, lembrar que a violência não é um problema isolado de segurança, mas de saúde pública, educação e desenvolvimento social. Cada vez que alguém é atingido por uma bala em Vitória da Conquista, é toda a cidade que sofre, é o nosso senso de comunidade que é ferido. A construção de uma cidade mais segura passa pela construção de uma sociedade mais justa, onde os jovens tenham oportunidades e os espaços públicos sejam lugares de convivência, e não de medo.

O caso de Lázaro é mais um alerta. Cabe a nós, enquanto sociedade, exigir que ele não seja apenas mais um número nas estatísticas da violência, mas o ponto de partida para uma transformação que Vitória da Conquista tanto precisa.

ARTIGO – O PT e o Esquecimento dos Militantes: Quando o Poder se Sobrepõe à Luta (Padre Carlos)

 

 

 

 

O Partido dos Trabalhadores (PT), historicamente associado às lutas sociais e à defesa dos oprimidos, atravessa mais uma crise interna, revelando como o projeto de poder pode se sobrepor às bandeiras que outrora unificaram seus militantes. O recente afastamento de lideranças que apoiaram o candidato Kleber Rosa (PSOL) em detrimento de Geraldo Jr. (MDB) para a Prefeitura de Salvador é um sinal claro desse desgaste e da desconexão entre a cúpula partidária e suas bases. Essa dissidência não é apenas um gesto de descontentamento com a candidatura escolhida, mas uma manifestação de frustração diante do distanciamento crescente entre as direções partidárias e os movimentos sociais que, historicamente, deram corpo e alma ao PT.

A decisão de afastar figuras como Gilcimar Brito, Raimundo Bujão e Rodrigo Pereira, militantes profundamente enraizados nos movimentos sociais, aponta para um erro estratégico do partido. Esses líderes representam correntes e grupos que, ao longo de décadas, carregaram as bandeiras mais emblemáticas do PT: a luta pelos direitos dos trabalhadores, o combate às desigualdades raciais e sociais, e a defesa dos oprimidos. Ao afastá-los, o partido parece ignorar suas próprias raízes, colocando em primeiro plano um projeto eleitoral de curto prazo e deixando de lado o que sempre foi sua maior força: a militância.

O caso de Gilcimar Brito, que é parte integrante do Núcleo Popular, maior agrupamento de movimentos sociais dentro do PT, é simbólico. Sua punição revela como o partido, em busca de coesão eleitoral, está disposto a sacrificar lideranças que, em outros tempos, seriam celebradas por sua independência e compromisso com as lutas sociais. Da mesma forma, o afastamento de Raimundo Bujão, um respeitado líder do movimento negro, reforça a ideia de que o PT, ao priorizar a manutenção de uma estrutura de poder, está disposto a romper com setores que sempre foram parte essencial da construção de sua identidade.

Esse processo de afastamento de lideranças críticas dentro do partido nos remete a um problema maior: o distanciamento do PT de suas bases originais. O partido que nasceu nas fábricas, nas greves e nas ruas, parece ter perdido o contato com os movimentos sociais que o sustentaram por décadas. Essa dissidência interna, que emerge justamente em um momento eleitoral decisivo, não é um simples desentendimento entre facções. Trata-se de um sinal de que parte significativa da militância não se sente mais representada pelas escolhas feitas pelas lideranças partidárias.

É inegável que o PT enfrenta um dilema. A manutenção de Geraldo Jr. como candidato à Prefeitura de Salvador, em aliança com o MDB, parece ter sido uma escolha pragmática, visando à ampliação da base eleitoral. No entanto, esse pragmatismo tem um custo: o afastamento de setores que, para muitos, são a alma do PT. E quando um partido começa a tratar seus militantes como obstáculos a serem removidos, é sinal de que a essência de suas lutas está sendo corroída.

As dissidências internas são, de fato, um reflexo de descontentamento com os rumos tomados pelo partido. Quando a lógica do poder se sobrepõe às lutas, o resultado inevitável é o afastamento daqueles que, historicamente, sempre estiveram na linha de frente das batalhas. É possível que, no curto prazo, o PT consiga resolver a crise interna com o afastamento de seus líderes dissidentes. No entanto, no longo prazo, essa atitude pode ter consequências desastrosas para o partido, pois revela um distanciamento preocupante de suas bases.

O PT deve refletir se deseja continuar sendo um partido de movimentos sociais ou se caminha para se transformar em mais uma máquina eleitoral que, em nome do poder, esquece as lutas que o fundaram. A dissidência é, em essência, uma forma de luta e, muitas vezes, a última tentativa dos militantes de resgatar os valores que originalmente uniram o partido. Ao silenciá-los, o PT não apenas arrisca sua unidade interna, mas também perde parte de sua identidade histórica.

Em tempos de crise, é essencial que o partido olhe para dentro e reconheça que sua força sempre esteve nas ruas, nos movimentos e nos militantes. Ignorar isso pode ser um erro fatal para um projeto político que, cada vez mais, se distancia de suas bases. A pergunta que fica é: o PT ainda é o partido das lutas ou se tornou apenas um projeto de poder?

ARTIGO – O PT e o Esquecimento dos Militantes: Quando o Poder se Sobrepõe à Luta (Padre Carlos)

 

 

 

 

O Partido dos Trabalhadores (PT), historicamente associado às lutas sociais e à defesa dos oprimidos, atravessa mais uma crise interna, revelando como o projeto de poder pode se sobrepor às bandeiras que outrora unificaram seus militantes. O recente afastamento de lideranças que apoiaram o candidato Kleber Rosa (PSOL) em detrimento de Geraldo Jr. (MDB) para a Prefeitura de Salvador é um sinal claro desse desgaste e da desconexão entre a cúpula partidária e suas bases. Essa dissidência não é apenas um gesto de descontentamento com a candidatura escolhida, mas uma manifestação de frustração diante do distanciamento crescente entre as direções partidárias e os movimentos sociais que, historicamente, deram corpo e alma ao PT.

A decisão de afastar figuras como Gilcimar Brito, Raimundo Bujão e Rodrigo Pereira, militantes profundamente enraizados nos movimentos sociais, aponta para um erro estratégico do partido. Esses líderes representam correntes e grupos que, ao longo de décadas, carregaram as bandeiras mais emblemáticas do PT: a luta pelos direitos dos trabalhadores, o combate às desigualdades raciais e sociais, e a defesa dos oprimidos. Ao afastá-los, o partido parece ignorar suas próprias raízes, colocando em primeiro plano um projeto eleitoral de curto prazo e deixando de lado o que sempre foi sua maior força: a militância.

O caso de Gilcimar Brito, que é parte integrante do Núcleo Popular, maior agrupamento de movimentos sociais dentro do PT, é simbólico. Sua punição revela como o partido, em busca de coesão eleitoral, está disposto a sacrificar lideranças que, em outros tempos, seriam celebradas por sua independência e compromisso com as lutas sociais. Da mesma forma, o afastamento de Raimundo Bujão, um respeitado líder do movimento negro, reforça a ideia de que o PT, ao priorizar a manutenção de uma estrutura de poder, está disposto a romper com setores que sempre foram parte essencial da construção de sua identidade.

Esse processo de afastamento de lideranças críticas dentro do partido nos remete a um problema maior: o distanciamento do PT de suas bases originais. O partido que nasceu nas fábricas, nas greves e nas ruas, parece ter perdido o contato com os movimentos sociais que o sustentaram por décadas. Essa dissidência interna, que emerge justamente em um momento eleitoral decisivo, não é um simples desentendimento entre facções. Trata-se de um sinal de que parte significativa da militância não se sente mais representada pelas escolhas feitas pelas lideranças partidárias.

É inegável que o PT enfrenta um dilema. A manutenção de Geraldo Jr. como candidato à Prefeitura de Salvador, em aliança com o MDB, parece ter sido uma escolha pragmática, visando à ampliação da base eleitoral. No entanto, esse pragmatismo tem um custo: o afastamento de setores que, para muitos, são a alma do PT. E quando um partido começa a tratar seus militantes como obstáculos a serem removidos, é sinal de que a essência de suas lutas está sendo corroída.

As dissidências internas são, de fato, um reflexo de descontentamento com os rumos tomados pelo partido. Quando a lógica do poder se sobrepõe às lutas, o resultado inevitável é o afastamento daqueles que, historicamente, sempre estiveram na linha de frente das batalhas. É possível que, no curto prazo, o PT consiga resolver a crise interna com o afastamento de seus líderes dissidentes. No entanto, no longo prazo, essa atitude pode ter consequências desastrosas para o partido, pois revela um distanciamento preocupante de suas bases.

O PT deve refletir se deseja continuar sendo um partido de movimentos sociais ou se caminha para se transformar em mais uma máquina eleitoral que, em nome do poder, esquece as lutas que o fundaram. A dissidência é, em essência, uma forma de luta e, muitas vezes, a última tentativa dos militantes de resgatar os valores que originalmente uniram o partido. Ao silenciá-los, o PT não apenas arrisca sua unidade interna, mas também perde parte de sua identidade histórica.

Em tempos de crise, é essencial que o partido olhe para dentro e reconheça que sua força sempre esteve nas ruas, nos movimentos e nos militantes. Ignorar isso pode ser um erro fatal para um projeto político que, cada vez mais, se distancia de suas bases. A pergunta que fica é: o PT ainda é o partido das lutas ou se tornou apenas um projeto de poder?

Quem é Ateu e Viu Milagres como Eu: A Reflexão de Caetano Veloso

 

 

 

 

Caro leitor, hoje me aventuro a explorar o fascinante e complexo tema dos “Milagres do Povo”, imortalizado pela poesia de Caetano Veloso e inspirado pelo grande mestre da literatura, Jorge Amado. Esse conceito nos convida a refletir profundamente sobre a interação entre fé, razão e a capacidade extraordinária do ser humano de encontrar sentido e maravilha onde, à primeira vista, a lógica parece falhar.

Na música “Milagres do Povo”, Caetano Veloso nos brinda com uma frase de aparente contradição: “Quem é ateu e viu milagres como eu…”. Esta afirmação, à primeira vista paradoxal, provoca a mente e instiga a reflexão. Afinal, como pode um ateu, alguém que nega a existência de Deus ou de divindades, testemunhar milagres? Não estaria o conceito de milagre reservado apenas àqueles que creem no poder divino? No entanto, é justamente nessa aparente contradição que reside a beleza dessa reflexão. Caetano nos convida a mergulhar nas complexidades da experiência humana, onde razão e fé se entrelaçam de maneiras imprevisíveis.

Os milagres, como nos sugere a canção, não pertencem exclusivamente ao domínio da religião ou da fé em um ser supremo. Eles podem emergir em qualquer parte, nas menores e mais sutis maravilhas da vida cotidiana. O nascimento de uma criança, o desabrochar de uma flor, uma cura inesperada, a solidariedade em tempos de crise — todos são exemplos de milagres que transcendem a crença religiosa e que podem ser admirados por qualquer pessoa, independente de sua posição espiritual.

A frase de Caetano nos remete a uma visão de mundo onde os milagres do povo são aqueles eventos extraordinários que, embora inexplicáveis pela razão, não deixam de ser profundamente reais e transformadores. A cultura popular brasileira, com sua rica tapeçaria de narrativas e tradições, é pródiga em relatos que ilustram esses “milagres”. São histórias que atravessam gerações, falam de fé, esperança, coragem e, acima de tudo, da inquebrantável capacidade humana de sobreviver e se adaptar ao mistério da existência.

Em uma sociedade cada vez mais cética e guiada pela razão científica, há uma necessidade urgente de redescobrir a capacidade de se maravilhar com a vida. As explicações racionais são cruciais para nossa compreensão do mundo, mas elas não esgotam o mistério que envolve a experiência humana. Existem aspectos da vida que escapam ao alcance da ciência e da lógica pura, e é aqui que o conceito de “milagres do povo” ganha vida. Não é necessário ser religioso para perceber que há algo de inexplicável e grandioso em certas experiências humanas.

A reflexão de Caetano nos convida a ampliar nossos horizontes. Ele nos desafia a procurar o extraordinário no cotidiano, a ver a vida com um olhar mais atento, a encontrar beleza e mistério nas coisas mais simples. A busca pelos milagres do povo não se restringe a uma jornada espiritual; ela é também uma jornada interior, uma busca pela plenitude humana que envolve tanto a mente quanto o coração.

Nesse sentido, o “milagre” pode ser visto como algo que nos desperta para a profundidade da vida. É aquela experiência que nos tira do lugar comum, que nos faz perceber que a realidade não pode ser totalmente encapsulada pelas categorias da lógica ou do empirismo. Os milagres que Caetano descreve são, talvez, menos sobre intervenções divinas e mais sobre um estado de abertura ao inexplicável, ao inusitado, ao surpreendente.

É importante ressaltar que essa visão de mundo não exclui a razão, mas a complementa. O coração e a mente podem coexistir em harmonia, assim como a fé e o ceticismo podem, paradoxalmente, se entrelaçar na busca pelo sentido. É nesse espaço de ambiguidade que o “milagre” acontece: na intersecção entre o racional e o irracional, entre o visível e o invisível, entre o palpável e o transcendente.

Portanto, caro leitor, convido você a se juntar a essa busca pelos “Milagres do Povo”. Eles estão à nossa volta, mais próximos do que imaginamos, esperando para serem reconhecidos e apreciados. Em tempos em que o avanço científico e tecnológico parece muitas vezes distanciar o homem do mistério da vida, é vital que mantenhamos viva a capacidade de nos maravilhar com a magia e a complexidade da existência humana.

E, quem sabe, ao final dessa jornada, possamos, como Caetano, chegar à conclusão de que até mesmo aqueles que se consideram ateus podem testemunhar milagres. Pois, no fundo, o que importa não é tanto o sistema de crenças que adotamos, mas a abertura que temos para o mistério e a maravilha de estar vivo. A fé, como Caetano sugere, é apenas uma das muitas maneiras de abraçar o milagre que é viver.

Artigo por Padre Carlos

Quem é Ateu e Viu Milagres como Eu: A Reflexão de Caetano Veloso

 

 

 

 

Caro leitor, hoje me aventuro a explorar o fascinante e complexo tema dos “Milagres do Povo”, imortalizado pela poesia de Caetano Veloso e inspirado pelo grande mestre da literatura, Jorge Amado. Esse conceito nos convida a refletir profundamente sobre a interação entre fé, razão e a capacidade extraordinária do ser humano de encontrar sentido e maravilha onde, à primeira vista, a lógica parece falhar.

Na música “Milagres do Povo”, Caetano Veloso nos brinda com uma frase de aparente contradição: “Quem é ateu e viu milagres como eu…”. Esta afirmação, à primeira vista paradoxal, provoca a mente e instiga a reflexão. Afinal, como pode um ateu, alguém que nega a existência de Deus ou de divindades, testemunhar milagres? Não estaria o conceito de milagre reservado apenas àqueles que creem no poder divino? No entanto, é justamente nessa aparente contradição que reside a beleza dessa reflexão. Caetano nos convida a mergulhar nas complexidades da experiência humana, onde razão e fé se entrelaçam de maneiras imprevisíveis.

Os milagres, como nos sugere a canção, não pertencem exclusivamente ao domínio da religião ou da fé em um ser supremo. Eles podem emergir em qualquer parte, nas menores e mais sutis maravilhas da vida cotidiana. O nascimento de uma criança, o desabrochar de uma flor, uma cura inesperada, a solidariedade em tempos de crise — todos são exemplos de milagres que transcendem a crença religiosa e que podem ser admirados por qualquer pessoa, independente de sua posição espiritual.

A frase de Caetano nos remete a uma visão de mundo onde os milagres do povo são aqueles eventos extraordinários que, embora inexplicáveis pela razão, não deixam de ser profundamente reais e transformadores. A cultura popular brasileira, com sua rica tapeçaria de narrativas e tradições, é pródiga em relatos que ilustram esses “milagres”. São histórias que atravessam gerações, falam de fé, esperança, coragem e, acima de tudo, da inquebrantável capacidade humana de sobreviver e se adaptar ao mistério da existência.

Em uma sociedade cada vez mais cética e guiada pela razão científica, há uma necessidade urgente de redescobrir a capacidade de se maravilhar com a vida. As explicações racionais são cruciais para nossa compreensão do mundo, mas elas não esgotam o mistério que envolve a experiência humana. Existem aspectos da vida que escapam ao alcance da ciência e da lógica pura, e é aqui que o conceito de “milagres do povo” ganha vida. Não é necessário ser religioso para perceber que há algo de inexplicável e grandioso em certas experiências humanas.

A reflexão de Caetano nos convida a ampliar nossos horizontes. Ele nos desafia a procurar o extraordinário no cotidiano, a ver a vida com um olhar mais atento, a encontrar beleza e mistério nas coisas mais simples. A busca pelos milagres do povo não se restringe a uma jornada espiritual; ela é também uma jornada interior, uma busca pela plenitude humana que envolve tanto a mente quanto o coração.

Nesse sentido, o “milagre” pode ser visto como algo que nos desperta para a profundidade da vida. É aquela experiência que nos tira do lugar comum, que nos faz perceber que a realidade não pode ser totalmente encapsulada pelas categorias da lógica ou do empirismo. Os milagres que Caetano descreve são, talvez, menos sobre intervenções divinas e mais sobre um estado de abertura ao inexplicável, ao inusitado, ao surpreendente.

É importante ressaltar que essa visão de mundo não exclui a razão, mas a complementa. O coração e a mente podem coexistir em harmonia, assim como a fé e o ceticismo podem, paradoxalmente, se entrelaçar na busca pelo sentido. É nesse espaço de ambiguidade que o “milagre” acontece: na intersecção entre o racional e o irracional, entre o visível e o invisível, entre o palpável e o transcendente.

Portanto, caro leitor, convido você a se juntar a essa busca pelos “Milagres do Povo”. Eles estão à nossa volta, mais próximos do que imaginamos, esperando para serem reconhecidos e apreciados. Em tempos em que o avanço científico e tecnológico parece muitas vezes distanciar o homem do mistério da vida, é vital que mantenhamos viva a capacidade de nos maravilhar com a magia e a complexidade da existência humana.

E, quem sabe, ao final dessa jornada, possamos, como Caetano, chegar à conclusão de que até mesmo aqueles que se consideram ateus podem testemunhar milagres. Pois, no fundo, o que importa não é tanto o sistema de crenças que adotamos, mas a abertura que temos para o mistério e a maravilha de estar vivo. A fé, como Caetano sugere, é apenas uma das muitas maneiras de abraçar o milagre que é viver.

Artigo por Padre Carlos

O Dia do Miguelense: Celebração de uma História de Contribuições e Encontros Culturais

 

 

 

 

No dia 29 de setembro, Vitória da Conquista presta uma justa homenagem a uma parcela significativa de sua população ao celebrar o Dia do Miguelense. Essa data, instituída pela prefeita Sheila Lemos, através de um projeto de lei do vereador Luís Carlos Dudé, reconhece a importante contribuição dos migrantes de São Miguel das Matas, uma cidade do Recôncavo Baiano, para o desenvolvimento social, cultural e econômico de Vitória da Conquista. A instituição desta comemoração é um marco que destaca o papel dos miguelenses no crescimento da cidade e na construção de sua identidade diversa e plural.

A história da migração dos miguelenses para Vitória da Conquista, especialmente nas décadas de 1950 e 1960, é emblemática de um movimento de busca por novas oportunidades. Motivados por razões econômicas, muitos deixaram suas terras natais no Recôncavo Baiano – uma região com profundas raízes históricas e culturais no Brasil – em busca de trabalho, estudo e melhores condições de vida no próspero Sudoeste baiano. Ao chegarem, não trouxeram apenas a vontade de progredir, mas também sua rica cultura, religiosidade, arte e gastronomia, que rapidamente se integraram ao tecido social conquistense.

Esse fluxo migratório fez de Vitória da Conquista um mosaico cultural, onde a contribuição miguelense passou a ocupar um lugar de destaque. Sua música, sua fé e suas tradições são exemplos vivos de como a história de um povo se entrelaça à de uma cidade, ampliando e enriquecendo seu repertório cultural. O Recôncavo Baiano, terra de lutas e de manifestações culturais diversas, como o samba de roda e a capoeira, é um celeiro de manifestações populares que reverberam para além de suas fronteiras. E os miguelenses trouxeram consigo esse vigor cultural, tornando-se protagonistas na cena artística e política local.

A decisão de instituir o Dia do Miguelense, mais do que um gesto simbólico, é uma ação de reconhecimento que busca valorizar e resgatar a memória e a identidade desse grupo. Em muitas ocasiões, as narrativas históricas acabam por invisibilizar a participação de migrantes e minorias no processo de desenvolvimento de cidades e regiões. Assim, essa iniciativa se torna fundamental para reafirmar a importância de contar a história de todos aqueles que ajudaram a moldar a Vitória da Conquista contemporânea. É, também, uma oportunidade para que os miguelenses celebrem suas raízes e sintam orgulho de sua jornada e de sua contribuição para o crescimento de uma das cidades mais importantes do interior do Nordeste.

Vitória da Conquista, hoje, ostenta um dos maiores PIBs da região, com mais de 7 bilhões de reais. A cidade se destaca em áreas estratégicas como educação, saúde e segurança pública, além de ser um polo regional que abrange cerca de oitenta municípios na Bahia e dezesseis no norte de Minas Gerais. No entanto, é essencial que, ao olhar para seu presente de grandeza e seu futuro promissor, a cidade nunca perca de vista as bases que a sustentaram, entre as quais está a migração dos miguelenses. Eles desempenharam um papel crucial em diversos setores, desde o comércio e a agricultura até a política e a vida comunitária.

Celebrar o Dia do Miguelense é, portanto, mais do que recordar a contribuição de um grupo específico: é reconhecer a riqueza da diversidade que compõe a sociedade conquistense. É reforçar o valor da integração cultural, que fez de Conquista o que ela é hoje. Cada miguelense que contribuiu com seu trabalho, suas tradições e seu esforço é parte integrante do sucesso da cidade.

Essa celebração também nos convida a refletir sobre a importância da solidariedade e do respeito entre os diferentes povos e culturas que compartilham este espaço. O Brasil, com sua pluralidade de identidades e influências, nos oferece constantemente a oportunidade de aprender com a convivência entre diferentes grupos. A lição que tiramos do Dia do Miguelense é que o progresso e o desenvolvimento não se dão isoladamente, mas em comunhão. São Miguel das Matas, através de seus filhos e filhas, nos ensina que a verdadeira força de uma cidade está na sua capacidade de acolher e integrar.

Por fim, ao celebrarmos essa data, reafirmamos o compromisso de preservar as histórias daqueles que vieram antes de nós e que, com esforço e dedicação, ajudaram a construir a Vitória da Conquista de hoje. Assim como os miguelenses trouxeram consigo suas tradições e valores, nós devemos garantir que suas histórias e suas contribuições continuem sendo lembradas e honradas por futuras gerações.

O Dia do Miguelense não é apenas uma homenagem; é um convite à união e ao reconhecimento de que, juntos, com nossas diferenças e semelhanças, somos mais fortes e capazes de construir um futuro próspero e inclusivo.

O Dia do Miguelense: Celebração de uma História de Contribuições e Encontros Culturais

 

 

 

 

No dia 29 de setembro, Vitória da Conquista presta uma justa homenagem a uma parcela significativa de sua população ao celebrar o Dia do Miguelense. Essa data, instituída pela prefeita Sheila Lemos, através de um projeto de lei do vereador Luís Carlos Dudé, reconhece a importante contribuição dos migrantes de São Miguel das Matas, uma cidade do Recôncavo Baiano, para o desenvolvimento social, cultural e econômico de Vitória da Conquista. A instituição desta comemoração é um marco que destaca o papel dos miguelenses no crescimento da cidade e na construção de sua identidade diversa e plural.

A história da migração dos miguelenses para Vitória da Conquista, especialmente nas décadas de 1950 e 1960, é emblemática de um movimento de busca por novas oportunidades. Motivados por razões econômicas, muitos deixaram suas terras natais no Recôncavo Baiano – uma região com profundas raízes históricas e culturais no Brasil – em busca de trabalho, estudo e melhores condições de vida no próspero Sudoeste baiano. Ao chegarem, não trouxeram apenas a vontade de progredir, mas também sua rica cultura, religiosidade, arte e gastronomia, que rapidamente se integraram ao tecido social conquistense.

Esse fluxo migratório fez de Vitória da Conquista um mosaico cultural, onde a contribuição miguelense passou a ocupar um lugar de destaque. Sua música, sua fé e suas tradições são exemplos vivos de como a história de um povo se entrelaça à de uma cidade, ampliando e enriquecendo seu repertório cultural. O Recôncavo Baiano, terra de lutas e de manifestações culturais diversas, como o samba de roda e a capoeira, é um celeiro de manifestações populares que reverberam para além de suas fronteiras. E os miguelenses trouxeram consigo esse vigor cultural, tornando-se protagonistas na cena artística e política local.

A decisão de instituir o Dia do Miguelense, mais do que um gesto simbólico, é uma ação de reconhecimento que busca valorizar e resgatar a memória e a identidade desse grupo. Em muitas ocasiões, as narrativas históricas acabam por invisibilizar a participação de migrantes e minorias no processo de desenvolvimento de cidades e regiões. Assim, essa iniciativa se torna fundamental para reafirmar a importância de contar a história de todos aqueles que ajudaram a moldar a Vitória da Conquista contemporânea. É, também, uma oportunidade para que os miguelenses celebrem suas raízes e sintam orgulho de sua jornada e de sua contribuição para o crescimento de uma das cidades mais importantes do interior do Nordeste.

Vitória da Conquista, hoje, ostenta um dos maiores PIBs da região, com mais de 7 bilhões de reais. A cidade se destaca em áreas estratégicas como educação, saúde e segurança pública, além de ser um polo regional que abrange cerca de oitenta municípios na Bahia e dezesseis no norte de Minas Gerais. No entanto, é essencial que, ao olhar para seu presente de grandeza e seu futuro promissor, a cidade nunca perca de vista as bases que a sustentaram, entre as quais está a migração dos miguelenses. Eles desempenharam um papel crucial em diversos setores, desde o comércio e a agricultura até a política e a vida comunitária.

Celebrar o Dia do Miguelense é, portanto, mais do que recordar a contribuição de um grupo específico: é reconhecer a riqueza da diversidade que compõe a sociedade conquistense. É reforçar o valor da integração cultural, que fez de Conquista o que ela é hoje. Cada miguelense que contribuiu com seu trabalho, suas tradições e seu esforço é parte integrante do sucesso da cidade.

Essa celebração também nos convida a refletir sobre a importância da solidariedade e do respeito entre os diferentes povos e culturas que compartilham este espaço. O Brasil, com sua pluralidade de identidades e influências, nos oferece constantemente a oportunidade de aprender com a convivência entre diferentes grupos. A lição que tiramos do Dia do Miguelense é que o progresso e o desenvolvimento não se dão isoladamente, mas em comunhão. São Miguel das Matas, através de seus filhos e filhas, nos ensina que a verdadeira força de uma cidade está na sua capacidade de acolher e integrar.

Por fim, ao celebrarmos essa data, reafirmamos o compromisso de preservar as histórias daqueles que vieram antes de nós e que, com esforço e dedicação, ajudaram a construir a Vitória da Conquista de hoje. Assim como os miguelenses trouxeram consigo suas tradições e valores, nós devemos garantir que suas histórias e suas contribuições continuem sendo lembradas e honradas por futuras gerações.

O Dia do Miguelense não é apenas uma homenagem; é um convite à união e ao reconhecimento de que, juntos, com nossas diferenças e semelhanças, somos mais fortes e capazes de construir um futuro próspero e inclusivo.

A Inclusão no Movimento Ecumênico e no Diálogo Inter-religioso: Um Caminho para a Paz e a Unidade

 

 

 

 

O Evangelho de Marcos (Mc 9,38-43.45.47-48) nos apresenta uma profunda lição de inclusão e aceitação. Quando João, discípulo de Jesus, tenta proibir um homem de realizar milagres em nome de Cristo, argumentando que ele não fazia parte de seu círculo, Jesus responde com uma sabedoria que transcende barreiras: “Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, é a favor de nós”. Este trecho ressalta que a obra de Deus não está confinada a grupos ou instituições específicas; ela se estende a todos os que fazem o bem e buscam a justiça.

Essa mensagem de inclusão é particularmente relevante no contexto contemporâneo do movimento ecumênico e do diálogo inter-religioso. Em tempos de crescente polarização e intolerância, Jesus nos lembra que a unidade é construída com base na aceitação das diferenças e no respeito ao outro.

O Movimento Ecumênico: Construindo Pontes entre Cristãos

O movimento ecumênico surgiu da necessidade de promover a unidade entre as diversas denominações cristãs, que ao longo dos séculos se fragmentaram em várias tradições e doutrinas. Inspirado pelo espírito de comunhão ensinado por Jesus, o ecumenismo busca a reconciliação entre essas tradições, reconhecendo que, apesar das diferenças, todas compartilham uma fé comum em Cristo.

Um marco importante nesse movimento foi o Concílio Vaticano II, que não apenas encorajou a cooperação entre católicos e outras denominações cristãs, mas também abriu as portas para o diálogo, o respeito e a valorização mútua. O ecumenismo nos desafia a olhar além das fronteiras doutrinárias e litúrgicas e a reconhecer a presença de Deus naqueles que professam a mesma fé, mesmo que de formas diferentes.

Essa abordagem nos convida a abandonar o sectarismo e a trabalhar pela unidade cristã, sempre lembrando as palavras de Cristo: “Quem não é contra nós, é a nosso favor”. A colaboração entre cristãos de diferentes tradições não é apenas um ideal teológico, mas uma necessidade prática para enfrentar os desafios éticos, sociais e espirituais do nosso tempo.

O Diálogo Inter-religioso: O Caminho para a Paz Global

Se o movimento ecumênico busca a unidade dentro do cristianismo, o diálogo inter-religioso vai além, englobando todas as tradições religiosas. Este tipo de diálogo é vital para a construção de um mundo mais pacífico e harmônico, onde as diferenças religiosas não são fontes de divisão, mas de enriquecimento mútuo.

O renomado teólogo Hans Küng afirmou com grande lucidez que “não haverá paz entre as nações sem paz entre as religiões”. Para que essa paz seja alcançada, é necessário que as religiões dialoguem, conheçam e reconheçam umas às outras. O diálogo inter-religioso não implica que as tradições abram mão de suas crenças fundamentais, mas sim que encontrem pontos de convergência e aprendam a conviver com respeito e cooperação.

A pluralidade religiosa é uma realidade que não pode ser ignorada. Em um mundo cada vez mais globalizado, o encontro entre diferentes tradições religiosas é inevitável. O diálogo inter-religioso promove o entendimento e a construção de pontes entre essas tradições, fortalecendo o respeito e a dignidade humana.

Relevância Atual: Um Chamado à Inclusão

Vivemos em tempos de conflitos culturais e religiosos, onde o radicalismo e a intolerância frequentemente dominam o cenário público. No entanto, a lição de Jesus no Evangelho de Marcos é um lembrete constante de que o amor de Deus é inclusivo, abrangendo todas as pessoas que agem com fé e bondade. Este ensinamento desafia nossas tendências naturais de exclusão e preconceito, nos convidando a acolher o outro, seja ele de outra denominação cristã ou de outra fé religiosa.

Tanto o movimento ecumênico quanto o diálogo inter-religioso são instrumentos essenciais para a construção de um mundo mais justo e fraterno. Eles nos ensinam que, embora possamos ter diferentes formas de ver o sagrado, somos todos chamados a colaborar para o bem comum. A verdadeira espiritualidade transcende divisões e se manifesta no cuidado com o próximo, independentemente de sua origem ou crença.

Conclusão: A Paz Através da Unidade e do Respeito

A mensagem de inclusão e aceitação de Jesus é um chamado urgente para os dias de hoje. No contexto do movimento ecumênico e do diálogo inter-religioso, somos desafiados a abrir nossos corações e mentes, acolhendo aqueles que, mesmo diferentes de nós, compartilham o desejo de fazer o bem e de construir um mundo melhor.

Como disse Hans Küng, a paz entre as nações começa com o diálogo entre as religiões. Ao nos engajarmos nesse diálogo com respeito e humildade, contribuímos para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade é celebrada e a unidade é um objetivo comum. Assim, seguimos o exemplo de Cristo, que nos ensinou que o bem não tem fronteiras e que todos os que agem com amor e fé fazem parte de seu Reino.

A Inclusão no Movimento Ecumênico e no Diálogo Inter-religioso: Um Caminho para a Paz e a Unidade

 

 

 

 

O Evangelho de Marcos (Mc 9,38-43.45.47-48) nos apresenta uma profunda lição de inclusão e aceitação. Quando João, discípulo de Jesus, tenta proibir um homem de realizar milagres em nome de Cristo, argumentando que ele não fazia parte de seu círculo, Jesus responde com uma sabedoria que transcende barreiras: “Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, é a favor de nós”. Este trecho ressalta que a obra de Deus não está confinada a grupos ou instituições específicas; ela se estende a todos os que fazem o bem e buscam a justiça.

Essa mensagem de inclusão é particularmente relevante no contexto contemporâneo do movimento ecumênico e do diálogo inter-religioso. Em tempos de crescente polarização e intolerância, Jesus nos lembra que a unidade é construída com base na aceitação das diferenças e no respeito ao outro.

O Movimento Ecumênico: Construindo Pontes entre Cristãos

O movimento ecumênico surgiu da necessidade de promover a unidade entre as diversas denominações cristãs, que ao longo dos séculos se fragmentaram em várias tradições e doutrinas. Inspirado pelo espírito de comunhão ensinado por Jesus, o ecumenismo busca a reconciliação entre essas tradições, reconhecendo que, apesar das diferenças, todas compartilham uma fé comum em Cristo.

Um marco importante nesse movimento foi o Concílio Vaticano II, que não apenas encorajou a cooperação entre católicos e outras denominações cristãs, mas também abriu as portas para o diálogo, o respeito e a valorização mútua. O ecumenismo nos desafia a olhar além das fronteiras doutrinárias e litúrgicas e a reconhecer a presença de Deus naqueles que professam a mesma fé, mesmo que de formas diferentes.

Essa abordagem nos convida a abandonar o sectarismo e a trabalhar pela unidade cristã, sempre lembrando as palavras de Cristo: “Quem não é contra nós, é a nosso favor”. A colaboração entre cristãos de diferentes tradições não é apenas um ideal teológico, mas uma necessidade prática para enfrentar os desafios éticos, sociais e espirituais do nosso tempo.

O Diálogo Inter-religioso: O Caminho para a Paz Global

Se o movimento ecumênico busca a unidade dentro do cristianismo, o diálogo inter-religioso vai além, englobando todas as tradições religiosas. Este tipo de diálogo é vital para a construção de um mundo mais pacífico e harmônico, onde as diferenças religiosas não são fontes de divisão, mas de enriquecimento mútuo.

O renomado teólogo Hans Küng afirmou com grande lucidez que “não haverá paz entre as nações sem paz entre as religiões”. Para que essa paz seja alcançada, é necessário que as religiões dialoguem, conheçam e reconheçam umas às outras. O diálogo inter-religioso não implica que as tradições abram mão de suas crenças fundamentais, mas sim que encontrem pontos de convergência e aprendam a conviver com respeito e cooperação.

A pluralidade religiosa é uma realidade que não pode ser ignorada. Em um mundo cada vez mais globalizado, o encontro entre diferentes tradições religiosas é inevitável. O diálogo inter-religioso promove o entendimento e a construção de pontes entre essas tradições, fortalecendo o respeito e a dignidade humana.

Relevância Atual: Um Chamado à Inclusão

Vivemos em tempos de conflitos culturais e religiosos, onde o radicalismo e a intolerância frequentemente dominam o cenário público. No entanto, a lição de Jesus no Evangelho de Marcos é um lembrete constante de que o amor de Deus é inclusivo, abrangendo todas as pessoas que agem com fé e bondade. Este ensinamento desafia nossas tendências naturais de exclusão e preconceito, nos convidando a acolher o outro, seja ele de outra denominação cristã ou de outra fé religiosa.

Tanto o movimento ecumênico quanto o diálogo inter-religioso são instrumentos essenciais para a construção de um mundo mais justo e fraterno. Eles nos ensinam que, embora possamos ter diferentes formas de ver o sagrado, somos todos chamados a colaborar para o bem comum. A verdadeira espiritualidade transcende divisões e se manifesta no cuidado com o próximo, independentemente de sua origem ou crença.

Conclusão: A Paz Através da Unidade e do Respeito

A mensagem de inclusão e aceitação de Jesus é um chamado urgente para os dias de hoje. No contexto do movimento ecumênico e do diálogo inter-religioso, somos desafiados a abrir nossos corações e mentes, acolhendo aqueles que, mesmo diferentes de nós, compartilham o desejo de fazer o bem e de construir um mundo melhor.

Como disse Hans Küng, a paz entre as nações começa com o diálogo entre as religiões. Ao nos engajarmos nesse diálogo com respeito e humildade, contribuímos para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade é celebrada e a unidade é um objetivo comum. Assim, seguimos o exemplo de Cristo, que nos ensinou que o bem não tem fronteiras e que todos os que agem com amor e fé fazem parte de seu Reino.

Sheila Lemos e ACM Neto: Uma Caminhada de Força e Popularidade em Vitória da Conquista

 

 

No último sábado, 28 de setembro, as ruas de Vitória da Conquista foram palco de uma demonstração impressionante de força política e popularidade. A prefeita e candidata à reeleição, Sheila Lemos (União Brasil), liderou uma caminhada vibrante que percorreu a cidade, sendo recebida com entusiasmo pelo povo em ritmo de festa. O evento, que atraiu uma multidão de apoiadores e contou com a ilustre presença de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, confirmou o vigor de sua candidatura e o apoio crescente da população conquistense.

Essa é a terceira vez em menos de quinze dias que ACM Neto comparece à cidade para apoiar Sheila Lemos, reforçando não apenas a importância estratégica de Vitória da Conquista no cenário político estadual, mas também sua confiança na atual gestão da prefeita. A presença de Neto e de outras figuras políticas, como os deputados federais Leur Lomanto Junior e Léo Prates, além do deputado estadual Tiago Correia, sublinha o peso que o União Brasil coloca na reeleição de Sheila, que tem se mostrado uma liderança forte em meio a uma campanha marcada por desafios e pela batalha judicial que sua candidatura enfrenta.

A caminhada, que teve início na Praça do Cajá, na zona oeste, percorreu diversos pontos da cidade, com a população participando de forma ativa e entusiástica. Não era apenas um ato político comum; era uma verdadeira celebração popular. A atmosfera festiva destacou a conexão que a prefeita Sheila Lemos mantém com os moradores de Vitória da Conquista. Em tempos de incerteza e crise política, essa relação de proximidade com o eleitorado se mostra fundamental para consolidar sua imagem como gestora competente e próxima das demandas locais.

Sheila Lemos tem se destacado em sua gestão, liderando importantes projetos e enfrentando questões críticas da cidade, como a infraestrutura e o desenvolvimento econômico. Mesmo em meio a desafios judiciais, sua presença nas ruas, lado a lado com o povo, reafirma sua determinação em continuar no comando de Vitória da Conquista. O apoio de grandes nomes da política baiana, como ACM Neto, amplia ainda mais sua força na corrida eleitoral, especialmente considerando o cenário de incertezas que muitos gestores enfrentam.

A popularidade de Sheila, tema central desse grande ato público, não é um fenômeno recente, mas o resultado de uma administração que soube dialogar com a população e enfrentar as demandas cotidianas de forma prática e eficaz. Em tempos de descrédito na política, ver uma prefeita ser recebida com festa pelas ruas de uma cidade do porte de Vitória da Conquista é algo significativo. Não é à toa que sua candidatura à reeleição tem ganhado força.

ACM Neto, que em suas visitas à cidade demonstrou apoio irrestrito à prefeita, parece compreender a importância estratégica de Sheila Lemos não apenas para a política local, mas para o cenário político estadual. Ele reconhece que Sheila personifica a continuidade de um projeto político que busca melhorar as condições de vida em Vitória da Conquista, uma cidade cada vez mais relevante na Bahia.

O evento deste sábado mostrou que, mesmo com a batalha judicial em andamento, a prefeita Sheila Lemos segue firme na disputa, com o respaldo popular e político necessário para enfrentar qualquer adversidade. A presença maciça de apoiadores e a animação que tomou conta das ruas indicam que, para grande parte dos conquistenses, Sheila representa um futuro de continuidade e desenvolvimento.

O futuro da eleição ainda é incerto, mas uma coisa é clara: Sheila Lemos está longe de ser subestimada. Seu carisma, competência e popularidade continuam a crescer, e sua caminhada pelas ruas de Conquista, ao lado de ACM Neto e de outros importantes aliados, reforça que a prefeita está mais determinada do que nunca a continuar servindo ao povo de sua cidade.

Padre Carlos

Sheila Lemos e ACM Neto: Uma Caminhada de Força e Popularidade em Vitória da Conquista

 

 

No último sábado, 28 de setembro, as ruas de Vitória da Conquista foram palco de uma demonstração impressionante de força política e popularidade. A prefeita e candidata à reeleição, Sheila Lemos (União Brasil), liderou uma caminhada vibrante que percorreu a cidade, sendo recebida com entusiasmo pelo povo em ritmo de festa. O evento, que atraiu uma multidão de apoiadores e contou com a ilustre presença de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, confirmou o vigor de sua candidatura e o apoio crescente da população conquistense.

Essa é a terceira vez em menos de quinze dias que ACM Neto comparece à cidade para apoiar Sheila Lemos, reforçando não apenas a importância estratégica de Vitória da Conquista no cenário político estadual, mas também sua confiança na atual gestão da prefeita. A presença de Neto e de outras figuras políticas, como os deputados federais Leur Lomanto Junior e Léo Prates, além do deputado estadual Tiago Correia, sublinha o peso que o União Brasil coloca na reeleição de Sheila, que tem se mostrado uma liderança forte em meio a uma campanha marcada por desafios e pela batalha judicial que sua candidatura enfrenta.

A caminhada, que teve início na Praça do Cajá, na zona oeste, percorreu diversos pontos da cidade, com a população participando de forma ativa e entusiástica. Não era apenas um ato político comum; era uma verdadeira celebração popular. A atmosfera festiva destacou a conexão que a prefeita Sheila Lemos mantém com os moradores de Vitória da Conquista. Em tempos de incerteza e crise política, essa relação de proximidade com o eleitorado se mostra fundamental para consolidar sua imagem como gestora competente e próxima das demandas locais.

Sheila Lemos tem se destacado em sua gestão, liderando importantes projetos e enfrentando questões críticas da cidade, como a infraestrutura e o desenvolvimento econômico. Mesmo em meio a desafios judiciais, sua presença nas ruas, lado a lado com o povo, reafirma sua determinação em continuar no comando de Vitória da Conquista. O apoio de grandes nomes da política baiana, como ACM Neto, amplia ainda mais sua força na corrida eleitoral, especialmente considerando o cenário de incertezas que muitos gestores enfrentam.

A popularidade de Sheila, tema central desse grande ato público, não é um fenômeno recente, mas o resultado de uma administração que soube dialogar com a população e enfrentar as demandas cotidianas de forma prática e eficaz. Em tempos de descrédito na política, ver uma prefeita ser recebida com festa pelas ruas de uma cidade do porte de Vitória da Conquista é algo significativo. Não é à toa que sua candidatura à reeleição tem ganhado força.

ACM Neto, que em suas visitas à cidade demonstrou apoio irrestrito à prefeita, parece compreender a importância estratégica de Sheila Lemos não apenas para a política local, mas para o cenário político estadual. Ele reconhece que Sheila personifica a continuidade de um projeto político que busca melhorar as condições de vida em Vitória da Conquista, uma cidade cada vez mais relevante na Bahia.

O evento deste sábado mostrou que, mesmo com a batalha judicial em andamento, a prefeita Sheila Lemos segue firme na disputa, com o respaldo popular e político necessário para enfrentar qualquer adversidade. A presença maciça de apoiadores e a animação que tomou conta das ruas indicam que, para grande parte dos conquistenses, Sheila representa um futuro de continuidade e desenvolvimento.

O futuro da eleição ainda é incerto, mas uma coisa é clara: Sheila Lemos está longe de ser subestimada. Seu carisma, competência e popularidade continuam a crescer, e sua caminhada pelas ruas de Conquista, ao lado de ACM Neto e de outros importantes aliados, reforça que a prefeita está mais determinada do que nunca a continuar servindo ao povo de sua cidade.

Padre Carlos

Zélia Serra: Uma Voz que Ecoa Além do Tempo

 

 

 

 

Há pessoas que marcam nossa vida de maneira tão profunda que nem a morte é capaz de apagar a lembrança. Hoje, recordo o aniversário do falecimento de uma amiga querida, Zélia Serra. Sua partida trouxe consigo uma saudade que não se mede em palavras, mas que também me faz lembrar da importância que ela teve, não apenas para mim, mas para toda uma geração. Sua memória merece ser resgatada, não como uma lembrança nostálgica, mas como um farol que ilumina caminhos para as novas gerações, tão carentes de referências morais e espirituais. Falar de Zélia é reviver a luta de uma mulher que enxergava o Humanismo como expressão do Sagrado.

Zélia nasceu na Fazenda Barriguda, no município de Vitória da Conquista, uma mulher alegre, descontraída, mas de personalidade forte. Desde cedo, ela destoava das outras meninas de sua época. O poeta diz: “Descansar, morrer de sono na sombra da barriguda”, mas nossa amiga jamais se encaixou nessa imagem. Zélia não buscava descanso, e muito menos se amparava em homem algum. Sua busca era por algo maior – queria companheirismo, igualdade, e acima de tudo, queria ganhar asas.

Enquanto muitas mulheres de sua geração se viam limitadas ao arquétipo da normalista que estuda para educar seus filhos, Zélia desafiou as expectativas e se tornou a primeira mulher de Vitória da Conquista a se formar em medicina. Não era apenas uma conquista individual; era um grito de liberdade, uma ruptura com os padrões sociais da época. Sua voz, que antes ecoava nas colinas da sua terra natal, agora ressoava na capital, onde ela travou grandes batalhas por transformações sociais profundas. Sua luta transcendeu fronteiras geográficas e morais, tocando questões fundamentais da dignidade humana.

Zélia se engajou em muitas frentes, mas uma de suas lutas mais notáveis foi contra o tratamento desumano dado a pessoas com transtornos mentais em hospitais psiquiátricos. Durante a ditadura militar, quando a repressão era a norma, ela ousou desafiar o sistema. Em uma época em que mais de 60 mil pessoas – homens, mulheres e crianças – perderam suas vidas em hospitais psiquiátricos superlotados, submetidos a tratamentos violentos, Zélia se levantou contra essa barbárie. Cadáveres vendidos para laboratórios de anatomia de universidades eram uma realidade sombria que Zélia enfrentou com coragem. Ela foi uma das pioneiras da Reforma Antimanicomial no Brasil, um movimento que visava resgatar a dignidade daqueles que, durante muito tempo, foram esquecidos e negligenciados.

A utopia de Zélia era o combustível que a impulsionava na vida. Não havia fronteiras para seus sonhos, e suas ações foram além de protestos e palavras – ela transformou o mundo ao seu redor. Do amanhecer ao anoitecer, ela dedicou sua vida àqueles que mais precisavam, mostrando que a verdadeira missão de um cristão está na luta pela dignidade e justiça social.

Hoje, faz seis anos que ela se despediu de nós. A ausência de Zélia trouxe uma sombra cinzenta sobre aqueles que a conheceram e amaram. Parece que o mundo perdeu um pouco da esperança que ela carregava no coração. Ela sempre tinha uma palavra de conforto, um conselho sábio, uma esperança renovadora para aqueles que, como ela, lutavam por um mundo melhor. E agora, mais do que nunca, sua falta é sentida, especialmente em tempos sombrios, quando o fascismo se reinstalou no poder.

Zélia sempre foi uma referência para mim. Companheira fiel na caminhada da Teologia da Libertação, sua fé era intrinsecamente ligada à ação, à luta por justiça. Ela não se contentava com uma fé estagnada, mas entendia que ser verdadeiramente cristã significava lutar pelos pobres, pelos marginalizados, pelos oprimidos.

Ela não está mais fisicamente presente entre nós, mas sua voz, suas ideias e sua luta continuam a ecoar. Zélia Serra? Presente! Hoje e sempre.

Padre Carlos

 

Zélia Serra: Uma Voz que Ecoa Além do Tempo

 

 

 

 

Há pessoas que marcam nossa vida de maneira tão profunda que nem a morte é capaz de apagar a lembrança. Hoje, recordo o aniversário do falecimento de uma amiga querida, Zélia Serra. Sua partida trouxe consigo uma saudade que não se mede em palavras, mas que também me faz lembrar da importância que ela teve, não apenas para mim, mas para toda uma geração. Sua memória merece ser resgatada, não como uma lembrança nostálgica, mas como um farol que ilumina caminhos para as novas gerações, tão carentes de referências morais e espirituais. Falar de Zélia é reviver a luta de uma mulher que enxergava o Humanismo como expressão do Sagrado.

Zélia nasceu na Fazenda Barriguda, no município de Vitória da Conquista, uma mulher alegre, descontraída, mas de personalidade forte. Desde cedo, ela destoava das outras meninas de sua época. O poeta diz: “Descansar, morrer de sono na sombra da barriguda”, mas nossa amiga jamais se encaixou nessa imagem. Zélia não buscava descanso, e muito menos se amparava em homem algum. Sua busca era por algo maior – queria companheirismo, igualdade, e acima de tudo, queria ganhar asas.

Enquanto muitas mulheres de sua geração se viam limitadas ao arquétipo da normalista que estuda para educar seus filhos, Zélia desafiou as expectativas e se tornou a primeira mulher de Vitória da Conquista a se formar em medicina. Não era apenas uma conquista individual; era um grito de liberdade, uma ruptura com os padrões sociais da época. Sua voz, que antes ecoava nas colinas da sua terra natal, agora ressoava na capital, onde ela travou grandes batalhas por transformações sociais profundas. Sua luta transcendeu fronteiras geográficas e morais, tocando questões fundamentais da dignidade humana.

Zélia se engajou em muitas frentes, mas uma de suas lutas mais notáveis foi contra o tratamento desumano dado a pessoas com transtornos mentais em hospitais psiquiátricos. Durante a ditadura militar, quando a repressão era a norma, ela ousou desafiar o sistema. Em uma época em que mais de 60 mil pessoas – homens, mulheres e crianças – perderam suas vidas em hospitais psiquiátricos superlotados, submetidos a tratamentos violentos, Zélia se levantou contra essa barbárie. Cadáveres vendidos para laboratórios de anatomia de universidades eram uma realidade sombria que Zélia enfrentou com coragem. Ela foi uma das pioneiras da Reforma Antimanicomial no Brasil, um movimento que visava resgatar a dignidade daqueles que, durante muito tempo, foram esquecidos e negligenciados.

A utopia de Zélia era o combustível que a impulsionava na vida. Não havia fronteiras para seus sonhos, e suas ações foram além de protestos e palavras – ela transformou o mundo ao seu redor. Do amanhecer ao anoitecer, ela dedicou sua vida àqueles que mais precisavam, mostrando que a verdadeira missão de um cristão está na luta pela dignidade e justiça social.

Hoje, faz seis anos que ela se despediu de nós. A ausência de Zélia trouxe uma sombra cinzenta sobre aqueles que a conheceram e amaram. Parece que o mundo perdeu um pouco da esperança que ela carregava no coração. Ela sempre tinha uma palavra de conforto, um conselho sábio, uma esperança renovadora para aqueles que, como ela, lutavam por um mundo melhor. E agora, mais do que nunca, sua falta é sentida, especialmente em tempos sombrios, quando o fascismo se reinstalou no poder.

Zélia sempre foi uma referência para mim. Companheira fiel na caminhada da Teologia da Libertação, sua fé era intrinsecamente ligada à ação, à luta por justiça. Ela não se contentava com uma fé estagnada, mas entendia que ser verdadeiramente cristã significava lutar pelos pobres, pelos marginalizados, pelos oprimidos.

Ela não está mais fisicamente presente entre nós, mas sua voz, suas ideias e sua luta continuam a ecoar. Zélia Serra? Presente! Hoje e sempre.

Padre Carlos

 

Dom Celso: Um Pastor de Bondade Eterna

 

 

 

 

Hoje, completam-se sete anos desde o súbito falecimento de Dom Celso, na madrugada de 28 de setembro de 2018. Vítima de uma parada cardíaca, ele nos deixou de maneira inesperada, deixando um vazio profundo em seu clero, nos fiéis e, sem dúvida, em mim. Sinto que, apesar do tempo, sua presença continua viva em minha memória e em meu coração. Shakespeare, mestre das paixões humanas, uma vez escreveu que “quando alguém morre, a sua bondade é também enterrada com ele.” Mas a bondade de Dom Celso, como pastor, pai e amigo, é imensa demais para que a morte a apague. Sua ausência física pode ser real, mas sua bondade, seu legado e sua espiritualidade permanecem vivos entre nós.

A morte de Dom Celso me faz lembrar de como, quando um pai espiritual parte, uma parte de nós morre também. O poeta inglês John Donne, em seu famoso sermão, afirmou que “a morte de qualquer homem me diminui, pois faço parte da humanidade.” E é assim que me sinto. A perda de Dom Celso não foi apenas uma perda pessoal, mas uma diminuição de nossa comunidade, de nossa Igreja, de nossa fé coletiva.

No entanto, aproveito este momento para contar a história de como conheci Dom Celso e, com isso, me apaixonei pela Diocese de Vitória da Conquista. A vida é feita de encontros e desencontros, planejados ou frutos do acaso, mas são esses encontros que moldam quem somos e definem o rumo de nossas vidas. Como diz o poeta Vinícius de Moraes, “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”

No início dos anos 90, eu vivia com os irmãos de Taizé, uma comunidade monástica ecumênica que me influenciou profundamente. Durante aquele ano de convivência, fui orientado espiritualmente pela irmã Rafaela, uma religiosa com uma espiritualidade profundamente marcada pelos ensinamentos de Santo Inácio de Loyola. Foi através dela que recebi um convite para ingressar na Diocese de Paulo Afonso, recomendado por Dom Mário. Naquele momento, parecia que meu futuro estava decidido. Eu estava pronto para seguir aquele caminho.

Porém, como a vida gosta de nos surpreender, irmã Rafaela sugeriu que eu conhecesse um bispo de uma outra diocese: Dom Celso José, que estava hospedado em Salvador naquele momento. Relutante, já que achava que minha decisão havia sido tomada, fui por respeito à minha orientadora. E foi ali, no encontro com Dom Celso, que minha vida mudou.

Ao ser apresentado a ele, não conheci apenas um homem de fé, mas uma Igreja verdadeiramente misericordiosa. Uma Igreja que acolhia, que perdoava, que animava os seus fiéis sem fazer distinções. A bondade e o amor que Dom Celso transmitia eram evidentes desde o primeiro encontro. Ele era mais que um bispo, era um verdadeiro pai espiritual, alguém cuja bondade parecia refletir o próprio amor de Deus. Ao longo dos anos que tive o privilégio de conviver com ele, fui abençoado pela graça que ele irradiava – uma graça que não exigia perfeição, mas sim um coração aberto à misericórdia.

Dom Celso tinha um amor especial por seus presbíteros. Ele se preocupava com cada um de nós, independentemente de merecermos ou não, de estarmos à altura de suas expectativas ou não. Era comovente sua constante dedicação ao nosso bem-estar, sua preocupação com a nossa formação acadêmica e espiritual. Ele entendia que um clero bem formado era essencial para a missão da Igreja, e esse foi um dos seus maiores legados.

Com o passar dos anos, tenho visto uma geração de bispos, como Dom Celso, partir para o braço do Pai. Muitos desses pastores vieram da Ação Católica, um movimento que formou grandes intelectuais e líderes da Igreja. A preocupação de Dom Celso com a formação do clero, dos leigos e dos movimentos eclesiais reflete essa espiritualidade, que enxerga na educação e no conhecimento um caminho para fortalecer a fé e criar uma verdadeira comunidade cristã.

Hoje, quando olho para trás, só posso agradecer a Deus e àquela freira que insistiu para que eu conhecesse a Diocese de Vitória da Conquista e, sobretudo, Dom Celso. Ele não apenas mudou o rumo de minha vida, mas também me mostrou o que é ser um verdadeiro pastor. Se, por algum motivo, não tive a oportunidade ou a coragem de dizer isso em vida, digo agora, antes que seja tarde demais: Obrigado, Dom Celso, por ter me acolhido, protegido e, acima de tudo, acreditado em mim.

A sua bondade não foi enterrada com o seu corpo. Ela vive em cada um de nós que tivemos a honra de ser guiados por você. Que possamos continuar caminhando sob a sua inspiração, servindo com o mesmo amor, a mesma misericórdia e a mesma graça que você nos ensinou.

Padre Carlos

Dom Celso: Um Pastor de Bondade Eterna

 

 

 

 

Hoje, completam-se sete anos desde o súbito falecimento de Dom Celso, na madrugada de 28 de setembro de 2018. Vítima de uma parada cardíaca, ele nos deixou de maneira inesperada, deixando um vazio profundo em seu clero, nos fiéis e, sem dúvida, em mim. Sinto que, apesar do tempo, sua presença continua viva em minha memória e em meu coração. Shakespeare, mestre das paixões humanas, uma vez escreveu que “quando alguém morre, a sua bondade é também enterrada com ele.” Mas a bondade de Dom Celso, como pastor, pai e amigo, é imensa demais para que a morte a apague. Sua ausência física pode ser real, mas sua bondade, seu legado e sua espiritualidade permanecem vivos entre nós.

A morte de Dom Celso me faz lembrar de como, quando um pai espiritual parte, uma parte de nós morre também. O poeta inglês John Donne, em seu famoso sermão, afirmou que “a morte de qualquer homem me diminui, pois faço parte da humanidade.” E é assim que me sinto. A perda de Dom Celso não foi apenas uma perda pessoal, mas uma diminuição de nossa comunidade, de nossa Igreja, de nossa fé coletiva.

No entanto, aproveito este momento para contar a história de como conheci Dom Celso e, com isso, me apaixonei pela Diocese de Vitória da Conquista. A vida é feita de encontros e desencontros, planejados ou frutos do acaso, mas são esses encontros que moldam quem somos e definem o rumo de nossas vidas. Como diz o poeta Vinícius de Moraes, “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”

No início dos anos 90, eu vivia com os irmãos de Taizé, uma comunidade monástica ecumênica que me influenciou profundamente. Durante aquele ano de convivência, fui orientado espiritualmente pela irmã Rafaela, uma religiosa com uma espiritualidade profundamente marcada pelos ensinamentos de Santo Inácio de Loyola. Foi através dela que recebi um convite para ingressar na Diocese de Paulo Afonso, recomendado por Dom Mário. Naquele momento, parecia que meu futuro estava decidido. Eu estava pronto para seguir aquele caminho.

Porém, como a vida gosta de nos surpreender, irmã Rafaela sugeriu que eu conhecesse um bispo de uma outra diocese: Dom Celso José, que estava hospedado em Salvador naquele momento. Relutante, já que achava que minha decisão havia sido tomada, fui por respeito à minha orientadora. E foi ali, no encontro com Dom Celso, que minha vida mudou.

Ao ser apresentado a ele, não conheci apenas um homem de fé, mas uma Igreja verdadeiramente misericordiosa. Uma Igreja que acolhia, que perdoava, que animava os seus fiéis sem fazer distinções. A bondade e o amor que Dom Celso transmitia eram evidentes desde o primeiro encontro. Ele era mais que um bispo, era um verdadeiro pai espiritual, alguém cuja bondade parecia refletir o próprio amor de Deus. Ao longo dos anos que tive o privilégio de conviver com ele, fui abençoado pela graça que ele irradiava – uma graça que não exigia perfeição, mas sim um coração aberto à misericórdia.

Dom Celso tinha um amor especial por seus presbíteros. Ele se preocupava com cada um de nós, independentemente de merecermos ou não, de estarmos à altura de suas expectativas ou não. Era comovente sua constante dedicação ao nosso bem-estar, sua preocupação com a nossa formação acadêmica e espiritual. Ele entendia que um clero bem formado era essencial para a missão da Igreja, e esse foi um dos seus maiores legados.

Com o passar dos anos, tenho visto uma geração de bispos, como Dom Celso, partir para o braço do Pai. Muitos desses pastores vieram da Ação Católica, um movimento que formou grandes intelectuais e líderes da Igreja. A preocupação de Dom Celso com a formação do clero, dos leigos e dos movimentos eclesiais reflete essa espiritualidade, que enxerga na educação e no conhecimento um caminho para fortalecer a fé e criar uma verdadeira comunidade cristã.

Hoje, quando olho para trás, só posso agradecer a Deus e àquela freira que insistiu para que eu conhecesse a Diocese de Vitória da Conquista e, sobretudo, Dom Celso. Ele não apenas mudou o rumo de minha vida, mas também me mostrou o que é ser um verdadeiro pastor. Se, por algum motivo, não tive a oportunidade ou a coragem de dizer isso em vida, digo agora, antes que seja tarde demais: Obrigado, Dom Celso, por ter me acolhido, protegido e, acima de tudo, acreditado em mim.

A sua bondade não foi enterrada com o seu corpo. Ela vive em cada um de nós que tivemos a honra de ser guiados por você. Que possamos continuar caminhando sob a sua inspiração, servindo com o mesmo amor, a mesma misericórdia e a mesma graça que você nos ensinou.

Padre Carlos

A Utopia como Estrela Guia: Um Caminho de Fé e Esperança

 

 

 

 

Depois de trilhar muitos caminhos, do marxismo ao cristianismo, posso afirmar que sou um homem de fé. Não apenas a fé religiosa, mas uma fé no ser humano, no futuro, em algo maior. Ao longo da vida, passei por várias transformações ideológicas e espirituais. Às vezes, me pergunto se sou uma pessoa “tópica” – aquela que reflete seu tempo e contexto – mas, independentemente das palavras que me definam, existe um conceito que sempre me guiou: a utopia.

Eduardo Galeano, com sua sabedoria poética, nos oferece uma visão fascinante sobre a utopia. Ele diz que a utopia está no horizonte, a cada passo que damos em sua direção, ela se afasta mais dez passos. E assim, seguimos caminhando. Nunca alcançamos a utopia, mas essa é exatamente a sua função: nos fazer caminhar.

Essa ideia de utopia como estrela guia é algo que ressoa profundamente em mim. Ela não é uma fantasia distante, uma ilusão sem valor. Ao contrário, é o que dá sentido ao movimento, ao progresso e à busca incessante pelo melhor. Não se trata de alcançar um ponto final, uma perfeição estática, mas de viver em constante aprimoramento, sempre em busca de algo maior e melhor.

A utopia, para mim, não é o destino. Ela é o caminho.

Na arte de escrever, essa busca pela utopia também se faz presente. Dedicar meus artigos como uma forma de arte, com seus desafios, vitórias e frustrações, é um reflexo dessa caminhada utópica. A pena, de certo modo, é uma ferramenta onde as utopias se tornam possíveis no papel, onde podemos questionar a realidade e imaginar novos mundos. Cada texto, cada artigo, é um ato de fé em algo que pode ser, ainda que nunca completamente ao nosso alcance.

Assim, a utopia não é algo inalcançável no sentido de uma derrota. Ao contrário, é o que me move. Ela é o motor que mantém minhas esperanças em dia, que me faz acreditar que, apesar das adversidades, sempre há algo mais a ser conquistado, um novo horizonte a ser explorado. Não existe um fim definitivo para essa caminhada – e isso é maravilhoso. A beleza da utopia está em sua inatingibilidade. Ela nos obriga a seguir em frente, a melhorar, a evoluir.

Para quem mantém suas utopias em dia, o mundo nunca é estático. É fascinante pensar que a utopia, com toda a sua distância, é o que nos impulsiona a agir no presente. Ela não nos deixa acomodar, nos desafia a continuar, mesmo quando o caminho é difícil. Seja no campo das ideias, das letras ou na vida cotidiana, a utopia é o que transforma a jornada em algo significativo.

No final das contas, acredito que todos nós precisamos de uma utopia. Sem ela, corremos o risco de nos perder na monotonia e na desesperança. A utopia é o combustível da alma, uma espécie de farol que ilumina nossos passos, mesmo quando a escuridão parece dominar.

Eu nunca vou alcançar a utopia, mas isso não importa. Ela existe para me fazer caminhar, e é nessa caminhada que a verdadeira beleza da vida se revela.

Padre Carlos

A Utopia como Estrela Guia: Um Caminho de Fé e Esperança

 

 

 

 

Depois de trilhar muitos caminhos, do marxismo ao cristianismo, posso afirmar que sou um homem de fé. Não apenas a fé religiosa, mas uma fé no ser humano, no futuro, em algo maior. Ao longo da vida, passei por várias transformações ideológicas e espirituais. Às vezes, me pergunto se sou uma pessoa “tópica” – aquela que reflete seu tempo e contexto – mas, independentemente das palavras que me definam, existe um conceito que sempre me guiou: a utopia.

Eduardo Galeano, com sua sabedoria poética, nos oferece uma visão fascinante sobre a utopia. Ele diz que a utopia está no horizonte, a cada passo que damos em sua direção, ela se afasta mais dez passos. E assim, seguimos caminhando. Nunca alcançamos a utopia, mas essa é exatamente a sua função: nos fazer caminhar.

Essa ideia de utopia como estrela guia é algo que ressoa profundamente em mim. Ela não é uma fantasia distante, uma ilusão sem valor. Ao contrário, é o que dá sentido ao movimento, ao progresso e à busca incessante pelo melhor. Não se trata de alcançar um ponto final, uma perfeição estática, mas de viver em constante aprimoramento, sempre em busca de algo maior e melhor.

A utopia, para mim, não é o destino. Ela é o caminho.

Na arte de escrever, essa busca pela utopia também se faz presente. Dedicar meus artigos como uma forma de arte, com seus desafios, vitórias e frustrações, é um reflexo dessa caminhada utópica. A pena, de certo modo, é uma ferramenta onde as utopias se tornam possíveis no papel, onde podemos questionar a realidade e imaginar novos mundos. Cada texto, cada artigo, é um ato de fé em algo que pode ser, ainda que nunca completamente ao nosso alcance.

Assim, a utopia não é algo inalcançável no sentido de uma derrota. Ao contrário, é o que me move. Ela é o motor que mantém minhas esperanças em dia, que me faz acreditar que, apesar das adversidades, sempre há algo mais a ser conquistado, um novo horizonte a ser explorado. Não existe um fim definitivo para essa caminhada – e isso é maravilhoso. A beleza da utopia está em sua inatingibilidade. Ela nos obriga a seguir em frente, a melhorar, a evoluir.

Para quem mantém suas utopias em dia, o mundo nunca é estático. É fascinante pensar que a utopia, com toda a sua distância, é o que nos impulsiona a agir no presente. Ela não nos deixa acomodar, nos desafia a continuar, mesmo quando o caminho é difícil. Seja no campo das ideias, das letras ou na vida cotidiana, a utopia é o que transforma a jornada em algo significativo.

No final das contas, acredito que todos nós precisamos de uma utopia. Sem ela, corremos o risco de nos perder na monotonia e na desesperança. A utopia é o combustível da alma, uma espécie de farol que ilumina nossos passos, mesmo quando a escuridão parece dominar.

Eu nunca vou alcançar a utopia, mas isso não importa. Ela existe para me fazer caminhar, e é nessa caminhada que a verdadeira beleza da vida se revela.

Padre Carlos